Better Off This Way escrita por CWritting


Capítulo 13
Jealous is a Bitch!


Notas iniciais do capítulo

Prometido e comprido hahaha



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O portão mecânico da garagem estava aberto, deixando assim a luz do meio de tarde entrar pelo grande vão. Estávamos sentados no chão e nas poucas cadeiras de praia espalhadas na bagunçada garagem, sem carros, de Jason.

Já não era mais incomum ver Mike com os braços envoltos à cintura de Kate ou a garota apoiando a cabeça no ombro do namorado. No inicio, brincadeiras e piadinhas sobre o casal não faltaram. Os dois não pareciam se importar com os gestos, “infantis” tachados assim por Mike, o senhor que exalava maturidade, e até mesmo se divertiam com as constantes perturbações que não passavam de felicidade para o grupo em vê-los juntos e o prazer de rever Kate irritada, revirando os olhos a cada frase dita.

A semana não tardara a passar e já estávamos no último final de semana antes da volta ao colégio, o senior year não se parecia tão distante assim agora.

Estavam todos espalhados pela extensa garagem. Era como uma despedida à vida tranquila e uma saudação ao nosso último ano antes da faculdade, já que querendo ou não, seria bem provável que nos separaríamos e entraríamos em diferentes faculdades de todo o país e não nos veríamos com tanta frequência, porém, a única coisa boa era que o sentimentalismo tinha sido deixado para mais tarde.

As garrafas de vidro, em sua maioria de cerveja, estavam vazias. A pouca comida já não existia mais, a sujeira reinava entre as empoeiradas prateleiras de metal, as ferramentas dispersadas entre os caixotes de papelão velho tinham uma aparência desgastada e o local não era tão iluminado. A única claridade vinha do portão eletrônico aberto para o dia iluminado e quente da cidade de Los Angeles.

Já que o mês de setembro acabara de começar o clima estável não duraria muito. O outono em algumas partes da Califórnia tinha o clima um pouco mais baixo, mas sem chuvas, o que ainda permitia os surfistas que se alimentavam das ondas, de aproveitarem os mares agitados sem impedimento maior.

“Meus quatro anos de matemática ainda não acabaram” John murmurou desanimadamente “Então somos dois” eu lamentei juntamente com ele com um leve sorriso nos lábios. Certas matérias primordiais eram necessárias por certa quantidade de anos, no mínimo. Os estudantes do último ano tinham o direito de formar suas grades de aulas com as necessidades das matérias, gosto ou preferência por aulas que garantam o básico de uma futura profissão. Matemática passava longe por todas as opções, mas um ano ainda estava faltando, então eu teria que cursar as monótonas e arrastadas aulas algorítmicas.

Megan sentava-se ao meu lado e tinha os olhos presos ao telefone, já Mike e Kate conversavam com Chase e Robert. Jason argumentava sobre sua grade inicial com John que tentava encaixar ambos os planos de aula.

Eu e Mandy falávamos sobre um novo restaurante tailandês, já que parecíamos ser os únicos que se necessitassem cozinhar para sobreviver, não morreriam de fome.

“Carly adoraria vê-lo sem camisa, usando um avental branco. Digno de um chef” Megan murmurou baixo o suficiente para somente eu ouvir ao esticar os braços. Eu sorri provocativamente e resolvi alfinetá-la de volta “Não posso fazer nada para controlar a fome dela” Megan me olhou com a sobrancelha arqueada e sorriu “Você sabe muito bem de que tipo de ‘fome’ estamos falando” eu lacei o braço pelos seus ombros e sussurrei em seu ouvido “Não sei como ainda não cedi” a olhei nos olhos com um conhecido tom de sarcasmo estampado no rosto.

Megan revirou os olhos e cravou levemente uma das unhas afiadas na minha mão esquerda “Procure coisa melhor” ela retribuiu o olhar com cinismo evidente.

“Acredite, estou atrás de algo melhor há um bom tempo, mas ouvi falar que esse alguém já tem um jogador de futebol aos seus pés” provoquei, retirando minha mão de seu alcance e acrescentando “E que é muito ciumenta” toquei os cabelos pretos da garota que me olhava mortalmente.

“Você não viu nada ainda. E eu aposto que o jogador de futebol não gostaria de ficar sabendo que o britânico aqui está insistindo na namorada alheia” ela retribuiu, com um pequeno sorriso nos cantos dos lábios.

“O senhor quarterback pode chamar o resto do time e me dar uma surra que eu não desistirei tão fácil assim, e se eu não vi nada desse seu ciúme assassino, coitada da pobre Carly” eu zombei, rindo da expressão ligeiramente alterada da morena. “Você não sabe a diferença entre ciúmes e aversão. Aquela vadia só falta praticamente se jogar em você” eu ri com o vocabulário e ela socou minhas costelas com as pequenas mãos.

“Tenho alguns conselhos para você” anunciei tentando controlar o riso “Estamos precisando coloca-la em uma aula de boxe ou algo do tipo porque seu soco é mais fraco do que o de Mike” ela revirou os olhos, mas não pode deixar de sorrir “Outra coisa: Sua beleza normal e sua beleza alterada por essa raiva anti-vadias é totalmente desigual. Sexy é pouco” eu complementei e continuei antes que ela pudesse interromper.

“Terceiro e último conselho, use com sabedoria. Em minha opinião, você daria uma bela cheerleader e Carly morreria de amores para tê-la no grupo de amigas dela que gritariam loucamente pelos jogadores em dia de jogo” eu desatei a rir enquanto Mike me olhava com um sorriso divertido, alternando os olhos entre mim e Megan que deixava ressoar uma risada sem humor.

“Prepare-se para uma boa vingança” ela murmurou frisando as palavras lentamente “Eu se fosse você nem dormiria” ela aconselhou “Isso é um convite para espera-la na cama?” eu perguntei sarcástico.

“Eu se fosse você, calaria a boca enquanto há tempo” Megan sussurrou, tentando evitar sorrir, inutilmente.

A conversa prosseguiu animadamente e o céu já estava escurecido, quando Jason pediu comida pelo telefone e as bebidas foram encarregadas a Kim, que tinha a casa para si só pela noite, já que os pais haviam viajado e só voltariam pela manhã. “Os armários lá de casa não são bem trancados como aparentam” ela disse ao sair de carona com Robert em busca das garrafas de cerveja.

Ficamos boa parte da noite, enfurnados na garagem, saindo apenas quando o ar ficava muito pesado de se respirar ou quando John resolvia vomitar e Jason berrava rindo de tamanha estupidez do melhor amigo.

O domingo amanheceu com o tempo aberto e relutantemente eu me levantei da cama pela última vez nas férias, já que em pouco tempo, as aulas começariam, acabando assim com todo resto de felicidade dos jovens americanos que iniciariam mais um longo ano. No meu caso, o último ano.


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