Simples E Invisível escrita por Miyuki Hime


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

nossa, esse cap ta horrível, prometo que o 3 vai ta melhor



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Desde mais ou menos duas horas da tarde que minha cabeça estava em uma constante confusão, no relógio as horas pareciam que corriam cada vez mais rápido, o relógio já marcava 07:00 horas da noite, meus pais já estariam para chegar depois de um longo e cansativo dia de trabalho, e minha mãe que era incrivelmente observadora com certeza ia perceber minha inquietação e perguntar o que tinha acontecido, o que eu responderia? Eu nunca iria cogitar dizer a verdade, eu não tinha aquele tipo de relação ‘melhores amigas’ com a minha mãe, por mais que ela quisesse isso eu nunca me sentiria confortável assim para dizer esse tipo de coisa e não iria mudar de um dia para o outro, principalmente porque nem eu mesma sabia o que estava acontecendo comigo. Meus pensamentos se revezam entre as perguntas: Isso é que é amar ou só uma paixonite adolescente? Como eu iria fazer o trabalho se nem olhar nos olho dele ou dizer uma frase completa e coerente eu conseguia? Como eu conseguiria falar na frente de todos os outros? Como eu iria olhar para ele amanhã? Nossa, será que ele vai falar comigo? Como eu iria trazer ele para minha casa sabendo que ficaríamos completamente sozinhos por horas já que meus pais trabalhavam? E mesmo que ele viesse domingo eu não aguentaria os olhares animados que minha mãe me lançaria, com certeza ela iria ficar tentando nos juntar fazendo perguntas indiscretas sem falar que meu pai ficaria sempre de marcação por perto ao tentar parar a minha mãe e não conseguindo, tudo isso seria impossível de se fazer, mas uma coisa em mim me dizia para superar os medos e tentar fazer alguma coisa ousada como mandar umas indiretas – que com certeza sairiam desajeitadas e ridículas – ou tentar chegar perto sem que ele percebesse ou... De repente... Tentar beija-lo... Ok. Tudo isso era uma péssima ideia, uma péssima ideia que fez meu rosto parecer um tomate e meu coração parecer que estava dançando em uma escola de samba – nossa que péssima comparação –.

Ele nunca iria gostar de mim, eu era fisicamente patética, meus cabelos eram lisos demais num tom castanho escuro e opaco, minha boca assim como meu nariz era pequena demais o que não combinava com meus grandes olhos cinza escuro e minha pele morena clara, meu corpo era quase que completamente reto. Resumindo: eu não era uma pessoa desejada nem por ele, nem por ninguém.

Pensar em tudo isso não estava me ajudando em nada, estava na verdade me fazendo ficar pior, a melhor coisa a se fazer nessas horas é se distrair, mas eu já tinha tentado isso antes e não tinha funcionado nada funcionava já tinha tentado ouvir música, arrumar a casa – o que eu odiava – só me restava deitar e dormir e foi exatamente o que eu fiz embora tenha ficado duas horas tentando antes de conseguir.

O dia ate que foi bem normal fora o meu nervosismo, ele não falou comigo, não me olhou nem nada, parte de mim estava feliz e parte estava triste, confesso que mesmo sabendo que não tinha chance uma pequena parte de mim ainda tinha esperança.

Passou-se uma semana assim, sem nenhum progresso de ambos os lados, comecei a achar que ele não iria fazer o trabalho ou que tinha arranjado outra pessoa para ser sua dupla mesmo que fosse pouco provável porque o trabalho valia 50% da nota e a data de entrega era daqui a três dias, ninguém desistiria fácil assim.

No fim da última aula quando quase todo mundo já tinha saído eu com toda a minha lerdeza acabei tropeçando em um dos pés da cadeira que estava ao meu lado fazendo com que o meu estojo ainda aberto caísse e espalhasse parte do conteúdo que tinha dentro inclusive os fones e o meu celular que era o que eu queria pegar impaciente antes de tropeçar, abaixei-me e comecei a pegar as poucas coisas enquanto alguns riam e outros me ajudavam chutando algumas canetas coloridas e lápis para perto de mim. Quando juntei tudo e me levantei para sair alguém toca meu ombro e diz:

— Aqui, você deixou cair.

— Ah, o-obrigada – Eu disse enquanto pegava a caneta da mão de Thiago e corava abaixando a cabeça.

— Eu queria falar com você.

— Q-q-queria?

— Tem como eu ir para a sua casa amanha para fazer o trabalho? Eu tenho a maiorias das coisas já prontas.

—T-t-t-t-udo b-b-bem.

— Combinado então, amanha vou trazer as coisas e ir com você no fim da aula ok?

— Ok.

Há essa hora meu rosto já estava parecendo um tomate.

— Então... Tchau.

— Tchau.

Depois que ele saiu foi o mesmo de sempre, tive quase um infarto. Nossa, ele vai para minha casa, o que eu irei fazer agora? Aja normalmente, como uma pessoa normal, se acalma Hallery! Acalma-se! Eu gritava em pensamentos, tudo vai correr bem, nada vai dar errado, se mantenha calma.



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