Soneto Da Morte escrita por AngelSPN


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Sem vocês leitores e seus reviews...eu não teria tanta felicidade em postar mais um capítulo. Obrigada pelo carinho de todos.



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Dean não soube explicar a sensação que teve ao conhecer o RoadHouse e a mulher forte, destemida e determinada. Ellen Harvelle tinha o pulso firme e mantinha o lugar com muito afinco. Surpreendeu-se com a inteligência de um hippie, ao menos parecia. Ash com seu jeito todo peculiar e chamativo.

— A propósito, gostei do corte de cabelo. — O loiro faz gesto se referindo a Ash.

— Ah, sim... Seriedade na frente... Diversão atrás — Ash joga a parte de trás dos cabelos com uma das mãos.

Dean sorri levantando levemente o queixo em concordância, e volta seu olhar para Ellen, que agora oferecia um copo de whisky.

— Lamento muito por John, ele tinha seus problemas, mas, era um bom homem. — Ellen acompanhou o loiro engolindo a bebida de uma só vez. — Joanna minha filha resolveu seguir os passos do pai para o meu desespero, falei a ela: “Debaixo do meu teto você não caça!” então ela partiu no outro dia.

— Me amarrei nela... — O loiro engoliu as palavras que começavam a sair de sua boca ao ver o olhar de fúria da mulher a sua frente, resolveu mudar de assunto. — Hã... Eu... Bom... você disse que tentou ligar e nada?

— Jo atendeu uma de minhas ligações, estava no caso da mulher desaparecida... Jéssica. Ela pediu ajuda para Ash localizar o telefone dessa garota. Ao que tudo indica Jo havia reconhecido a jovem como amiga de adolescência. Minha filha estava ansiosa no telefone, pude perceber que ela finalmente havia descoberto alguma coisa. Então, perdi contato. Tenho certeza que ela está em apuros, Dean.

— Sei... Ash? — Dean gritou para o homem que saía do banheiro.

— Eu mesmo. — Aproximou-se cheio de trejeitos.

— Consegue rastrear o telefone de Jo? — O loiro perguntou analisando aquela figura a sua frente com uma espécie de notebook... Para Dean uma geringonça cheia de fios.

— Já tentei muchacho... A garota evaporou.

— Entendo... Pode ver se consegue os números de telefone que ela se comunicou nas últimas vezes? — Ellen sentiu os braços penderem, Dean Winchester fora sua melhor cartada.

***

Sam estava deitado olhando o teto. Ruby estava dormindo, ela também estava envolvida com a mesma maldição que ele. Porém, algo estava errado. Ele fora praticamente criado por Dean, seu irmão tornou-se pai, amigo que ele nunca teve de verdade. Ensinou-lhe boa parte do que sabia, e nunca viu o irmão errar em quase nada que envolvia sua intuição de caçador. O moreno levantou-se, sentiu o frio do assoalho sob seus pés. A cabana onde a garota o levara era distante. Só então percebeu que não tinha ideia de onde estava. Olhou-a mais uma vez, continuava dormindo.

O Winchester foi até uma espécie de cozinha, sentia sede. Procurou por um copo na prateleira. Um frasco chamou-lhe a atenção. O liquido vermelho e viscoso só poderia ser uma coisa, sangue.

— Perdeu o sono, Sam? — A voz calma e o olhar fixo da jovem o desconcertaram.

— Hã... Isso é sangue? Para quê você guarda isso, Ruby? — O rapaz balançava o frasco na direção da moça.

— Eu... — Ruby havia sido pega de surpresa, tinha que achar uma desculpa plausível. Não podia dizer que aquele era o sangue de Sam. Sim o sangue do jovem que ela mesma atacou no banheiro.

— O que foi Ruby? — Sam franziu a testa encarando-a seriamente.

— Esqueceu que sou uma caçadora Sam? — Queria ganhar tempo enrolando o jovem.

— Não. E para quê seria? — Ela encarou-o com vontade de acabar com aquele teatro, mas engoliu a raiva e falou:

— Eu estava em um caso... Já ouviu falar em Djinn? — Ruby respirou aliviada ao ver a atitude de Sam desarmada.

— É. Dean e eu cruzamos com um. Eles são os malditos gênios que regem o destino de alguém, sugando suas vidas enquanto são ludibriados com um falso paraíso de sonhos ocultos. — Sam depositou o frasco na mesa.

— Esse sangue de carneiro poria fim a sua maldita existência. O que pensou que fosse Sammy? — A loira aproximou-se manhosa.

— É Sam. — O rapaz voltou para o quarto, dando-lhe as costas.

“É melhor eu agir rápido, ele não vai cair tão fácil em minha armadilha”. Ruby acompanhou-o com o olhar totalmente negro.

***

Dean chegou ao local onde Ash havia rastreado a última ligação que a filha de Ellen havia feito. Ele atravessou uma ponte de tábuas apodrecidas que rangiam a sustentar seu peso, tinha feito um retrato falado da jovem e um grupo de jovens informou onde ficava a residência dos Walles. O loiro chegou até a porta de uma bela casa, apertou a campainha e esperou. Até ser atendido por uma idosa.

— Boa tarde senhora. Sou o agente Angus do FBI. Procuro por essa jovem, ela desapareceu e...

— Desapareceu? Então ela fugiu da cadeia? — A surpresa da mulher não foi tanta quanta a de Dean, que com um ar desconcertado colocou a identificação no bolso interno do casaco.

— Hã... É. Estamos mobilizando toda nossa equipe...

— Pois saiba que essa jovem pode estar envolvida com o desaparecimento de minha neta Jéssica. Mas o agente Hendrickson a colocou na prisão para que explicasse o motivo de procurar minha neta na noite que ela desapareceu. Já faz cinco dias e não a encontraram. — O loiro estendeu-lhe um lenço, a mulher falava compulsivamente e lágrimas começavam a banhar sua face. Não precisava mais de respostas, todas já haviam sido respondidas.

— Muito obrigado pela colaboração senhora. Faremos o possível para desvendar esse mistério. E não se preocupe, acreditamos que a jovem só queria alertar sua neta de algum perigo. Mas iremos averiguar, tenha um bom dia.

A mulher acenou com a cabeça e voltou a entrar na mansão. Dean entrou em seu impala e dirigiu até a delegacia da cidade. Ele podia sentir na pele algo sinistro, algo diabólico.

“Se ao menos Sam estivesse aqui.”

O loiro voltou a olhar para seu celular, nenhuma mensagem, nenhuma ligação. Por mais que Sam estivesse com raiva dele, ligaria. Tinha que resolver logo esse caso e voltar a procurar pelo irmão.

Dean estacionou o impala, fechou a porta. Arrumou o paletó e seguiu para delegacia. Iria se passar por advogado da jovem, uma fiança poderia resolver a questão. Pelo menos ele achava.

— Boa Tarde, em que posso ajudá-lo? — A policial falou interceptando o caminho do rapaz.

— Minha cliente foi presa a uns dias. Sua mãe me pediu para ver como estava a situação. Sou advogado da família e...

— Joanna Harvelle? — Dean concordou com um balançar de cabeça.

— Vocês são sempre assim, tão diretos nessa cidade? — Ele deixou um sorriso encantador pairar em seus lábios carnudos e sensuais.

— Eu... Venha por aqui senhor...

— Winchester. Dean Winchester, policial...?

— Sera Weems. Ela sorriu disfarçadamente.

— Sera... Porque me parece familiar esse nome? — Dean piscou e acompanhou a moça até o escritório do xerife.

— Xerife Tood, esse é o advogado Winchester da garota Joanna Harvelle.

— Obrigado Sera. Sente-se senhor Winchester.

Dean sentou-se, esperava que o xerife começasse a desembuchar tudo antes mesmo de ele começar a perguntar. Mas só ouviu o silêncio e o olhar inquisitivo do homem de aparência de uns sessenta anos de idade com uma barriga bem avantajada.

— Err... A moça está sendo mantida presa, e sua mãe quando soube de seu desaparecimento contratou um detetive, o mesmo nos informou seu paradeiro e cá estou para saber o que você tem de provas contra minha cliente. — Dean começava a suar, Sam era o cara certo para bancar de advogado do diabo.

— Pode me dar o nome desse detetive? Estamos precisando de bons farejadores. — O xerife perguntou com sua voz arrastada e rouca.

— Claro, mas primeiro quero ver minha cliente. — Dean levantou-se demonstrando seriedade e um olhar ameaçador.

— Por aqui. — O xerife levantou-se vagarosamente indicando o caminho. — Ela foi presa por tentar entrar na casa dos Walles. E como Jéssica Walles desaparecera...

— Atribuíram a ela esse fardo? ­— Dean parou abruptamente mostrando certa indignação.

— Não fomos nós. O Agente Hendrickson que investiga o caso achou prudente mantê-la aqui. E como a moça não colaborou...

— Xerife Todd, acredito que o senhor já saiba que Joanna e Jéssica foram amigas na adolescência. Joanna só queria reencontrá-la. Tenho o Pedido de Soltura para a moça, já que não há evidências e nem provas suficientes de que esteja envolvida. — Dean mantinha-se firme e determinado. O xerife assentiu e olhou o documento apresentado, continuando o caminho até a cela da jovem que levantou-se rapidamente.


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Notas finais do capítulo

E então, gostaram? No próximo capítulo teremos fortes emoções. Beijos!



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