I Wish I Was Strong... escrita por FreddieMcCurdy


Capítulo 15
O Baile - Parte I (Flashbacks)


Notas iniciais do capítulo

Haha, acho que este capítulo vai ter mil partes que nem a sessão da tarde kkkk Muita coisa pode acontecer em uma noite >:)
PS: a noite do baile só vai começar no próximo cap, apesar desse se chamar "o baile" kkkk, e esse é GIGANTE!



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Flashback.

Velho, eu avisei ele! EU AVISEI!

Eu o resgatei da mão dela mais de uma vez, e esse jumento filho da puta não entende! Jumento filho da puta! Que merda!

E a vadiazinha ainda o faz passar vergonha na frente do colégio inteiro! O que foi aquilo, porra? Uma apresentação de quinta categoria com ela dando em cima dele? Pelo amor de deus! Eu acho que vomitei!

Quando eu cheguei no refeitório e vi que estava uma zona, já sabia que era coisa da cobra Partner. Sabia que ela tinha feito alguma merda, e eu estava certa! Só não sei o que aconteceu antes, pois o que eu vi foi ela tentando o beijar e ele dizendo alguma coisa pra ela em seu ouvido, e depois disso ela com aquela cara de trouxa, que não sai nem com cirurgia plástica. Eu não sei como ainda me surpreendo com essa bitch dos infernos. Vadia.

Não podia esperar. Só joguei meu almoço no chão e fui andando rapidamente até a mesa do Benson, que agora comia uma merda de bolinho. Com um ato só, atirei aquela porra na cabeça de uma mina da oitava série.

-Ficou maluco? Bebeu?!

-Por quê você jogou meu bolinho na...

-Calaboca e me escuta! Você é trouxa, velho?! Por quê aceitou essa porra de ser marionete da Melanie?!

-Shay, pára de...

-Já mandei você calar essa porra de boca! Você sabe que ela vai te comer e depois te jogar fora! – eu andava de um lado para o outro – seu cérebro é muito pequeno para entender isso?!

-Carly, eu...

-Ah! – gritei, e ele se calou. – Eu ainda não acabei. Por quê você não me disse? Eu poderia ter dado uma surra nela! Eu poderia ter chamado os caras do clube de sumô e a gente ia arrebentar essa vaca! Eu pod...

-Shay! Me escuta! Ela me convidou e eu aceitei! Você não tem nada a ver com isso! Dá pra se acalmar?! – ele elevou o tom, e se levantou da cadeira. Agora não parecia estar triste como antes. Desaforado.

-NÃO, NÃO DÁ! E NÃO AUMENTA A VOZ PRA MIM NÃO, MOLEQUE FILHO DA PUTA!

-Ei! Aqui é um refeitório! – uma gordona negra, com cara e voz de homem, que servia a gororoba marrom diz, apontando para nós dois uma colher suja. – Se querem brigar, que seja lá fora! Aqui, não! – ela se vira para a colega que parecia um ratinho indefeso. – Esses adolescentes de hoje em dia precisam de uma panela de pressão pra lavar...

-Tá, titia. A gente não tá brigando – dei de ombros. – Eu só estou repreendendo esse nerd porque ele não tem cérebro e faz merda. Só isso.

-Pára de ficar falando isso pra mim, Carly. Você não sabe por que eu aceitei isso, e nem sabe se a gente vai ou não ter alguma coisa.

-Claro que vai! Você acha que ela vai deixar passar essa op...

-Se ela deixar ou não, o problema é meu! Por quê você insiste em cuidar da minha vida?

-Eu só cuido porque acho que você faz burrada! Se acha isso ruim, então vou deixar você se foder sozinho, tá bom pra você? – gritei, e ia sair andando, mas ele me segurou.

-Carly, pára de surtar. Eu sei me cuidar, nada vai acontecer. Eu sei me cuidar.

-Eu sei me cuidar, eu sei me cuidar – o imitei. – E aquela outra que ficava com você? O que ela disse?!

-Qu-quem? A Sam? – ele olhou pra baixo, murchando de repente.

-É, a loira vagaba! O que ela disse?! Ela, que sempre foi sua mosqueteira defensora!

-Bem... ela só disse que... tudo bem. – pude sentir angústia em sua voz.

-TUDO BEM?! ELA DISSE QUE TUDO BEM?!

Os meus nervos subiram. Senti minha garganta doer. Minhas pernas tremeram. Como aquela...vadia deixou o Freddie ser levado pela tsunami Melanie?!

Não pensei em mais nada. O deixei falando sozinho, e virei as costas, com o destino armário 329. O armário que eu sempre quis que eu nunca precisasse ver de novo. Meus passos eram firmes e até mesmo quem estivesse a mil quilômetros dentro da terra poderia sentir o ódio. Se eu não me segurasse, ia a estrangular ali mesmo.

Quando cheguei perto, a vi com uma micro saia e uma blusa de manga comprida. Ô, senso de moda. Até eu que não usoessas porras aí percebi que Sam não sabia se vestir. Espera, o que eu estou falando? Eu vim pra matar a Puckett, e não brincar de vestir a Barbie!

Só a empurrei no armário, e fiz meu olhar mais ameaçador.                                      

-Por. Quê. Você. Deixou. O. Benson. Cair. Na. Lábia. Da. Patricinha. Mal-Amada. Me responde em três segundos ou eu juro que te esfaqueio com o dedo mindinho.

Ela nem sequer tremeu.

-Você não me assusta, Carls.

-Há muito tempo eu te proibi de me chamar assim, Puckett. – prensei os lábios.

-Eu te chamo como eu quiser, ouviu?

-Pára de joguinho. Acha que aquele acampamento de verão que eu tive que frequentar durante dois anos só com ex-detentos graças a você não me ajudou em nada? Eu mudei muito. E você não me conhece. Não mesmo.

-Há, e você acha que só porque eu parei de me vestir como um garoto e fiquei um tempo com as patricinhas eu deixei de bater em garotinhas metidas a besta? Carly, Carly, Carly. Uma vez ingênua, sempre ingênua. – ela riu ironicamente. – Como foram suas férias? Boas?

-Ótimas. – a bati de novo no armário, enquanto ela sorria. – Eu não vim aqui para colocar o papo em dia. Vim saber o porquê de você não impedir o Freddie de ficar com a sua colega. E é bom você me dizer logo.

Sam entristeceu.

-Não é da sua conta.

-Puckett, você não foi forte o bastante para se declarar pro Freddie Benson? Não teve coragem, foi? No mínimo, saiu chorando como uma garotinha, né? – perguntava, fazendo voz de neném. Por um instante, vi uma lágrima rolar pelo rosto dela.

-Não tive, tá legal? Tem como você parar de me torturar pelo menos uma vez? Será que é pedir demais? Eu não sou forte! Você sempre soube disso!

Sam se agachou no chão, e as lágrimas desciam sem parar. Por mais que eu tentasse me segurar, aquela cena me lembrou dos velhos tempos. Não suporto e nunca suportei ver Sam chorar.

Há quatro férias de verão atrás, Sam e Carly eram muito próximas. Carly, como todos sabem, era patricinha e amava bichinhos de pelúcia, e era super frágil. Já Sam fazia tudo do seu jeito, usava roupas de homem e gostava de bater em nerds e conseguir tudo a base da violência. Até aí todos conhecem. O que estava entre elas era o pequeno Benson. Ele era totalmente apaixonado por Carly. E Sam, por ele. Ela nunca aceitara o fato de que sua melhor amiga tinha o seu amado, e todos os dias tinha que aguentar Freddie e suas declarações para Carly.

Um dia, a morena descobriu sem querer os sentimentos de Sam por ele, e queria ajudá-la a consegui-lo, já que Carly não gostava do moreno. Mas Sam não queria a ajuda dela. Não queria pois era insegura, e pensava que de jeito nenhum, nem mesmo com a ajuda da pessoa que defendia e ajudava todos, Freddie ia gostar da loira, que não era atraente e muito menos legal com ele.

Mas Carly interferiu.

Sem o consentimento de Sam, ela marcou de um dia os três irem ao cinema para verem o filme “O Primeiro Beijo”. Disse a Sam para esperá-la na cadeira 31, e disse a Freddie para espera-la na cadeira 32, e a ambos para estarem lá às oito da noite em ponto. Ficou em casa, comendo pipoca e assistindo seriados de adolescentes.

Quando Freddie chegou, não havia ninguém sentado na cadeira ao lado, mas mesmo assim esperou. E Sam, atrasada como sempre, finalmente chegou à sala do cinema e se sentou, sem perceber que a amiga ‘fiel’ não estava presente.

Ao mesmo tempo, os dois percebem que estão sozinhos. Freddie, indignado com a ausência da morena, praticamente surta e ofende Sam. Ele diz que nunca viria ao ‘encontro’ se soubesse que Carly não estaria, e sai de lá no mesmo pé que chegou.

Com raiva e depois de chorar muito, Sam planeja vingança.

Ela fala com o nobre General Shay, que estava em Londres no dia, e conta várias mentiras sobre Carly, se intitulando como anônima. Disse que ela tinha relações sexuais com professores, que se prostituía aos finais de semana, e que Spencer não sabia disso pois ela escondia tudo dele.

O pai de Carly, assustado e nervoso, voltara no mesmo dia, e dera uma surra muito forte na filha, sem mesmo querer saber a versão dela da história. Até hoje ela se lembrava da fala dele depois das pauladas.

-Você é madura o suficiente para fazer essas coisas, não é? Então é madura para encarar meu castigo!

No primeiro dia de férias, Carly foi enviada para um colégio interno somente com garotos que eram ex-presidiários e viciados em drogas. O colégio servia como uma reabilitação para eles, e Carly sofrera muito com tudo isso. No fim das contas, acabou se tornando uma garota rebelde e agressiva.

Quando voltou para casa, General Shay estava sob remorso, e já sabia da verdade. Que sua doce filha não tinha feito nada daquilo, que era uma brincadeira de mau gosto. Apesar de tudo que ele dissera e de ainda colocá-la de volta na escola antiga, Carly não o perdoou. Pelo contrário, sentia ódio do pai.

Enquanto ela estava fora, Sam foi tentando se vestir e parecer como Carly, para ver se assim o amado se apaixonaria por ela. Freddie e Sam acabaram se aproximando mais, e viraram melhores amigos.

E os dias passaram. Quando Carly voltou pro colégio de sempre, ela praticamente trocou de lugar com Sam. Agora estava agressiva e batia nas pessoas. Voltou a ter contato com Freddie, agora maduro e sabendo que o ‘amor’ que sentia não passava de atração do momento, mas com Sam nunca mais falara. Sentia ódio dela também. Afinal, foram os piores meses da vida dela.

E tudo continuou.”

-Há, e você acha que só porque eu parei de me vestir como um garoto e fiquei um tempo com as patricinhas eu deixei de bater em garotinhas metidas a besta? Carly, Carly, Carly. Uma vez ingênua, sempre ingênua. – ela riu ironicamente. – Como foram suas férias? Boas?

-Ótimas. – a bati de novo no armário, enquanto ela sorria. – Eu não vim aqui para colocar o papo em dia. Vim saber o porquê de você não impedir o Freddie de ficar com a sua colega. E é bom você me dizer logo.

Sam entristeceu.

-Não é da sua conta.

-Puckett, você não foi forte o bastante para se declarar pro Freddie Benson? Não teve coragem, foi? –eu perguntava, fazendo voz de neném. Por um instante, vi uma lágrima rolar pelo rosto dela.

-Não tive, tá legal? Tem como você parar de me torturar pelo menos uma vez? Será que é pedir demais? Eu não sou forte! Você sempre soube disso!

-Eu sempre soube que você é uma salafrária! Eu tentei te ajudar, e você acabou com a minha vida! – eu chorava junto com ela.

-Me desculpa, tá legal?! Você acha que se eu soubesse que você ia sofrer tanto assim, e que seu pai ia te arrebentar, eu faria isso? Eu sou sua amiga, Carls! Eu sempre fui! Eu estava com raiva! Só queria que ele te xingasse, e não que ele te mandasse para os piores maconheiros dos Estados Unidos! Me desculpa!

Ela chorava descontroladamente. Aquela Sam que só eu conhecia estava ali diante dos meus olhos. Eu conseguia ver que ela realmente estava arrependida do que fez. Pela primeira vez em muito tempo, a antiga Carly tinha voltado. A Carly sensata. Aquela que eu jurei nunca mais ser.

-Sam, tá tudo bem. Já passou.

Acariciei de leve os cabelos dela. Nós estávamos sentadas no chão do pátio vazio, e ela chorava sem parar. Eu consegui me segurar, e só a acalmava dizendo que tudo ia ficar bem.

Depois de um tempo, nós conversamos. Ela esclareceu que estava arrependida mesmo, e nós fomos verdadeiras uma com a outra. Eu percebi que tudo aquilo que aconteceu entre nós foi uma coisa ridícula que poderia ter sido evitada. Uma infantilidade entre nós duas, mas com alguns minutos, tudo ficou bem.

-Então... você ainda o ama, né?

-Amo, Carly. Amo mais do que tudo. Quando estou perto dele, me sinto no paraíso. Como se tudo ficasse bem só com seu toque. Mas isso não sai da minha boca. De jeito nenhum. – ela dizia, limpando as lágrimas.

-Olha, uma pessoa sábia me disse que quando alguém quer alguma coisa, ela corre atrás. Você tem que correr atrás. Você tem dizer tudo o que sente pra ele, e conseguiur seu homem!

-Mas eu já disse pra ele que eu não sinto nada!

-Ei – eu sorri. – Ele cresceu. Ele te ama também. Dá pra ver nos olhos dele. Tenho certeza disso. Vai lá e diz toda a verdade pra ele.

-Eu... não sei. E se na hora eu travar e não conseguir?

-Você sabe sim. Você vai dizer a ele. Hoje à noite. Você vai conseguir. – disse, segura de mim. Sam me olhou fundo nos olhos, e sorriu.

-Eu...vou tentar. Eu vou dizer tudo o que sinto.

-Eu sei que vai.

Nós duas trocamos sorrisos. Acho que a nossa velha amizade ressurgiu das cinzas.

Flashback off.


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Notas finais do capítulo

Poisé, nem tão grande assim, né? Eu acho chato de ler caps grandes, mas esse teve que ser, porque senão vocês iam ficar na curiosidade :) Viu, às vezes sou boazinha, éssidois :)
Gostaram ou não das duas terem se resolvido? Eu não ia aguentar deixá-las separadas até o fim. Então, gostaram? O pai dela foi um futricado?
Vou revisar os erros daqui a pouco. Querem outro hoje ou n? Se tiver quatro rvws, eu coloco. Beijoooooos de brabuletas éssidois ;D



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