Wanted escrita por Miss Elyon


Capítulo 8
Capítulo 8 - Atracando


Notas iniciais do capítulo

Bem, desculpem a demora!
Espero que gostem e deixem comentários e se possível recomendações ou adicionem nos favoritos!



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Capitulo 7 – Atracando

            Estavam a quase três dias do Cairo e para aquela embarcação não se vira outra coisa além das brigas constantes entre o Capitão e a nova Navegadora. Muitas vezes suas discussões chegavam a ser assistidas com tamanha curiosidade pela sua tripulação. A maioria já havia se acostumado com a presença de três mulheres, e que uma delas era a favorita do capitão e as outras estavam sob a guarda constante do primeiro imediato e do ex-Capitão.

            A grande maioria daqueles homens tinha respeito pelas três e as considerava como parte da tripulação, contudo alguns tripulantes ainda não conseguiam enxergar o seu devido lugar, e a torto e direito eram condenados a fazer quaisquer tarefas absurdas que seu Comandante ordenasse. Afinal, ninguém poderia cobiçar o objeto de desejo do capitão, do qual todos sabiam se tratar da jovem de longos cabelos negros e olhos cor de âmbar.

-Kyouko eu já disse e repito você não vai participar de nenhuma maneira do saque – disse Ren alterando seu tom de voz.

-Eu vou sim! Fui eu que indiquei o caminho e o tesouro a ser roubado! Tenho tanto direito como qualquer homem do seu navio. – disse ela contrariada

-Você não vai! Já pensou se te pegam? Seu querido carcereiro deve estar movendo céus e terras pra te encontrar e você acha que eu vou arriscar a sua liberdade por ouro está muito enganada.

            Kyouko sabia que Ren estava pensando nela, e que queria a todo custo prezar por sua segurança, mas algo a incomodava. Precisava estar naquele lugar de uma forma, e sabia que havia uma razão para isso, mas por mais que perguntasse a Maria, ela não conseguia dizer. Parecia que estava sob um feitiço, e toda vez que tentasse falar algo relacionado a este destino, sua voz parecia travar. Talvez fosse algo que ela provavelmente tinha de buscar sozinha, a final, não podia depender de predições que podiam mudar a todo instante. Mas havia também uma estranha sensação, que tinha em seu peito, uma sensação muito ruim e que não queria passar de forma alguma. E ela sabia que tempos difíceis viriam, pois esta mesma sensação a abatera quando foi tirada de Port Royal quando menina e quando descobrira que fora vendida.

            Não sabia qual seria a sua reação se encontrasse com Reino novamente, talvez seu primeiro instinto tentar fugir, mais com toda certeza prevaleceria seu instinto de monstro, que seria de atacar com tudo que tinha. E não importava as armas que utiliza-se, seja metal contra metal ou até mesmo utilizar da água para tanto. Sabia que seu outro lado não descansaria até acabar com a existência repugnante daquele homem. Ren não compreendia como ela se sentia, e sabia disso quando a lembrava toda vez o que ela era.

- Eu sei muito bem do que aquele réptil é capaz de fazer e sei também o que eu sou – disse ela no mesmo tom – não, o que me tornaram! Ao contrario de você eu não pude escolher meu caminho, não conheci o mar como eu queria, eu fui convertida a me tornar uma escrava, e você está me privando de conhecer parte da vida que sempre sonhei?!

            Ren não podia acreditar em que seus ouvidos acabaram de escutar. Todo este tempo ela estava presa sob uma condição desumana. Pensava que ela estava sob tortura sob algum motivo de vingança de algum pirata contra Lory. Mas uma escrava?! Jamais podia imaginar tal coisa. Sabia que ela escondia algo e que não contaria a menos que fosse provocada, mas isso era cruel demais até mesmo para ele. Mas então porque tinha a sensação que não era apenas isso que ela escondia? O que havia mais por traz disso?

            -Você pode perambular por onde quiser, não a estou a impedindo – disse ele com raiva – acontece que não vou permitir que você participe do saque! Além de estritamente perigoso, você tem alguma idéia do que irá acontecer com você se descobrirem sua situação? Vão fazer o que quiser com você e trata-la como a pior espécie de meretriz, inclusive chibatadas em praça publica! Você por acaso tem noção disto?

            Ela continuava a não entender seus sentimentos, ou apenas não conseguia enxergá-los. Estava cada vez mais claro para ele que não conseguiria viver sem ela, e a possibilidade de perde-la de qualquer forma, o tornava insano. Queria coloca-la em seus ombros e dar-lhe umas belas palmadas, assim como queria agarra-la e arrasta-la aos seus aposentos e faze-la mulher. Será que ela não compreendia o quanto ela significava para ele? Foram apenas poucos dias, para que o sentimento de criança floresce-se em seu peito, como um desabrochar de uma rosa. Esse sentimento, tão inoportuno o estava o enlouquecendo. Havia jurado que não a tocaria, mas estava cada vez mais difícil de controlar-se, e ela não facilitava de alguma maneira.

            Todas as noites ela dormia em sua cama e ele como uma tentativa de não perder o controle dormia ao chão. Mas a pequena, se aconchegava a ele e pior dividiam o mesmo manto para aquecer, e acabava com seus corpos aconchegados a um ponto de fazerem suas entranhas e seus instintos chegarem à excitação. Sentia-se a flor da pele a todo momento, e todo o rum do mundo e as melhores cortesãs não poderiam suprir-lhe aquele desejo.

- Eu sei muito bem o que pode acontecer comigo – disse ela – mas eu quero fazer algo na minha vida! Não quero ficar presa a nesse navio tentando me fazer de donzela ferida! Quero lutar e ser eu mesma e não me importo nem um pouco com o futuro, quero viver o presente.

-Com mil demônios mulher! Você não consegue entender que quero protege-la?! – disse ele em tom aspirado, envolvendo Kyouko pela cintura e aproximando seus corpos, fazendo com que a mesma corar.

-Ren, eu sei que você quer me proteger até de você mesmo – disse ela respirando derrotada – mas eu preciso provar que a mim mesma que estou viva! E ser ou não uma escrava, não me impedirá de viver.

            Ren sabia que esta disputa estava perdida, mas a batalha que se aproximava iria vence-la. Suspirou fingindo-se de derrotado, e a soltou a contra gosto olhando para aquela garota teimosamente linda.

-Kyouko, você não vai participar do saque – disse ele que iria ser interrompido por ela – mas você poderá passear pelo mercado e colher o máximo de informações possíveis sobre a estatua. È o máximo que deixarei participar da missão.

            Kyouko sabia que ele estava no seu limite para deixa-la em segurança e entendia isso. Mas sabia que não seria do dia para noite que ele mudaria, e que se iria conviver com ele, precisava ter paciência. Então deu-se conta das palavras ditas antes, e que deixar participar dessa maneira, era porque ele confiava nela e queria a todo custo prezar por sua identidade e ficar com ela. Não soube explicar a razão, mas ficou feliz e sorriu como não fazia a muitos anos e beijou-lhe a face demoradamente como sinal de seu contentamento.

            Ren não poderia estar mais surpreso pela atitude. Será que ela em fim entendera que ele apenas se preocupava com ela? Não podia conter um sorriso bobo nos lábios ao vela conversando com as amigas animadamente sobre a sua missão. Então deu-se conta que era observado por todos naquele navio, que faziam uma cara de sarcasmo, o que o deixara de certa maneira constrangido.

-Existe algo no meu rosto que você tanto admiram?! Ao trabalho bando de imbecis!

            O capitão estava furioso por ter sido pego em um momento em que voltava a ser um adolescente, ainda mais para com a tripulação. Era humilhante ter sido pego desprevenido e mais ainda ver aqueles sorrisos nas faces de cada um de seus homens. Aquela garota o tinha nas mãos, e ela nem sequer se dava conta disso.

            Ren rumou-se para os seus aposentos pisando duramente ao chão, estava com raiva de si mesmo por ter demonstrado, mesmo por pouco, que sentia algo pela jovem. Não queria ser motivo de comentários sobre suas habilidades como provavelmente alguns de seus marinheiros o fariam. Os únicos que confiava era Lory, Yashiro e alguns tripulantes da época de Lory como capitão. Hikaru por mais louco e leal que fosse havia algo nele que não tinha muita certeza ou provas para tanto, iria criar problemas em um futuro próximo, pois a maneira como ele encara a jovem, já se tornava preocupante.

            Deitou-se no sofá de seu escritório, e ficou a pensar em tudo o que acontecera nos últimos dias. Desde que se encontrara com ela, percebera que o olhar doce que ela emanava quando pequena havia mudado para algo mais profundo, havia tristeza, ressentimento e segredos, incontáveis segredos escondidos. Ela provavelmente escondia algo que não podia contar a ninguém, e só de pensar que aquele bastardo a fizera passar, trazia uma raiva incapaz de ser contida. Em sua mente, tinha imagem dela sendo torturada em uma câmara de tortura, acorrentada e chicoteada até perder os sentidos e outras formas que comprometiam seu corpo. Só de imaginar, já planejava mata-lo tão dolorosamente, por todo e qualquer sofrimento que a fizera passar e de formas que até o inferno temeria e sua alma permaneceria em completa perdição, jamais encontrando uma luz.  

            Odiava com todas as forças a si mesmo pelos anos de escuridão, não queria acreditar que por uma mentira fora capaz de se perder em sua dor, quando na verdade a que sem duvidas mais sofrera fora ela. Uma escrava. Vendida como se fosse um animal de feira e escorraçada até seu dono satisfazer-se. Mas com que propósitos ele justamente a comprara, quando ela tinha apenas 15 anos, e estando sob a proteção do nome de Lory? Kyouko, conforme se lembrava havia ficado na ilha pirata, sobre a proteção do nome de Lory, com uma antiga conhecida de sua mãe, Madame Fiona. Jamais podia imaginar que a mãe de Kyouko fora uma pirata da tripulação de Lory, justamente a melhor navegadora que ele detivera e que a perdera quando ela se casara com um duque e aliado dele.

            Quanto a Madame Fiona, ainda não sabia o que pensar sobre ela. Sabia que ela adorava antes de tudo a si mesma e ao dinheiro, mas também detinha medo sobre Lory, e ter vendido Kyouko, quando estava a sua proteção era incrivelmente suspeito. O que o fazia pensar que uma grande quantidade de ouro deve ter lhe cegado para que ela esquece-se de seu medo e pensasse em encher seu cofre. Não podia negar que estava satisfeito com o que fizera, na mesma noite em que havia festa no navio, mandara Hiroshi, grande amigo de Lory e ex-primeiro imediato, descobrir sobre o acontecimento a época e conseqüentemente causar certo estrago ao patrimônio de uma certa megera. E o que descobrira o deixou ainda mais em duvidas. Segundo Hiroshi, a velha havia contado que um duque incrivelmente rico havia pago uma fortuna pela jovem que estava sob seus cuidados, ele oferecera dois baús repletos de ouro e pedras preciosas pela garota e que o homem em questão era louco, e que dizia algo como “dominação dos mares estava cada vez mais próxima”.

            Aquelas palavras não faziam o menor sentido. Ninguém poderia dominar o mar, ele pertencia a Poseidon e aquele que ousasse a tomar seu lugar iria ser engolido por sua ira. Mas havia uma lenda que ouvira certa vez quando criança, Poseidon deu sua benção a certo homem, que ficara responsável por cuidar de um tesouro que o rei dos mares mais estimava, sua única filha e em troca ele teria o controle absoluto das águas. Mas ele o trairá da forma mais profana possível, quando esta havia dado a luz a uma criança humana. Como castigo Poseidon levou consigo a filha a condenando ao exílio e tentara levar a embarcação para as profundezas, mas fora impedido por algo, mas a historia divergia neste ponto. Alguns diziam que fora o apelo da filha que sacrificou sua vida para salva-lo, outros diziam que fora o bebê que os salvara.

            Era impossível de qualquer forma. Uma criança fruto do envolvimento de um homem com uma filha de Poseidon era completamente impossível. E afinal de contas isto era apenas um conto de pescadores que não tinham nada melhor para inventar. Não deu-se conta das horas que passaram, e que o céu já tingira os tons de azul. Precisava descansar para arquitetar meticulosamente o plano de saque e assim, adormecera com seus pensamentos voltados para o tesouro, a lenda e no que encontrariam quando desembarcassem.

            Na proa Kyouko admirava o horizonte. A imensidão do azul que se misturava com o céu e que não possuía um fim definido era incrivelmente atraente. Quantas vezes não sonhara com esta visão de sua cela? Quantas vez, não ficou a imaginar em como seria sua vida se fosse uma garota normal? Por que entre tantas pessoas havia sido agraciada com uma forma tão monstruosa que despertava a cobiça entre os homens? Ela era uma amaldiçoada e teria de conviver com isto até o fim de seus dias.

            Por esta razão não conseguia contar a verdade para Ren sobre sua natureza. Não sabia o que ele faria quando o soubesse, mas a hipótese de ser tratada como um animal ainda a atormentava. Por mais grosso e mimado que fosse, ele era gentil a sua maneira, as vezes notava que ele a abraça enquanto dormia, como se tentasse protege-la de alguma ameaça ou quando ele falava dormindo o seu nome e pedindo para que não fosse embora. Pequenos e simples gestos, estavam fazendo com que ela perdesse seu coração aos poucos de uma maneira que não havia volta. Mas no fundo ela sabia que jamais poderiam ficar juntos e que em um futuro próximo eles iriam se separar. Com certeza este dia chegaria, mas até lá aproveitaria cada instante com ele e mesmo que ele nem sequer desconfie da profundeza de seu sentimento, estaria ao seu lado até o ultimo instante.

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            Dois dias haviam se passado desde então, e a relação do Capitão e sua navegadora, parecia estar mais estranha do que nunca. A maioria da tripulação já notara certos olhares de seu comandante para a jovem e os olhares desta para com ele, havia suspeita sobre qual profunda era a relação dos dois e é claro alguns apostavam algumas moedas de ouro para qual seria o desfecho de tudo isso. Ren não conseguia conversar com a jovem sem demonstrar sua raiva e frustração, e no fim acabavam em alguma discussão ridícula. Kyouko tentava todo custo fazer o mesmo mudar de idéia sobre sua participação no saque, mas este demonstrava-se irredutível para tanto.

No começo da tarde, atracaram no porto do Cairo. Kyouko, Kanae e Maria ficaram impressionadas com a quantidade de pessoas e especiarias que vendiam. Então tão logo que a rampa desceu, elas rumaram-se para o mercado. Maria estava contente não podia negar. Por mais que adora-se cada um dos tripulantes da embarcação, estava feliz por colocar os pés em terra firme e não ter de se preocupar com a maré respingando pelo convés e a atingindo-a. Kanae por outro lado, queria conhecer as belas paisagens que aquele lugar detinha, como as grandes pirâmides e a grande esfinge, que ouvira quando criança. Kyouko, por outro lado, tinha um fascínio por aquele lugar, era um tanto enigmático e misterioso, pelo qual ouvira tantas histórias contadas por sua mãe.

Lembrar dela, sempre trazia certa nostalgia. Era uma mulher forte e determinada, e pelo que soube fora uma grande espadachim. Tinha grande estima pela mãe adotiva, que talvez ela soubesse de sua maldição mas a tratara sempre com muito carinho. Queria te-la chamado mais vezes de mãe, mas  só conseguira dizer uma única vez, quando fora tirada de Port Royal. Ainda lembrava de suas ultimas palavras, “Use sua habilidade de lutar e lute por sua vida quando se sentir ameaçada”. E ela lutaria e honraria sua promessa de reencontra-la, mas por que tinha a estranha sensação que a encontraria quando menos esperasse?

Andando pelo mercado podia encontrar um pouco de tudo, desde mantimentos e especiarias até jóias, porcelanas e vestuário. Também, haviam uma quantidade infinita de pessoas de diferentes lugares, ela podia imaginar que viam de outros continentes ou até mesmo de lugares mais distantes que ainda eram tão desconhecidos para ela, mas que em breve os conheceria. Então começou seu movimento para coletar as informações sobre a estatua. Perguntara aos comerciantes como se fosse adquirir algo, e o que conseguira coletar a surpreendera pela hospitalidade e amabilidade de seu povo. Até então que vira uma criança tentando pegar uma maça, ela parecia incrivelmente faminta e parecia um tanto mais nova que Maria. Pegou a maça e ofereceu a criança que sorriu e desapareceu entre as pessoas. No mesmo instante em que o dono da barraca pegara pelo braço dizendo que ela o roubara.

- Sua vadiazinha sem vergonha! – disse ele – eu vi você roubando minha mercadoria e dando a aquele imundo! Você sabe a pena para aqueles que roubam? Tem o braço cortado!

- Meu senhor eu pago pela mercadoria – disse ela utilizando de toda uma calma e graça – não precisamos nos envolver em um banho de sangue por isso não é mesmo? – ela então retirara duas moedas de ouro e pagou ao senhor que ficara surpreso. Aquilo somente podia vir de uma pessoa de grande fortuna.

-Mil perdoes Milady – disse ele fazendo uma curta reverencia – acontece que o costume por aqui é este, mas creio que houve apenas um equivoco de minha parte.

-Fico contente que reconhecera seu erro, com um simples adorno – disse ela – e o senhor poderia ainda ser mais gentil se me contasse sobre algo.

-O que quiser Milady – disse o comerciante, imaginando o quanto lucraria.

-Soube de um cargueiro que trouxe uma determinada estátua, ela seria dada em presente ao nosso amado Sheik. Sabe de alguma coisa a respeito?

-Milady, não se fala em outra coisa por aqui – disse ele – a estatua é considerada uma oferta de paz entre os Ingleses e o nosso país. Pelo que circula, ela será demonstrada num baile de hoje a noite em homenagem a Vossa Alteza. Apenas os mais nobres tem acesso ao palácio.

- Obrigada por tal informação meu amigo, me fora bastante útil – disse ela se retirando, mas for impedida novamente pelo mesmo comerciante.

-Senhora, por tal informação eu não mereço uma recompensa? – disse ele

Kyouko ficara incrivelmente irada. Mas que sujeito mesquinho e traiçoeiro era este que não dava-se por satisfeito.

-Acredito que já tenha o dado antes, uma moeda de ouro pela maça e uma moeda de ouro pela informação, afinal é um preço justo. – disse ela o olhando friamente – E se precisar de mais informações, pagarei por igual não acha?

O comerciante ficara sem reação. Aquela milady era esperta demais para uma mulher. Sempre ouvira dizer que mulheres deviam ser castas e não contradizer ou enfrentar um homem. Pensara que não chegaria o dia em que se sentisse ameaçado por uma mulher, mas aquela pelos deuses nem de longe era uma mulher comum.

Kyouko já estava longe do comercio e muito próxima do palácio. Kanae já imaginava o que a amiga estava pensando e o que ela faria a seguir. Além de muito arriscado, provavelmente seria um plano louco e que provavelmente ela o faria sozinha. Ela fora tiradas de seus pensamentos por um grito vindo de Maria, que a todo o percurso ficara incrivelmente calada.

-Maria calma – disse Kyouko a abraçando e logo após a fazendo a encarar – o que você viu?

-Ele já está aqui! – disse Maria – Ele virá atrás de você quando a lua estiver cheia e você será levada.

-Calma pequena – disse Kyouko – eu não vou a lugar nenhum e se ele, seja ele quem for, se vier mostrarei o que eu posso fazer.

-Mas se ele te pegar, não conseguirei mais ver o seu futuro – disse ela em meio as lágrimas.

-O que você quer dizer com isso? – disseram Kyouko e Kanae ao mesmo tempo.

-Seu futuro será apagado, porque não haverá mais um futuro –disse ela – você se perderá nas trevas. 


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Notas finais do capítulo

Vixie... o que acontecerá com Kyouko se ela persistir em ir até o palácio? Quem é esse homem?
Mereço comentários? recomendações?
Ja ne