Calypso - goddess of sea. escrita por Lu Chan x3


Capítulo 1
É a minha natureza.


Notas iniciais do capítulo

~Espero que gostem *-*.
Calypso... A quem o traiu. Todos os momentos vividos pelos dois, foram jogados no lixo. Junta com o seu coração. Toda noite você vem e me cobre com lembranças, me acaricia com vontades, despe-me com desejos e tira meu sono, seria mais fácil que eu a encontrasse enquanto durmo do que ficar revirando pela cama enquanto sonho acordado. A fúria de Davy Jones estava a solta, ele queria ver o corpo de Jack aos pedaços assim como estava o seu coração.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/285851/chapter/1

1578, Port Royal - Choupo de Tia Dalma ( Calypso ). Dez anos, antes da prisão de Jack Sparrow, a transformação de Davy Jones e antes do terrível destino de Calypso.

Uma deusa em forma humana, a rainha do mar, tão traiçoeira e poderosa como o oceano, a perfeição se resumia em Calypso. A sábia amante do mar, poderosa deusa-ninfa do Mar, filha de Atlas e Plêione. Ela não costumava se apaixonar pelos homens do mar, ver o sofrimento das pessoas era uma espécie de diversão para ela, jogava maldições aos marujos que não obedeciam suas ordens, ela queria se libertar, voltar ao céus, mas foi aprisionada em forma humana. Castigada para vagar pelos mares, tornando-se uma criatura amaldiçoada por Deus... Ela já amou, um corsário, um grande homem do mar, a grande lenda: Davy Jones.“

– Davy Jones... – Sussurrou Calypso tocando os cabelos de Davy Jones com a ponta dos dedos. O capitão parecia feliz ao lado da sua bela amada, o tal romance proibido assustava os outro marujos. Apenas o nome “ Calypso “ amedrontava os homens.

– Eu tenho que zarpar em breve Calypso... – Falou Davy Jones em tom baixo olhando a bela deusa em seus olhos profundos que emolduravam perfeitamente as suas sobrancelhas.

– Irá zarpar sem mim? – Interpôs a jovem.

– Sou um capitão. Este é meu trabalho... – Explicou ele colocando o seu chapéu, e abotoando sua blusa. Calypso permanecia deitada em sua cama, apenas observando-o. Ninguém sabia ao certo do que se passava na cabeça de Calypso, um pé no mar, outro na terra... O coração dela nunca havia sido puro.

– Pensarei e desejarei você todos os dias. – Susurrou Calypso próximo ao ouvido do seu amado, beijando-o delicadamente entregando-o um colar, cujo colar era todo revestido de prata, um coração de prata... Bastava abri-lo e o colar tornava-se uma caixinha de música, um belo som soava por todo local... – Leve isto com você, quando sentir minha falta estarei com você. Dentro do seu coração, para sempre. – Explicou a morena entregando-lhe o colar sorrindo..Fazendo a tão agradável música soar por todo o quarto. Ele então sorriu, fez um cumprimento a Calypso e retirou-se do quarto. Pouco tempo depois, enquanto a jovem arrumava a cama, ela pôde escutar passadas desajeitadas subindo a velha escada que dava diretamente ao seu quarto.

– Tia Dalma! – Exclamou o capitão pegando-a de surpresa.

– Olhe só... Se não é Jack Sparrow... – A jovem exibiu um belo sorriso ao depara-se com o pirata de braços abertos, a sua espera.

– Deveria ter um capitão nesta frase... Mas, tudo bem. – Resmungou Jack arrumando seu chapéu.

– O que quer? – Indagou Calypso indo em direção á Jack, rodeando-o.

– Ora... Nada. Só senti saudades! – Todos conheciam a grande lábia do Jack, a grande fama de conquistador, Calypso havia se aventurado com ele grande parte do tempo, enquanto Davy Jones estava pelejando pelos mares.

– Veio até aqui e simplesmente deixou sua tripulação á deriva capitão? – Questionou Calypso erguendo uma das sobrancelhas.

– A tripulação não está á deriva, senhorita. Enquanto minha tripulação se encontra em Tortuga se divertindo, resolvi dar uma passadinha por aqui. Vejo que Jones já zarpou. – Jack soltou um sorriso malicioso que a jovem já conhecera de longe. Haviam apenas dois fatores para Jack ir para no choupo de Calypso: Poderia ter sido vítima de outro motim, ou poderia simplesmente ter sido dispensado pelas prostitutas de Tortuga perdendo-as para Mestre Gibbs.

– Não se faça de bobo Jack! Veio aqui por que quer algo. – Retrucou Calypso de imediato sentando-se ao lado do pirata, olhando-o em seus olhos cor de chocolate que pareciam estar profundos á cada vez mais que ela olhava-os.

– Sim, eu quero. - Confessou o pirata mulherengo em um tom conquistador.

– Pois então diga... - Pediu a jovem voltando-se para Jack, esperando a resposta imediata do pirata.

– Uma bela jovem, que está á minha frente... – Ao ouvir tal declaração de Jack, Calypso não resistiu e deu uma risada, ela sabia que Jack Sparrow queria algo e era de urgência por sinal. Ela deixou-o sozinho sentado na cama com a testa franzida, confuso por tal ato rude da moça. Jack resolveu segui-la para os dois tentarem pelo menos conversar.

– JACK! – Chamou ela com urgência, descendo as escadas devagar. O pirata logo desceu as escadas correndo, “ – Eu sabia que ela não resistiria a mim “ – Jack descia as escadas freneticamente sem olhar para os lados.

– Ora... Você não, o nome do macaco é Jack! – Escarneceu ela acariciando o pequeno macaquinho em seu colo, revirando os olhos.

– Odeio esse macaco! – Resmungou ele cruzando os braços, ficando emburrado.

– Jack... Pode me contar o que houve, sem medo. – Disse-lhe a morena abertamente, esperando o desabafo do pirata. Ele respirou fundo e começou:

– Barbossa roubou o Pérola para si! Estávamos em Port Royal quando ele o roubou... É a segunda vez que vejo este homem zarpar com o meu navio. – Explicou ele coçando a barba.

– Está falido novamente Jack? – Questionou Calypso deixando o macaquinho no chão, que logo sorriu para Jack. A moça foi até seu stock de bebidas e trouxe uma garrafa de rum para Jack, talvez ele pudesse ficar melhor.

– Digamos que sim, digamos que não. – Calypso olhou-o desconfiada. – É... De fato, estou falido. Nem o rum me restou! – Admitiu ele, dando um imenso gole na garrafa.

– E quer passar um tempo aqui... Não é?

– Pelo visto você adivinhou. – Esclareceu Jack já tirando sua bota e acomodando-se na cadeira de balanço.

– E onde está Gibbs?

– Port Royal. O resto da tripulação zarpou com Barbossa, o que é um erro porque eu sou o capitão, eu dito as regras, eu mando naquele navio... Mando, mandava, mando... Mandava! – Contou-lhe Jack em meio á um suspiro.

– Tia Dalma está aqui querido. E olhe só, rum a vontade. – Consolou Calypso á Jack, o apertando contra seus volumosos seios. O pirata já sentia-se em casa, e bem acomodado com a presença da bela morena.

– Eu trouxe Barbossa do mundo dos mortos, posso mandá-lo para lá novamente. Ele não está pagando o seu propósito conforme foi prometido! – Protestou ela acariciando o rosto de Jack.

– Ótimo! Você se vinga do Barbossa e eu pego o Pérola de volta, e então todos nós ficamos felizes. – Sugeriu Jack se levantando da cadeira, em encontravasse totalmente deitado.

– Você terá que passar poucos dias aqui... Davy Jones voltará em breve Jack. - Alertou a moça á Jack, que parecia não ligar.

– Ah claro, não me importo. O importante é que o caloroso amor da Tia Dalma será meu por alguns dias! – Jack então aproximou-se de Calypso, fazendo com que ela tirasse seu chapéu, preenchendo-lhe com vários beijos selvagens. O pirata realmente adorava toda aquela cortezia que recebia no choupo de tia Dalma, sentia-se no céu.

Porém, não muito longe dali, estava Davy Jones, em Port Royal, pronto para zarpar com sua tripulação.

– Irei sentir sua falta Calypso... – Confessou Jones para si mesmo. O pobre corsário estava cego de amor, enquanto estava navegando pelos mares, sua amada se divertia com Jack. E embora Jack nunca fosse tão querido assim por Jones, apenas sentia um ódio incomum por ele, e não gostava de jeito nenhum da sua aproximação com Calypso. Segundo ela, eles eram grandes conhecidos, amigos inseparáveis.

– Jones! – Ele logo pôde ver a imagem de Gibbs acenando para ele, exibindo um sorriso meio torto.

– Gibbs? O que faz aqui? Onde está Sparrow?

– Calypso deve saber não é? Afinal eles são amigos inseparáveis. – Gracejou Gibbs dando um risada contagiante. Davy Jones não pensou duas vezes, e suspendeu o pobre marujo pela camisa, fazendo com que este ficasse imóvel.

– Vou perguntar mais uma vez... Onde está Sparrow? - Interpôs Jones perdendo a paciência.

–E-Eu não sei senhor... - Gaguejou Gibbs. Davy Jones logo soltou a camisa dele do pobre marujo, que já estava ficando amassada de tanta pressão que Jones havia colocado sobre ela, o corsário resolveu ir até o choupo de Calypso. O seu coração pulsava rapidamente, ele parecia estar inseguro. Entrou discretamente pela porta da frente, foi dando passos leves, observava as coisas atentamente, logo percebeu o chapéu de Jack jogado pelo chão. Subiu as escadas devagar, segurando o chapéu de Jack, quase rasgando-o de raiva.

– CALYPSO! – Berrou ele. Mas, o mesmo emudeceu quando viu Jack deitado na cama em que ele dormia com Calypso todas as noite, lembrava de cada detalhe: – Eu te amo Calypso! Eu vou cuidar de você para sempre. – As juras de amor ditas por ele, todas em vão. O chapéu que ele carregava em suas mãos foi parar no chão. Davy Jones mal consegui ficar em pé, o seu grande inimigo estava aos beijos com a sua bela amada. O leve toque das mãos de Jack sobre o corpo de Calypso eram como se uma faca estivesse encravada em seu coração, com raiva e tristeza, deixou-se cair de joelhos, e gritou com toda a força de seus pulmões. Não demorou muito, e lágrimas começaram a correr em sua face. Ele levou a mão ao peito, sentindo as batidas descompassadas de seu coração ferido. Não pensou duas vezes e apontou uma arma para Jack.

– NÃO É NADA QUE VOCÊ ESTÁ PENSANDO! - Calypso enrolou-se em meio a suas roupas amassadas que já estavam no chão, e tentou explicar tal ato constrangedor ao amado.

– Realmente não é nada disso que você está pensando meu caro amigo, Tia Dalma e eu somos grandes amigos, estava a ensinando como deixar a paixão de vocês mais ardente. – Explicou Jack saindo de perto de Calypso e abaixando a arma das mãos trêmulas de Davy Jones. – Agora se vocês me dão licença, acho que vocês tem muito o que conversar! – O pirata infame tinha sempre um jeito de escapar das situações, por mais complicadas que elas fossem.

– Você sempre foge da luta, não é Sparrow?!

– Não, eu não fujo. A luta que foge de mim... Savvy? – Jack apanhou suas roupas dali, pegou seu chapéu do chão e desceu as escadas tranquilamente com seu andar desajeitado de sempre. Calypso permaneceu imóvel, sua respiração era lenta, tinha sido pega com Jack. Davy Jones olhava-a com desprezo, não conseguia dizer nenhuma palavra... Calypso havia machucado profundamente seu coração. Ele o amava mais que tudo, estava pronto para pedi-la em casamento... Sem caráter, passos firmes, sem destino.

– Davy Jones... Eu posso explicar. – Seus olhos foram ficando cheios de lágrimas e sua voz rouca, a jovem amava Davy Jones, por incrível que parecesse, mas, não dispensava uma aventura amorosa.

– Você me traiu Calypso....- Ele estava pronto para cair no choro, o tão forte e durão corsário estava em pedaços. - Quantas vezes seu medo foi maior do que sua vontade? Por que não foi embora com o Sparrow se é ele quem você ama Calypso? – A morena permanecia calada escutando-o, suas lágrimas ardiam em seu rosto delicado. Jones não aguentava vê-la, retirou-sedo quarto, batendo a porta o mais forte que podia. O seu coração era agora totalmente inútil, que batia a cada vez mais em que ele pensava em Calypso... A quem o traiu. Todos os momentos vividos pelos dois, foram jogados no lixo, Junta com o seu coração. A fúria de Davy Jones estava a solta, ele queria ver o corpo de Jack aos pedaços assim como estava o seu coração.

– Jooshame Gibbs seu traíra! – Acenou Jack exibindo um sorriso maroto para um gordinho barbudo que passara em sua frente.

– Olá Jack! - Cumprimentou-o Mestre Gibbs, o seu grande parceiro de navegação.

– Jones pegou-me com Calypso.... – Contou-lhe Jack enxugando suas lágrimas invisíveis teatralmente. - Logo quando a brincadeira estava ficando boa. - Nem mesmo nas piores das situações, Jack perdia seu bom senso de humor.

– Por todos os santos Jack! – Gibbs parecia incrédulo por tal ato do companheiro. - Você não deveria ter ido procurá-la. Já estamos cheios de confusões não acha?

– Não, não acho. Mas... – Jack gesticulou um de seus dedos cheios de anéis, apontando-o para o porto e continuou sua explicação: - Como não estou afim de apanhar hoje, vamos embora daqui...– Agilmente os dois foram de fininho até o cais do porto, e “tomaram emprestado” um pequeno bote, e partiram dali. Sem destino algum, para o fim do mundo talvez, em busca de alguma aventura, que os fizessem esquecer de tantos malefícios.

– Para onde vamos capitão? – Indagou Gibbs á Jack, que estava ocupado observando que rumo tomaria sua bússola. O pirata pensou, e por fim quando sua bússola parou em uma só direção, ele respondeu-lhe com toda a certeza: - Tortuga...

– Ouvi falar que Peter Collins conseguiu deixar o holandês voador... - Contou-lhe Gibbs enquanto remava.

– Isso não pode ser possível... - Negou Jack balançando a cabeça, fazendo com que suas trançinhas esvoaçassem contra o rosto de Gibbs.

– E o medalhão das profundezas está em jogo... Alguns dizem ter visto, outros dizem que não.... - Esclareceu Gibbs sabiamente.

– Então nós vamos tirar nossas próprias conclusões... - Revelou Jack fitando o horizonte, abrindo uma garrafa de rum depois de um instante. - Depois que acharmos o meu navio.. - Complementou Jack cuspindo a rolha da garrafa, bebendo o rum como se fosse água.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ai marujos? reviews?
Jack conseguirá recuperar o Pérola Negra? E quanto a Davy Jones e Calypso? Um belo romance acabará assim? O que Davy Jones será capaz de fazer para se vingar do tão imprevisível Capitão Jack Sparrow?
Até o capítulo 2 *-*