É final de tarde e o céu começa a escurecer. Ouve-se uma batida na porta e Helena vai ver quem é. Ao abrir a porta, tem uma surpresa: é Emily.

- Querida, que bom que você chegou. Liz está ansiosa a sua espera.

- Eu também estou doida para revê-la mãe.

Acabando de dizer isso, uma criança de cabelos negros e olhos vermelhos aparece e percebendo que Emily estava lá, corre em sua direção.

- Oneesan!!! Você veio ao meu aniversário!!!

- Claro minha querida Imouto. - Diz Emily a abraçando e a segurando nos braços.

- Você é bem forte Oneesan.

- Nem tanto. - diz Emily rindo e entregando um embrulho para a garota - Olha o que eu trouxe para você.

- Presente! O que será?

- Abra e descubra minha filha. - Disse Helena.

A garota abre o presente e fica feliz ao ver que era uma linda pelúcia.

- Amei oneesan. Vamos brincar antes de partir o bolo? - Disse Liz toda animada.

- Claro. Vamos brincar.

E assim as duas vão até o quarto de Liz. As duas brincam bastante de boneca e monta-monta e quando chega oito horas, Helena as chamam para partir o bolo de chocolate. Depois de comerem o bolo, Emily arruma Liz para dormir e a coloca na cama.

- Eu não quero dormir oneesan.

- Mas você tem que dormir. Prometo que vou ficar aqui até você cair no sono.

- Você jura?

- Mas é claro. Promessa de dedo mindinho.

Emily começa a fazer cafuné na cabeça de Liz e em menos de dez minutos, a garotinha cai no sono. Ela sai do quarto de ponte pé, silenciosamente e vai falar com os pais.

- Tenho que ir. Está ficando tarde.

- Claro, minha filha. Cuidado por onde anda. - Disse o pai se despedindo dela.

Emily agora não é mais uma adolescente. Ela agora tem 25 anos e trabalha numa empresa importante da cidade onde vive, morando num prédio perto do seu emprego. O seu antigo quarto ficou para sua irmã mais nova que tem apenas sete aninhos.

As perseguições a ela haviam diminuído e ela estava muito aliviada com isso.

Ela acaba de chegar a sua casa, toma um banho, coloca uma camisola e se deita. De repente ela escuta seu celular tocar. Então Emily se levanta e atende a ligação.

- Alô?

- Emily, finalmente consegui te encontrar pelo celular. Tentei te ligar antes, mas dava fora de área.

- Eric, isso deve ter acontecido por que fui à casa de meus pais hoje para visitar Liz já que era seu aniversário e lá o sinal não pega direito.

- Entendo. Bem que você podia ter me avisado para eu ir junto. Você sabe que eu a adoro.

- Eu sei, mas me desculpe. Queria poder ficar a sós com ela um pouco. Há muito tempo não ficamos assim.

- Claro, me desculpe. Que tal se nós sairmos amanhã já que é sexta feira?

- Não é uma má ideia. Aceito.

- Então eu te pego às 22 horas.

- Ok. Estarei te esperando. - E assim termina a ligação.

Ela coloca o celular em cima do criado mudo e volta a se deitar na cama. Por algum motivo ela recorda algo que não gostaria de ter relembrado: Sebastian. Desde o dia em que tiveram uma noite de amor, ele havia desaparecido. No começo ela ficou muito triste e desesperada, pois depois do ocorrido, gostaria de ter ficado junto com aquele demônio. Mas como ela percebeu que ele a abandonara mesmo, resolveu seguir em frente com a vida, procurando outros caras. Atualmente ela namora Eric. Eles estão juntos há três anos. Ele a ama muito e se dá muito bem com sua família. É um homem perfeito.

"Porque estou me lembrando dele justo agora? Pensei que o tivesse esquecido." pensa Emily se virando na cama e se entregando ao sono.

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Enquanto isso, em um lugar desconhecido, dois sujeitos conversam sobre um assunto de suma importância para os dois.

- Emily servirá como base para meus planos. Preciso te-la em minhas mãos para obter seus poderes. – Diz o homem de altura mediana, magro, de cabelos compridos, sentado num tipo de trono.

- E eu preciso de Emily para poder me vingar de certo demônio. Que tal se unirmos forças? – Pergunta o outro homem que está em pé, de terno preto e cabelos curtos.

- Eu não confio em demônios.

- Ora meu caro, não sabe o que está perdendo. Se nós nos juntarmos, podemos nos dar muito bem. Pense melhor.

- Não sei não...

- Eu não tenho intenções de usar os poderes dessa mulher. Só quero como disse antes, fazer mal a ela para afetar Sebastian.

- Mas porque você pretende fazer mal a ela por causa desse demônio chamado Sebastian?

- Há muito tempo atrás Sebastian me prejudicou seriamente em um de meus planos. Se ele não tivesse estragado tudo...

- Agora compreendo. Então essa mulher tem ligação com esse demônio. Mas que tipo de ligação?

- Soube que eles ficaram juntos uma vez e que Sebastian nutre certo sentimento por ela.

- Você quer que ele sofra? Realmente vocês demônios são bem cruéis. Mais do que nós metamorfos.

- E então? Mudou de ideia?

- Sim. Vou me aliar a você.

- Então está feito nosso acordo. Demônio e metamorfo trabalhando juntos para capturar Emily.

- Que seja. – Resmungou o metamorfo. – Como vamos agir?

- Vou mandar um de meus servos tentar capturá-la amanhã.

- Ótima ideia. Espero que dê certo.

- Vai dar meu caro, vai dar. – Responde o demônio com um sorriso malicioso.