Vale Da Lua escrita por Clove Fuhrman


Capítulo 2
O Quase Pior Dia Da Minha Vida


Notas iniciais do capítulo

Obrigada a todas que falaram para eu continuar... Não consegui postar antes... spero que gostem...



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O sol entra pela janela do meu quarto chegando ao meu rosto, já estou acordada há alguns minutos, mas não tem nenhum motivo bom o suficiente para me fazer sair da cama, na verdade não há motivos bons o suficiente para me fazer continuar respirando. Faz uma semana que meu pai morreu tudo bem que não tínhamos muito contato, ele passava a maior parte do tempo trabalhando, mas ele era meu pai. Mas o pior é que agora eu e minha mãe vamos ter que nos mudar para a casa dos parentes estranhos dela, ela fica em um lugar chamado Vale da Lua, não nego que talvez lá seja um tanto divertido, mas eu realmente gosto das mordomias aqui de Londres.

-- Clove, está acordada? – Mamãe pergunta abrindo a porta do quarto. – Ainda bem que está, coloque o vestido que eu separei, não queremos chegar atrasadas não é mesmo?

-- Mãe, eu nem mesmo quero ir! – respondo irritada.

-- Ah filha – ela responde com uma vós doce – Você entende nossa atual situação financeira... Mas lá vai ser legal, vai ser bom para agente.

-- Ah tanto faz – reviro os olhos e ela sai do quarto. Apesar de meu pai viver trabalhando, acumulamos muitas dívidas, e agora estávamos em sérios problemas, teríamos que entregar a casa.

Pego o vestido que está estendido na cadeira da penteadeira, vou sentir falta desse lugar. O vestido é verde-claro, com alguns detalhes dourados nas pontas, junto com ele está uma sapatilha da mesma cor. Arrumo o meu cabelo, solto mesmo, e saio do quarto. Mamãe está na sala com as malas, estamos apenas esperando o motorista de meu tio. Logo ele bate na porta e minha mãe vai atender.

-- Você deve ser a Gabriella? – ele pergunta com um pequeno sorriso, ele é baixinho e tem os cabelos brancos, olhos escuros e amigáveis. Minha mãe apenas concorda com a cabeça e ele entra para pegar as malas, ele as pega e coloca na carruagem, logo após entramos.

Ela é branca com detalhes prateados, puxada por dois lindos cavalos brancos como a neve. Os cavalos andam graciosamente enquanto a puxam. Pelo menos espero que seja um passeio agradável até a casa. Mamãe murmurou algo sobre ser uma mansão, mas não estou preocupada com isso no momento. Mas então, tudo deixa de ficar tranquilo, depois de algumas horas de viajem começamos a passar por um trecho cheio de pedras o que faz a carruagem tremer, não vou suportar isso por muito tempo.

-- Filha, só tem uma coisa que pode nos salvar agora – minha mãe fala secamente. Sei exatamente do que ela esta falando.

-- Bordado francês – respondo – mas isso pode até te salvar, mas eu ainda não vou ficar nada bem.

-- Filha, os modos! – ela retruca como se eu realmente amasse fazer aquilo.

E assim passa o resto da viagem, mamãe bordando e eu tomando cuidado para não vomitar. Quando já acho que estamos indo para o fim do mundo chegamos a um enorme portão prateado.

-- Bem vindas ao Vale da Lua – o homem diz sorridente enquanto desce para abrir o portão.

Observo o vale pelo portão, parece ser algo realmente bonito e enorme. O homem tem certa dificuldade para fazer isso, depois entramos, e ele desce novamente para fechar o portão, mas antes que ele termine de tranca-lo, algo inesperado acontece, dois garotos loiros tentam me arrancar para fora da carruagem, minha mãe começa a gritar, e eu começo a tentar soca-los. Então novamente algo muito estranho acontece, um enorme cachorro negro chega correndo e avança nos garotos.

-- Corre Cato, o cão das trevas chegou! – um dos loiros berra me deixando cair.

Logo os dois correm para dentro do bosque, o cachorro segue até um pedaço e então retorna até a carruagem.

-- Ah, olá Brutos – O senhor que nos trouxe o cumprimenta.

-- O que ele e exatamente? – pergunto agora de pé encarando o grande cachorro.

-- Ora, ele é um cachorro – ele responde sorrindo – ele protege qualquer membro da sua família, senhorita Fuhrman.

Abro um pequeno sorriso e acaricio o cachorro, realmente gostei dele. Então voltamos para a carruagem e vamos até uma enorme mansão branca com algumas plantas subindo pelas paredes, era realmente bonita, tinha aparência de coisa antiga, eu até que gostei da aparência da casa. Assim que a carruagem para a frente da porta, um homem alto e de cabelos pretos aparece na porta, esse deve ser o meu tio, irmão de minha mãe.

-- Gabriella, Clove – ele diz balançando a cabeça. – Humberto, por favor leve as malas das senhoras aos aposentos que eu indiquei mais cedo.

-- Finnick – minha mãe fala fazendo o mesmo movimento. – devo avisar que fomos atacadas assim que chegamos.

-- Não lembra da rixa de família maninha? Que pena que Brutos não os atacou mais gravemente, Cashmere me paga – ele fala com um sorriso totalmente forçado. – Vamos entrando.

Ele nos leva a nossos aposentos, minha mãe vai ficar no quarto ao lado do meu, ele avisa que em breve vai nos chamar para o jantar e sai sem falar mais nada. Entro no quarto e Humberto me entrega as minhas malas, aqui é realmente bonito e delicado, meio exagerado, mas não posso reclamar. Dou uma olhada no quarto e encontro um vestido separado na cadeira acho que é para eu vestir para o jantar, então é isso que faço. Ele é preto e dourado e vai até o chão. Observo que tem uma letra “A” bordada na manga, depois adoraria descobrir o que é isso. Dou uma ajeitada no cabelo que está desarrumado desde o incidente na entrada do Vale, não sei o motivo daqueles garotos querem de tirar da carruagem e nem o que eles têm haver com a rixa de família que meu tio mencionou, aliás, nem sabia que tínhamos uma rixa de família. Estou sentada na cama analisando a parede quando alguém bate na porta, levanto e vou atender, tem uma garota alta usando um vestido rosa, seus cabelos são castanhos e a pele morena, olhos cinzentos.

-- Sou Katiniss – ela diz com um sorriso fraco.

-- Clove – respondo com educação.

-- vamos, tio Finnick pediu para eu leva-la ao jantar – Katniss diz me puxando para fora do quarto.

-- Tudo bem – respondo sorrindo – quem mais vai estar lá?

-- Tio Finnick, Tia Gabriela, eu, Você, Gale, Daniel e Johanna. – ela pensa alguns instantes – e Enobária.

-- Hum – Não lido muito bem com muitas pessoas juntas.

No caminho até a sala de jantar, Katniss fica tagarelando falando um pouco sobre cada um deles e o quanto Brutos, o cachorro, é legal. Katniss parece uma boa pessoa, mas meio irritante. Os corredores são bonitos e decorados, antes de chegarmos à sala, vejo um quadro com uma mulher, com um vestido com o mesmo “A” bordado na manga.

-- Quem é essa mulher? – pergunto indicando o quadro com a cabeça.

-- Annie, não sei quem exatamente ela é, titio Finnick não gosta de falar sobre ela.

Então, seguimos em silêncio até a sala de jantar.


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Notas finais do capítulo

Eu sei que ficou meio confuso, ainda vai demorar para ela descobrir tudo.. Espero que tenham gostado...