[Novo Nome] Perdida na Magia escrita por Rae


Capítulo 5
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Oi! Espero que gostem! beijo!



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Finalmente entramos na cafetaria. A sala é enorme, com azulejos brancos e pretos, muitas mesas e principalmente, alunos com tabuleiros nas mãos.
   -Vem, vou-te apresentar as minhas amigas.
   Caroll guia-me entre os rapazes e as raparigas e levam-me até a uma mesa com duas raparigas. 
   -Bom dia meninas. Constipada e Thata esta é a Raquel. Raquel, esta é a Thata – diz apontando para uma rapariga com cabelos cinzentos e olhos rosa.
   -Muito prazer, Raquel.
   -E a constipada é a Havena.
   Uma rapariga de longos cabelos pretos e olhos azuis assoa-se antes de se apresentar.
   -Muito prazer. E Caroll, não gostei dessa tua apresentação. Eu não tenho culpa de estar doente. 
   Caroll encolhe os ombros.
   -Não interessa. Estás assim desde ontem de manhã. E ainda não te livras-te dessa echarpe horrorosa? 
   -Não posso… a Sr.ª Diretora disse que estava comigo quando me encontraram. É uma recordação.
   -Aaaa… pode ser alergia! – Digo.
   -Mas é claro! Alguém tem um lenço? – Pergunta Havena
   Eu e Thata damos-lhe um lenço ao mesmo tempo.
   -Obrigada meninas… mas o que faço eu com dois lenços?
   Uma rapariga de cabelos loiros e olhos azuis passa na mesa e diz disfarçadamente:
   -Podes usá-lo para te assoares depois de espirrar.
   -Depois de eu… ATCHIM! – Fez Havena
   -Santinho. – Dissemos todas. A rapariga mistério foi até a uma mesa distante e sentou-se.
   -Quem era aquela? – Pergunto
   -Ela chama-se Mel – Diz Caroll – É meio que muito misteriosa. Nunca a tinha ouvido falar até agora.
   -Está no segundo ano – continua Havena – mas como é um génio, anda sempre em turmas diferentes a “estudar”, como diz a diretora. Ela é mesmo inteligente. E aprende rápido.
   -Eu ouvi dizer que ela derrotou um finalista do terceiro ano com um feitiço nível 398. Muitos até dizem que ela é do mal. Sabes, que o ajuda…
   Olho para Mel, a comer sozinha. Tão… indefesa.
   -Bem, vamos comer? – Caroll cutuca-me e leva-me até a uma mesa do lado esquerdo da sala. Uma senhora de bata diz bom dia e pergunta se nos pode servir.
   Caroll pede um copo de leite e três panquecas. Eu fico-me pelos cereais.
   Quando chegamos á mesa está lá um rapaz de cabelos cinzentos e olhos verdes e dourados.
   -Bom dia, Lysandre. – Diz Caroll
   Ele diz um distraído “olá” para Caroll e continua a falar com Havena. Thata olha com má cara para nós.
   -Ele é bastante mal educado. – Digo
   -Não, nem por isso – Desculpa-o Caroll – enquanto fala com a Havena está desligado do mundo exterior. Vê, até se notam os corações à volta dos dois…
   -Eles namoram?
   -Isso queria ela – diz Thata brincando com uma maça – ele e ela são só amigos, mas quando estão juntos é só love, love.
   -E a Thata está com ciúmes…  - Diz Caroll tirando-lhe a língua
   Lysandre vai-se embora e Havena senta-se muito contente.
   -Então, o que queria ele desta vez? – Caroll põe comprimidos no copo de leite. Ponho duas colheres de cereais na boca e espero a resposta.
   -Oh, ele queria que eu lhe explica-se porque é que o irmão Leigh anda tão estranho. Parece que ele perdeu o dom para a música.
   -Oh, que pena! – Diz Caroll irónica.
   -Quem é o Leigh?
   -Quem é o… ah, pois. Tu és nova na escola. – Thata aponta um rapaz de cabelo preto e olhos castanhos. – Não é LINDO? Que pena ter namorada…
   -Pensava que gostavas do Lysandre! – Digo.
   Thata cora e olha para Caroll a fazer-se de ofendida.
   -Olha, ser tua companheira de quarto dá resultado. As tuas más influência já estão a torna-la parva como tu.   
   Rasgo um bocado do meu guardanapo e atiro-lhe a cima. Havena ri e começamos uma luta com pão e bocados de papel. Eu sei: é infantil mesmo, mas é bom fazer destas coisas com as amigas.
   TRIM! 
   -Olha a campainha! Vamos! – As meninas levantam-se e levam os tabuleiros até ao caixote do lixo.
   -O que se passa?
   -O que foi, pensavas que ias ficar o dia todo a comer e a atirar-me com coisas acima? Temos aulas, oh cabecinha no ar. – Diz Thata
   -Aulas? Às sete e meia da manhã?
   -Não a confundas, Thata. É apenas o primeiro tempo, Raquel. É meio que uma apresentação, falamos sobre as férias e conversamos com os colegas. Se te calhar o professor Faraize estás com sorte! Dizem que ele canta muito bem karaoke! 
   -Ehehe, possivelmente vão as duas aturá-lo.
   -Como assim? – Pergunta Thata
   -Bem, esta burrinha aqui tem quinze anos e está na mesma turma que tu.
   -Caroll! 
   -Há! Há! – As meninas riem-se.
   Saímos da cafetaria e vamos até aos corredores. As meninas despedem-se e aconselham-me a encontrar a diretora. 
   Ao fim de andar um bocado, acho uma senhora de cabelos brancos, óculos e fato cor-de-rosa.
   -Bom dia, sabe onde está a diretora?
   -Á sua frente.
   -Oh, é a senhora. Sou nova na escola.
   -Ah, deves ser a Raquel. 
   -Certo.
   -Bem, eu agora estou um bocado ocupada. Podes ir falar com o representante de turma, na sala de representantes de turma?
   -Mas é claro!
  Afasto-me um bocado e começo a ler a placa das portas.
   -Mas é claro que sim, eu procuro o representante de turma e a diretora fica olhando o jardineiro… 
   Ao fim de um bocado, acho a porta, bato e entro.
   -Bom dia, viu o representante de turma?
   Um rapaz de cabelos loiros e olhos azuis (?//!) olha por cima do monte de papéis em que estava mexendo e diz:
   -Está a falar com ele.
   -Ah – Boa. Nessa escola todo o mundo está sincronizado – Eu sou nova, e a diretora mandou-me falar contigo.
   -Ah, és a novata.
   Sim, a novata. No meu primeiro dia e já tenho uma alcunha! Yuppie! 
   Ele mexe nos papéis e eu olho a sala. É grande, tem uma mesa, janela e uma daquelas coisas com água. Nunca sei como se chama.
   -Bem, parece que falta uma taxa, uma foto e uma folha. 
   -Tanta coisa…
   -Disseste alguma coisa?
   -Não. Mesmo nada… tens a certeza? Quer dizer, a minha mãe arrumou isso tudo para mim e… sabes que mais? É melhor confirmar, mesmo. 
   Vejo na mala se tenho uma foto minha e dinheiro suficiente. Encontro trinta dólares e uma foto de quando ainda usava aparelho. Ah, deve servir.
   -Toma. O dinheiro, é suficiente?
   -Claro. – Ele olha para a minha foto e sorri
   -Que foi? Não estou gira aí?
   -Nada disso… - diz corado. – Bem, eu vou procurar a folha, por isso podes ir dar uma volta.
   Volto-me para ir embora e ele agarra-me no braço.
   -Aaaa… se precisares de alguma coisa, procura o Nathaniel. E… - ele mexe na carteira e tira uma foto – Toma.
   -Obrigada…
   Saio da sala a pensar “que convencido, deu-me uma foto!”, mas quando olho para a foto, vejo que é de um rapaz com aparelho. O representante de turma mais parvo da história.

   Saio da escola e sento-me num banco. Canso-me pouco tempo depois e decido ir comprar roupas, só que acabo por me perder (eu sei, numa aldeia do tamanho de um campo de futebol). Vejo uma garagem e resolvo pedir ajuda.
   -Aaaa… desculpe, mas pode-me dizer onde fica uma loja? De roupas?
   Debaixo de uma moto preta e vermelha sai um rapaz de cabelos vermelhos. Sim, os das gémeas Olsen.
   -Olha, olha, olha… - Começa. Dou meia volta e preparo-me para voltar para a escola, mas ele agarra-me no braço e impede-me. – Não vá já embora. – Pede. 
   Volto-me para trás. 
   É, eu sei. Toda fula com ele, e faço o que ele me pede. Mas tenham dó, ele tem uns olhos tão lindos! (Sem comentários).
   Ele sorri e reparo que tem uns loucos olhos verdes muito escuros (como os meus, menos a parte de serem escuros!).
   -Então, perdida?
   -É – Digo num fio de voz. Porque é que as pernas estão a tremer?
   -Talvez eu te possa ajudar. – Pronto, ok. Talvez ele não seja assim tão mau.
   -A sério?
   -Claro. És virgem?
   Pronto. O meu mundo de fantasia desmorona-se á minha volta.
   -Eu sou o quê? – Digo vermelha
   -Virgem. V-I-R-G-E-M.
   Faíscas saem dos meus dedos de tão irritada que estou.
   -Seu tarado! Pervertido! Eu transformo-te num sapo! Deixa que eu te apanho!
   Ele levanta as mãos no ar.
   -Calma! 
   -Calma? Que raio de perguntas são essas? A minha virgindade interessa-te para quê?
   Ele olha para mim com a cara numa careta. Antes de eu lhe atirar com qualquer coisa á cabeça, a sua expressão suaviza e diz com o tom de voz mais calmo de sempre.
   -Eu perguntei-te se eras virgem…
   -Eu sei, eu ouvi.
   -… no sentido de signo.
   -Sim e tu… o quê?
   -No sentido de signo! Sabes, nasces em Dezembro és Sagitário, em Novembro…
   -Eu percebi. – Olho para ele envergonhada. – Acho que te devo um pedido de desculpas…
   - Porquê? – Um sorriso aparece nos seus lábios – Sua pervertida!
   -Nã… não sou nada! Eu… - Gaguejo. – Mas porque achas-te que eu era virgem?
   -Porque os de signo virgem estão sempre a perder coisas.
   -Ah… - Faz sentido. – Mas espera aí, a única coisa que perdi foi a direcção!
   -Isso e a dignidade quando me perguntas-te a direcção. 
   Fico muito vermelha. Então aquilo foi tudo um plano? Para me envergonhar? Ai, ai, ai… alguém vai pagar. Oh se vai!


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Notas finais do capítulo

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