All For You escrita por Komorebi


Capítulo 8
It should be a normal Saturday


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas lindas!
Eu me lembrei duas vezes disso, mas antes de postas esqueçi. É o seguinte: muito obrigada às duas pessoas que favoritaram a minha história. Sério =)
Bom, o capítulo de hoje eu espero sinceramente que gostem, pois contará com:
- Fabrevans
- Faberry
- Brittana
Muito clima de ciúmes, ok? E não fiquem bravos por Brittana, mas sem essas duas o que seria de Faberry?
Espero que gostem e boa leitura =)



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                Doces e leves beijos eram depositados, às vezes a loira escorregava a mão da barriga até a calça, mas sua mão era impedida em todas as investidas e recolocada nas costas. O ritmo era preservado lento, porém a loira queria mais. Ela queria algo mais urgente, desesperado e extremamente rápido, ela só precisava aliviar a tensão e a raiva que ainda a dominava.

                – Quinn, há algo de errado? – Sam finalizou o beijo e encarou a loira a sua frente.

                – Nada. – Quinn desviou o olhar. Quinn saiu de cima do loiro e foi até a cozinha para tomar água e olhar as horas. “Ótimo, faltam dez minutos para Rachel chegar...” – Sam! Acho que está na hora de ir, Rachel chegará para fazermos o trabalho. – Ela gritou ainda na cozinha.

                O garoto apareceu no batente da porta da cozinha e descansou seus olhos sobre a visão que considerava a mais perfeita do mundo: Quinn Fabray, com shorts, os cabelos curtos completamente bagunçados e os olhos verdes que fazem qualquer um se perder. Sam tinha quase certeza de que poderia matar alguém se fosse por conta desta visão. Quinn se virou para encará-lo por breves segundos, ela sorriu para ele o que fez o garoto suspirar, agora ele tinha certeza de que mataria alguém para ter aquilo todos os dias.

                Subindo as escadas até seu quarto, para arrumar a cama bagunçada pela sessão de beijos, organizar a mesa de estudos e escovar pelo menos os dentes, a loira dava leves reboladas para provocar o loiro que ela tinha certeza observar suas pernas. Ela não estava errada, na verdade, nunca estivera tão certa de algo.

                Já no quarto, Quinn tratou de dobrar com agilidade algumas roupas espalhadas pelo mesmo, colocou tudo em uma gaveta e fez uma nota mental para não se esquecer de voltar e organizar tudo depois. Em seguida ela arrumou a cama e foi direto para o banheiro, jogar uma água no rosto. “Cama, quarto, mesa... Acho que está perfeito!” – Pensou.

                A campainha tocou, dando um pequeno susto em uma Quinn que viajava em pensamentos que nem a mesma conseguia acreditar. Era assustador o modo que seu cérebro funcionava certas vezes. Descendo as escadas ela localizou a imagem de Sam indo em direção à porta. “Perfeito! Só precisava bagunçar mais o cabelo e a roupa, Sam.” – Pensou.

                – Olá Rachel! – Sam abriu a porta sorridente e recebeu um sorriso maior da diva em resposta. Quinn passou os olhos por cima dos ombros de Sam, e localizou duas figuras: a primeira uma perfeita Rachel Berry e a outra um maldito judeu que não desgrudava de sua. – Puck! – Eles fizeram um toque estranho.

                – Quinn está? – A morena parecia tímida. Talvez intimidada por Sam. O loiro assentiu.

                Esta foi a deixa para a loira entrar em cena. Ela passou a mão pela cintura do – agora oficial – namorado e deixando um casto beijo na bochecha do mesmo. O garoto corou e Quinn sorriu, pois a morena fez o mesmo.

                – Estou de saída, - Sam se pronunciou – tchau para todos. Você vem também Puck? – O loiro puxou o garoto de moicano pelo braço, mas foi impedido de prosseguir.

                Quinn o puxou para um rápido beijo, lento, molhado, nojento e cheio de segundas intenções. Foi durante uma das investidas da língua da loira que Quinn recebeu uma iluminação divina e parou o beijo com o rápido pensamento “Quinn, você percebeu que está tentando fazer ciúmes na Rachel? Desde quando? Pare agora!”. Ela se separou do loiro.

                – Tchau.

                (...)

                Rachel examinava cada palmo do quarto de Quinn, um estudo minucioso de cada detalhe. Desde a cama perfeitamente arrumada até os poucos bichinhos de pelúcia sobre uma estante branca com laterais pretas. A morena sentou-se em uma das cadeiras da mesa de estudos e alcançou uma almofada com “Q” bordado, a morena abraçou o pequeno travesseiro sentindo o cheiro da loira que fora buscar água para que elas não precisassem sair a cada minuto. O travesseiro possuía o cheiro amadeirado da loira. Rachel sorriu e tornou a encarar o objeto.

                – Isto eu tenho desde meus oito anos. – Quinn surgiu com duas garrafas de água. Ela estava lá há certo tempo, observando a morena presa em sua própria bolha. – Ganhei de Russel, – o sorriso da loira se desfez aos poucos antes de continuar, ela puxou a almofada das mãos de Rachel de forma delicada – eu deveria ter jogado no lixo depois que ele se foi, mas convenhamos, foi para essa almofada que contei meu primeiro beijo... E várias outras coisas da minha vida até fazer dezesseis anos.

                – E o que aconteceu? – Rachel parecia interessada.

                – Eu ganhei outro amigo. – A loira foi até sua cama e pegou um travesseiro com fronha de tecido espesso e negro. Nele estava escrito “Queen”. – Este é de minha mãe. Significa muito mais para mim. Ela me deu quando aconteceu tudo aquilo, logo após o nascimento de Beth.

                Rachel abaixou o olhar por instantes. Falar de Beth provavelmente ainda mexia com Quinn, pois aquilo praticamente jogou Quinn no lixo. Ela se condenara, condenara os outros e julgara que tudo era uma simples conspiração do mundo contra ela. Talvez fora uma simples e falha tentativa de fazê-la mais humilde, mas para algo serviu, aproximou minimamente Quinn e Rachel.

                A morena se contentava com isto por enquanto.

                – Eu durmo abraçada a este travesseiro. Ele me traz segurança e eu gosto disto. – Ela devolveu o travesseiro à cama. – Mas chega de papo, temos tarefa!

                Elas tentavam resolver algumas contas, Quinn não teve muitos problemas em fazê-los e normalmente Rachel também não, mas desta vez era diferente. Vez ou outra ela sentia os olhos de Quinn cair sobre si e isso a desconcentrava miseravelmente, sua mão tremia e por fim ela quebrava a ponta do lápis. Era difícil se concentrar com uma garota como aquela.

                Para Quinn era quase impossível se controlar, ela se concentrava ao máximo em seus cálculos e toda sua matemática maldita para não cair na tentação de observar Rachel pelo resto da tarde. Ela aceitara uma coisa ontem, com ajuda de Santana, após sua cena idiota no campo de futebol: algo mudara em algum momento e passou despercebido. Porém Quinn apenas se recusava aceitar. O sorriso de Rachel era algo que definitivamente mexia com Quinn em seu mais profundo ser. “Espera, ela não está sorrindo! Maldito cérebro!”

                (...)

                Com muita insistência, sensualidade e uma promessa, Brittany finalmente arrastou Santana até o parque de Lima. A loira passou a semana pedindo para ser levada até lá e a latina apenas a enrolara a semana toda, mas neste sábado seria diferente. E estava.

                A morena se acomodou em um dos bancos do parque e suspirou relaxada. Ela e a loira estavam caminhando há mais de uma hora, sem contar o tempo que levaram para chegar lá e a latina estava realmente cansada. Brittany concordou em uma pausa, para a latina. A loira continuava a saltitar de um canto para o outro, levada pelo vento como se não houvesse amanhã, ela tentou arriscar alguns passos de dança, porém sem sucesso.

                – Sant, cante para mim? – Brittany pousou sua mão sobre o colo da morena. Os olhos azuis eram um festival de fogos de artifício e aquilo era capaz de revigorar todas as energias de Santana, o olhar de Brittany era capaz de trocar a bateria da velha e cansada Santana.

                A latina soltou um riso abafado e assentiu ainda rindo da garota, sem motivo aparente. Ela batucava na mesa em ritmo acelerado como uma bateria, tapas e socos alternados na mesa de madeira ecoavam de forma baixa só para Santana entrar no compasso da música. Uma longa introdução realmente desnecessária, deixando Brittany mais ansiosa do que estava, seria Santana cantando para a loira, não simplesmente Santana cantando.

                A latina soltou a voz aos poucos em um cover de Telephone:

                “Hello, hello baby...” a voz soava leve e lenta durante a introdução. “I’m kinda busy” a voz agora era mais ritmada e rápida, porém os batuques eram incessantes e a loira começou a se movimentar acompanhando a voz da latina. Conforme o ritmo aumentava, Santana sentia a música levando-a também.

                A parte da segunda cantora da música entrava, era hora de Brittany se incorporar em Beyonce. Ela tentava provocar a latina o suficiente para fazê-la dançar também. Quando a parte da negra estava para começar, a loira se aproximando de um garoto no meio do público que se formava entorno das garotas. O menino parecia saber a música e a coreografia, mas conteve-se em dançar.

                Alguns deslizes e o desafino foram o suficiente para Santana entender que estava com ciúmes da loira, bom, isto e o fogo que parecia queimar cada pedacinho de seu coração. A latina pulou da mesa, encerrando as batidas na mesa e esperou a parte de Brittany acabar para unir suas vozes e dançar de forma coreografada com a loira – uma das diversões de Brittany com Santana era dançar em seu quarto, o que sempre acabava na cama.

                “Stop callin’, stop calling”... As duas se movimentavam como uma só. Ao final da coreografia Santana sentou esgotada no chão e Brittany ficou sobre uma perna enquanto a outra era levantada para uma reverência personalizada para o público que se formara durante a apresentação. Santana sorria e acenava ainda ofegante para as pessoas, se antes a morena estava cansada, agora estaria esgotada.

                – Sant! – Brittany puxou a morena até perto de uma árvore. Ela ria. – Meu Deus, você está suando! – Sua risada aumentava mais e mais até se transformar em uma gargalhada gostosa aos ouvidos de Santana.

                – Tudo bem Britt, isto não tem graça. – Se controlava para não rir junto.

                Vários e longos minutos depois a loira conseguiu se acalmar e encarou a “namorada”. Sua vontade de unir os lábios era tão grande, Brittany sempre sentia isso perto da morena. Uma vontade incontrolável de estar perto de Santana, tocar, beijar a latina, diminuir os espaços entre os corpos e tudo que ela precisava para não ter a necessidade de acumular este desejo era que a latina criasse vergonha na cara o suficiente para assumir ser gay.

                Os rostos estavam tão próximos que Santana sentia a respiração – pesada – de Britt secando as gotículas de suor em seu rosto hispânico. Ela tinha a urgência, vontade e desejo de ignorar tudo e beijá-la, mas ali era muito arriscado. Então ela se contentou com um abraço tímido, o mesmo foi devolvido com o sempre abraço de urso de Brittany.

                – Vamos. – Britt segurou a mão da morena e foi saltitando pelo parque.

                “Eu preciso saber que pilha ela usa.” – Santana riu do próprio pensamento.

                Três garotos estavam parados ao lado de uma árvore, jogando papo fora e um deles foi reconhecido. Um garoto idiota que Santana fazia questão de não saber o nome, ele era do time de rúgbi do McKinley, não era tão bonito. Nem de longe chegaria aos pés de Santana Lopez e a morena sabia disto, mas ele insistia em dar em cima de Brittany e isso a irritava profundamente.

                Reconhecendo Brittany, o garoto se separou do grupo e fui até ela, ele usava o casaco do time e um sorriso arrogante no rosto. Cumprimentou as garotas e desviou seu olhar para Brittany, falando com a mesma.

                Era a sexta vez que ele tocava no tecido que cobria a pela que por sua vez cobria a costela, três costelas abaixo do seio da menina, durante uma e outra gargalhada. Aquilo irritava Santana instintivamente e pelo mesmo motivo ela cruzava os braços sob o peito e fazia cara de poucos amigos.

                – Ok, essa palhaçada já durou muito. – Santana cortou o garoto antes que ele pudesse sequer terminar de chamar Brittany para sair, e saiu com o pulso preso em sua mão.

                A latina arrastou Brittany até longe do parque sem uma palavra ao menos, ignorando as perguntas de Brittany e principalmente os apelos para que a morena aliviasse seu pulso. Durante uma parte do percurso Santana não reparou, mas Brittany tentou travar seu corpo, o que não adiantou.

                – Santana! – Brittany conseguiu se desvencilhar da mão de Santana apenas na frente de sua casa. – O que é essa palhaçada?

                Santana abriu a porta da casa da loira e ambas entraram, a morena preferia não tocar no assunto e apenas trocar um beijo lento e apaixonado com Brittany, mas a insistência no olhar da loira não aliviava. A morena sabia a possibilidade de brigarem, pois sabia exatamente o rumo que a discussão tomaria, mesmo assim não deixou a loira sem resposta.

                – Você não tem o direito de flertar com ele! Não na minha frente! – Ela já sentia a orelha esquentando devido à irritação.

                – Estava sendo gentil. E talvez não parecesse um flete se VOCÊ nos assumisse! – Santana comemorou mentalmente, outra vez não errara em seus pensamentos. A loira ainda a olhava, irritada.

                Abaixou a cabeça e deixou as lágrimas se acumularem. Santana odiava quando as conversas tomavam este rumo e ela estava tomando, talvez Britt demorasse a entender seu ponto de vista ou nunca entendesse. Era um risco que a morena teria que correr. A latina voltou a levantar a cabeça, deixando transparecer as lágrimas.

                – Desculpe-me, Sant. – Brittany correu até a morena e a abraçou forte. – Não foi minha intenção.

                (...)

                Abandonada há cinco minutos, Rachel já morria de tédio. Sem ter o que olhar, a diva foi vasculhar o quarto da loira novamente, ela foi direto para algo que queria analisar melhor, certo travesseiro com “Queen” bordado.

                Ela se perguntava por que “Queen” e não “Quinn”? Provavelmente algum significado diferente, uma coisa mais interna que Rachel nunca entenderia. Ela finalmente se deu por vencida e agarrou o travesseiro, sentindo o cheiro da loira nele era mais forte que o anterior da almofada, ela deitou-se na cama com o travesseiro da loira ao seu lado. Estava confortável, isso ela não negava, era como estar com Quinn ao seu lado.

                “Será verdade? Pode ser apenas uma atração boba ou sei lá.” – Rachel estava pensativa. Mesmo conversado sobre isto com Kurt e Puck, Rachel ainda estava incerta de seus sentimentos e pensava na possibilidade de estar apenas confusa, a saudade de Finn e a raiva apertavam seu coração contra Quinn ou o simples fato de que ela segurara sua mão durante o Halloween, tentou protege-la e voltou para busca-la.

                Rachel cobriu os olhos com as duas mãos e suspirou alto, o som ecoou pelo quarto. Ela tornou a sentar na cama e seus olhos vacilaram para uma coisa, uma caixa, preta e meio escondida ao lado do armário de madeira vernizada. “O que é isto?”

                A morena saltou da cama e foi correndo até o objeto, puxou a caixa com muito cuidado e examinou minuciosamente a mesma até achar um modo de abrir. Dentro da caixa estava uma máquina fotográfica grande e profissional, Rachel não saberia descrever, mas parecia com as máquinas que geralmente vemos nas mãos dos fotógrafos. Na lateral havia detalhes vermelhos, linhas finas e em par, formando uma paralela, contornavam todo o objeto, dando vida ao monte de preto.

                – O que está fazendo? – Quinn se encostou a soleira. – Minha máquina!

                – Desde quando Quinn Fabray tem isto? – Rachel fugia pelo quarto da expressão raivosa de Quinn.

                – Man Hands, a menos que esteja a fim de ir para o trágico fim antes de chegar à Broadway você me devolverá a droga da câmera! – Rachel ficou estática com a ameaça e devolveu a câmera no mesmo instante. – Eu tenho uma grande paixão por fotos.

                Rachel estava confusa para ela, alguém que é apaixonado por artes deveria ao menos ter um coração e provavelmente o de Quinn ficara na placenta da mãe quando a menina nasceu. Não era uma probabilidade, era uma certeza.

                Quinn pousou a câmera sobre a cama e chamou Rachel para o trabalho outra vez. Ao final, elas estavam cansadas e decidiram que era hora de um descanso. Quinn desceu as escadas com leves reboladas, sabia que Rachel estava atrás de si e, bem, por que não brincar?

                Uma bela mesa estava montada embaixo de uma árvore na casa dos Fabray e as garotas lanchavam ali. Quinn tivera o trabalho de fazer um lanche isento de animais para que Rachel aceitasse comer com ela. Nunca que a loira poderia reclamar a companhia, estava sendo silenciosa e gentil com a loira e isto parecia o paraíso.

                Ao bater de um raio de sol no rosto da morena, Quinn teve uma ideia genial. Ela pediu licença e voltou até o quarto onde procurou pela câmera e localizou-a em cima da mesa de trabalhos. “Todos tem superpoderes menos eu?” – Ela pensou.

                – Rachel! – Ela estava ofegante e surgia da porta com a câmera em mãos. – Posso tirar uma foto sua?

                Rachel ia protestar contra a ideia, dizendo que estava feia e desarrumada para fotos, mas não teve tempo, os flashes da câmera acertaram seus olhos.

                – Ficou uma droga, venha – ela estendeu a mão e a morena a segurou, a loira guiou a menor até ficar encostada na árvore – é só dar asas à sua imaginação.

                A menor fazia caras e bocas para a loira que disparava flashes e mais flashes. Quinn não reparava, mas seu olhar não saia da boca da morena, apenas para disparar mais e mais flashes, inicialmente o ritmo era rápido, mas foi diminuindo por conta da atenção de Quinn nos lábios carnudos de Rachel.

                Ela depositou a câmera na mesa e foi até a diva em passos furtivos até estarem frente a frente, respirações misturadas e os olhos perdidos infinitamente na imensidão uma da outra. Era como uma bolha que as protegia do mundo exterior. Nada podia feri-las, atrapalha-las ou interferir naquele momento. Era apenas Quinn. Rachel. E um sentimento forte.

                A cabeça da loira se movia instintivamente para perto da morena, se movia e movia até os lábios não possuírem espaço entre si.

                Rachel segurou o selinho por um momento. Ela tinha certeza que não hesitaria em momento algum daquele beijo, mas não sabia o que a mente bipolar de Quinn poderia fazê-la reagir. Talvez um soco. É definitivamente. “Só quero experimentar” os lábios de Quinn não se desgrudaram dos de Rachel para dizer isto e Rachel apenas assentiu.

                Os lábios se moviam instintivamente como se eles já fossem velhos amigos de outros encontros. Se abraçavam, brigavam e batiam um no outro, ao mesmo tempo que queriam se separar, queriam voltar aos abraços. Algumas interferências dos dentes de cada uma para que eles não se soltassem nunca. Quinn mordiscava o lábio inferior da diva e pousou os braços em volta da cintura da morena. Logo Rachel sentiu uma língua lhe pedindo passagem urgente e cedeu talvez aquela fosse a única vez que isto aconteceria e ela precisava conhecer todas as sensações sem desperdiçar nenhuma. Pouco tempo depois, Quinn já havia conhecido todos os cantos da boca de Rachel e a morena sentia um incomodo gostoso em seu estômago, as famosas borboletas brincavam e faziam cócegas em cada canto de si. O beijo parou de ser um estudo sobre a outra e adquiriu uma forma mais apaixonada e destemida. As mãos de Quinn seguravam o rosto de Rachel. Ela desceu uma das mãos até a barriga de Rachel. Cada lugar em que Quinn tocava ela deixava um enorme foco de calor, como se as pontas de seus dedos fossem carregadas de lava.

                Ambos os lábios estavam praticamente dormentes, ambas as línguas cansadas e ambas as garotas ofegantes. Elas mantinham um contato visual firme. Presas na mesma bolha onde estavam antes.

                – Rachel... – a loira mal conseguia sussurrar – me...

                – Não precisa continuar Quinn... – Rachel conseguiu pronunciar e com uma impressionante velocidade.

                (...)

                Fora da casa dos Fabray, em um lugar afastado ela chorava esperando por Puckerman, não era bem tristeza, ela escutara a loira pedindo apenas para experimentar, o choro era uma alegria triste. Alegria, pois finalmente todos seus sentimentos haviam se organizado; e triste, pois nada era recíproco.


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Notas finais do capítulo

Erros? Perdão.
O que acharam da cena de beijo? Me contem, por favor =)
Eu não recuso reviews, ok? Podem deixar a vontade.
Próximo capítulo: eu ainda tenho que inventar um título legal =)
Sério, eu tenho a história, não o título =(
Beijos e até a próxima!



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