Inevitável escrita por Sugar Candy


Capítulo 3
Legados da morte




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Susan deixou Agatha em casa e foi para a sua casa, que ficava a uma quadra dali. Agatha entrou em casa ainda com lágrimas nos olhos. Ela sabia que os fantasmas do seu passado voltariam para atormentar o seu futuro, porque o passado nada mais é do que uma sucessão fluida de presentes. Ela estava se sentindo suja com todo aquele sangue no corpo. Ela foi até o banheiro e tomou um banho rápido, queria ir dormi logo só assim poderia se desligar, mesmo que só por um instante, desse mundo que para ela era injusto e cruel.
Susan chegou em casa normal. Estava feliz por ter uma oportunidade de fazer seus pais pagarem por todos os anos em que ela precisou deles, mais eles não estiveram com ela, mas por outro lado estava triste por saber que sua amiga nesse exato momento devia estar se sentindo péssima por ter matado o Clark. Mais ela sabia que isso ia passar, pois tudo passa.
Depois de tomar banho Agatha foi se deitar. Ela tentava entender o porquê de a vida lhe tratar como um trapo. Desde os quinze anos sua vida mudou da água pro vinho. Foi quando os pais dela morreram e ela teve que ir morar com a tia, uma velha chata e que não gostava dela. Vivia reclamando da vida e maltratando a garota. E Agatha só encontrou ajuda quando conheceu Susan que lhe mostrou uma nova vida. Onde aquele pesadelo não poderia mais pertuba-lá. Depois de três anos a velha morreu, Agatha já tinha dezessete anos e tinha a herança que seus pais deixaram, ela comprou uma casa perto de Susan e Ninguém mais poderia mandar nela. Agatha acabou adormecendo e sonhou com o dia em que conheceu Susan:
“Sua tia tinha lhe batido por não ter arrumado a casa. Ela estava chorando sentada na frente de casa, quando chegou uma loira de cabelos longos e loiros, de short jeans e blusa branca solta e caída em um dos lados do ombro:
- Ei garota você sabe em que casa o Luke mora?
Disse a loira, a morena levantou a cabeça sem entender do que aquela garota estava falando:
- Que Luke?- Agatha
- Um loiro, alto- Disse a loira, indo para perto de Agatha
- Desculpa, eu não sei!- Agatha
- Ei você ta chorando? Por quê?
Falou a loira se sentando do lado dela:
- Eu nem te conheço pra falar sobre a minha vida com você- Disse Agatha chorosa
- Mais é uma criançona mesmo né? Eu sou a Susan e você?
- Eu sou a Agatha.
- Pronto agora você me conhece e eu te conheço. E então vai me falar ou não?
- O que?
- O motivo de você está chorando dããr.
- Minha tia... Me bateu por eu não ter limpado a casa- Agatha
- Fica ai chorando não. Vem comigo que eu vou te mostrar um mundo que você vai amar. Quantos anos você têm?- Susan
- Catorze, mas não sei se minha tia vai deixar...- Agatha
- Eu também! Vamos logo comigo vai.
Falou a loira puxando Agatha com ela...”
 Agatha acordou com alguém batendo na porta. Ela abriu a porta e viu que era Susan:
- Susan? O que você quer a essa hora?- Agatha
- São duas horas da tarde, você pretendia dormi até quando? Cinco horas?- Susan
- Não pensei que fosse tão tarde. Mas porque você está aqui?- Agatha
- Agatha você ta ligada que minha mãe chega amanhã né?- Susan
- Sim, você comentou comigo- Agatha
- Eu quero preparar uma surprezinha pros meus pais, amanhã mesmo. E ai ta dentro?- Susan
- Eu não sei, ainda não me recuperei pelo Clark- Agatha
- Poxa Agatha, na moral por mim- Susan
- Ta legal, eu tou dentro. Mas hoje eu quero relaxar, tentar esquecer tudo que aconteceu.
- E eu sei muito bem o que agente pode fazer.
Falou Susan sorrindo maliciosamente.
Elas foram até o Sinistro, uma boate onde elas poderiam encontrar bebidas e drogas disponíveis. Agatha adorava o Sinistro, lá ela passou os melhores anos da sua vida. Foi pra lá que Susan a levou quando elas se conheceram. O sinistro sempre a ajudou a esquecer seus problemas e hoje não seria diferente.
Susan estava feliz. O Sinistro, para ela, era o melhor lugar do mundo. Ela o freqüentava desde os catorze anos e todos já a conheciam. A Agatha com certeza iria relaxar nessa boate.
Elas chegaram ao Sinistro, que tinha dois seguranças na sua entrada:
- Senha- Falou um dos seguranças
- Flagelo da humanidade- Agatha
Eles abriram passagem e elas entraram. Lá dentro a música estava alta e tinham várias pessoas se agarrando, dançando ou se drogando. Elas passaram por um grupo de jovens trocando seringas e fumando baseados. Passaram por duas garotas se agarrando numa parede, até que finalmente chegaram ao bar:
- Agatha! Susan! É um prazer vê-las novamente, eai o que vocês vão querer?- Disse Kevin; um homem alto, forte, de olhos verdes e cabelos loiros repicados; o barman do lugar
- Nós vamos querer duas garrafas de smirnoff e dois baseados- Susan
Kevin foi pegar as bebidas e os cigarros:
- Aqui
Disse Kevin entregando o pedido das garotas. Elas deram um gole em suas bebidas e Agatha ascendeu o seu cigarro sendo seguida por Susan:
- Amigaa... Euu vouu... Dançarr umm... Poucoo- Falou Susan demoradamente devido ao efeito da droga
- Tudoo... Bemm
Respondeu Agatha igual à amiga. Susan foi dançar e Agatha ficou no bar. Ela estava pálida, com os olhos vermelhos e com as pupilas dilatadas. Ela sentia a boca seca, e uma fome intensa, mas não ia comer. Estava relaxada, eufórica e excitada. Queria mais uma droga:
- Kevin me vê uns ecstasys- Agatha
- É pra já- Disse Kevin indo pegar as drogas
Ele voltou com uma pequena caixinha e entregou a Agatha, que a abriu depressa jogando um dos comprimidos. Agora sim ela queria dançar. Ela foi para a pista de dança e começou a dançar. Não conseguia identificar que música estava tocando, mais isso não importava o que importava é que ela estava se sentindo bem, relaxada e super leve. Ela não conseguia identificar as pessoas que estavam naquele lugar. Mas nesse exato momento o mundo podia acabar e ela continuaria dançando porque só assim ela podia se esquecer de tudo até de seu próprio nome. Ela estava dançando e perdendo os seus sentidos, as imagens estavam cada vez mais distorcidas e os sons pareciam estar distantes dela. Até que ela apagou.
Susan estava muito animada, dançando. Amanhã seus pais iriam ter o que mereciam. Susan viu Agatha ir para a pista de dança, ela parecia feliz. Um garoto; forte, moreno, de cabelos pretos e curtos repicados, com um piercing no supercílio e tatuagens tribais no braço; foi falar com sua amiga, e logo depois os dois foram para a parte dos quartos da boate. É pelo visto sua amiga estava se divertindo, e ela iria fazer o mesmo. Ela estava mais leve e excitada, queria se divertir ao máximo. Ela tomou um ecystasy e se soltou mais ainda. Um homem que ela não conseguiu identificar, pois estava vendo imagens distorcidas, se aproximou e a beijou. Ela não se importou, porque do jeito que ela estava e de como ele beijava bem ele não poderia ser alguém feio. E se fosse ela jamais se lembraria de hoje. Sua vista começou a escurecer, os sons ficaram distantes e ela apagou.
Agatha acordou com a luz da manhã em seu rosto e sentindo um braço ao redor de sua barriga. Ela abriu os olhos mais fechou rapidamente, pois a luz estava os fazendo doer. Ela estava com muita dor de cabeça e náusea e deduziu que só poderia estar de ressaca, mas ela teria que abrir os olhos. Ela abriu os olhos e sentiu uma dor insuportável, ela virou a cabeça para o lado esquerdo, o lado contrario a luz, onde ela viu um homem. Ele não era feio ao contrario era lindo, mas não era o Clark. Ela não se lembrava de nada da noite anterior, se não acorda-se do lado daquele homem nem o reconheceria se o visse na rua, e seria bem melhor assim. Com todo o cuidado ela tirou o braço dele do seu redor e se levantou bem lentamente da cama. Estava nua. Onde será que estavam suas roupas? Ela olhou pelo quarto e não as achou. Então foi até o banheiro onde encontrou suas roupas espalhadas pelo chão. Ela se vestiu o mais rápido que a sua ressaca deixou e logo depois saiu do quarto. Estava com muita sede e só de pensar na bebida sentia repulsa. Ela estava em um dos quartos do sinistro. No bar ela conseguiu com Kevin uns óculos escuros e pegou um taxi para ir pra casa.
Susan acordou muito mal, sentia muita dor de cabeça, muita sede, enjoou e a luz estava fazendo seus olhos doerem. Ela foi até o banheiro do seu quarto e vomitou na privada, precisava de um remédio. Ela foi até o armário do banheiro e pegou o seu remédio de ressaca: ácido tolfenâmico. Ela não pode evitar de sorrir ao lembrar que sua mãe chegaria hoje. Ela fez sua higiene matinal e desceu para tomar café. Na mesa da sala de jantar o café já estava pronto. Ela se sentou na mesa e sua empregada foi servi-la dizendo:
- Senhorita Susan, seu pai mandou avisá-la que sua mãe ligou dizendo que o voou dela havia atrasado e por isso ela só virá amanhã.
- Droga- Gritou Susan batendo na mesa e saindo de casa.
Agatha chegou em sua casa exausta. A primeira coisa que fez foi ir até o banheiro e vomitar tudo que tinha direito, assim que terminou ela foi até o armário do banheiro e tomou um remédio para ressaca. Amanhã ela teria aula, precisava descansar caso contrario não iria conseguir ir para o colégio. Ela se deitou no sofá e fechou os olhos, tentando relaxa e esperando o remédio fazer efeito. Seu tempo de descanso foi pouco, pois alguém tocou a droga da campainha:
- Susan? Entra ai
- Agatha minha mãe só vai chegar amanhã- Disse Susan entrando na casa da amiga
- Sim, e eu com isso?- Perguntou Agatha um pouco ignorante e sentando do lado da amiga no sofá
- Como assim e eu com isso? Se esqueceu do nosso plano?- Susan
- Ah foi mal, eu tava aqui querendo descansar, minha cabeça ta latejando, eu tou querendo vomitar, tou uma merda- Falou Agatha apoiando a cabeça nas mãos
- Se você tomou remédio daqui a pouco passa se não tomou é melhor tomar porque hoje nós temos muita coisa pra fazer. - Falou Susan sorrindo
- Como o que?- Perguntou Agatha
- Nós vamos mandar um email para os pais da Lindsey e no email nós escrevemos “ Se quiser encontrar sua filhinha querida mande a policia fazer uma busca pela floresta perto da cidade. Quem sabe ela pode estar dividida a sete palmos do chão”- Falou Susan com os olhos brilhando
- Você só pode ta maluca. A policia vai vir atrás da gente- Falou Agatha
- Não, eles não vão vir atrás da gente. Eles vão atrás dos assassinos dos corpos encontrados- Falou Susan sorrindo maliciosamente
- Mais qual a finalidade desse plano?- Agatha
- Você confia em mim?- Susan
- Claro que eu confio- Agatha
- Então espere e você verá- Susan
- Vamos logo numa lã house mandar a porcaria do email- Agatha
- Vamos   

Elas procuraram uma lã house bem longe da casa delas, um lã house próxima a saída da cidade,e e enviaram o email, anonimamente, para o pai de Lindsey.


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