Maldito Intercâmbio escrita por imyourvenus


Capítulo 7
Só que você em uma versão melhorada.


Notas iniciais do capítulo

Heeey, tudo bom?
Então gente, eu demorei a postar (nem tanto) por várias razões, e eu ainda estou muito irritada com elas pra falar aqui, mas mesmo assim eu espero que gostem do maior capítulo que eu já escrevi na vida (Quase 2.400 palavras u.u).
Também quero agradecer aos reviews, li e respondi a todos com muito carinho. É isso aí galera, eu voltei a responder os reviews lindos que vocês mandam *-*
Boa leitura e nos vemos lá embaixo!



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Lily Evans.

Já haviam se passado cinco meses desde minha chegada e eu estava vivendo mais um típico dia da minha nova – e ótima – vida Americana, quando as loucas que chamo de amigas simplesmente decidiram que iríamos ao shopping.

– Liliiiiiica da minha vida, eu já falei que te amo? – Uma loira animada perguntou – ou melhor, chantageou – enquanto sorrateiramente pegava metade da minha barra de chocolate.

– Oque você quer Dorcas? – Perguntei em resposta enquanto tentava sem sucesso recuperar o pedaço de calorias extras que Dorcas tinha covardemente roubado de mim.

– Nossa Lily, assim você me ofende, até parece que sou uma interesseira ou algo do tipo!

– Tá bom, sim, você já disse que me ama. Eu também te amo. Mas oque você quer?

– Quer ir ao shopping comigo e com Lene? – Dorcas perguntou e logo depois fez aquela carinha do gatinho do shrek.

– Diz que sim, vai Liliiiiica! – E pela primeira vez naquela tarde, Lene tirou a cara de dentro daquela bacia deliciosa de brigadeiro para falar alguma coisa.

– Eu vou só se vocês duas jurarem que nunca mais vão me chamar assim!

Lene voltou para seu brigadeiro e Dorcas murmurou algo como “claro, vai sonhando” e continuou desfrutando do meu chocolate.

Depois de muita preguiça vencida e de muitos xingamentos da parte de Lene – Sim, eu e Dorcas roubamos uma parte do brigadeiro dela, mas idaí? – finalmente estávamos prontas para ir ao shopping.

Tivemos que pegar um táxi por que Miles não estava em casa e hoje era a folga do motorista de Dorcas.

Nós três nos esprememos no banco de trás, afinal, nenhuma de nós queria ir do lado do motorista.

Não que eu tenha algo contra, mas imagine uma pessoa feia.

A pessoa mais feia que você já viu, com a barba por fazer e que não lava o cabelo há uns dois anos. Teve uma ideia? Então multiplica essa imagem por sete e você terá uma ideia como era nosso taxista.

Quando – finalmente – chegamos, pagamos pela corrida e praticamente nos atropelamos na porta para poder sair logo.

Não que tivéssemos algo contra as embalagens vazias de Doritos espalhadas pelo carro.

Assim que entramos no shopping, Lene nos arrastou até um Salão de beleza, por que segundo ela já estava cansada de seu corte de cabelo.

Dorcas gostou da ideia e resolveu “mudar o visual” também.

E como eu fiquei no meio dessa história? Com cara de tacho, obviamente.

Eu nunca fui de frequentar salões de beleza.

Nunca gostei de pintar as unhas, e bem... Que diferença fazia meu corte de cabelo?

Nenhuma, eu sei.

As crianças da África não receberiam comida se eu começasse a fazer as sobrancelhas.

E com certeza os cachorros de rua não seriam acolhidos se eu fizesse uma hidratação capilar.

Mas Lene não parecia pensar assim já que me arrastou para dentro do salão e mandou um carinha com sotaque francês falso “cuidar de mim”.

Ele me olhou e logo em seguida fez uma daquelas caras que dizem: “Okay, eu acho que estou indo pra uma guerra e ninguém me avisou”.

...

Depois de algumas horas vendo – tristemente – meus fios ruivos sendo cortados e massageados de uma forma estranha, meu rosto sendo pintado com maquiagens de diferentes texturas e cores, minhas unhas sendo lixadas e pintadas de preto e minhas sobrancelhas tendo seus pelos arrancados cruelmente, eu finalmente estava pronta.

Pelo menos na opinião do carinha do sotaque francês falso, já que ele não me deixou olhar no espelho uma única vez.

Dorcas me paga por essa ideia idiota.

Depois de esperar os cinco minutos mais longos da minha vida, Lene saiu sei lá de onde e começou a bater palmas quando me viu.

– Agora sim está parecendo gente!

– Obrigado pela parte que toca, McLanche.

– McLanche? – Lene perguntou e fez uma cara confusa.

– McKinnon, McLanche, tudo farinha do mesmo saco. – Respondi e ela bufou.

Lene já era bonita naturalmente, mas depois da tarde no Salão ela estava perfeita. Sem tirar nem por.

Seus cabelos pretos estavam levemente repicados até a cintura, suas unhas estavam mais vermelhas do que meu cabelo, e sua maquiagem escura contrastava perfeitamente com seus olhos azuis.

– Lene, você tá linda. Nem parece aquele rascunho do inferno com qual estou acostumada.

Ela já ia abrir a boca pra me mandar para um lugar inadequado quando:

– Quem diria, os patinhos feios finalmente viraram cisnes! – Dorcas falou e logo depois riu da careta que Lene e eu fizemos.

Dorcas parecia ter saído diretamente de um filme da Disney. Seus cabelos loiros estavam perfeitamente trançados com fios coloridos, suas unhas estavam pintadas com um rosa claro fofo e sua maquiagem clara lhe dava um ar angelical.

– Dorcas querida, eu poderia te xingar, te dar uma voadora, mas no momento eu estou linda demais para cansar minha beleza com você. – Lene falou enquanto soprava suas unhas cuidadosamente.

– Você ainda não sabe se está bonita ou não! – Falou Dorcas como se quisesse cortar o barato de Lene, e pela cara dela, eu acho que deu certo!

– Eu não posso fazer nada se você teve essa ideia besta de só se olhar no espelho depois de estarmos completamente prontas. – Lene disse enquanto Dorcas mostrava o quanto era madura e dava língua para ela.

– Ei, quer dizer que vocês também ainda não se olharam no espelho?

– Claro que não Lily, só depois das compras!

– Ah não... Compras nã... – Mas antes que eu pudesse terminar de protestar, Lene e Dorcas agarraram meus braços e começaram a correr – literalmente – em direção as lojas.

...

Depois de entrarmos em muitas lojas, e comprarmos oque me pareceu a metade do shopping, finalmente as fugidas do hospício decidiram que já estava bom de compras.

– E agora, oque vamos fazer?

– Ir pra casa? – Perguntei, afinal, a esperança é a última que morre.

– Bem, primeiro vamos trocar de roupa, e depois vamos comer alguma coisa!

– Olha, eu até concordo com essa parte de comer alguma coisa, mas trocar de roupa? No shopping?

– Lily, pra que existem os banheiros? – Eu já estava abrindo a boca para falar a real função dos banheiros quando Lene continuou – NÃO FALA.

Dorcas nos ignorou e foi andando em direção ao banheiro feminino, que graças a Deus, estava vazio.

– Olhem, podemos nos trocar ali. – Falou Dorcas enquanto apontava para uma cabine para deficientes físicos.

Eu ia falar alguma coisa, mas estava cansada até mesmo para reclamar.

Eu e Lene seguimos a loira até a cabine, e pelos céus, como era espaçosa!

Acho que meu quarto de Londres caberia ali facilmente.

– Gente, que roupa eu coloco? – Perguntou Dorcas, enquanto revirava suas sacolas.

– Põe aquele vestido branco tomara-que-caia de renda com as sapatilhas bege. – Falou Lene, que era a que mais entendia de moda.

Eu devia estar com uma cara muito confusa enquanto encarava as sacolas na minha frente, por que Lene revirou os olhos e disse:

– Lily, por que não coloca aquela calça preta, a blusa com a bandeira dos Estados Unidos e as sandálias sem salto pretas?! – Ela falou enquanto colocava sua própria roupa, uma saia curta e colada na cor preta com uma blusa folgada branca e sandálias com saltos que eram aproximadamente do tamanho da minha mão.

Depois de todas estarem prontas, saímos da cabine com as sacolas nas mãos e fomos em direção aos espelhos, afinal, nenhuma de nós tinha se visto ainda.

Quando vi meu reflexo no espelho acho que perdi a capacidade de falar por alguns segundos.

Meus cabelos caíam com perfeição até minha cintura e estavam levemente ondulados nas pontas, minha maquiagem preta valorizava meus olhos e contrastava de forma interessante com meus fios ruivos. E céus, sobrancelhas feitas fazem diferença!

E as roupas que Lene havia escolhido pra mim valorizava um corpo que eu nem sabia que tinha.

– Oque achou Lily? – Perguntou Dorcas enquanto me arrastava para fora do banheiro.

– Eu amei, nem parece que sou eu!

– Claro que é você. Só que você em uma versão melhorada. – Lene disse e piscou pra mim.

Andamos bastante até chegarmos na praça de alimentação, mas valeu a pena.

– Oque as senhoritas vão querer? – Perguntou um garçom bonitinho enquanto sorria para nós.

– Eu quero um sundae de chocolate, por favor. – Pediu Lene, enquanto procurava alguma coisa em sua bolsa.

– O mesmo, e você Dorcas?

– Pode ser um sundae também, só que morango.

– Três sundaes para três mocinhas elegantes... – Ele falou.

– Cobra, Jacaré e Elefante! – Continuei e ele riu.

Quando estava saindo ele virou e deu uma piscadinha na minha direção, que sorri em resposta.

– Wol, Lily arrasando corações. E a propósito ruiva, você é o elefante. – Lene falou quando finalmente achou oque tanto procurava em sua bolsa, uma câmera.

– Juntem aqui, vamos tirar uma foto. – Falou Lene enquanto puxava a mim e a Dorcas para ficarmos ao seu lado, ela virou a câmera para nós e bateu a foto.

Optei por não ver a foto, não queria somar ela a minha lista de decepções pessoais.

Nossos pedidos chegaram bem rápido, e o garçom bonitinho trouxe um a mais:

– Eu tenho alguns minutos de descanso. Vocês se importariam se eu me sentasse aqui?

– Por mim, tudo bem. – Falou Lene.

– Por mim também. – Respondi e Dorcas concordou com a cabeça.

– Então, quais são os nomes de vocês? – Ele perguntou.

– Eu sou Marlene McKinnon, mas me chama só de Lene.

– Lily Evans, e pode me chamar de Lily mesmo, já que não possuo nenhum apelido ou redução do nome.

– Dorcas Meadowes, e o seu?

– Theodore Tonks, mas me chamem de Theo. Mas, vocês moram aqui por perto?

– Eu moro a alguns quarteirões daqui. – Falou Dorcas.

– Minha casa não é tão perto, uns quinze minutos de carro se estiver sem trânsito.

– Bem, acho que com umas dez ou onze horas de avião da pra chegar aqui. – Falei e Theo me olhou confuso, então completei: - Sou de Londres.

– Ela está fazendo um Intercâmbio, e está na minha casa. – Falou Lene e me lançou um olhar de repreensão.

– Foi um prazer conhecer vocês, mas tenho que ir, meus minutos de descanso acabaram. – Falou Theo enquanto se levantava para ir embora.

– Tchau. – Dissemos eu e Dorcas em uníssono.

Lene que é mal-educada nem se deu o trabalho de levantar os olhos de seu sundae.

– Bonito né Lily, espantando seus pretendentes logo de cara. – Dorcas falou enquanto imitava o olhar repreensor que Lene me dera segundos antes.

Lene levantou o rosto de uma vez só, como se tivesse se lembrado de algo e disse:

– Lily, acho que Amos Diggory está gostando de você. Mas só acho. – Ela falou como se aquilo fosse a coisa mais normal do mundo, e por um instante eu achei que ela estava brincando com a minha cara.

– Sem essa Lene... Você acha mesmo?

– Sim, eu o escutei conversando com Miles. Ele estava falando algo sobre ‘ter chances com você’ e Miles estava falando pra ele nem sonhar com isso, á menos que ele queira ganhar um caixão e uma lápide com o nome dele. – Lene revirou os olhos e logo em seguida continuou – E se Miles estava com ciúmes quer dizer que não era brincadeira, uma vez eu e Dorcas estávamos em uma festa e dois carinhas super bacanas vieram falar com a gente só que o projeto mal-acabado de gente os ameaçou dizendo que se um deles chegasse perto de qualquer uma de nós novamente eles teriam sérios problemas.

– Aí meu Deus, como eu amo Nova Iorque. – Foi tudo oque minha cabeça ruiva conseguiu processar depois que Lene terminou de falar.

James Potter.

As palavras ferem mais que socos, James. Você deveria saber disso.

Cara, acho que as palavras de Remus foram como algum tipo de vírus no meu cérebro, por que era impressionante o número de vezes que eu me lembrava daquela frase por dia.

E consequentemente me lembrava da Lily.

– Será que Evans está bem? – Perguntei a ninguém em especial, mas acho que Sirius pensou que a pergunta fosse pra ele e disse com certa irritação na voz:

– James, e oque isso importa? Tudo bem que erramos e erramos muito mesmo enquanto ela estava aqui, mas ela não está mais então esquece, antes que eu tenha que te fazer esquecer.

Uí que medinho do Siricutico.

Eu estava prestes a dizer alguma coisa quando Lucius Malfoy apareceu e disse:

– Festa lá em casa hoje á noite, vai James? – Perguntou o loiro de farmácia, que por algum motivo me lembrava uma mistura de Barbie falsificada com uma doninha albina.

– Nem rola. – Respondi secamente.

– Por quê? - Agora quem perguntou foi Sirius, com uma cara descrente.

– Estudar para os exames. – Ok, eu sei que minha mãe disse que mentir é feio, mas oque mais eu poderia falar? “Eu estou na fossa por que a ruiva que eu só faltava pisar em cima está em um intercâmbio e eu nem sei se ela volta.” Não obrigado, estudar pros exames é menos humilhante.

– Cara, eu acho que andar com Remus está afetando seu cérebro. – Após dizer isso, Malfoy me olhou como se eu estivesse louco ou como se eu tivesse pelado com uma melancia pendurada no pescoço e saiu.

– Aí meu coração. Isso é demais pra mim. Estou morrendo. – Gritou Sirius enquanto fingia um ataque no coração.

– Aí meu Deus, eu não mereço isso. Socorro, chamem uma ambulância, tem um cachorro agonizando aqui. – Falei enquanto saia andando na direção oposta da que Sirius estava jogado no chão.

Mas acho que eu deveria ter corrido, já que Sirius se pôs de pé rapidamente e veio atrás de mim falando como se calar a boca fosse uma habilidade que ele não soubesse como dominar.

– Eu não acredito que vivi tempo o suficiente para ver James Potter, um maroto, negar uma festa por causa da Evans, a garota que ele zoava praticamente todos os dia desde que entrou na escola. Eu acho que eu to ficando velho e caducando, só pode. Por favor, me levem pro hospício. – Falou Sirius com um tom de voz meio zombeteiro e meio sério, como se ainda não estivesse totalmente convencido de que aquilo não era uma brincadeira.

Mas Sirius tinha razão, eu só podia estar ficando maluco.


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Notas finais do capítulo

E aê, gostaram? Espero que sim!
Mas vamos as explicações do capítulo: Bem, talvez vocês não tenham percebido (ok, eu acho que todo mundo percebeu) que esse capítulo significou o nascimento da nova Lily, mais bonita, confiante e que não deixa ninguém pisar nela. Esse capítulo marcou o crescimento da Lily, de alguma forma.
- x -
E agora vocês me perguntam: Mas porquê se passou tanto tempo? Ah gente, acho que todas nós concordamos que a Lily e o James têm que se encontrar logo, assim como a Dorcas e o Remus, e a Lene com o Sirius.
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James está meio que na fossa, mas mesmo assim é uma fossa meio engraçada, afinal, ele continua sendo um maroto.
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Olhem, como eu escrevi uma capítulo grande mesmo achando que eu não voltaria a escrever mais, quero reviews de TODOS (qual é, estou respondendo!) sem fantasmas e eu não estou brincando, ok?
Também quero recomendações, alguém recomenda por favor?
Se quiserem favoritar também, não me importaria kkkkk
- x -
Então galera, eu sei que eu sou chata e que vocês me odeiam por fazer vocês esperarem tanto mas vejam pelo lado positivo, metade do próximo capítulo já está pronto (Na verdade, era parte desse capítulo, mas estava muito grande então eu decidi cortar uma parte pra colocar no próximo) , e vai ter muito James, Sirius e Remus pra vocês!
Eu acho que é isso, beijos e até o próximo!