A Life Time escrita por Lu Falleiros


Capítulo 29
Sempre...


Notas iniciais do capítulo

Bom pessoal é isso!
Este é o último capítulo... Estou até emocionada! (*BUAAAHH!!*) <- Desculpem...
Espero que todos gostem do final da história. Embora não tenha mais nenhuma fic do Kuroshitsuji, tenho outras... Que adoraria que vocês acompanhassem.
Obrigada por caminharem comigo até aqui! Espero vê-los logo!
Novamente Obrigada! E espero que gostem!



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As lágrimas não param. O que eu posso fazer? Eu... Eu só quero. Antes mesmo de meu pensamento ser realmente feito, eu sai correndo pela casa de minha tia, e fui parar no jardim, onde jamais ninguém poderia ver minhas lágrimas. Era isso que eu esperava.

- Ei. Eu achei que era para você ficar feliz! – Ciel surgiu atrás de mim e me agarrou por trás, sem permitir que eu me mexesse.

- Me solte. – Ele afrouxou as mãos, eu virei para olhar seu rosto. Ele estava com os dois olhos, iguais. Naquele azul mar, tão profundo que me fazia querer chorar mais e mais.

- Você quer que eu vá embora? – Ele estava sendo gentil, aquele não era ele.

- Apenas pare. Cale a boca! – Eu gritei irada me virei novamente para encará-lo, mas antes que ele pudesse dizer qualquer coisa, dei um tapa em sua bochecha. Exatamente no instante em que eu encostei nele uma mão com luvas agarrou meu pulso. Era Sebastian.

- Nem você se livrou dele. – Eu comecei a rir, estava sendo levada pela raiva e ainda haviam lágrimas em meu rosto, eu não sabia mais o que falar para Ciel para que ele se afastasse. Na realidade eu queria abraçá-lo, mais forte do que jamais fizera antes.

 Ele sem nenhuma feição definida no rosto foi ao meu encontro, tocou a base de minha bochecha, que começara a ficar levemente vermelha. Sorriu para mim, ainda me encarando com aqueles olhos azuis, que estavam um pouco diferentes. Colocou a outra mão em meu ombro, por que eu não me mexia? Era tão fácil... Então por quê? Eu olhava para baixo, ele estava me encarando o que me deixava envergonhada. Ele percebeu o que eu estava pensando, então com a mão que estava em minha bochecha, desceu até meu queixo, e posicionou minha cabeça para que eu tivesse que olhar para ele e respirando fundo assentiu:

- Eu demorei demais? – Ele me observava preocupado. Seus olhos estavam com aquela cor azul profundo, que ao olhar eu parecia ser levada até um abismo sem fim, feito pelas minhas lembranças com ele, eu não aguentava aquele olhar... – Você não me perdoara?

- O que tenho que te perdoar? Você não fez nada. – Eu estava tentando me manter firme, mas com aquele olhar, era tão difícil.

- Tem que me perdoar por ser um pervertido, que está apaixonado por você desde que você tinha seis anos. – Essas palavras foram faladas bem devagar, colocando uma pausa em cada uma delas. Mas logo que terminou, a mão dele que estava em meu ombro, passou rapidamente para minha cintura, e me puxando com um sorriso malicioso, tocou meus lábios docilmente. Eu estava sussurrando, mas repetia várias vezes.

- Não... Para... Não... – Eu estava ofegante, e mal conseguia respirar, e ele, sem parar de me beijar respondia entre as respirações:

- Não... Não vou parar, eu esperei mais de cem anos por isso. – Ele continuava a me beijar, desta vez de uma forma mais brusca como se tivesse aguardado por aquilo por tempo demais, de forma que nunca esperaria ser beijada por ele. Depois de algum tempo beijando meus lábios, ele os mordeu, e passou rapidamente por meu pescoço, mas parou logo depois, respirando ofegante. – Desculpe.

- O quê? Você desaparece, eu acho que nunca mais vou te ver na vida. E depois você aparece e me beija, esperando que eu te perdoe? Por ter tirado meu primeiro beijo? E por estar apaixonado por mim?

Ele riu. – Quer dizer que você nunca beijou ninguém? – Quando percebi que tinha falado um pouco demais, eu fiquei vermelha. Mas esperei que ele falasse algo, apenas concordando com a cabeça. – Ai Deus! Como eu te amo! – Ele estava vermelho de vergonha, e evitava olhar em meus olhos, acho que nunca o vira desse jeito antes. – Então você me perdoa. – Ao em vez de responder, eu fiquei olhando para ele, esperando que ele dissesse algo, como me explicar tudo que estava acontecendo. Meus olhos marejavam e eu estava assustada. Como ele estava vivo? Como ele continuou me olhando, eu repirei fundo e perguntei:

- Como você está vivo? E você tem que me explicar tudo isso, está bem?... – Eu olhava para baixo, mas falava de uma forma imperativa.

- Antes, deixe-me conversar com Isadora. – Ciel assentiu, olhando para a porta onde Isadora estava esperando para ser chamada. O que houve?

- Não há o que conversar, acabou. A alma dela pertence a mim. Ela realizou seu desejo. Ela te tem... – Então era isso que eu havia pedido com apenas seis anos, eu queria ter Ciel, pois sabia que era algo difícil... Mas eu queria o ter de verdade, ele tinha que me querer também. Por isso demorou tanto para que Isadora desse sua missão por concluída.

- Mas o meu não... – Ciel olhou para ela, e rapidamente piscou seus olhos que ficaram subitamente vermelhos, eles brilhavam... Era tão bonito, quase tão lindo quanto seus olhos azuis!

- Qual é o seu pedido? – Isadora se perguntou. Já se prostrando ao meu lado, para poder devorar minha alma.

- Sebastian. – Ciel disse apenas. Sebastian surgiu ao lado de Isadora e a pegou para si.

- O que eu faço com ela? – Sebastian perguntou olhando para Ciel.

- Pode aproveitar... Para revigorar suas energias... – Ciel encarava Isadora, ainda com os olhos vermelhos. Sebastian e ela desapareceram na sombra. Enquanto Ciel se aproximou e apertou meu rosto contra seu peito, ao mesmo tempo em que tampou meus ouvidos para que não ouvisse o grito de Isadora.

- Ahhhh... – Eu não a ouvira, mas minhas costas queimaram, como nunca antes às vi queimar, era como se estivessem enfiando uma faca em minhas costas, múltiplas vezes.

- Calma, já vai passar... Só mais um minuto... – Ciel disse encostando o queixo em minha testa, tentando fazer com que minha dor parasse. Ele era alto, me cobria inteira ao me abraçar. Era aconchegante.

Quando a dor começou a desaparecer, Sebastian apareceu por de trás da sombra em que estava escondido, no jardim de minha tia, ele estava com os olhos vermelhos também e sorria, parecendo satisfeito com a refeição ele devorara as almas que mantinham Isadora viva não é mesmo? Pensei comigo mesma. – Feito. – Sebastian concluiu.

- Obrigado. Agora podemos conversar em paz. – Ciel olhou para mim, retirando-me do abraço.

- Como pode estar sorrindo? – O que Sebastian havia feito com Isadora! Era horrível, claro que eu aceitara tais condições, mas eu era só uma humana, mas demônio contra demônio! Eu havia me soltado do abraço de Ciel, estava preocupada. O que ele era?

- Sente-se aqui. – Ele ainda sorria me encarando. Como podia? Eu não estava nada feliz, ele não percebia?

- Se decidir me odiar de agora em diante, eu não me importo. Mas pelo menos me escute. – Ele assentiu sentando no chão em minha frente, ficando menor do que eu. – Sebastian saia. – Sem nenhuma palavra Sebastian saiu, parecendo satisfeito. Ciel me observou por alguns instantes, esperando que eu dissesse algo, ainda estava relutante, mas disse:

- Fale. – Ele sorriu para mim, e piscando novamente, seus olhos voltaram a ficar vermelhos.

- Eu não estou morto. Porque não estou vivo em nenhuma condição humana. – Ele começou a falar calmamente para mim. – Sabe, eu sou como Sebastian e Isadora.

- Você é um... Demônio? – Perguntei agonizada pela revelação.

- Sim. Nós nos conhecemos quando você retornou no tempo, certo? – Eu concordei. – E desde aquela época, eu estava apaixonado por você. Mas eu não ficaria vivo para sempre te esperando, então pedi para que Sebastian desse um jeito de eu viver para sempre ao seu lado, a única solução plausível foi esta. Porém agora Sebastian será para sempre meu mordomo, mas quando sente fome pode buscar uma alma para ele...

Entrei em choque, ele havia feito tudo aquilo por mim, não resisti, desci do banco, ficando de joelhos na grama, em sua frente e o abracei. – Você fez tudo isso para mim? – Minhas mãos tocavam seu cabelo sutilmente, eram macios. Ele concordou com a cabeça ficando quieto por um instante.

- Você pode não ter entendido ainda, mas eu te amo. – Ele me olhava. – Te amo desde antes de você nascer; te amo desde que eu te vi pela primeira vez naquela fila horrível da rainha, com apenas seis anos; te amo desde que você surgiu na minha porta no lugar de sua trisavó; te amo desde que eu e você trocamos nossas primeiras palavras pelo seu caderno; te amo, desde o momento em que percebi que você também me amava; te amo desde que te vi chorando por algum menino idiota que você gostava; te amo desde que te vi, quando pequena dormindo; e te amo mais ainda, por me amar de volta.

Eu dei risada, ele estava constrangido ao mesmo tempo em que tentava parecer impotente. – Sim, eu também te amo. – Eu olhei para seus olhos agora azuis. Eram tão lindos, tão puros. Como alguém como ele poderia ter se apaixonado por mim?

- Esse é o seu destino.

- Oi? – Perguntei estranhando ele ter mudado de assunto tão rápido.

- Não considere sua vida inútil, muito menos sua alma, como fez ontem à noite. – Como ele sabia, ele ficara lá o tempo todo me olhando? Vendo que eu sofria? – Ela é a minha coisa mais preciosa... O destino não é trivial, ele existe.

- Então qual é o meu, eu sempre me sinto tão inútil. E vou ignorar você ter me espionado ontem, ok? – Disse sussurrando, quase esperando que ele não ouvisse, mas é claro que ele ouviu, e com um sorriso pelo segundo comentário respondeu.

- Era me encontrar, ficar comigo para sempre. Esse é o seu destino. – Ele fitava meus olhos, que jamais se igualariam aos dele. – Seus olhos são tão misteriosos... Eu nunca sei o que esperar de você. – Ele sussurrava.

- Os meus? – Eu sorri para ele, percebendo que queria me elogiar. – Esse é o meu destino? Sempre?...

- Quando eu digo sempre, é sempre. – Com essas palavras, ele me pegou em seu colo, e saiu da festa de Natal e na rua ele ficou de pé eu ainda estava em seu colo. Ele como sempre estava lindo.

- Por que você se apaixonou por mim? – Eu perguntei. Sem sentir o frio graças ao seu abraço.

Sentou-se na calçada comigo em seu colo, e fitando meus olhos novamente respondeu - Você é o meu destino, desde o começo. – Deixou essas últimas palavras no ar, e novamente com a mão trouxe meu rosto para perto do seu, eu fitei aqueles olhos azuis por poucos segundos, e ele falou. – Eu te amo, agora estaremos juntos para sempre. – Com essas palavras, ele roçou seus lábios nos meus, mal tocando neles, sendo bem sutil com seus movimentos. Quando começou a se distanciar, eu trouxe novamente seus lábios para perto dos meus, e juntei-os, colocando minha cabeça para cima, não podia evitar que meus lábios ansiavam pelos dele. Um beijo doce, porém com desejo ardente se estendeu por alguns minutos. Respirando um pouco ele disse envergonhado.

- Eu te – antes de terminar a frase, flocos macios de neve começaram a cair em nós - amo... – terminou com voz trêmula.

-Por que repete isso tantas vezes? – Eu perguntei enquanto coletava alguns flocos de neve, que derretiam ao se aproximar de minha pele.

- Quero que você tenha certeza do que está fazendo. Você jamais poderá fugir de mim. Você agora é o meu bem mais precioso. – Ele apertou o abraço, me deixando um pouco sem ar, mas me soltando olho-me por alguns instantes, envergonhado.

- Eu não entendo... – Ele pareceu decepcionado, mas ele não havia deixado que eu terminasse a frase. – Você também é meu bem precioso, tem certeza que não fugirá de mim?

- Para sempre, ao seu lado estarei. – Ele sorriu, juntando minha bochecha com a dele, ele estava quente, como se não sentisse frio, enquanto as minhas estavam congelando. – Você quem aceitou. Jamais fuja de mim.

- Sim... Sempre estarei ao seu lado. – Meu coração batia como um tambor em meu peito, será que ele percebera e pensar naquilo, só deixava-me com mais vergonha. Eu sorria tímidamente, estava tomada pelo amor que ele me dera. Ele mudara minha vida, eu o amava. E ele estava aqui ao meu lado, dizendo que iria me prender com ele para sempre. Era isso que eu queria, eu o amava. E agora jamais nos separaríamos de novo.


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Notas finais do capítulo

Bom pessoal o que acharam?
Um horror? Bom? Mais ou menos?
(T.T ~Le preocupação pelos Reviews...)
Obrigada por acompanharem, espero que tenham curtido essa história, não esqueçam de acompanhar as outras. Até breve!
Lucy-chan!