I Miss The Time When You Missed Me escrita por Jade Lima


Capítulo 4
Capítulo 3 - How did you get in here?




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Eu estava caminhando para o meu primeiro dia de trabalho. Eu estava animado, é claro. Trabalho novo é como o primeiro dia em uma nova escola. Você fica alegre e ansioso. Eu não sei como havia conseguido esse trabalho. Eu realmente estava enferrujado na área da engenharia. Está bem, estou exagerando, já que não era um trabalho... Era um estágio, somente. Mas, gosto de falar que era um trabalho, então, vamos deixar fluir. Eu estava caminhando para o prédio onde eu faria minhas anotações, quando a vi pela primeira vez. Ela estava com as amigas, rindo de coisas que certamente não eram tão engraçadas assim. Usava um short jeans, não tão curto, não tão longo. Uma regata branca que, a propósito, realçava sua pele morena. Os cabelos castanhos caíam cuidadosamente pelos ombros. Ela me viu e eu dei um sorriso charmoso. Ela voltou a falar com as amigas, com indiferença. Mas eu podia notar quando ela me olhava com o canto do olho. E ficou assim, até seguirmos caminhos diferentes na estrada.

Eu acordei com a mulher me cutucando. Fell não parava de me perturbar desde que cheguei aqui, essa era a verdade. Relações entre médico e paciente não deveriam ser assim. Ela segurava uma prancheta e sorria.

– Você só sabe me dar notícias ruins que me fazem chorar pela noite inteira. Acabe com meu sofrimento e diga logo porque está aqui – eu disse, evitando em pensar em Elena. Se eu pensasse em Elena, por um segundo sequer... Não.

– Vejo que está melhor dos surtos da noite passada e isso é bom – ela disse – Desta vez, Sr. Salvatore, a notícia não é ruim. Você está livre, em alta! Poderá sair do hospital por volta das sete da noite – eu me sentei, olhando para ela.

– Isso significa que poderem ver Elena? Significa que posso sair dessa cama desconfortável? A propósito, o cheiro desse quarto... Nossa. – eu disse, enquanto a mulher assentia e sorria.

– Sim! Você não teve resultados graves em relação ao acidente. Está limpo – a mulher falou. Eu me privei de sorrir. Não enquanto Elena estivesse inconsciente. A mulher assentiu mais uma vez e saiu do quarto.

(...)

Quando fiquei em alta, fiquei com medo, também. Eu passei esse tempo inteiro querendo ver Elena, mas agora que eu podia vê-la, eu estava aterrorizado. Aterrorizado de como iria encontra-la... Eu não tinha certeza se queria ver. Eu fui pra casa, tirei meu pijama de hospital fedorento. Foi quando deitei na cama e ela não estava ao meu lado, que eu percebi o covarde que eu estava sendo. Levantei rapidamente e fui em direção do hospital.

Pisquei os olhos e já me encontrava no corredor do que me indicaram ser o corredor do quarto de minha amada. Devo admitir, era bom andar por esse hospital sem ter seguranças ou a Dra. Pé-No-Saco me agarrando por trás. Meus passos eram ocos, lentos, nervosos. Eu precisava chegar até lá, mas, uma parte de mim, ainda não queria. Não pretendia. Não sei seria capaz de vê-la naquele estado... Quarto 716. Eu encarava a porta, com medo. Tremendo, para falar a verdade. Quando abri a porta, eu vi somente um corpo flácido, fraco, pálido, deitado na cama do hospital. Ela parecia tão cansada... Parecia estar dormindo. “A bela adormecida,” pensei e sorri comigo mesmo. Sentei em uma poltrona próxima e segurei em uma de suas mãos. Ela estava incrivelmente gelada. Doía dentro de mim ver Elena assim... Doía tudo.

– Bem, eu li em um livro que nós devemos falar com pessoas nesse estado... Que elas podem melhorar, escutando a voz da pessoa amada – eu disse. Já podia sentir meu rosto queimar – Elena... Você não sabe o quanto é insuportável vê-la assim. Eu queria me desculpar com você... Você não merece isso. Você... – eu pausei, olhando seu rosto – Eu deveria estar em seu lugar. Sou um burro. Burro, burro – eu revirei os olhos... Não parecia conseguir continuar, pois um havia um nó chato na minha garganta – Naquele dia, no carro, até pareceu uma boa hora para um beijo – fiz uma tentativa de humor, sorrindo, mas não achando graça – E, eu queria te falar que podemos ter quantos filhos você quiser. Seis, sete, oito... Colocá-los para dormir, fazer a comida deles toda manhã, tarde e noite. Eu poderia comprar todos os seus presentes, não me importo. Eu até troco as fraldas deles, se você estiver cansada demais para fazer isso – dei mais um sorriso, sem achar graça – Contanto que eu possa cuidar deles com você... – e aí estava eu. Chorando sob o corpo de minha mulher adormecida. Daquela que eu estava prestes a jurar passar a minha vida inteira ao lado – Eu te amo. Não pense nem por um segundo que eu irei te abandonar. Estarei sempre aqui...

– Eu posso ajudá-la, sabe – disse uma voz, atrás de mim, interrompendo-me. Eu dei um pequeno pulo de susto, sequei minhas lágrimas e olhei para trás.

– Ah, não... Você – eu disse, olhando para o homem com jaqueta verde de caça-raposas. Por um momento, me perguntei se ele não trocava de roupa.

– Matthew. Matthew Donovan. Pode me chamar de Matt, se quiser – disse ele. Eu o encarava incrédulo.

– Como entrou aqui? Quem é você? Chamarei a segurança...

– Será que dá para você relaxar? – Matthew disse. Depois, ele apontou para a Elena com o queixo – Eu disse – ele olhou para mim, com aqueles grandes olhos azuis – que posso ajudá-la.

– Você ficou louco? – eu disse – Como diabos você poderia ajudá-la? Saia daqui, já.

– Se acalme e escute: Meu nome é Matthew Donovan. E eu posso ajuda-la. – eu estremeci, ouvindo-o repetir – Você não parece ter outra opção, ou tem? – ele tinha razão. Até agora, não havia nenhuma outra saída para mim...

– Você quer dizer... Curá-la? – eu disse. Eu me achava um idiota. Pelo menos eu era um idiota um pouco esperançoso. Acho que, naquele momento, estava disposto a acreditar em qualquer coisa, qualquer coisa que for que dissesse que poderia ajudar minha amada. E no fundo, eu acreditava no louco, mesmo pela vontade incontrolável de rir – Faça! Faça, seja lá o que for – eu disse um tanto irônico.

– Está bem. Mas, queria te avisar de antemão que terá suas consequências – disse Matthew, ainda sério. Eu estava a ponto de ter um ataque de risos. Eu não sei por que estava com essa vontade de rir. Não sei se é porque fiquei feliz de esperança, ou porque aquilo era bizarro o suficiente para contar aos meus filhos. Meus filhos... Elena.

– Não importa, faça – eu disse, tirando qualquer vontade de rir de mim mesmo.

– Está bem, Damon – o homem disse. Eu olhei para minha Elena por um momento e quando virei... Matthew já havia ido embora.

Eu passei a noite sentado na poltrona, ao lado da cama de Elena. Passei a noite observando-a. Não ouve nenhum resultado... Nada. Eu fui tolo por acreditar por um momento naquele lunático. Óbvio, ele estava só zoando com a minha cara. Lembra que eu disse que eu era um idiota esperançoso? Acho que eu era somente um idiota iludido. Eu estava cansado demais. E eu sabia que se eu voltasse para casa, não conseguiria dormir se Elena não estivesse ao meu lado. Então, decidi ficar ali mesmo. Dormir segurando sua mão... E quando meus olhos estavam fechando, repeti as palavras de Matthew para mim mesmo... “Está bem, Damon...” E foi quando eu lembrei que não havia falado meu nome para ele... Em nenhum momento.


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Notas finais do capítulo

Essa fic é o único local em que o Matt é "alguma coisa" hauhau
Me empolgo escrevendo pra vocês, demais. Então, tô atualizando todos os dias, e mais de uma vez cada dia! Mas, amanhã começa as aulas, e tô perto das provas, então, não vai dar pra ficar atualizando muito. Eu acho uahuahu Vamos ver! Enfim, é esse o capítulo! Ele ficou maior que os outros... Bem maior! huahau O que acharam?