Vale Da Lua escrita por Clove Fuhrman


Capítulo 24
The Heart is a Lonely Hunter


Notas iniciais do capítulo

Aqui está o novo capítulo, coloquei as lembranças que ela teve em negrito para ser mais fácil de identificar.
Obrigada a todos pelos reviews...
Espero que gostem do capítulo *-*



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Não acredito que meu pai morreu. Isso foi tão doloroso, eu já havia perdido minha mãe e agora ele... Pelo menos sei que tenho Regina, mas não de verdade, eu creio que foi ela que mandou matarem meu pai com aquelas serpentes de Agrabah. Mas mesmo assim não consigo odiá-la. Sonhador também está desolado. Estou colocando uma rosa branca no túmulo de meu pai quando Regina aparece. As lágrimas caem descontroladamente do meu rosto.

-- Adeus, pai – Digo. Regina põe a mão em meu ombro.

-- Eu sinto muito Snow. – Ela fala o que faz com que mais lágrimas caiam.

-- Eu o amava tanto. – digo e a abraço, acho que ela começou a chorar também.

-- Eu também querida – ela fala. – Mas a dor que sinto pelo meu marido não é nem comparada a dor pela perda do seu pai. Se eu puder fazer alguma coisa é só falar. Posso ser sua mãe somente pelo casamento, mas conte comigo, querida. De verdade e para sempre.

Não consigo dizer nada a não ser chorar, chorar e chorar. Meu coração dói. Meu mundo está desmoronando aos poucos e eu continuo embaixo dele.

***

Os dias foram passando, toda a guarda real me prestou condolências. Estou muito triste ultimamente, a dor da perda é indescritível.

-- Ah, Sonhador estou tão triste – digo.

-- Me parte o coração vê-la assim. – ele responde – se tiver como eu ajudar em algo.

-- Nunca me abandone. – falo já deixando algumas lágrimas.

-- Você tem o coração puro, Snow. – Ele diz – se por alguma infelicidade eu vier a partir, saiba que você vai encontrar muitos amigos. Sabe, você era amiga de um leão.

Brutos aparece e cheira a minha mão, acho que ele quer que eu o siga, e então assim o faço. Ele segue por alguns corredores e passa na frente de um espelho e o que vejo é inacreditável, o seu reflexo não é o de um cachorro, no reflexo, ele é um leão negro enorme.

-- B-Brutos? – murmuro, mas ele logo corre para longe de mim, eu sigo em frente até uma porta, e a abro.

-- Brutos – digo. – Um lindo leão negro.

-- Isso mesmo Snow. – Sonhador fala. -- Continue se lembrando.

***

-- Snow, querida, está ai?—Regina pergunta batendo na porta. Sonhador se esconde.

-- Sim, estou. – falo – pode entrar.

-- Que tal dar um passeio hoje? – ela pergunta.

-- Claro – digo. – eu e você?

-- Não, não. Estarei ocupada – ela diz – mas você precisa esfriar a cabeça, falarei a um dos guardas do castelo para ir com você.

-- Uhum – falo – vou me arrumar.

Coloco um vestido clarinho e arrumo meu cabelo, nada que precisa-se chamar alguma criada para ajudar. Quando já estou na porta sonhador fala:

-- Se precisar de mim, balance esse sininho – ele fala criando magicamente um pequeno sino dourado preso em um colar. O coloco.

-- Obrigada.

***

Estou caminhando em silêncio com um guarda que eu nunca vi antes. Estou carregando uma cesta com flores, até que o silêncio fica desconfortável e decido falar:

--Quando eu era criança o palácio de verão era o meu lugar favorito, as montanhas ao redor pareciam um berço, me sentia segura. – tenho uma pausa e analiso sua face, ele está tenso – E agora quero muito voltar para lá. Está abafado ai? – pergunto, mas como esperado sem resposta, ele apenas tira o capacete – Pegue – entendo-lhe um maça.

-- Não briguem crianças! – O loiro sentado ao lado da mãe de Cato fala.

-- Eles não são mais crianças, Gloss. Eles têm que ter responsabilidade!

Ótimo, ele tem nome de batom. Eles continuam discutindo, até que finalmente eles conseguem me ver.

-- Não – ele diz, eu a mordo.

-- Você não é um Calheiro – digo – você é?

-- Porque pergunta isso? – ele parece surpreso.

-- Todos os homens de meu pai me deram condolências – falo enquanto como a maça – e você não é um deles.

-- Aceite minhas condolências – ele fala.

-- E eles também sabem usar armadura. – digo. – ela o escolheu para me levar. Por quê?

-- Deve saber o porquê. – ele diz.

-- Você vai me matar? – pergunto, sem temer a resposta ou pensar em balançar o sininho.

-- Tem bons instintos – ele fala. Hora de correr.

-- E você tem armadura de mais. – fala o empurrando e começo a correr pela floresta.

Eu sei que ele vai me achar. E por algum motivo, não quero chamar Sonhador, então apenas sento e pego um papel e uma pena da minha bolça e começo a escrever uma carta de despedia, a rainha, a Regina.

Querida madrasta, quando ler isso, estarei morta. Sei que nunca terá amor na vida por minha culpa. Assim faz sentido que o mesmo prazer me seja negado. Pelo bem do reino espero que minha morte satisfaça sua vingança permitindo que governe os súditos de meu pai como eles merecem, com paixão e tato. Sei que pensa estar se vingando. Prefiro ver como um sacrifício pelo bem de todos. Com isso em mente, saúdo o me fim, e leve a sério minha derradeira mensagem. Me desculpe, eu a perdoo”.

-- Eu caço, mas você senta e escreve uma carta? – ele parece perplexo. – Nunca entenderei gente do se tipo.

-- Não conheço essa floresta – falo com tanta calma que me assusto – é um caçador experiente, iria me achar. Faça o que eu fizer, sei como acabará.

-- Sim – ele diz.

-- Quero que faça uma coisa depois de me matar – digo, uma lágrima cai. Seja forte Snow! – Por favor, entregue isso a rainha.

-- Truques não funcionam comigo – ele fala. O caçador vai me matar e eu nem ao menos sei o seu nome.

-- não é um truque. Entregue, por favor. Cada palavra é verdadeira – digo o alcançando a carta.

Ele para, para ler, e eu fico impaciente, fito o céu por alguns segundos. Uma lágrima escorre pela face do caçador. Ele pega a faca na sua cinta e a levanta, vejo meu reflexo.

-- Depois do furacão vem o arco-íris – ela diz sorrindo. – e antes que eu me esqueça, tenho um presentinho para você. – ela me entrega uma caixa prateada, a abro com cuidado e dentro dela tem uma linda adaga dourada com o cabo cheio de esmeraldas.

Acho que agora é a hora da minha morte e eu só consigo pensar em como eu tenho um certo apreso por facas.

-- Toque isso se precisar de ajuda – ele fala me entregando um pedaço de bambu na qual ele usou a faca para cortar, fico sem entender nada.

-- O que? – pergunto.

-- É um apito – ele explica – toque se precisar de ajuda. Terá segurança, agora corra.

-- Não entendi, não vai me matar? –pergunto ainda sentada.

-- Fuja! – ele repete. Levanto e começo a correr. Galhos raspam e machucam minha face. Quero chorar, quero ir ao palácio de verão e ouvir histórias de meu pai. Quero meu leão negro e minha faca de esmeraldas, quero o nightmare dizendo que é um monstro bom, quero minha mãe.

Estou sentada na cama analisando a parede quando alguém bate na porta, levanto e vou atender, tem uma garota alta usando um vestido rosa, seus cabelos são castanhos e a pele morena, olhos cinzentos.

-- Sou Katniss – ela diz com um sorriso fraco.

-- Clove – respondo com educação.

Quero a Catnip. Lágrimas e mais lágrimas correm pelo meu rosto. Correr é a única coisa que consigo fazer. Correr é última coisa que eu quero fazer. Correr é o que eu tenho que fazer.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado da capítulo, o caçador é o Gloss, caso não tenha dado para perceber, auhshsuhauhshuas.
5 reviews mais dois dias para o próximo capítulo...
Nome do próximo cap.: Charming
Ele ainda não está pronto, mas acho que vou conseguir postar no prazo...



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