Inevitável escrita por Sugar Candy


Capítulo 2
Inicio de um pesadelo




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- Você o que?

Falou Susan um polco alterada:

- Eu matei o Clarck, o único homem que eu já amei em toda a minha vida.

Disse Agatha derramando mais lágrimas. Susan não conseguia entender. Por que será que a Agatha havia matado o Clarck?  Será que ela estava drogada? Eles sempre foram melhores amigos, e a Agatha nutria uma paixão secreta por ele:

- Por que?

- Ciúmes

- Agatha faz quanto tempo?

- Meia hora

- Eu gostava muito do Clark, mas você é minha melhor amiga, minha parceira e eu não vou te deixar na mão.

- O que você ta querendo dizer?

- Temos que limpar as provas

Os olhos verdes da garota ruiva chega brilharam com a oportunidade de estar envolvida em um delito maior. Era isso que ela sempre esperara. Uma oportunidade de seus pais a notarem. Sua mãe estava no Caribe com o seu novo namorado, quinze anos mais novo que ela, e nem se lembrava que tinha uma filha. Seu pai só pensava em dinheiro e sua esposa a odiava.

Agatha não conseguia entender o porquê dos olhos da amiga terem brilhado. Será que ela tinha ficado feliz pela morte do Clark? Não, isso não importava. O que importava é que ela estava do seu lado... Como sempre:

- Mas... Eu não quero voltar lá.

- É preciso Agatha, você vai ter que ser forte. Como sempre foi.

- Tudo bem. Não quero voltar a sofrer, ainda mais num reformatório.

- Não se preocupe eu vou te proteger. Vá pra casa do Clark e me espere lá, quando meu expediente aqui acabar eu vou pra lá- Disse Susan acendendo um cigarro- Quer um?

- Quero

Disse Agatha pegando um cigarro e o acendendo:

- Vou voltar pra loja, mais tarde agente se vê.

- Ok

Elas se abraçaram e seguiram seus caminhos. Agatha estava com medo. Não queria voltar ir para um reformatório, não queria se despedi do Clark. Ela ainda lembrava, apesar de que estava bêbada, de como se conheceram.

“Era uma noite como essas que se vê todo dia, ela estava numa festa com uns amigos, tinha bebido demais e fora expulsa da boate por quebrar uma garrafa na cabeça de um carinha que passara a mão em sua bunda. Então ela pegou seu carro e foi pra casa ou pelo menos tentou já que foi pega por uma viatura policial. Foi levada pra uma delegacia e ao adentrar no local lá estava ele, sentado numa cadeira com o supercílio direito quebrado, mais isso não o deixava menos atraente. E como era bonito com seu moicano preto, seus profundos olhos azuis, sua pele branca e seus lábios levemente avermelhados...”

Ela percebeu que havia chegado na casa dele e parou suas lindas...Mas agora tristes lembranças. Ela foi até a porta, segurou na maçaneta e respirou fundo, abrindo a porta logo depois. Ela se assustou ao encontrar Lidsey uma garota super patricinha, loira, bronzeada e siliconizada que há algum tempo vinha dando em cima de Clark. Então Agatha lembrou-se:

“Ela estava no colégio sentada num banco com seus amigos, o sinal ainda não tinha tocado, quando ele apareceu mais perfeito que nunca e sem nenhum arranhão. Ela se surpreendeu quando ele foi falar com ela:

- Eai garota da cadeia?

- Eai garoto do supercílios?

Disse Agatha e eles riram:

- Agatha quem é ele?- Perguntou Susan

- Sabe que eu não sei o nome dele? Qual o seu nome?

- Clark, sou o Clark

Foi quando apareceu a Lindsey e seu grupinho de amigas insuportáveis e desde então ela parecia ter virado a sombra do Clark...”

Agatha deixou os pensamentos de lado e percebeu que Lindsey ainda não tinha sentindo sua presença.

“Aquela vadia ainda está chorando pela morte do Clark, meu Clark”- pensou Agatha

Então ela rapidamente pegou um abajur que estava perto da porta e bateu com toda a sua força na cabeça da garota loira. Ela sorriu ao ver o sangue saindo da cabeça da outra e rapidamente a levou para o quarto do Clark onde com uma corda, que ela encontrou no porão, amarrou Lindsey na cama. Na mesma cama em que havia perdido sua virgindade, com ele, ela havia mentido para ele. Dissera que séria uma experiência entre amigos e nada mais, mas não foi verdade para ela tinha sido maravilhoso sentir ele dentro dela lhe causando prazeres melhores que qualquer droga que já havia provado.

Lindsey começou a acordar:

- Agatha? O que você está fazendo aqui? Por que eu estou amarrada na cama do Clark?- Agatha continuou calada no escuro do quarto- ME TIRA DAQUI AGORA!

- Cala a boca- Disse Agatha sombriamente e irritada, tirando uma faca de sua bota:

- O QUE VOCÊ VAI FAZER?

- Pode crer que não é nada... De bom

A cada segundo Agatha se aproximava cada vez mais da garota:

- Agatha eu não estou gostando dessa brincadeira.

- E quem disse que é uma brincadeira.

Agatha já estava totalmente próxima a Lindsey e então com a faca cortou o rosto da garota do final do olho esquerdo até o queixo:

- Pare, por favor. Porque você está fazendo isso?

Perguntou Lindsey chorando:

- Não se faça de boba. Lembre-se de ontem de noite no colégio.

Lindsey se lembrava muito bem do que fizera ontem. Ela quase tinha transado com o Clark na biblioteca, mas a Agatha chegou e atrapalhou tudo.

-“Oh meu Deus, será que ela gostava do Clark? Será que ela matou o Clark por isso? - Pensou Lindsey

- Foi você que matou o Clark?- Perguntou Lindsey com medo:

- Foi, mas eu não queria. Ele... Ele disse que ia... Ser fiel a mim... Que ia ser só meu... Mas ontem ele disse que... Só queria se divertir com... Você. Mais eu nunca mais vou ter piedade... De ninguém.

Disse Agatha cortando um dos dedos de Lindsey que urrou de dor:

- PARE, PARE TÁ DOENDO!

Agatha riu como ela estava gostando de ver aquela vadia sofrer. Agatha queria algo mais emocionante e ela sabia o que fazer. Agatha pegou uma caixa de ferramentas em baixo da cama. Seus olhos brilharam ao ver o que ela procurava um alicate. Como estava sendo legal essa “brincadeira”. Ela foi para perto da garota loira:

- Sabe? Eu sempre achei que espíritos não existiam, mas percebo que estava enganada...

- ME SOLTA!

- Pois consigo sentir o Clark aqui perto de mim e sabe o que ele me diz? Que você merece sofrer, você desviou ele do caminho certo e por isso ele morreu.

Disse Agatha como se não tivesse sido interrompida e com voz de pesar:

- Agatha, por favor, me solta.

Disse Lindsey chorando. Agatha não se comoveu com os pedidos da loira, ela pegou uma  das mão da garota que perguntou chorosa:

- O que você vai fazer?

- O que o Clark mandou. Vou fazer você sofrer.

Agatha então começou a arrancar unha por unha de Lindsey com o alicate:

- Ai para! Eu não agüento mais- Chorou Lindsey

- Por quê? Eu ainda não terminei.

Lindsey já não agüentava de dor, estava sangrando muito. Por que isso tinha que acontecer logo com ela? Não tinha culpa do Clark ser um cafajeste. Lindsey ouviu a porta, da entrada, ser aberta e uma voz gritar:

- Agatha? Cadê você?

Era Susan, talvez ela pudesse ajudá-la. Podia ter perdido um dedo, suas unhas e no seu rosto ficaria uma cicatriz horrível. Mas pelo menos estava viva:

- Eu estou no quarto do Clark- Gritou Agatha de volta

Susan viu o corpo do amigo, sem vida, deitado no chão da sala numa poça de sangue e com um ferimento no peito:

- Não sei por que morreu, mas sinto que... Mereceu.

Ela subiu para o quarto do garoto e abriu a porta, estava tudo escuro:

- Agatha?- Disse Susan acendendo a luz:

- Susan me ajude, a Agatha ficou maluca. Ela matou o Clark e agora quer me matar. -Gritou a loira desesperada

- Agatha por quê?

Agatha deixou o alicate na penteadeira e foi até a amiga:

- Susan eu...

- Começou a diversão sem mim. - Disse Susan com um sorriso malicioso, tirando sua franja do rosto.

Agatha sorriu do mesmo que a amiga e disse:

- Agulhas ou facas?

- Ambos, eu agulhas, você facas- Susan

- SOCORRO! ME TIREM DAQUI!- Lindsey

- Susan tampe a boca dela, acho que na gaveta da penteadeira tem agulha e linha- Agatha

- Não, por favor.

Choramingou Lindsey. Susan foi até a gaveta e pegou uma caixinha de agulhas chegando bem perto de Lindsey:

- O que eu te fiz?- Lindsey

- Nada... Que eu deva te explicar.

Disse Susan começando a costurar a boca da loira. Ela sempre tivera inveja da loira, que sempre teve tudo que ela queria, Lindsey tinha pais que a amavam . Para Susan aquela sensação estava sendo maravilhosa, aquela loira idiota merecia sofrer e muito. Lindsey era aquela garota que se sentia superior as outras, que humilhava a todos, mas agora ela estava ali pedindo pela compaixão daquelas duas garotas que ela considerava suas inimigas número um e inferiores a ela. Onde estava a sua soberba agora? Talvez tenha metido no meio das pernas como fez com o Clark:

- Susan o que faremos depois com os corpos?- Agatha

- Vamos enterrá-los naquela floresta a alguns quilômetros daqui- Susan

Agatha pegou uma caixinha de agulhas na gaveta da penteadeira e entregou a Susan:

- Não precisa chorar Lindsey, quando você ver já vai ter acabado- Agatha

Susan começou a enfiar agulhas por todo o corpo de Lindsey, que chorava muito:

- Sai Susan, você já se divertiu demais.

Disse Agatha indo para perto da loira com a faca na mão:

- Mais seja rápida- Susan

Agatha cortou a mão de Lindsey, que não conseguia gritar. Então foi para os pés, tirando a sola dos pés da loira, deixando-os em carne e viva. Na barriga da garota ela fez diversos cortes profundos. A cama já estava cheia de sangue quando Susan disse:

- Agatha, vamos logo

- Já vou

Disse Agatha aproximando seu rosto do ouvido de Lindsey:

- Que o Diabo tenha a pena da sua alma, que eu não tive pelo seu corpo.

Dizendo isso a morena fez um corte profundo no pescoço da loira que logo morreu:

- Eu pego o corpo da Lindsey e você o do Clark- Susan

Agatha desceu para a sala, estava se sentindo mais leve por ter matado a Lindsey. Na sala, ao ver o corpo do Clark, ela se sentiu perdida na escuridão. Queria ter-lo ao seu lado. Ela foi até o corpo e alisou sua face branca e sem vida:

- Eu sempre pensei em você como o garoto perfeito, mas hoje posso perceber que ninguém é perfeito.

- Agatha vamos, temos que botar os corpos no carro.

Disse Susan descendo as escadas com um grande saco preto nas mãos:

- Já vou

Disse Agatha puxando o corpo de Clark para fora de casa:

- Você tem certeza que ninguém na rua vai nos incomodar?

- Tenho, estamos em plena madrugada e o Clark sempre me falava que ninguém costumava sair tarde por aqui. São um bando de velhos.

Disse Agatha botando o corpo do Clark no porta-malas e indo para o jardim da casa vizinha de onde arrancou uma linda rosa vermelho vinho sem se importar com os espinhos que lhe rasgavam a pele:

- Vamos logo Agatha- Susan

- Já vou-Respondeu Agatha entrando no carro

(Música Angel- within temptation)

Elas seguiram o caminho para a floresta em silêncio. Agatha estava se sentindo muito triste, ela queria o Clark perto dela. Só de imaginar que ele foi embora pra nunca mais voltar lhe dava arrepios. Ela se sentia vazia. Perdida na escuridão, tentando encontrar seu caminho para casa. Talvez, se não tivesse Susan ao seu lado, não conseguiria continuar sua vida. Ela não conseguia entender o porquê de tudo que é bom sempre ter um final. Mas de uma coisa ela tinha certeza, nunca mais sua vida seria a mesma.

Susan já estava planejando os próximos passos do crime. Ela queria que seus pais soubessem, que vissem na TV sobre o assassinato. Sua mãe voltaria do Caribe daqui a dois dias, tempo suficiente para planejar alguma coisa.

Elas chegaram na floresta e Susan parou o carro. Elas tiraram os corpos do porta-malas e com a ajuda de uma lanterna entraram na floresta carregando os corpos e uma pá:

- Eu vou cavar o buraco- Disse Susan se afastando um pouco de Agatha e começando a cavar

Agatha sentou-se no chão da floresta perto de onde estava deitado o corpo do Clark. Ela botou a cabeça dele no seu colo. Ele parecia tão sereno e angelical que se estivesse respirando ela podia jurar que estivesse vivo, mas não estava. Lágrimas brotaram dos seus olhos:

- Eu preciso saber onde você está, sempre vou esperar por um sinal seu. Não queria que você fosse embora. Você pode está longe, mas uma coisa é certa... Você estará sempre nas minhas lembranças... No meu coração

- Agatha eu já acabei- Susan foi até a amiga e botou sua mão no ombro dela- Tudo bem com você?

- Tudo- Agatha

- Eu já joguei o saco com a Lindsey no buraco. Só falta o Clark- Susan

- Não quero me despedir dele. Eu... Eu queria poder abraçar ele e nunca deixar ele ir. Mas a verdade é que ele morreu, por minha causa. E agora eu não posso fazer nada para mudar isso.

Disse Agatha abraçando o corpo do garoto. Susan não agüentava ver a amiga assim... Frágil e indefesa:

- Agatha, tudo no fim sempre dá certo, se ainda não deu certo, é porque não chegou ao final. - Disse Susan abraçando a amiga- Agora temos que enterrá-lo

- Confio em você- Agatha

Elas jogaram o corpo do Clark na cova, gotas de chuva começaram a cair e Agatha jogou a rosa vermelha em cima do corpo do garoto dizendo:

- Espero que você esteja no paraíso, porque então ninguém poderá machucar sua alma.

Elas fecharam o buraco e voltaram para casa.


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