Quando acordei senti uma dor horrível na mão. Claramente o efeito do remédio acabara e estava sentindo como se ainda estivessem enfiando os vidros um por um na minha mão. Ainda não estava na hora de me levantar mas eu não iria conseguir dormir com essa dor.Me levantei e tomei um banho rápido(sem molhar as ataduras que coloquei ontem)e demoradamente me vesti evitando ao máximo mexer com a minha mão.Quando abro a porta vou ver se o café da manhã já está servido para que eu coma alguma coisa e possa ir direto para o diretor.

Chegando no refeitório Kurt está terminando de arrumar as frutas e os pães. Quando ele me vê, ele dá um sorriso enorme que por pouco não me faz derreter.

–Oi Blaine! Como está se sentindo hoje?

–Oi, Kurt. Estou bem mas minha mão está muito dolorida.. Depois de falar com o diretor eu vou ver se passo na enfermaria para pegar mais remédio.

–Ah sim.. Bom, venha tomar café. Eu sento com você já que não tem quase ninguém aqui.

Eu como algumas coisas mas me prontifico a aprender mais sobre Kurt. Ele tem 20 anos e sua mãe morreu quando ainda era criança. Seu pai, Burt, fazia de tudo para proporcionar o melhor para ele. Estudou em uma escola em que era o único garoto gay, o que fez com que ele fosse o maior alvo dos valentões. Deve ter sido difícil...

–O salão já está começando a encher. É melhor eu ir antes que... Você sabe. Começem a falar.

Eu concordo e me dirijo para a sala do diretor, já que quero acabar logo com isso. Bato na porta e rapidamente ele abre, como se estivesse me esperando.

–Que bom que veio, Sr.And- quero dizer, Blaine. Entre.

–Valeu.

Eu entro na sala e antes mesmo me de sentar ele começa:

–Pois então, Blaine.. Todos os adolescentes tem uma hora de reunião com Hussel, nosso psicólogo, mas devido aos seus ataques de raiva frenquentes te pediremos uma hora e meia diárias com a Emma e você deve praticar esportes duas vezes por semana sem opção de escolha.

–Sem opção de escolha?

–Sim. Infelizmente. E como você machucou sua mão o esporte está liberado até sua completa recuperação.

Estou cansado e com dor então é melhor deixar essa discussão para depois. Concordo e vou para a enfermaria em busca do meu remédio.

–Enfermeira Susan, será que você poderia me dar mais daquele remédio para mim? Minha mão está doendo muito!

–O Kurt passou aqui mais cedo e pediu o remédio para você. Ele disse que iria deixar no seu quarto.

"Tem como ele ser mais fofo?"

–Ah sim.. Obrigado mesmo assim.

Sigo para o meu quarto correndo, com esperança de o Kurt ainda está lá mas só encontro o remédio na minha mesinha de cabeceira. Susurro um "obrigado" para o Kurt e desco para a ridícula reunião em grupo. Quando passo pelo quarto do Puck escuto uns barulhos muito fortes. A primeira coisa que me vem a cabeça é que ele possa ter bebido de novo. Abro a porta sem nem mesmo bater e dou de cara com o Puck, sem camisa, se pegando com um cara.

–Puck?! O que você...

Quando reparo em com quem o Puck está, vejo que não é SÓ um cara. É o Sebastian!