I Want To Break Free escrita por Dhampir


Capítulo 6
Capítulo 5 - O quinto.


Notas iniciais do capítulo

(O nome do capítulo ficou quase um trocadilho -qq *hur durrr* )



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Os outros não pareciam muito interessados, mas o loiro continuou puxando conversa.
- É o irmão da amiga de Diamantine, suponho. – Pude sentir um tom "especulativo" em sua voz... É impressão minha ou o loiro tava me sacando?
- O próprio. 
- Hum, legal. – Disse e levantou. Ou era muito lesado, ou tava de deboche com minha cara.
Me encostei no sofá e dormi, um pouco relutante com medo dos óculos e do boné caírem, mas tem tanto homem com carinha de mulher né? Eu era tipo um menino do tumblr, rostinho delicado, magrinho... Na minha mente, pelo menos.

Quando acordei, já era noite. Depois de 24 horas sem dormir no dia anterior, tive um sono bem pesado. Meu celular estava desligado, quando liguei-o novamente, eram 9 da noite e estranhamente nenhuma mensagem de ligação perdida, apenas uma sms de Diamantine:
“É verdade o que o Louis me contou?? Ele disse que só vai avisar a sua mãe amanhã. Me liga sua louca!” 


Estava só, no trailer parado. Abri a porta, estávamos em outra cidade. Mais movimentada que Littleville, oh! Não me diga! Mas ainda calma. Alguns comércios abertos e uma aglomeração em um canto da praça, parece mesmo que toda cidadezinha tem uma. Procurei o produtor, queria tomar um banho e trocar de roupa. Quando saí do trailer umas dez GAROTAS pularam em cima de mim, e quase rasgaram minha roupa. Saí correndo desesperadamente. Elas gritavam ensandecidas:
- LINDO!
- GOSTOSO! 
- EU TE AMO!
- ME ENGRAVIDA!
Fiquei pensando enquanto corria, se uma dessas me beijar mesmo achando que eu sou um menino, é yuri? Filosofias à parte, consegui chegar perto de Faraizer, o produtor. 
- Socorro! – Disse me escondendo atrás do homem, que estava sentado calmamente em um banco da praça.
- Se acostuma garoto… Nessas cidades daqui do Sul do estado é sempre assim, as meninas são bem… Calorosas. – Cochichou pra mim, com um sorriso. – Mas quando chegarmos da próxima em diante, a coisa talvez mude um pouco de figura, por isso aproveita essa noite. - Piscou, com um sorriso de canto - Se quiser se refugiar, vai pro hotel. E… você tá de óculos escuro? 
- Ajuda a... Manter a… Cara de mau. Climão de mistério. - Tossi duas vezes, pra disfarçar a vontade de rir da minha mentira ridícula.
- Bem... – franziu o cenho - O hotel fica ali. – Me apontou um hotelzinho de dois andares, arquitetura moderna. 
Saí de fininho e consegui me esconder até chegar na recepção. Fui para o quarto que tinha três camas, mas provavelmente os outros estavam lá embaixo aproveitando “o sabor da fama”. Entrei no banheiro e passei a tranca. Liguei pra Diamantine:
- Alô?
- DHAAAAAAAAMPIR? – Respondeu histérica.
- Fala baixo!
- VOCÊ TÁ BEM? OMG! QUASE ME MATA DO CORAÇÃO! COMO É TUDO AI? – Começou a falar sem parar, como fazia quando estava nervosa.
- Fala baaaaixo! - Repeti.
- Tá, desculpa! – Disse num fiiio de voz que quase não ouvi.
- Não tão baixo...
- Ah, que chata, você! Mas como é ai? O que é ai? Onde você tá? Você fez o que eu tô pensando que fez?
- O que você tá pensando?
- Saiu em todos os sites… "Quinto elemento" da Winged Skull - A busca acabou. - Imitou uma voz de locutor, e prosseguiu. - E uma foto de um cara ruivo de cabelo na cintura, com as roupas do seu irmão. Não é muito difícil imaginar, né?
- Bem, é tipo isso mesmo…
- Você não tem juízo nessa cabecinha?
- Nunca tive muito, você sabe. Bem, amanhã quando minha mãe descobrir tenta acalmar ela. Mas não conta a verdade. Diz que fugi, só isso. É capaz de ela vir atrás de mim quando descobrir, e eu ainda tô muito perto.
- Bem... É... E... E o Nath?
- Que?
- O Nath… Como ele tá? – Sua voz mudou pra extremamente doce.
- Tá bem, eu acho.
- Tá com alguma vadia? – De extremamente doce pra "like a namorada sinistra". Quase podia ouvir “If I was your girlfriend” ao fundo.
- Que?? – Ouvi alguém batendo a porta. – Tenho que desligar, beijo e tchau.
- Abre logo! – Batia com força na porta.
- Já vai! Tem alguém morrendo por acaso? – coloquei “minha fantasia” e sai. – Eu ia tomar banho. – Falei encolerizada. 
- Vai sair? – era o ruivo, com cara incrédula. 
- Por quê?
- Porque eu vou. Então, preciso ir logo. – Fechou a porta na minha cara e trancou.
Aquele cara era realmente, muito, muito idiota.
Deitei na cama. O sono havia passado completamente e Castiel demorava...
- Você é a noiva ou o que? – Gritei. 
- Cala a boca ai, novato! –  Respondeu, saindo do banho, só de toalha e barriga que dava pra lavar 10 kg de roupa por minuto. Que era aquilo…
Fiz minha carinha de mau, peguei a mochila e entrei no banheiro batendo a porta com força. Quando me livrei daquela roupa e entrei no banho, não consegui segurar o riso. Achava impossível tanta gente cair naquilo!  
- Comeu carne de palhaço, novato? – Gritou Castiel lá de fora.
- Não, mas tô falando com um agora. 
Terminei de tomar o banho e fiz todo o processo de “Masculinização”. Enrolei a fita compressora da mamãe no busto, fiz o rabo de cavalo baixo, baguncei as sobrancelhas pra parecerem mais grossas, um pouco de pó pra apagar os cílios, um pó mais escuro perto das temporas e no nariz. Coloquei um dos jeans frouxos que “peguei emprestado” do meu irmão, pra não perceberem que “faltava algo ali”, pus o boné, moletom e sai para o lobby. Tinham uns óculos pra vender na loja do hotel, vi um desses wayfarer de aro preto, grosso, lente transparente e comprei. Ui, eu era hipster agora. Não podia ficar pra sempre de óculos escuros... Haviam também uns computadores com internet BANDA LARGA! Era um sonho. 
Procurei as notícias sobre a banda e vi que já haviam criado uma página "minha” no facebook, com mais de 2 mil likes! A foto era a única minha divulgada, nem vi quando tiraram. Eu estava no Called de cabeça baixa afinando o baixo. O nome era “5º lovers”. É eu não tinha nome, era 5º agora. Só pra sacanear, fiz um twitter pra “minhas” fãs.


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