Minha Inspiração escrita por Mandy


Capítulo 1
Prólogo




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Minha Inspiração

Sinopse: Depois de anos se submetendo a seu pai, Hinata conhece Naruto Uzumaki, um garoto destemido que não se submete a ninguém. Logo ela deseja que ele a admire, e deseja ser tão forte quanto ele e no dia do seu casamento, ela decidi pela primeira vez ir contra seu pai, mesmo que isso signifique perder tudo.

Shipper: NaruHina


Prólogo


Meu sonho nunca foi ser a menininha delicada que meu pai me obrigava a ser, mas eu nunca ousaria me opor às decisões de Hiashi. Se ele dissesse que eu sou uma flor, eu me tornaria uma flor para agradá-lo.

E quando eu nasci meu pai disse que eu era uma dama, e eu me tornei uma dama para que ele tivesse orgulho de mim.

Mas eu nunca me dei muito bem com meu lado dama. Para falar a verdade eu não tinha esse lado, Hyuuga Hinata não havia nascido para ser uma dama, mas se Hiashi queria que eu fosse uma, eu me esforçaria para ser uma. E é o que fiz por tanto tempo.

Hiashi decidiu que eu deveria ter aulas de etiqueta, e eu me empenho todos os dias a aprender qual a talher usar em determinada ocasião, apesar de nunca ter conseguido gravar isso tudo.

Hiashi decidiu que eu deveria ser a melhor aluna da classe, e eu me esforcei até tirar as melhores notas, mas isso não foi o bastante para ele, então ele decidiu que eu deveria ser a melhor da escola, e tudo o que passei a fazer da minha vida foi estudar, até que comecei a ganhar prêmios pelo meu maravilhoso desempenho, acima de qualquer aluno da High School NY!

Logo Hiashi decidiu que eu deveria fazer balé para aprimorar minha feminilidade. Eu achava que já estava feminina o suficiente, eu achava que já tinha colocado a verdadeira Hinata de lado o suficiente, mas Hiashi não achava, e eu faria qualquer coisa para agradá-lo.

Hiashi fez isso por tanto tempo. Sufocou-me, matou o que eu realmente era. Ele me anulou completamente, e eu deixei Hiashi decidir quem eu era e o que eu deveria fazer. Eu ajudei Hiashi a me anular-me para ser o que ele achava que eu deveria ser.

Eu nunca havia olhado para ele e dito o que eu realmente queria, eu nunca havia olhando para e ele e dito quem eu era e que eu não iria fazer todas aquelas coisas só porque ele queria que eu fosse uma dama. A verdadeira Hinata poderia ser uma dama e ser ela ao mesmo tempo, eu poderia fazer as duas coisas. Mas Hiashi não achava e eu nunca ousaria dizer a ele que o que ele achava era errado.

Eu era covarde e me curvava a suas decisões, porque eu queria ser aceita e eu queria que ele me amasse. Mas Hiashi era meu pai, e ele teria que me amar mesmo que eu não fizesse as coisas do jeito dele. Mas eu tinha medo de decepcioná-lo e de ele me excluir para sempre.

Se Hiashi dissesse o que era certo eu faria mesmo achando que era errado. Para agradá-lo eu faria quaisquer coisas, passaria por cima de mim quantas vezes fosse preciso, anularia a verdadeira Hinata quantas fosse preciso. E eu viveria assim pra sempre, sem ao menos pensar em me impor.

Mas Hiashi decidiu que eu deveria me casar com Hatashi Kakashi, e ele não podia decidir quem eu iria amar. E eu teria aceitado isso numa boa, eu teria me curvado mais uma vez a Hiashi e pela primeira vez a Kakashi. Mas eu o conheci, e ele me dava forças para ser eu mesma.

Porque ele era sempre tão forte, e mesmo quando as coisas não aconteciam como ele havia planejado, ele continuava lá, pronto a tentar de novo. Quando as pessoas o derrubavam, ele se levantava e tentava mais uma vez. E não tinha quem o fizesse se calar diante o que ele achava que era errado, e ele nunca se curvava diante de ninguém. Ele era tudo o que eu queria ser, ele era como a verdadeira Hinata que eu havia escondido durante 17 anos.

Agora eu tinha uma nova pessoa que eu queria que me admirasse, e para fazê-lo me admirar eu não precisava ser ninguém além de mim mesma. Eu queria ser como ele, eu iria ser como ele. Eu iria ser eu mesma.

– Hinata Hyuuga, você aceita Kakashi Hatake como seu legitimo esposo? – o padre e toda a igreja olhavam atentamente para mim.

Mas eu aceitava?

Todo o meu corpo, coração e razão gritavam que não. Então por que eu aceitaria? Eu sabia que não era o certo, então por que eu diria sim? Porque Hiashi havia decidido que eu deveria dizer sim.

– Não – a igreja explodiu em murmúrios de lamentos, de surpresa e outros até mesmo de felicidade diante a decepção de Kakashi.

– Como? – meu pai era uma mistura de surpresa e indignação.

– Não – eu estava determinada a repetir quantas vezes fosse preciso.

....

5 meses atrás.

– E então porque vocês votariam em mim? – todos os olhares, todas as atenções estavam voltadas para Sasuke Uchiha – Porque eu sou rico.

Quando ele se calava, nada podia ser ouvido. Eu não sabia se as pessoas concordavam com ele, ou se elas simplesmente tinham medo de não concordar com ele. Covardes. Mas quem era eu para julgá-los afinal?

– Não é motivo o suficiente para mim – agora as atenções estavam voltadas para ele, todos prestavam atenção nele e a maioria das pessoas pareciam aliviadas em vê-lo se opor ao que ela não tinha coragem de ir contra – eu acho que para ser o presidente do grêmio tem que ser interessado pela escola, e todos nós sabemos que você não tem interesse algum pela escola, apenas pelo status Uchiha. Seu dinheiro não pode comprar o que nós queremos.

Sasuke trincou os dentes e fechou os punhos.

– Uzumaki – foi tudo o que seu ódio lhe permitiu dizer.

A escola explodiu em aplausos voltados para Naruto Uzumaki. Ele era corajoso, destemido e como o diretor, seu próprio pai, sempre dizia linguarudo de mais para um adolescente normal.

Depois daquele momento de decadência do Uchiha e gloria do Uzumaki eu fui direto para meu armário, arrumei meus materiais e comecei minha caminhada para casa.

Enquanto eu andava ouvia alguns murmúrios mais a frente. Quando passei pelo beco eu jurei que não iria olhar, eu seria forte o suficiente para não olhar. Mas eu olhei. E lá estava ele, ajoelhado enquanto um dos amiguinhos de Sasuke puxava seus braços para trás.

Mas algo nos seus olhos azuis me fizeram ver que ele não estava completamente rendido. Um grupo de bandidinhos poderia fazer seu corpo se render, poderia fazer suas pernas se ajoelharem diante deles, mas seu espírito nunca se renderia.

– Vamos Uzumaki – Sasuke puxou seus cabelos loiros para trás o fazendo fitar o sol que queimava em pleno meio dia – peça desculpas e eu deixarei você ir.

– Nunca – ele murmurou.

Eu agarrei meus livros. Ele estava apanhando e se ele não pedisse desculpa Sasuke o mataria. Mas mesmo assim ele não iria fazer o que Sasuke queria. Eu o admirei ainda mais.

– larga ele Sasuke – eu gritei e não sei da onde tirei aquela coragem. Mas o brilho nos olhos de Naruto me deu força.

Sasuke me olhou raivoso por ter interrompido o seu momento com Naruto.

– Princesinha Hyuuga – depois de um momento ele sorriu, como se aquilo pudesse ficar mais interessante – e seu não largar? Quer fazer parte da festinha?

Ele se aproximava lentamente.

– Não ouse encostar-se a mim Uchiha. Meu pai te perseguiria até o fim dos seus dias – eu dei um passo para trás.

Ele remexeu o nariz com raiva – vamos pessoal, deixe o idiota e a protetora dele ai – mas antes de ir ele segurou o rosto de Naruto firme o fazendo olhar nos seus olhos – depois nós terminamos nossa conversa Uzumaki, e a princesinho Hyuuga não estará aqui para protegê-lo.

Com força ele jogou Naruto no chão e eu corri para ajudá-lo.

– Estarei esperando – ele disse quando conseguiu se levantar.

Naruto só me surpreendia cada vez mais.



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