Just A Kiss - Hitsugaya. escrita por Lilynette


Capítulo 1
Capítulo 1 - Tenente Mizore.




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/286116/chapter/1

      Ja tinha se passado quase 40 anos desde a batalha de Kurosaki Ichigo contra os Fullbringers. Eu me lembro perfeitamente bem do quanto foi simples lutar contra aquele garoto viciado em tecnologia... Bons tempos. Agora eu não sou mais aquele garoto baixinho. Ainda bem. Agora estou alto, e com um corpo mais musculoso. Mas... Apesar disso, tem algo que me aflinge. Me aflinge muito. Matsumoto sumiu a três anos. Ela foi enviada pelo Comandante Yamamoto para exterminar um Hollow em uma cidade vizinha a Karakura. Todos os dias eu vou até a terra para procura-la, mas nunca achei ela. Sobre Kurosaki Ichigo, a mais ou menos 30 anos ele morreu. Mas manteve seus poderes de Shinigami, entrou no Esquadrão 13, e virou um 3 oficial. Ja que Kuchiki Rukia ja é uma tenente... Sinceramente, eu estou bem surpreso que o Ukitake ainda esteja vivo. Considerando que a cada dia sua doença piora... Ele foi esperto em se casar com Unohana-san. Assim ela pode sempre cuidar dele... Mas acho que ele realmente ama ela, o que me lembra que eu tenho que procurar a Matsumoto. Independentemente do que me diga, eu não vou desistir da minha tenente. Mas, quando eu estou justamente abrindo um portal para a terra, um dos meus oficiais aparece e diz:

            - Capitão Hitsugaya, o Comandante Yamamoto quer falar com o senhor. 

            - Droga... Logo agora? Já estou indo. - Resmunguei. O que será que o velho quer? Bem, so vou saber se for... Não custa nada. Fui até a torre central, no lugar de reuniões. O velho estava lá, parado feito uma estatua. 

            - Queria falar comigo, Comandante Yamamoto?

            - Ah, Capitão Hitsugaya. Você tem que arrumar um novo tenente. E já tenho como indicação uma garoti... - Começou a falar. 

            - Matsumoto não está morta. - Rosnei, interrompendo-o. Me arrependi imediatamente, so os tolos interrompem um Comandante. 

             - Bem... Provavelmente não. Não temos como saber. Mas você não pode ficar sem tenente para sempre, Capitão Hitsugaya. Eu posso indicar alguém? 

              - Eu... Sim senhor, Comandante Yamamoto. - Eu não tinha pensado muito nisso. E verdade que eu talvez precise de uma tenente, de preferencia uma que faça os relatorios. Mas não quero aceitar que Matsumoto esteja morta. 

               - Mizore, é o nome dela. Ela teve resultados perfeitos na academia Shinigami, sabe usar o bankai e...            

               - Sabe usar o Bankai? Mas somente capitães sabem usar o Bankai! - Lá vou eu de novo, interrompendo o velho.          

              - Ela tem o nível de uma capitã, e pode usar o Bankai, porém, não sabe controlá-lo. - Disse. - Deixo-a em suas mãos, Capitão Hitsugaya.            

              - Espere, eu... - Eu ainda não desisti da Matsumoto! Era isso que eu queria dizer, porém... 

              - Ela estara lhe esperando no Décimo Esquadrão, Capitão Hitsugaya. Espero que a aceite como sua Tenente. Dispensado. 

   Sai do quartel do Comandante pisando fundo no chão. Eu nem sequer pude recusar! Espero que essa Mizore seja uma pessoa milagrosa, se não eu vou ficar muito fula com o maldito Yamamoto! Fui recebido pelo meu esquadrão, eles disseram que uma garota estranha com cabelos negros tinha entrado lá dizendo que se chamava Mizore e procurava o Capitão Hitsugaya. Eles tinham levado ela para minha sala, e ela estava me aguardando lá. Entrei fulminante lá, e encontrei uma garotinha baixinha, com corpo de garota, mas com longos cabelos vermelhos scarlet, e olhos azuis gelos. Da cor dos olhos da Matsumoto. Ela estava mechendo nos relatorios. 

             - Olá? - Perguntei, batendo na porta. Ela largou todos os relatorios de uma vez, com o susto.            

            - Ah! Você deve ser o Capitão Hitsugaya- sama! Eu me chamo Mizore, eu sinto muito mesmo! Eu vi esses relatorios incompletos e não deu para resistir... Que droga Mizore, como você é nerd! - Ela se repreendeu. Parecia ser uma boa pessoa, e eu me sentia estranhamente atraido por ela... Mesmo ela não tendo aquele corpo da Matsumoto, ela era atraente para mim. Mas so o fato dela ter completado quase todos os relatorios já me fez pensar: Minha tenente. M-I-N-H-A é de mais ninguém!         

             - Mizore-chan, não é? - Não sei por que estava chamando uma completa estranha de chan... Mas... - Então você é minha nova tenente, não é mesmo?                        - Sim! Quero dizer, so se o senhor me aceitar. Eu nunca poderei substituir a sua antiga tenente, mas... Caso me aceite vou dar o máximo de mim para não ser um estorvo.            

             - Você sabe usar o Bankai, foi o que me disseram. E verdade? - Perguntei. Eu estava muito curioso mesmo para saber mais desse Bankai que não tem controle. Assim que pronunciei a palavra Bankai, ela fechou os olhos e deu um sorriso. É ficou extremamente parecida com o Ichimaru Gin. O que esta dizendo, Hitsugaya? Ichimaru Gin morreu há 40 anos.              

            - Eu... preferia não saber. - Disse com tristeza.            

            - Bem, Tenente Mizore, tem milhares de relatorios aqui para serem feitos e entregues amanhã, acha que consegue? - Perguntei. Eu me sentia culpado por colocar todos os relatorios nas costas da novata, mas... Seus olhos brilharam.                     - Obrigada! - A baixinha me abraçou, então me soltou, corou e pediu desculpas. Eu provavelmente estava sendo gentil demais, até por que eu não era assim com a Matsumoto, nem sou assim com a Hinamori, mas... Dei um sorriso e disse:             

           - Tudo bem, afinal, você é minha Tenente. - Eu sentia um certo carinho pela garota, uma vontade imensa de protege-la. Talvez seja por seu tamanho  minímo que eu me sinta assim. Ela tem o mesmo tamanho que eu tinha, e ainda era uma tabúa... Mas parecia ser uma pessoa bem calma, confiavel. Talvez eu não tenha conseguido proteger a Matsumoto, e por isso estou assim em relação a Mizore.                 - Alias, Mizore, qual é seu sobrenome? - Perguntei.            

          - E-E-Eu não tenho um. - Gaguejou.              

          - Sério? Vamos achar um para você, depois. Agora vá fazer os relatorios... Eu vou... Procurar uma pessoa. - Murmurei. Ela sorriu e foi para a mesa. Era  impressionante o quanto ela escrevia rápido. Ela tem um sorriso lindo. Acabei me esquecendo de procurar por Matsumoto enquanto observava Mizore. Suas mãos, delicadas e pálidas, pegavam a caneta e a mergulhava na tinta num intervalo de 2 minutos. Ela não parava de mecher seus pés debaixo da cadeira. Era magra, mas tinha seios maiores que o da Kuchiki. O rosto fino e o narizinho pequeno, os cabelos pretos pareciam pertuba-la, mas ela estava tão imersa nos relatorios que nem sequer os tiravam da frente dos olhos, ah os olhos. Eles não eram exatamente como os da Matsumoto, porém, eram parecidos. Os da Matsumoto eram como duas bolas ligeiramente violetas, com ventanias esplendidas. Mas os da Mizure eram como gelo, azuis e sem foco. Eram belos, mas... Assustadores. O frio em seus olhos não combinava nada com o preto brilhante que era seu cabelo, ela levantou a cabeça e soprou para o cabelo para longe de seu rosto. Eu pude ver uma pequena névoa sair de seu sopro, quase como se ela estivesse no meio de uma nevasca. Então ela finalmente percebeu que eu estava olhando para ela, e corou.              

             - Capitão Hitsugaya... Você não ia procurar uma pessoa? - Perguntou.                      - S-S-S-Sim... E-eu ia mas... Acho que vou ficar aqui com você.      Falei merda, falei merda! Acho que vou ficar aqui com você. Eu devo estar parecendo um pedófilo.             

             - Etto... Por mim tudo bem. - Suspirei. Ela continuou os relatorios, porém seu rosto estava absolutamente corado. (Etto - Bem)           

             - Eu posso ajudar? - Perguntei.              

             - Eu creio que posso dar conta sozinha, mas se quiser ajudar... - Disse. Peguei uma caneta e uma pequena parte dos relatorios. Puxei uma cadeira até a mesa onde ela estava e comecei a fazer os relatorios. Eram simples, coisas bobas. Mas ainda não sei como ela pode gostar tanto de fazer essas coisas. A tinta começou a falhar, coloquei a ponta da caneta na tinta, ao mesmo tempo que Mizore. Então começou um clima estranho. Ficamos nos olhando, então ficamos vermelhos, daí olhamos para a tinta, então para a Mizore, então para a tinta, e para Mizore, tinta, Mizore, tinta, Mizore, Tinta, Mizore, tinta, Mizore... Tiramos as canetas ao mesmo tempo.                

             - Desculpe, Capitão Hitsugaya-sama!                

             - A culpa foi minha.                

             - Não senhor, eu assumo completamente a culpa.        

    Antes que pudessemos notar, ja tinha escurescido. Mizore anunciou que ja terminou a parte dela de relatorios. Uma montanha imensa de folhas de papel.                     - Já vai embora? - Perguntei.                

            - Sim...                

            - Posso lhe acompanhar até a sua casa? - Pedi corando.                

            - Capitão Hitsugaya-sama... Não precisa fazer nada que não queira.                           - Idiota. Se eu estou lhe pedindo, então é por que eu quero. - Resmunguei.               - E eu so estou sendo gentil! - Resmungou de volta. Começamos a andar, o engraçado e que a casa dela ficava na mesma direção que a minha. Também era muito engraçado que ela fosse minha vizinha. Também era coisa de comediante que eu nunca tenha visto ela.                

           - Somos vizinhos. - Anúnciei, como um idiota.                

            - Isso não te incomoda? - Perguntou, fitando o chão.

           - O que devia me incomodar nisso?                

           - E como se eu estivesse perseguindo o senhor, Capitão Hitsugaya-sama. -  Falou, como se aquilo fosse um crime. 

           - Sabe, eu não me importo de ser perseguido por você. - Mizore corou. Sua franja era muito comprida, por isso seus cabelos ficavam caindo em cima de seus olhos. Ela então fez uma careta e disse:

            - Mas devia. Bem, obrigada por me acompanhar, Capitão Hitsugaya-sama! 

    Mas devia? Por que eu deveria?

             - Pode me chamar so de Hitsugaya. - Disse, tentando ser gentil. 

             - Hitsugaya-sama? - Pediu. 

             - Como quiser. - Ela assentiu e entrou em sua casa. Batendo a porta praticamente em meu nariz. Fui para minha casa, pensativo. Por que eu deveria me incomodar em ser perseguido por alguém bonitinha como ela? Essa pergunta insistiu em ficar na mente, e eu sonhei com Mizore. 

          Eu estava num lugar muito parecido com Karakura, mas não era Karakura, e sim uma cidade normal. Várias pessoas estavam correndo, assustadas na rua, olhando para cima e apontando. Olhei para cima também, era Mizore! Ela estava bem mais velha, com seios enormes, mais alta e mais... Mulher. Ela estava frente a frente a Ichimaru Gin! Os dois lutavam com ódio. 

            - Seu idiota! Se deixar Aizen destruir a Soul Society, milhares de pessoas vão morrer! - Gritou Mizore. 

            - O que importa e que você é a Rangiku-san ficarão a salvo! - Respondeu ele. Era estranho, Ichimaru não estava sorrindo, e seus olhos estavam bem abertos. 

            - Mas os outros não! - Mizore desferiu um golpe que cortou as costas de Ichimaru. Ele gritou e cuspiu um pouco de sangue. Ichimaru girou a espada, e tentou cortar Mizore. - Lento demais. - Mizore pulou e pisou na cabeça de Ichimaru. Mas a espada de Ichimaru conseguiu fazer um pequeno corte na perna de Mizore, atingindo seu tendão. 

             - Ahh... - Gemeu. 

             - Sinto muito, Mizore. Não tinha a intenção de feri-la, Nee-chan. 

             - Parece que eu não tenho escolha. Vou ter que liberar ela. - Ichimaru arregalou os olhos, e Mizore começou a brilhar. Depois de quase ficar cego, finalmente pude ver Mizore. Ela estava...

       Abri meus olhos, eu estava completamente suado. Provavelmente tinha sido so um sonho, mas foi um sonho muito real. E esse sonho... Não. Mizore é quase uma criança, não pode ser aquela... Mulher. Fui tomar um banho para ver se relaxava... Mas... Não. Foi so um sonho. Um sonho muito doido. 

       Pelo menos eu acho. 

             


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Just A Kiss - Hitsugaya." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.