Esposa de Mentirinha escrita por Alyh


Capítulo 3
Explicações




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P.D.V. Isabella

Eu peguei o primeiro avião de volta para o Rio de Janeiro. Eu não devia ter me casado com ele, mas eu fiz isso pensando no bem para o meu irmão. Tenho um irmão mais novo, de cinco anos, o Hunter.

Ele tem uma doença rara, e o tratamento é caríssimo. Meu pai não pode dar a atenção que ele precisa, pois trabalha muito para comprar os remédios. Hunter precisa de uma cirurgia e eu estou juntando dinheiro para pagar.

Mas quinze mil reais não se acha no lixo. Já pensamos em pedir empréstimo, mas não temos como pagar, amigos? Não temos. Familiares? Também não.

Eu já estava entrando em desespero, cada fibra do meu ser implorava esperança para a cura do meu irmão, mas já estava ficando impossível. Cinco meses passaram, eu me matava trabalhando, o meu pai a mesma coisa, as vezes deixávamos de comer para poder juntar o dinheiro para a cirurgia.

Eu sentia muito a falta dos meus anjinhos, mas não podia ligar para lá, talvez Edward não aceitasse. Escutei meu celular tocar, sem olhar no visor, atendi.

-Alo? –Falei, em português.

-Oi? –Alguém falou do outro lado da linha, uma voz infantil, era em inglês.

-Oi, quem é? –Perguntei, agora em inglês.

-Tia Bella?

-Pietro? Nenê é você? –Meus olhos encheram d’água.

-Tia Bella volta pra nós. Papai precisa de você, e eu também.

-Como que vocês estão? Quem está cuidando de vocês?

-O papai contratou uma outra babá, mas ela é má, ela só grita comigo e com a Marie.

-E a Mari como tá?

-Hoje ela tá fazendo aniversário tia, e o papai ta em casa, mas eu tô escondido, ele não quer falar de você.

-Pietro o que você está fazendo? Pra quem está ligando? –Escutei a voz dele, meu coração deu uma batida dolorosa e acelerou.

-Com ninguém pai!

-Me dá isso aqui. Alo? –Escutei a voz dele no telefone.

Gelei. Não respondi.

-Alo? Quem é?

Desliguei.

Meu coração estava acelerado, minhas mãos tremiam, e lagrimas rolavam. Mais um mês se passou, resolvi levar o Hunter a praia, talvez ele não tivesse mais a oportunidade de ir.

Coloquei um biquíni, uma roupa de banho no Hunter, pegamos uns brinquedos e fomos. Quando chegamos lá, coloquei o guarda-sol e o Hunter foi brincar na água.

Passei protetor solar, e em seguida sentei na sombra.

P.D.V. Edward

Peguei uma semana de férias, e fui para o Rio de Janeiro com as crianças, escolhi uma praia linda para ficarmos, assim que chegamos no hotel logicamente fomos a praia.

A Marie já está com 1 ano e um mês, estava caminhando, mas as vezes caía. O Pietro foi correndo para a água, e eu fui segurando a mãozinha da Marie até lá.

Uns dez minutos depois, o vi brincando com um menino, dava para ver que o menino era brasileiro, mas para criança não importa a língua, a diversão é mais importante.

-Papai compra um refrigerante? –Pediu Pietro.

-Compro sim filho. –Como eu sabia falar português, ofereci para o menino, que disse que ia perguntar para sua irmã e já voltava.

Segui com o olhar, e o vi correr até uma mulher branca, de biquíni vermelho, óculos escuros e cabelos soltos, sentada embaixo do guarda-sol. Ele voltou segundos depois, com expressão triste.

-Eu não posso tomar refri tio. –Falou, de cabeça baixa.

-Por que?

-Vamos para casa Hun? –Olhei para a mulher a minha frente, não acreditei no que vi.

A Bella estava ali, muito linda, ela sorriu envergonhada, mas seus olhos estavam tristes. Pietro quando a viu, deu um grito e a abraçou. Ela retribuiu o gesto de carinho, já a Marie a estranhou, e fez beicinho.

As crianças foram brincar na água, peguei Marie no colo, cheguei perto da Bella, que deu um passo pra trás, e disse que tinha que ir, de novo não, não vou a deixar partir e me deixar olhando.

-Espera! –Falei, e segurei seu pulso.

-O que você quer?

-Vamos conversar.

-Me de um motivo.

-Sua consideração pelos meus filhos.

-Ta bom.

Ela sentou ao meu lado, numa das cadeiras de praia que tinha ali, coloquei a Marie na pequena piscininha que tinha ali para ela se entreter. Olhei a Bella, que me encarou com aqueles lindos olhos cor de chocolate que nunca saíram da minha cabeça.

-Por que foi embora daquele jeito? –Perguntei.

-Fui longe demais. Não devia ter casado com você.

-Preciso de você, minha família quer conhecer minha esposa, e eu estou a meses dando desculpas, por favor, só um fim de semana.

-E o que eu ganho com isso?

-Quanto você quer?

-Hm... Dez mil reais.

-Eu pago. Você vai embora comigo na sexta, vamos direto para a casa dos meus pais, e compro sua passagem para voltar na segunda.

-Quero o dinheiro antes.

-Metade agora, metade segunda.

-Todo agora, ou nada feito.

Marcamos um horário, a noite ela foi lá no hotel buscar o pagamento. Ela deu a sua palavra, e como um bom “marido”, eu confio nela. Logo o dia de irmos embora chegou, o avião partiria para Los Angeles as nove e meia da manhã, eram nove e vinte e cinco e a Bella não tinha chego ao aeroporto ainda.

Será que ela iria me dar um “bolo”? Torci que não, dois minutos depois, entra uma mulher correndo para dentro do avião, toda escabelada e com um gloss na mão.

-Desculpa! Acordei atrasada.

Ela sentou na sua poltrona. Fomos quietos a viagem toda, quando chegamos, fomos direto para a casa dos meus pais, é seria um fim de semana muito longo.

-Oi Edward! Oi princesinha da tia! –Disse Alice abrindo a porta do carro e pegando a Marie.

-Oi tia Alice. –Disse Pietro saindo do carro correndo e indo para dentro de casa.

Olhei para a Bella, ela estava corada, envergonhada. Para manter o meu papel de marido, fui até ela, segurei a mão dela, e de mãos dadas entramos em casa.

Não preciso nem dizer que todos se encantaram com ela, menos a Rose, que fez cara feia e saiu da sala.

Fizeram intermináveis perguntas para a Bella, e ela respondeu todas na medida do possível, mas aí Emmett deu o ar da graça.

-Vocês já dormiram juntos?

A Bella corou absurdamente, eu não imaginei que o Emmett faria esse tipo de pergunta.

-Qual o problema? Vocês não tem alergia a isso né?

-EMMETT! –Minha mãe gritou.

-Ta ta!

-Amor eu vou procurar as crianças. –Falei para a Bella, que segurou minha mão e fez uma carinha implorando para que eu não a deixasse sozinha.

-Bella vamos ao shopping? –Pediu Alice.

-Desculpa Alice, mas estou cansada da viagem. –Respondeu.

-Vamos dormir um pouco amor? –Eu estava me sentindo estranhamente normal.

-Vamos.

Fomos para o quarto, então lembrei que minha mãe tinha nos deixado num quarto com cama de casal, só que não éramos mesmo casados. Bella nem ligou para isso, tomou um banho, eu estava sentado na cama.

Ela saiu do banheiro de cabelo molhado, enrolada na toalha, e aquilo estava me deixando louco, sacudi a cabeça para tirar os pensamentos maliciosos e fui para o banheiro, depois de um banho maravilhoso fui dormir, ao lado dela.

No meio da noite passei o braço por cima dela, e ficamos de conchinha, ela levantou assustada, chorando, fiquei preocupado, perguntei para ela o que tinha acontecido, ela me abraçou e pediu para que eu nunca a deixasse. Se depender de mim, isso nunca vai acontecer.

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