- Canção do Sol escrita por sakuraxjapan


Capítulo 2
O Violão II


Notas iniciais do capítulo

Capitulo narrado por Edward. "Pov Edward"



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POV Edward

 

Sou Edward e tenho 20 anos. Meus pais morreram quando eu estava na sexta serie me deixando sozinho no mundo, desde então vivi a maior parte da minha vida num orfanato. Trabalho num restaurante como garçom, estou morando com uns amigo, mais só vai ser até esse verão, todos tem plano para depois dessa estação. Jacob e Jasper passaram para faculdade de direito e Emmett vai trabalhar na empresa do pai enquanto e eu vou continuar com garçom. Futuro promissor o meu né? A vida é difícil, e há muito tempo deixei de acreditar nela. Tento me esforçar o Maximo para continuar vivendo, mais o Maximo que consigo é sobreviver.  

 

- Vai chegar atrasado ao trabalho Edward. - Gritou Emmett quando percebeu que já se passava das sete da manhã e eu ainda não tinha saído. 

 

- Já estou indo, não precisa gritar. – respondi saindo do apartamento que dividíamos com outros dois amigos. Morávamos perto da praia. Eu não gostava do meu trabalho, mais precisava dele para sobreviver. O salário era pouco, mais não me deixa morrer de fome. Seria pior não ter aonde trabalhar. Hoje é o primeiro dia do verão, e todos meus amigos vão para praia, menos eu. Mais o que eu posso fazer? Tenho que trabalhar. Diversão não faz parte do meu vocabulário ao muito tempo. Cheguei ao trabalho de moto. A única coisa de valor que tinha, era essa minha moto, que uso para me locomover par os lugares. Algo me dizia com hoje não ia ser um bom dia.

 

- Bom dia Sr Cullen. - Disse o gerente do restaurante assim que me viu chegar.

 

- Bom dia. - Cumprimentei educadamente. Mais pela cara dele, percebi que lá vinha bomba.

 

- Sinto muito Cullen. - Ele falou constrangido.

 

- Pelo que? Eu nem cheguei atrasado. - Perguntei confuso.

 

- Você é jovem, com certeza pode encontrar um novo emprego. - Ele comentou me deixando mais confuso ainda.

 

- Como assim novo emprego? – Voltei a perguntar arqueando uma sobrancelha.

 

- Você está demitido. - Ele disse num tom de voz alto e claro.

 

- Como? Por quê? - Eu meio que ri da situação, só podia ser piada.

 

- Estamos com pEdwardlemas financeiros. Temos que cortar pessoas no trabalho, para diminuir as despesas. Desculpa, não tive escolha. -

 

- AH! - foi só o que eu conseguia falar na hora.

 

- Não se preocupe, que pagaremos tudo o que você tem direito.-  Ele tentou  me animar.

 

- Disso eu sei. Mais... Esquece. Tudo bem. - Eu estava desanimado. Não podia perder o emprego. Isso era uma tragédia. Mais fazer o que? Só o que posso fazer é aceitar. – Então melhor eu ir. Tchau. - Me despedi. Não queria ficar mais nem um minuto naquele lugar.

 

- Você deve ter outro sonho alem de ser garçom não? - O gerente me perguntou antes de eu sair.

 

- Não - Eu respondi friamente sem me virar.

 

- Você não poderia se prender a esse lugar para sempre.-  Ele disse agora com um tom de voz preocupado. - Essa é a sua chance. Tenta fazer algo que vale a pena para você. -

 

- Claro, vou pensar nisso. - Eu concordei ironicamente. Para ele era fácil falar isso. Um dia realmente eu tive um sonho de ser musico. Mais isso ficou no passado. E acho que vai ficar por muito tempo no passado. Eu já não esperava muita da vida. A única coisa que eu tinha era esse trabalho. E agora nem isso mais eu tinha. Então sair sem olhar para trás. Como a vida tinha uma mania de ser injusta comigo. Nada dava certo para mim.

 

Minutos depois já me encontrava na praia com meus amigos. Que ironia, queria tanto ir à praia, e agora aqui estou.

 

- Não fica com essa cara Edward. Você sabe que as coisas são assim. - Disse Jacob enquanto tomávamos umas bebidas. Uma coisa eu já tinha percebido, esse verão ia ser péssimo para mim.

 

- Esquece Edward, você consegue outro emprego. - Disse Emmett enquanto jogava areia em minha direção. Ele era um palhaço. Agia como criança às vezes. Eu podia reclamar de mais da minha vida. Mais dos meus amigos eu não tinha do que falar. Eles sempre me apoiavam em todos os momentos. E isso era algo bom. Eu não tinha família, mais tinha eles. Enquanto nos distraímos na praia, percebi que havia uma menina com uma câmera nas mãos em nossa direção nos filmando de longe. Achei estranho. Talvez fosse uma turista, sei lá. Preferi não comentar com outros e ignorar o fato.   

 

Depois da praia todos decidiram voltar para casa, menos eu que preferi caminhar por aí, precisava colocar as idéias em ordem. Hoje o dia não tinha sido um dos melhores. Ser demitido para mim foi demais. Acho que já estou me acostumando com essas rasteiras que a vida anda me dando.  Enquanto andava por aí, escutei de longe uma voz feminina cantando, acompanhado por uma doce melodia de violão. A noite estava tão silenciosa que essa voz se tornava quase que inebriante me fazendo desviar automaticamente meu caminho até o lugar de onde ela vinha. Ao me aproximar percebi que a dona da voz era uma bela jovem, tinha a pele clara como à neve. Na sua frente havia uns cds que estavam apoiado sobre a caixa que servia para guarda o seu violão. Por um momento essa visão dela cantando me hipnotizou. Ela se pois a interromper a canção quando me viu admirando-a, isso me deixou extremante envergonhado. Eu parecia um bobo, em pé, sozinho no meio da praça. Voltei a andar rapidamente como se nada tivesse acontecido. Mais a garota se levantou de onde estava e meu chamou.

 

- Espera! - Ela gritou. Tentei ignorá-la, mais ela se colocou em minha frente me obrigando a parar para encará-la e em seguida mostrou-me o violão que tinha em suas mãos. Eu não podia acreditar. O violão que ela segurava era meu. Percebi pela letra que ainda havia gravada nele. Como isso poderia ser possível?

 

- Eu sei que esse violão é seu. - Ela insistiu quando tentei ignora o fato. Como ela sabia disso? E o que ela fazia com ele em mãos?  Há muito tempo atrás eu havia jogado no lixo. E agora do nada ele me aparece nas mãos dessa estranha.

 

- Não. - Foi só eu conseguir dizer. Tentei deixar minha voz o mais uniforme possível. Então voltei a andar rapidamente.

 

- Espera! - Ela gritou novamente. - Por que está fugindo? - Ela perguntou quando tentava me acompanhar com passos largos.

 

- Por que está me seguindo? - Repliquei tentei mostrar indiferença.

 

- Eu disse para esperar. - Ela se aproximou de mim me puxando pelo braço. Que garota insistente. O que ela queria? O que ela sabia de mim?

 

- Sempre quis perguntar uma coisa para você. - Ela começou a falar quando parei para encará-la novamente. Não sei se era impressão minha, mais seus olhos me pareciam demonstrar carinho. E tínhamos acabado de nos conhecer. 

 

- É algo sobre entrar em alguma banda? - Perguntei, pois qual outro assunto ela teria comigo?

 

- Não. - Ela respondeu.

 

- Então fale com outra pessoa. - Eu disse voltando a andar. Algo me dizia que eu não ia gostar do que ela ia perguntar. Então preferir ignorá-la, mesmo sabendo o quão mal educado eu estava sendo com ela.

 

- Não, tem que ser você- Ela disse. Então parei novamente e a encarei serio dessa vez. Vi que o que ela queria era confirmar se aquele violão era meu. Ou melhor, já tinha sido meu. Então o tomei de suas mãos, o avalie com os olhos e em seguida o joguei sobre um canteiro de rosas próximo de onde estávamos. Mais só fiz isso para mostrar o quão me desagradava ver aquele instrumento na minha frente. Após fazer isso voltei a andar evitando encará-la. Não a escutei mais me chamar. Com certeza esse meu ato bruto a fez desistir de continua me amolando. Senti muito ter sido ignorante desse jeito com aquela frágil menina, porém foi melhor assim. Rever aquele violão me trouxe sentimento que eu queria muito esquecer. Me fez lembrar de feridas ainda não cicatrizada que a vida havia me deixado.  

 

Fiquei vagando por um momento sem rumo até que resolvi voltar para o apartamento, todos já dormiam. Hoje o dia não tinha sido um dos melhores. Primeiro perdi o emprego, depois fui obrigado pelo acaso a recorda-me de momentos que eu pensei que já estivessem enterrados no passado. Como aquela menina havia conseguido o meu antigo violão? De onde ela o tirou? E o mais importante como ela sabia que ele era meu. Chega até a ser assustador. Por mais que eu quisesse me desligar do meu passado, ele parecia sempre querer me confrontar. Acabei descontando todo o meu mau humor por esse dia naquela inocente e frágil garota. E agora me arrependo por isso.

 

Já era tarde e eu precisava dormir. Tinha que descansar. Mais pensando bem, para que? Eu não tinha mais motivos para acordar cedo. Eu havia sido demitido.

 

Demorou mais acabei adormecendo. Cheguei a sonhar com a tal garota que eu havia conhecido, e com a sua bela voz. Como alguém que parecia um anjo cantando, perdia seu tempo à noite numa praça?

 

 Acordei como de costumo antes do sol nascer, por mais que eu quisesse não conseguir dormir até tarde. Então resolvi ir a praia para caminhar. Após assistir ao nascer do sol, Permaneci sentando na areia em frente a praia observando o horizonte. Pensado sobre o que eu faria da minha vida. Eu precisava de um rumo. De um novo emprego.

 

Pode parecer estranho, mais a garota da noite passada não me saia mais da cabeça. Não sei dizer o por que. Mais algo nela me chamou atenção. Sua forma de me olhar, sua voz inebriante, sua pele clara e principalmente o mistério que ela me oferecia. De onde ela havia surgido? Como ela me conhecia? Qual a sua historia. São perguntas na qual eu não conseguir obter respostas, ainda.

 

O dia passou tranqüilamente, até o momento que eu aceitei ajudar Jasper em mais uma de suas conquistas. Ele havia me pedido, quer dizer ele praticamente me obrigou a acompanhá-lo num encontro com uma garota que ele conhecera mais cedo. A tal garota levaria uma amiga e eu seria o acompanhante dessa amiga. Até aí tudo bem se não fosse a surpresa em saber quem seria essa amiga.

 

- A meninas estão demorando. – Comentou Jasper olhando insistentemente as horas.

 

- Para Jack. Juro que se você olhar mais uma vez para esse relógio e vou embora. - Eu já estava irritado. Fazia meia hora que as esperávamos no restaurante marcado e nada das meninas aparecerem.

 

- Não se preocupe, não vou mais precisar olhar. Lá vem elas. – Ele respondeu já se levantando da mesa. Eu permaneci sentando no meu lugar, até que sentir alguém se aproximar por detrás de mim, me virei e para minha surpresa uma das garotas a minha frente era a que eu havia visto cantando sozinha na praça com o meu violão na noite anterior. Estranho tudo isso. E para completar ela não me pareceu surpresa por me ver. Era como se ela já esperasse por isso.  


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Notas finais do capítulo

Só continuo se tiver comentarios viu? Beijos.