P.O.V:Thiago

Mandamos uma mensagem de íris para Quíron porque ninguém estava a fim de andar novamente até o acampamento. Pedimos pégasos, e eles chegaram bem rápido.

No meio dos escombros da casa, onde "deveria" ser o quarto da Cris(que veio abaixo) eu acabei encontrando a fotografia que eu a dera de aniversário. O vidro quebrara, a moldura estava acabada, mas a foto, apesar de chamuscada e meio queimada, dava para ver claramente eu, Emo, a srta.Troll, Laura e Pedro e uma boa parte da nossa bagunça.

Peguei a foto e montei em um dos pégasos. Logo estávamos pousando no acampamento. Pus a foto no chalé de Atena e fui falar com Quíron.

Depois de muito paranauê para convencer o senhor.D a não me transformar em um golfinho por interromper seu santo jogo, consegui puxar o centauro para dentro da casa grande e o contei toda a missão.

-Eu sinto muito -ele me disse quando acabei.

-Não encontraram o corpo -argumentei -ela pode estar viva.

-A Cris era esperta, Thiago. Se ela estivesse mesmo viva arrumaria um modo de mandar sinal de vida.

Acho que a retardadisse da Cris estava sendo passada para mim, pois instantaneamente eu imaginei um sinal de fumaça onde se lesse:"Hey otários, eu não vou ver o titio Hades tão sedo! Só que estou com preguiça de andar, então...Mandem a cavalaria!"

Sorri.

-Vá descansar -Quíron ordenou -A noite queimamos a mortalha da Cris.

Na volta ao chalé de Atena , caí na cama e dormi. Afrodite apareceu em meu sonho(ou pesadelo...).

-Da para me deixar dormir em paz?-perguntei

-Não -ela sorriu

A deusa não era mais igual a Cris, embora ainda parecesse com ela.

Suspirei.

-Certo, certo. Então o que você está fazendo aqui?

-Eu vim ajudar filho de Atena.

-A troco de que?

-Você quer ou não encontrar a filha de Poseidon?

A contra-gosto, assenti.

Afrodite estralou os dedos e o cenário começou a mudar. Estávamos em uma floresta fechada, com árvores altas. De alguma maneira eu sabia que era lá que viviam os elfos-escuros e todas as gerações e gerações até a Cris. Caminhei um pouco, ciente de que não me viam, até encontrar Emo encostada ao tronco de uma árvore.Inconsciente.

-Porque quer ajudar?-perguntei -Até onde eu sei morre de raiva de nós.

-De fato não nutro o melhor sentimento do mundo por vocês. Mas eu adoro trágicos romances!

-Trágico?

-Quase isso. -a deusa sorriu -Posso até imaginar um herói louro vestido em armadura completa enfrentando guerreiros mais fortes e poderosos que ele para salvar a garota que ama. Claro, as chances de que você morra são infinitas, mas essa é uma parte que motiva bastante.

-Porque eles não a mataram?

Afrodite levou a mão a testa.

-Tem certeza que é filho de Atena?Porque mais um inimigo manteria o outro vivo? É óbvio que querem algo dela.

-E o que seria?

-Você não se lembra de nada do que pesquisou,Lourinho?

-Não me chame de Lourinho.

Afrodite agitou a mão, como se não desse importância ao que eu dizia.

-Quando quer mesmo alguma coisa, se falar em voz alta, a filha de Poseidon consegue.E os elfos querem que ela acabe com os seres bons do mundo.

-A Emo não faria isso.-disse

-Não?Nem mesmo se ficasse com muita raiva por ter sido "largada"?

-Não a estamos largando. Eu vou procura-la.

-Ela não sabe disso.Então se apresse.

-Tudo bem, e onde é aqui?

-Descubra.Eu já lhe ajudei de mais.

-Mas o mundo tem várias florestas e todas grandes.

-Se é mesmo filho de Atena, pense.

-Ajudou muito, tia Dite.

-Não me chame assim,Lourinho.

-Claro...Tia Dite.

Ela suspirou, como se dissesse que aquilo era um caso perdido.

-Tem algo que a pertence.

E eu acordei.

Fiz o que ela disse:Pensei. Eu tinha a fotografia que pertencia a Emo, mas a bosta de uma foto não poderia fazer nada.Então lembrei...Eu tinha algo mais que aquilo. Eu tinha a personalidade dela.

Vaca...Ops, digo...Hera, valeu!