Only Chance - 5 Massacre Quaternário escrita por Pacheca


Capítulo 8
Chegando à Capital




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Acordei com Divine me chamando,batendo na porta.Levantei e tomei um banho rápido,dessa vez com cheiro de laranja com maracujá.Coloquei uma calça preta e uma camiseta cinza e fui tomar café da manhã.

Martika me deu bom dia,o que me assustou.Ela não parecia mais a garota arrogante de antes.Aquilo era suspeito,mas quando olhei para Albriech ele simplesmente levantou os ombros como resposta.

Me sentei e comi um pouco.Divine me falou das outras Colheitas,eu não assisti na noite anterior.Prestei atenção no que achei importante,mas ignorei o resto.

Uma hora depois,mais ou menos,nós paramos.O alvoroço do lado de fora era quase ensurdecedor.Dividi a janela com Albriech e Martika,observando todas as pessoas lá fora,acenando e sorrindo para nós.

Albriech e Martika respondiam aos acenos das pessoas da Capital.Imagino que deveria reagir do mesmo jeito,mas eu simplesmente não conseguia.Só quando Albriech me puxou mais pra perto dele eu consegui reagir.

As pessoas lá fora enlouqueceram.Aaron nos chamou e descemos todos juntos até a Sala de Transformação.Aaron foi embora com Divine depois que fomos separados,um tributo para cada trio de aberrações coloridas.Avaliei meu trio quando consegui sair do transe que era a chegada à Capital.

O homem de cabelo roxo era Caius.A mulher magrela e com tatuagem de uma lua com uma estrela inscrita na testa num tom dourado era Carmeem.E a outra mulher,que seria uma pessoa muito comum se não fosse a pele num tem cinza muito estranho,era Kaline.


Não sei quantas horas eu passei naquela sala de tortura.Me depilaram com todo tipo de cera possível,me deram uns 10 banhos,lavaram meu cabelo umas 5 vezes,puxando tanto minha cabeça de um lado pro outro que fiquei com o pescoço dolorido,definiram um contorno para minhas sobrancelhas,tudo que eu desejaria não ter feito.

Fiquei sozinha em um quartinho no fim.Eu estava completamente nua,o que era muito estranho sabendo que um estranho vai entrar a qualquer momento,e inquieta.Uma portinha se abriu em um dos cantos do quarto e eu me levantei.

Uma garota de cabelos verdes com mechas azuis,com mais ou menos uns 20 anos,entrou com um sorriso sincero estampado no rosto.Antes de falar qualquer coisa ela endireitou minha coluna e tirou minhas medidas.Olhou o trabalho do trio de ajudantes.Sorriu triunfante quando viu minhas unhas pintadas em um tom de esmalte meio branco,como neve.

– Pode se vestir. – Ela esticou a mão delicada e continuou sorrindo – Meu nome é Nayla.Eu sei que é estranho me ver sorrindo quando você está caminhando para os piores tempos de sua vida.Mas é porque essa é basicamente minha única oportunidade de fazer amigas.

Nós fomos para uma salinha ao lado do quarto e eu me sentei em um sofá de veludo vermelho.Comi as bolachas e esperei ela falar.

– Bom,eu quero que entenda minhas ideias antes de te mostrar a roupa do desfile. – Ela arrumou uma xícara de chá para si antes de continuar. - Muitos dos estilistas responsáveis pelo distrito 12 vem tentando recriar a imagem mais bem acolhida até hoje na história dos Jogos,o de garota em chamas.

– Ok,eu vou ser a garota em chamas II. – Eu estava tentando acompanhar o raciocínio da melhor maneira possível.

– Não.Acho que erro dos meus antecessores foi esse.O tempo das chamas passou.Eu tenho algo melhor para você,que se encaixa com sua personalidade,como eu vi na Colheita,sua reação – Ela tirou uma pedrinha muito brilhante do bolso do casaco que usava e me entregou. – Você sabe o que é isso,não sabe?

– Um diamante.Mas o que isso tem a ver com meu figurino e minha personalidade? – Ela deu uma risadinha antes de devolver a pergunta com outra pergunta.

– Você sabe como se originam os diamantes? – Neguei e ela levou a mão ao bolso de novo.Dessa vez ela tirou um pedacinho de carvão de lá.Não era possível. – Os dois são a mesma coisa,mas com fórmulas diferentes.Você muda um pouco essa formula e resulta nisso.

– Então eu vou ser o futuro do distrito 12? – Aonde ela queria chegar com aquela conversa toda?

– Não,isso é a função dos outros tributos,seus companheiros.Na verdade,eles acham isso também,mas eu decidi quebrar um pouco a regra.Afinal,Peeta não virou o garoto em chamas. – Ela se sentou ao me lado no sofá vermelho. – Você vai ser a garota de gelo.É difícil explicar sem o vestido.

Aquela garota era viciada em morfina?Pode ser em outra droga também,tanto faz.Como eu poderia ser a garota de gelo.Primeiro,aquilo me soava bem ridículo.Segundo,eu era do distrito do carvão,das minas.Normalmente era quente como o inferno aquele lugar.

– O importante é que você aja como queria agir no trem hoje.Se fechar,ignorar o resto.Não dar a mínima para eles. – Ela saiu,acho que foi pegar minha roupa.A sala ficou silenciosa.

– Você vai arrasar,garota. – Olhei pro canto da sala e vi Peeta lá.Pisquei mas ele continuava lá.Agora ele ia me deixar doida?Nayla voltou carregando um saco preto e de aparência pesada.O trio entrou com ela.

– Hora de se arrumar,você vai ficar maravilhosa. – Ela sorriu e eu tentei sorrir de volta enquanto olhava a maleta de tintas nas mãos dos três.

Não demorou muito e os três fizeram uma maquiagem leve no meu rosto.O objetivo não era esconder as falhas,mas iluminar as maravilhas do meu rosto,que eu não conseguia ver mas que Nayla listou.

Eles só prenderam meu cabelo de novo,mas deixaram do jeito que eu havia prendido mais cedo.O cabelo ficava solto,mas a franja ficava presa atrás por cima do cabelo solto.Umas pedrinhas que lembravam diamantes foram colocadas próximas aos meus olhos.Uma presilha de tom azul safira foi colocada no meu cabelo.Agora faltava o vestido.


Era a coisa mais maravilhosa que eu já vi.Era um vestido comprido branco,num tom próximo ao das minhas unhas,com a parte de cima quase toda coberta por pequenos diamantes brancos.A saia também era incrustada com as pedrinhas,mas era menos.Era um tomara que caia,bem justo em cima.Vesti-o e calcei dois sapatos num tom azul quase cinza.

Eu olhei para o espelho na parede,enquanto Nayla tirava o trio da sala.Aquela pessoa ali era tão diferente do que eu já havia imaginado que eu podia ser.Era muito bonita,mas também poderosa,imponente.Agora eu sabia que não seria mesmo.

Nayla me levou para a área onde estavam as carruagens.Nossa carruagem era branca,assim como os cavalos.Tanto branco já estava começando a doer minha vista.

– Eu posso esperar algum efeito super especial na carruagem,ou nas roupas? – Perguntei enquanto fazia uma listinha mental lembrando que tinha que agir da forma mais fria que pudesse.

– O único efeito que precisamos é o da iluminação da passarela.Só aja do jeito que combinamos,ok? – Concordei e ela se foi.Olhei para os outros tributos.Era difícil decidir qual a roupa mais bonita.



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Notas finais do capítulo

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