I Love a Murderer? escrita por Price of Reality


Capítulo 3
The Murderer and The Accomplice


Notas iniciais do capítulo

Mais uma vez aqui! Sei que é um pouco cedo mas aqui está o capítulo 3. Boa leitura ^-^



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Connor tinha um olhar frio e vazio. Se aproximava sem pressa mas não devagar, andava normalmente. Ainda com o cano na mão vinha em sua direção balançando-o de leve brincando com o objeto e depois o deixando ser arrastado pelo chão fazendo um barulho irritante com o metal. Alice não conseguia se mover, Connor estava cada vez mais próximo e o sangue no cano deixava um rastro por onde passava.


-Alice... - ele diz em um tom meio baixo.


Continuava no mesmo lugar, o coração não conseguia acelerar mais do que já estava e o medo já havia tomado conta de sí.


-Você... Não vai correr?... - ele perguntou.


-E-eu...


-Alice?...


Ele estava apenas um passo de sí. Antes de fechar os olhos viu Connor erguendo o cano e esperou ouvir o último passo que os separavam até o cano a atingir. Foi o momento mais desesperador de sua vida. Se perguntava o que teria acontecido se ela tivesse corrido ou se não tivesse se aproximado da cena do crime, o que poderia ter acontecido era algo difícil de se saber mas tinha certeza de que não teria que passar por isso.

Continuou com os olhos fechados firmemente esperando a dor ou a morte mas nada disso aconteceu, ouviu o barulho do cano caindo no chão e mãos enxarcadas de sangue a envolvendo em um caloroso abraço.


-Alice, você não correu... Estou tão feliz...


Alice não sabia o que dizer, deveria se sentir alivida agora mas era difícil se recuperar tão rápido ainda tinha que absorver toda a informação.


-Eu sabia que não estava errado.


-Connor... O que você fez?...


-Eu matei ele. - disse simplesmente.


A simplicidade que tinha em sua voz a irritava de um jeito inexplicável. Como podia agir de um jeito tão frio depois de tirar a vida de outra pessoa, uma vida não podia simplesmente ser substituída e Connor havia feito tão facilmente sem nenhuma razão.


-Por que?! - Alice gritou afastando Connor.


Connor se sentiu rejeitado, Alice o havia empurrado para longe e parecia realmente furiosa e desapontada com ele. Havia pensado que finalmente havia encontrado alguém que o entenderia.


-Alice... Pensei que me aceitava.


-Como posso aceitar uma pessoa como você?! Você tirou a vida de outra pessoa sem motivo algum!


Connor parecia confuso e triste ao mesmo tempo. Alice já não conseguia mais conter tudo dentro de sí, precisava deixar tudo sair, não iria conseguir aguentar tudo aquilo sozinha.


-Eu não posso ficar aqui! Eu-eu vou para casa! - disse se virando.


-Espera!... - ele disse segurando o braço dela - Eu... Não posso deixar você ir... Agora que sabe o que faço...


-Também vai me matar?... - ela perguntou com algumas lágrimas já escorrendo.


-Não... Mas apenas me prometa que não vai contar a ninguém.


-Eu... Não posso prometer isso. - ela respondeu.


Connor soltou o braço dela e a deixou sair.

Alice foi para casa mas antes vestiu seu casaco, seu uniforme estava manchado de sangue e obviamente não poderia deixar ninguém ver mas o pior de tudo é que estava com aquele cheiro horroroso de sangue, as pessoas ao seu redor pareciam não perceber mas ela sentia-se imunda com aquele cheiro. Andava pelas ruas com uma mistura de emoções dentro de sí, eram tantas que bagunçavam com sua cabeça. Todos acontecimentos parecia fazer parte de uma história mas não como as que ouvia quando era menor.

Quando chegou em casa a primeira coisa que pensou em fazer foi ligar para a polícia, pegou o telefone mas ao aproximar o dedo indicador do primeiro número ele simplesmente parou e não se moveu mais. Não conseguia entender o porque não conseguia discar o número.


-Por que?... - ela disse baixo.


Lágrimas começaram a escorrer sem parar, sentia uma profunda dor ao pensar que iria denunciar Connor e que ele provavelmente seria preso até a morte dele. Deveria pensar que estava salvando muitas vidas mas simplesmente não conseguia.

Foi até a janela do quarto e olhou para fora. Estava chovendo e não era uma chuva qualquer, o mundo parecia desabar junto com Alice. Seus olhos passaram pela rua toda e pararam sobre Connor, o garoto estava do outro lado da rua olhando para ela com uma expressão indescritível no rosto. Deveria se assustar, deveria ligar para a polícia, deveria sair da janela. Infelizmente não conseguia realizar nada disso. Depois de muito tempo olhando Connor na chuva, Alice resolveu deixá-lo entrar na casa. Parecia loucura e era mas não iria se sentir bem deixando o garoto ali sozinho.


-Entre. - disse a ele.


-Você tem certeza? - ele perguntou.


-Acho que vou me arrepender mas sim, tenho certeza.


Ele mostrou aquele sorriso de sempre e entrou na casa. Alice trancou a porta e disse para ficar à vontade.


-Não tem mais ninguém? - ele perguntou olhando em volta.


-Não... Minha tia está viajando, como sempre.


-E seus pais?


-Não estão mais nesse mundo. - disse de forma seca.


-Desculpe por perguntar...


-Não precisa se desculpar, eu já não me importo mais.


-Alice, você me mudou de ideia?


-Nunca disse isso, eu apenas não queria deixar um amigo de minha melhor amiga na chuva.


-Mesmo que esse amigo tenha matado tantas pessoas? Por que me deixou entrar?


-Eu não sei.


-Alice, sei que você é a única pessoa em quem posso confiar meu segredo por isso você não consegue contar a ninguém. Você é minha cúmplice.


-Como pode ter tanta certeza disso? Quem disse que eu já não liguei para a polícia?


-Confio em você, tenho certeza que não. Temos uma relação mais forte que de qualquer outra pessoa.


-E quanto à Alexia?


-Ela foi uma peça para me aproximar de você.


-Você é terrível.


-Mas você não é muito diferente. Fomos destinados a nos encontrar aposto que faria coisas piores por mim.


-Cala a boca! Não tem o direito de me julgar sem nem mesmo me conhecer, você vai ver, logo você perderá essa confiança toda que tem em mim!


-Existe uma coisa que não podemos controlar, sabe o que é?


-Eu não quero saber.


-O coração e é por isso que não consegue me entregar para a polícia.


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Notas finais do capítulo

Então...



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