The Bad Seed escrita por MissBaudelaire, Ananda Stark


Capítulo 9
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

I'm back bitches!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Estive longe porque estou me mudando! Vou pra um estado diferente, então ja imaginaram a confusão que está aqui? Trancar faculdade, procurar emprego, procurar apê e por aí vai.

Quero recomendar duas fanfics: The Impossible. Que é minha e da Ananda Stark. A história está divina e praticamente pronta (faltando apenas o último capítulo e um epílogo) entao não haverá atrasos:

http://fanfiction.com.br/historia/349895/The_Impossible

Leiam e se gostarem comentem porque a Ananda já ta querendo excluir e essa é uma história importante pra mim. (É quinntana e tem Karley também).

E a minha nova: Marked, que como eu já disse tem vários shipps. Inclusive terá brittana em breve!

http://fanfiction.com.br/historia/334736/Marked


Obrigada!



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O dia seguinte estava fresco e agradável, então Hope sentou-se mais uma vez em sua mesinha de brincar embaixo da árvore e brincava distraidamente com um quebra-cabeça enquanto LeRoy  podava a grama.

- O que a senhorita perfeição está fazendo agora? – LeRoy debochava – Parece tão boazinha brincando com seus brinquedinhos! Mas ela não é tão boazinha assim...

- Cale a boca e cuide da sua vida! – Ela parou o que estava fazendo – Eu descobri uma mentira que você contou. Não existe essa coisa de um cão pra farejar madeira com sangue!

- Eu não deveria falar com a Srta. Boazinha – LeRoy voltou a podar a grama.

- Então não fale!

- Onde está sua mãe?

- Não é da sua conta! E eu estou ocupada com meu quebra cabeça, então me deixe em paz.

Hope dizia tudo sem levantar a cabeça, ela realmente não se importava com o que o jardineiro pensava.  Já LeRoy parecia bem interessado nas expressões da garotinha; ele largou o cortador de grama e se aproximou dela.

- Quebra-cabeça? Você não me engana Srta. Doçura – ele se ajoelhou ao lado de Hope – Vou te dizer uma coisa, para o seu próprio bem. Pode até não existir um cão farejador de madeira com sangue, mas existe uma madeira com sangue. É melhor você encontrar essa madeira com sangue antes deles... Porque eles vão fazer as manchas de sangue ficar azuis e então vão te fritar na cadeira elétrica.

- Essa madeira existe tanto quanto existem seus farejadores – a menina rebateu ainda sem voltar à atenção para o homem.

- Você sabe o barulho que a cadeira elétrica faz? Sabe? – como Hope não respondeu ele continuou – Ela frita você e deixa seus cabelos pra cima. É como se um raio atingisse você.

- Vá para o seu cortador de grama – Hope não levantou o olhar de seu quebra-cabeça, mas parou o que estava fazendo. Agora, a garota parecia um pouco perturbada, talvez chocada – Vá trabalhar. Eles não levam garotinhas para a cadeira elétrica.

- Não? – ele riu – Eles têm uma cadeirinha azul para os garotinhos e uma rosa para as garotinhas.

LeRoy riu da expressão concentrada da menina, ela parecia estar tentando resolver um problema de matemática, ele já voltar ao trabalho quando se deu conta de algo. Algo muito importante que deixara passar.

- Acabei de me lembrar. No dia do piquenique eu molhei seus sapatos novos, aqueles com placas de ferro. Você sapateava pela calçada fazendo tap tap tap o tempo todo. Porque você não as usa mais?

- Você é um idiota. Eu nunca tive um par de sapatos assim.

- Eu me lembro bem, você sapateava pela calçada e os molhei e então você os secou – LeRoy riu.

- Eles machucavam meus pés, então dei pra alguém.

- Deixe-me dizer uma coisa: você não bateu nele com uma madeira. Você bateu nele com os sapatos. Acertei não foi?

- Você é um idiota – Hope voltou a mexer em suas peças tentando encaixá-las.

- Você fez isso – LeRoy ajoelhou-se novamente ao lado de Hope – Você bateu nele com os sapatos. Eu só falei na madeira pra te enganar e você dizer: “Não foi uma madeira, foram os sapatos” – ele fez voz de falsete.

- Você mente o tempo todo.

- Então como estou com aqueles sapatos?

Sua provocação finalmente surgiu efeito. Hope virou-se para ele com os olhos arregalados e uma expressão amedrontada no rostinho perfeito.

- Onde você os conseguiu?

- Digamos que eu tenha entrado na sua casa para recolher o lixo na cozinha, quando vocês não estavam e entrei no seu quarto e os peguei.

- Isso é outra grande mentira – a expressão de Hope tornou-se novamente presunçosa – Porque eu queimei aqueles sapatos. Joguei-os no velho incinerador e o liguei.

- Isso foi muito inteligente. Muito inteligente mesmo – LeRoy voltou a rir – Mas digamos que essa noite eu tenha dormido escondido no porão e ouvi algo descer pelo velho cano do incinerador. Eles queimaram um pouquinho, sim, mas não totalmente porque eu os peguei. Mas ainda tem o bastante para passarem o produto e ficar azul com o sangue. Sobrou o bastante do sangue daquele garotinho pra te levar pra cadeira elétrica.

Ele se levantou e voltou para o aparador de grama e Hope o seguiu correndo.

- Me devolva esses sapatos!

- Não. Eu escondi onde apenas eu posso encontrar.

- É melhor me devolver os sapatos! – Hope ameaçava – Eles são meus, então devolva.

- Eu não vou devolver nada a ninguém.

- É MELHOR DEVOLVE-LOS PARA MIM, LEROY!

- Não vou devolver nada.

LeRoy andava de costas enquanto Hope avançava lenta e ameaçadoramente, bem mais do que era possível para uma garotinha de 8 anos, sobre ele.

- Não vou devolver. Quem é que vai dizer que estou com sapatos que não são meus?

- Você está! Você os pegou, então devolva!

- Estou só te enganando e provocando! Não peguei sapatos de ninguém! – LeRoy parou de brincar e rir- Agora vá brincar e me deixe trabalhar.

- ME DEVOLVA MEUS SAPATOS!

- Você não sabe quando estão só te provocando?

 - Você vai devolver meus sapatos!

- Vá brincar, não estou com sapato nenhum.

- Devolva-os – o tom de Hope era baixo, raivoso e ameaçador.

Pela primeira vez LeRoy parecia mesmo abalado, amedrontado e surpreso.

- Antes eu estava apenas brincando, mas agora acredito que você o matou. Você matou aquele garotinho com os sapatos.

- Você pegou meus sapatos e os escondeu... – ela ameaçou novamente – E é melhor pegá-los e devolve-los AGORA PRA MIM!

- O que está havendo aqui?!

Santana entrava pelo portão dos fundos trazendo uma sacola de compras, Emma vinha com ela e parecia um tanto confusa com a cena.

- Perdi uma pecinha do meu quebra-cabeça e achei que LeRoy tinha varrido ela junto com as folhas – Hope abaixou a cabeça – Me desculpe por gritar.

- Eu peguei nada senhora, juro que não fui eu.

- Tudo bem – Santana virou-se para o LeRoy – Pode colocar as ratoeiras no porão? Acho que tem ratos lá.

- Sim senhora.

LeRoy abriu a porta dupla que dava para a pequena escada do porão e desceu. Santana tomou Hope pela mão e a puxou para dentro de casa sendo seguida de perto por Emma.

- Adivinha o que eu trouxe pra você?

- Você realmente a esta mimando demais Emma.

Emma sorria para Hope que devolveu o sorriso.  Santana foi até a cozinha guardar as compras, ela realmente achava que Emma mimava a menina, e se aproximava demais para o seu próprio bem. A latina estava cansada e não dormia direito há dias, não sabia o que fazer e por enquanto ela estava levando. Mas e quando Brittany voltasse? O que iria dizer? Seria capaz de deixar Brittany sozinha com Hope?

Essas perguntas martelavam em sua cabeça sem parar, e na sala ao lado Emma e Hope conversavam como se o mundo fosse o lugar mais perfeito do mundo.

- Aqui está! – Emma entregava a correntinha dourada com o pingente para Hope.

- Que lindo! Obrigada tia Emma.

- Você parece uma princesinha de tão adorável.

- Eu amei tia Emma! – Hope sorria – Me ajuda a colocar?

- Claro – Emma colocou o delicado colar no pescoço da menina – Viu só? Linda!

- Obrigada de novo! – Hope exclamou, e então ouviu o barulho do vendedor de sorvete – Mamãe! Mamãe!

- O que foi Hope? – Santana saiu da cozinha com algumas coisas nas mãos.

- Posso comprar um picolé?

- Pode, pegue o dinheiro na minha bolsa. Eu acho que está sobre a mesinha.

A latina voltou para a cozinha. Hope mexia na bolsa da mãe e encontrou o dinheiro, já ia saindo da sala quando a Emma a chamou de volta.

- O que é isso querida? Pra que esses fósforos?

Hope pegou alguns fósforos longos, usados para acender lareiras, que estavam sobre a mesa.

- Só queria brincar de pega varetas tia Emma.

- Devolva, ou sua mãe ficará brava – Emma advertiu.

- Vai contar a ela Tia Emma? – Hope perguntou baixinho.

- Não querida, agora deixe isso aí e vá comprar seu picolé. Vou ajudar sua mãe na cozinha.

Emma esperou que Hope devolvesse os fósforos para seu lugar e foi para a sozinha ajudar Santana, na verdade estava preocupada com a latina, e acabou não vendo Hope sair com dois dos fósforos ainda na mão.

--*-*-*-*-*-*-*-

- Santana? – perguntou calmamente.

- Sim?

Podia ser apenas impressão. Uma impressão errada. Mas a latina que sempre parecia tão forte agora aparentava uma pessoa cansada, quebrada e em seu limite.

- Posso estar errada, mas você parece diferente. Está tudo bem? Parece que algo está sugando você.

Hope. Pensou Santana tristemente. É minha filhinha, Hope.

- Não é nada Emma, está tudo bem. Eu só estou cansada eu acho.

- Tem certeza? Você e Brittany estão bem?

- É claro – Santana percebeu a intenção da pergunta de Emma – Eu amo Brittany com todas minhas forças e sinceramente? Não me imagino sem ela. Ás vezes me preocupo demais, é só isso. Você sabe, com ela longe... Eu não sei como está. Pode parecer besteira, mas me preocupo quando ela está longe assim.

Mentira. Sussurrou uma voz, muito parecida com a sua própria, dentro de sua cabeça. Você não tem medo e se preocupa porque ela está longe. Ah não, você se preocupa sobre quando ela voltar. Você tem medo! A voz continuava com seu sussurro revelador. Você tem medo do que Hope pode fazer com ela. Sua filhinha. Sua garotinha. Você tem medo que Hope mate Brittany. Ela capaz disso e você sabe.

Mas ela não podia dizer isso. Não podia contar a ninguém. Então mentiu.

- Queria que Brittany estivesse aqui, isso é tudo.

- Querida, você tem dormido bem?

- Não, acho que não. E me sinto tão cansada.

Santana largou-se em uma cadeira. Ela realmente parecia exausta.

- Olhe só – Emma abriu a bolsa tirando um pequeno frasco com comprimidos – Meu médico me receitou isso para dormir, quando eu tive alguns problemas com ansiedade. Não vai te fazer mal e você conseguirá dormir.

- Obrigada Emma – Santana pegou o frasco de remédio – Você é um anjo.

- Bobagem! Apenas me preocupo com você e aquele anjinho! Só não tome mais de um, está bem? Um comprimido não fará mal, mas alguns deles podem até matá-la.

Um grunhido abafado entrou pela janela. Parecia alguém gritando e batidas na madeira. As duas fizeram silêncio, mas não ouviram mais nada, exceto a porta se abrindo quando Hope entrou apressadamente.

- O que foi isso? – Emma perguntou assustada.

- Parecia alguém gritando. Hope? Você ouviu alguma coisa?

- Não mamãe!

Hope passou direto pelas duas e trancou-se na sala do piano. Logo se pode ouvir a alegre melodia que a menina adorava tocar. O barulho, quase um grasnido, veio novamente desta vez abafado pelo piano.

- Parece alguém pedindo socorro! – Santana correu até a janela, sendo seguida de perto por Emma que parecia aflita, e abriu a janela.

Logo puderam ver a fumaça que irradiava pela porta fechada do porão e os gritos tornaram-se mais claros.

- Socorro! Abram... Porta...  Emperrada!

Aquilo tudo parecia um pesadelo grotesco e nenhuma das duas conseguia se mover.  Um vizinho que aguava as plantas e conversava com um amigo ouviu os pedidos e socorro e os dois pularam a pequena cerca branca. Um deles pegou uma pá que LeRoy havia deixado no chão e pôs-se a golpear a fechadura.

- Fique aí dentro dona! E não deixe a menininha vir aqui! Chamem uma ambulância! Os bombeiros!

Finalmente abriram a maldita porta. Santana e Emma assistiram a tudo embasbacadas. LeRoy  parecia uma bola em chamas correndo pelo gramado e gritando como se o diabo o perseguisse.

- Pegue a mangueira! – o mais moço gritou para o vizinho da latina.

Isso fez com que Emma despertasse e ligasse imediatamente para o 911 pedindo socorro. Santana continuava paralisada. Os gritos de LeRoy ficavam mais fracos e ele havia parado de correr, seu vizinho jogava água nele, mas ele não se mexia mais. O rapaz mais moço apagava o pequeno incêndio no porão com baldes de água que enxia da piscina e apenas uma pequena fumaça era vista. E no meio de toda aquela cena macabra a melodia irritantemente alegre de Hope soava.

- A ajuda está vindo – murmurou Emma.

- Não adianta mais – Santana parecia engasgada com algo e deixou o corpo cair no chão – Ele está morto...

- Vão fazer o que for necessário. Graças a deus Hope estava aqui tocando piano.

- Essa maldita música! Continua tocando enquanto ele estava correndo e morrendo lá fora! – A latina perdeu totalmente o controle e tremia terrivelmente, mas não deixou que lágrima nenhuma caísse – Faça com que ela pare!

Emma ia dizer alguma coisa, mas os gritos do vizinho lhe roubaram a atenção.

- E a ambulância?! – ele gritou.

- Está vindo!

- Conseguimos apagar o incêndio no porão, não foi nada grave, mas é melhor que os bombeiros verifiquem se não outros focos. Mas o pobre homem...

O barulho das sirenes pôde ser ouvido.  A ajuda já havia chegado.

-*-*-*-*-*-*-*-

- Detetive Lopez? – O policial encarregado do caso se aproximou – Já removeram o corpo, estão avisando a família neste instante.  A senhora está bem?

- Sim – Santana balançou a cabeça – Qual o veredicto da morte?

- Segundo os bombeiros foi acidental. O foco do incêndio era o que parecia ser uma cama, ou ninho pelo que parecia, feito de palha e panos velhos perto da fornalha. Havia uma garrafa de bebida e fósforos no local. Ele provavelmente estava bêbado quando causou o incêndio.

- Não usamos a fornalha e o porão é apenas como depósito. Uma vez minha filha disse que ele juntou umas coisas lá e dormia, ordenei que não fosse mais lá embaixo.

- Ainda bem que a garotinha não estava por perto nesse momento. E a senhora não precisa se preocupar, nenhuma estrutura da casa foi danificada, apenas o monte de palha pegou fogo e seu vizinho o apagou rapidamente.

Apenas o monte de palha. Além do próprio LeRoy.

- Posso ajuda-la em mais alguma coisa?

- Não. Eu apenas quero esquecer essa tragédia e ver como minha filha está.

- Se precisa é só ligar Detetive. Boa noite.

- Boa noite.

Sim, ela precisava cuidar de Hope o quanto antes. Ela sabia o que precisava fazer. Foi a pior decisão que teve que tomar em toda a sua vida.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. E aí o que vocês acham que a Sanatan deve fazer? Ela deve entregar Hope?
Digam o que vocês acham! Eu sempre levo a opinião de todos em consideração.

Eu voltei a escrever, principalmente porque recentemente recebi muitos pedidos para continuar. Se vocês comentam eu escrevo mais rápido, se vocês leem e não comentam eu vou achar que não estão gostando - e mesmo que estiverem - eu não vou saber e não vou ter a pressa de continuar pra agradar vocês.

Se alguém quiser sugerir um fanfic, seja brittana, faberry, karley ou quinntana é só mandar nos comentários ou por mensagem privada, eu leio todas.

Debora eu não consegui o livro ainda, mas estou procurando ok?


Beijinhos até a próxima!