Irmãos, Apenas Irmãos... escrita por Duda


Capítulo 52
Capítulo 52 - Pare por favor. Isso doí!!


Notas iniciais do capítulo

Oi galera.
Novo capitulo!!
Obrigado á quem recomendou a fic. Pois á outra pessoa que recomendou.
Muito obrigado também por favoritarem e por comentaram
Boa leitura!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/287645/chapter/52

Acordei, estava dentro de um lugar qualquer cheio de areia e pó. Parecia estarmos perto de uma pista de motocross, pois ouvia-se motas e carros.

Estava atordoada e toda suja, minhas pernas estavam cheias de arranhões como se eu tivesse sido arrastada e havia sangue em meu braço. Minha cabeça doía e a claridade que meus olhos alcançavam fazia eles se fecharem e eu virar o rosto. Estava com muito sono e cada vez que fechava o olho fazia um esforço para o abrir de novo.

Me lembrei do que aconteceu na rua e entrei em pânico. Tentei me levantar umas quantas vezes mais não tinha forças. Minhas pernas não obedeciam ás minhas ordens e falhavam. Levei a mão ao bolso e peguei no celular.

Abri a lista e disquei o primeiro. Não tinha capacidade para ler que nome estava lá escrito e por isso me limitei a apertar a tecla verde. Ninguém atendeu. Percorri a lista de novo e quando chegou no M eu disquei o primeiro. Era Marta! Supliquei para que ela atendesse mais nada. O celular fartou de chamar e nada. Voltei ao topo da lista e tentei procurar Bernardo, quando achei o numero pus a chamar. Ele tinha que atender!

A grande porta de madeira que estava na minha frente se abriu e um garoto entrou. Não o reconheci logo pois estava com a cara tapada.

Se aproximou de mim e quando percebeu que eu tinha o celular no ouvido, o agarrou, jogou no chão e eu vi o objeto se desfazer em muitos pedacinhos, desde a capa ao visor. Saltou em cima dele e depois o chutou para um canto qualquer.

Sorriu e se aproximou de mim agarrando o meu cabelo e o puxando para trás.

_ Quietinha! Estou a ver que a bela adormecida já acordou da sua longa sesta. Eis aqui o seu príncipe encantado, ou devo dizer o lobo mau? – mal falou me deu um soco e uma gota de sangue caiu por meu nariz.

Não foi difícil de saber quem ele era, visto que feito otário abriu a boca e falou alto e em bom som.

_ Você é mesmo estupido. Se a sua ideia era eu não saber quem era, foi muito idiota, pois não teve o mínimo de cuidado para esconder. – ele tirou o gorro preto que lhe tapava a cara e voltou a me enxergar desafiador.

_ Ainda bem que já sabe. E foi bem legal ter descoberto por você mesmo. Para ser sincero nunca gostei muito do jogo de fantoches.

O celular dele tocou e ele o levou no ouvido:

_ Já tenho aqui a garota. Agora quem manda é a gente, e ele vai ser obrigado a ceder! – Duarte sorria na minha direção enquanto proferia cada palavra. Quem estava do outro lado devia ser um aliado tendo em conta o seu papo.

Ele voltou a guardar o celular no bolso e depois pegou numas cordas do chão. Ainda o tentei impedir mas não deu em nada. Fez elas deslisarem em volta de meu corpo e me prendeu a uma cadeira. Amarrou também minhas mãos e meus pés. Porém a boca deixou bem destapada.

Sentou-se num outro assento a minha frente e pegou um cigarro. Depois pôs os seus olhos em cima de meu corpo e se encostou para trás.

_ Me diga uma coisa, Leonor! Você chegou a avisar Bernardo do conselho que eu te falei ontem? – não respondi. – Bem me parecia. Eu te disse que não era muito bom andar sozinha na rua, não vá o bicho papão aparecer. E se quer que lhe seja sincero eu nunca pensei que você fosse algum dia mais, andar pelo rua sozinha. Não aprendeu que existe muita gente má que gosta de estrupar garotas, principalmente com idades estre os 15 e 18 anos, e as deixar na rua?

Parei no momento em que ele falou aquilo. Como ela sabia? Engoli em seco umas quantas vezes e quando finalmente achei que conseguia abrir a boca e dizer alguma coisa falei:

_ Como você sabe que eu… que eu… - a ultima palavra não sai, nem que eu reformulasse a pergunta inúmeras vezes.

_ Como eu sei que você foi estuprada? As coisas se sabem. Assim como eu sei que seu padrasto se chama Marcos e sua mãe Eva. Assim como sei que sua mãe e seu padrasto mais precisamente são donos de uma grande empresa nacional. Leonor, minha pequenita Leonor. Já entendeu que eu sei praticamente tudo da sua vida ou quer mais provas?

Tentei me soltar daquelas cordas todas mais não consegui. O que consegui foi com que ele se exaltasse e viesse de novo ao pé de mim.

_ Eu já não falei que quero você quieta e calada? – ele agarrou meu rosto e fez força.

_ Você pode me deixar atada a essa cadeira o dia inteiro, mas quando as pessoas derem pela minha falta, vão dar o alarme e vão me vir procurar, seu estupido. – minha voz tremelicava.

_ Mas se eu acabar com você ninguém te vai encontrar. E finalmente eu vou dar uma lição para o imbecil do seu namoradinho, meio irmão. Se é que me entende.

_ O que é que você vai fazer, Duarte? O que é que você vai fazer, Duarte? – falei desesperada e já não aguentando segurar meus soluços.

_ Primeiro vou fazer você sofre mais um pouquinho e depois vai ser a vez de dar as dores ao seu amado Bernardinho. Eu até já estou imaginando a aflição dele nesse momento. Será que está preocupado ou sentindo-se culpado? Porque não sei que raio de namorado ele é ao deixar a sua menina ir sozinha para a escola!!

_ Não faça mais nada, Duarte! Por favor não faça mais nada! – lágrimas seguidas escorriam por meu rosto incessantemente.

_ Hey, garota. Você não tem razão para chorar! Pera aí será que são as cordas que estão apertando de mais? – ele foi ver e ainda as apertou mais roubando de mim urros de dor. Elas estavam muito apertadas e já eram visíveis as marcas vermelhas e roxas que estavam deixando em minha pele.

_ Duarte pare! Pelo amor de Deus pare! Isso doí demais. – ele olhou para o nada e levantou o dedo indicador.

_ Acho que estou ouvindo vozes! – depois se abaixou e ajustou melhor as que prendiam meus pés. – Mordi meu lábio inferior para inalar a dor mais foi em vão. A tortura de as sentir quase que entrando por minhas pernas dentro se fez sentir.

Enchi meus pulmões de ar e gritei entre singultos:

_ Alguém me ajude!! Socorro!

_ Ó meu bem, escusa de gritar, de berrar, de chamar, de prantar… Você está no meio do nada. Está numa pista de motos e carros de corrido e aqui o único barulho que se ouve são rodas deslizando e motores trabalhando. Escusa de estar esforçando suas cordas vocais porque só vai sair daqui quando me apetecer e quando eu bem entender, entendo? – ele pus sua cara bem na frente da minha e seus olhos fixos nos meus.

_ Sua besta. – falei e cuspi em seu rosto recebendo como resposta uma bofetada dele que fez eu pousar meu olhar no chão.

_Duarte por Deus isso doí, pare.

_Você tem que pedir mesmo forças a Deus porque isso aqui ainda não é nada comparado com aquilo que vou fazer com você.

Ele olhou por mim abaixo e se chegou mais para trás.

_ Agora olhando assim, bem para você, está me dando uma vontade louca de brincar. – desviei meus olhos do chão e o encarei agoniada.

_ Não. Isso não. Você não era capaz de…

O monstro pousou seu dedo indicador em cima de meu nariz.

_Não ponha em causa, nem duvide daquilo que eu sou ou não sou capaz de fazer. E se tem incertezas, não faça eu ter que provar. Porque a coisa pode correr mal para o seu lado, ou para o do Bernardo.

Duarte saiu do barraco e trancou a porta. Meus ossos doíam e meus músculos não tinham forças. Olhava para todo o lado á procura de ajuda, me mexia na cadeira tentando soltar um pouco as cordas, gemia e gritava mais ninguém aparecia. A porta se abriu outra vez e Duarte entrou enervado. Pegou um lenço do bolso e num franco depois molhou o lenço com o liquido do frasco.

_Já disse que queria você calada. – pus o lenço perto de meu nariz e minhas narinas se embriagaram com aquele cheiro forte me fazendo de novo perder os sentidos. A ultima coisa que ouvi foi:

_ E boa noite Cinderela.

Comecei a ouvir um grande barulho, muita agitação e fui abrindo meus olhos bem devagar. Alguém batia na porta.

_ Leonor ? Você tá ai? – a voz de Bernardo se fez ouvir.

_ Bernardo. Socorro! Me ajude.

_ Calma. Me diga onde você tá. Tá muito perto da porta?

_ Não.

_ E consegue se mexer?

_ Não. Estou amarrada em uma cadeira.

_ Filho da mãe. Eu vou matar esse babaca. – Bernardo deu dois encontrões na porta e ela acabou por cair.

Depois correu para mim. E começou desamarrando todas aquelas cordas que me fixavam na cadeira.

_Como você tá?

_ Melhor agora que apareceu.

Assim que ele me desatou, eu tentei me segurar de pé mas não consegui e por muito que eu tentasse arranjar forças elas não apareciam. Bernardo pegou em mim no colo e a gente saiu dali. Ainda estava atordoada e pousei minha cabeça no peito de Bernardo.

Quando já estávamos bem afastados da pista ele me devolveu por um segundo os pés ao chão. Mas ainda me agarrando para não cair. Digitou um numero qualquer e levou o celular ao ouvido.

_ Estou Miguel! Encontrei ela. Ela está viva mas em mau estado. Não a quero levar assim para casa. Estou em sua casa em 5 minutos. Vá vamo.

_ Abra a porta Miguel, vá. – Bernardo se fartou de tocar na campainha. E só parou quando a porta se abriu.

_ Suba lá para cima. Estarão mais á vontade. Eu vou já ter com você.

Bernardo me pousou na cama de Miguel com cuidado.

_Como você está? O que ele fez com você? Eu não devia ter deixado você ir sozinha para a escola! A culpa disso é minha. – Bernardo falava tão rápido que naquele momento me deu vontade de rir. Pousei minha mão em seu peito e esperei que ele acabasse. Entretanto Miguel entrou também no quarto.

_ Eu estavam andando pela rua, aí alguém apareceu e me faz cheirar uma droga qualquer que me fez perder os sentidos, depois eu acordei ali. Eu ainda liguei para você e para Marta mais ninguém atendeu. Ele apareceu de novo e me foi batendo e amarrando aos poucos e para minha admiração ele fez a questão de me lembrar de meu passado. Ele sabe de quase toda a minha vida! – levei a mão ao corte que tinha na boca e apreciei meus pulsos.

_ Isso tá feio! – Miguel falou.

_ Me doí.

_ Quer ir no hospital? – Bernardo falou passando a mão em minha cara.

_ Não. Num é preciso eu estou bem.

_ Se nota mesmo. È que eu olho para sua cara e ela transborda de alegria. Você vende saúde, né! – Miguel falou ironizando.

_ Eu estou bem. Acho que o que preciso mesmo é de descansar um pouquinho e tomar um bom banho.

_ Bom. Eu vou deixar vocês sozinhos. Acho que precisam de conversar. Estejam á vontade, façam de conta que estão na vossa casa. Mas não abusem, hein! – Miguel piscou o olho para Bernardo e depois saiu…





Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E quem gostou? E quem adorou? E quem amou?
Como será a conversa com Bernardo?
Deixem reviews!!
Um grande beijo
Duda:)
P.S Estejam atentos pode haver novidades!!