Bad escrita por Enid Black


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Hey, aqui estou eu com mais um fruto de minha criatividade avassaladora dos últimos dias! E aqui estou eu postando às vesperas do enem *chora chora* Boa leitura! E desejem-me boa sorte para amanhã ^.^



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O homem saiu do café, o sino em cima da porta de saída tilintou enquanto ele a abria. O cara se aconchegou um pouco mais em seu casaco preto quando o vento frio de inverno acertou-o ao sair para a rua.

Levantei-me da cadeira onde me encontrava, na área externa de uma lanchonete alguns metros distantes do estabelecimento em que ele estava momentos antes, coloquei uma nota bem acima do valor da bebida que eu havia tomado, uma quantia maior de dinheiro seria o suficiente para fazer o garçom calar a boca quanto ao meu estranho comportamento.

Coloquei as mãos no bolso de minha jaqueta, e sorri para os funcionários do local enquanto saía dali e seguia o homem, ele andava rápido e decidido pela calçada, devia haver algo muito bom esperando-o em sua casa.

Caminhei despreocupadamente atrás dele, distante o suficiente para ele não perceber minha perseguição, porém mesmo com minha cautela, meu alvo pareceu notar que algo o observava, pois a todos os momentos olhava para os lados nervosamente, para se certificar de que estava sozinho naquela rua. Ou talvez ele só soubesse que estava prestes a fazer algo extremamente errado. Novamente.

Eram nesses momentos que eu tinha que controlar o riso. Era patético a expressão das vítimas pouco antes de realizarem seus crimes, uma mistura de culpa pelo que estava prestes a fazer e a crescente vontade de realizar esse ato, além da tentativa fracassada de parecer alguém normal fazendo uma caminhada. Era hilário, ainda mais quando quem tentava isso era um cara de bigode ridiculamente retrô, acima do peso e calvo. Era difícil não rir.

Em algum momento o rechonchudo olhou para trás e me percebeu andando por ali, diferente dele eu conseguia fingir que era um inocente meio deprê que decidiu enfrentar aquele frio, por isso o homem logo virou para frente novamente, porém ele acelerou seu andar, começando a quase correr, pelo visto ele era um pouco mais esperto do que eu imaginara.

Apertei o passo também. Quando o cara virou-se de novo, agora quase em pânico, e me viu aproximando dele cada vez mais depressa, ele esqueceu o disfarce e começou a correr desesperadamente pela rua.

Comecei a correr atrás dele, eu queria muito rir de sua cara mais se avermelhando de cansaço e medo á cada momento que ele virava para notar meu progresso. Meu trabalho era mesmo muito divertido.

Corremos por alguns quarteirões, eu ainda tinha energia de sobra para mais uma partida, mas meu adversário gordinho não parecia tão animado. Poucos minutos depois de atravessarmos a terceira rua o homem parou e virou-se para mim, com um sorriso tosco no rosto.

– Acabou para você - disse ele, andando em direção a casa ao seu lado, abrindo a porta e entrando.

Aproximei-me a tempo de ouvir a tranca sendo instalada na passagem. Agora diga-me, o cara tinha que ser um idiota de primeira para achar que uma simples porta trancada iria deter um assassino de aluguel, pessoas assim mereciam morrer.

Dei um chute forte na madeira e ela se estilhaçou na minha frente, passei por entre as lascas amarronzadas que se recusaram a cair e chutei algumas que se encontravam do lado de dentro da residência.

– Desculpe pela bagunça, não prometo que irei limpar - disse, quando entrei.

Olhei para o aposento, era uma sala de vistas comum, com um pequeno sofá vermelho gasto e uma televisão a frente em cima de uma mesa pequena que parecia já não aguentar o peso do eletrônico.

No sofá encontrava-se encolhido o homem. Ele tremia mais que o porco que parecia ser, tinha o rosto abaixado, e segurava alguma coisa entre seus braços frouxos. Tirei suas mãos do local e percebi uma garotinha ali em seu colo, seus olhos azuis indicavam a confusão que sentia por aquela situação, seus cabelos loiros eram um emaranhado sobre os ombros, a garota parecia não tomar banho a alguns dias.

– Por favor, eu não estava fazendo nada - disse o homem, sua voz abafada por causa de sua cara que ainda estava baixa.

– Agora não, mas iria fazer. E levanta a cabeça que eu estou falando contigo, idiota! - disse, dando um murro em sua cabeça, onde um dia tivera cabelo.

O covarde olhou para mim no mesmo momento, depois disso seu olhar em pânico revistou a sala em busca de alguma arma contra mim.

– Nem tente, cara - eu disse, e depois virei-me para a garotinha - Vá para o quarto pequena, tenho que resolver algumas coisas com esse tiozinho aqui.

A garota olhou para o homem com os olhos claros cada vez mais preocupados.

– Você vai bricar comigo hoje? - perguntou ela, fiquei com mais nojo ainda do homem a minha frente enquanto entendia a verdade escondida naquela frase da criança inocente.

Ele olhou para mim, percebendo que sua sentença estava dada.

– Não, querida - ele disse, sorrindo nervosamente para a garota e afagando seus cabelos - Só vá para lá, ok?

A menina assentiu e saltitou para dentro da casa, entrando em um dos quartos.

– Você é mesmo um idiota - eu disse, pegando o revolver guardado no cós de minha calça, o homem guinchou assim que viu a arma - Acha que só porque você não consegue nenhuma mulher pode abusar dessas crianças?!

– Eu nunca fiz nada - disse ele, afundando cada vez mais no sofá velho - Eu só brinco com elas.

– Denunciaram você para mim, disseram que você havia ameaçado matar à todos se alguém chamasse a polícia - disse, dando um soco em seu rosto que o fez cair do sofá.

O porco rastejou até uma das paredes, ficando parado em um canto com a respiração ofegante. Aproximei-me dele e agachei até que meu rosto ficasse no mesmo nível do seu.

– Fique sabendo que acabar em minhas mãos é bem pior do que parar na polícia - eu disse.

– Não! Não! Eu juro! Essas crianças me adoram! Pode perguntar a elas!

– Elas o adoram porque têm medo de você, e porque não têm outra opção além de se submeter ao que você quer - disse, levantando rapidamente e chutando suas costelas.

O homem desatou a tossir, seu rosto quase encontrando o chão enquanto seu corpo se contorcia com a dor.

– Afinal você dá comida a elas, enquanto elas te servem - continuei, andando em círculos enquanto trocava o revólver negro de mãos.

– Eu nunca mais farei isso, eu prometo! - disse o porco, implorando covardemente pela vida.

– Tarde demais - respondi, apontando a arma para ele.

– Eu te dou dinheiro! Quanto você quiser! Você será rico! - ele gritou, colocando a mão na frente do corpo, como se isso servisse de proteção.

Eu neguei com a cabeça.

– Desculpe, mas isso é melhor - sussurrei, e puxei o gatilho.



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Notas finais do capítulo

É isso ^.^ Não sei quando o próximo capítulo sairá, mas sei que ele só vai aparecer se alguém me mandar um lindo review de apoio, ou de xingamento, não me importo *sorrindo inocentemente*



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