Alice No País Dos Horrores escrita por AndréFics


Capítulo 3
Capítulo 3 - O Chapeleiro cachaceiro e louco


Notas iniciais do capítulo

Alice reencontra seu velho amigo o chapeleiro,mas será que ele ainda é que nem antes.



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Alice terminou de se lavar e seguiu seu caminho... Quando ela menos espera chega em um penhasco, para todos os lados que ela olha não há nada. Do nada aparecem moscas maiores que o normal e a atacam, para se defender ela luta utilizando a faca dada pelo gato.

– Este lugar, está horrível, monstros surgiram e todos que aqui havia estão diferentes – Alice fala consigo mesma.

Ao olhar para o lado direito Alice visualiza uns dominós que flutuam em direção a ela fazendo uma ponte para que esta consiga passar.

– Está trilha de dominós parece ser infinita, humpf – Ela resmunga.

Ela segue o caminho pelos dominós que ali estavam e quando estava no fim avista novamente um cogumelo brilhante ela o pisa e é arremessada para longe em seu trajeto da longa subida.

Alice avista uma estatua dela, era muito grande e a estatua chorava petróleo.

– Que horror, além do país das maravilhas estar destruído ele também está poluído, ou melhor país dos horrores – Alice disse ao pousar lentamente no chão.

Ela olha novamente para a estátua e ao se virar para frente leva um baita susto, pois o gato aparece.

– Culpa sua... Fique com alguns monstrinhos e mostre-me do que é capaz – O gato a desafia

– Espere gato...

Ele nem olha para trás e desaparece com uma simples mágica.

E como o gato disse que ela teria de lutar com alguns monstros, em seus olhos surgem lesmas feitas de petróleo, ela se apavora, mas não desiste e as pega, joga no chão e pisa como se fossem meras baratas de nenhum valor.

Assim que as lesmas param de sair seus olhos ela segue seu caminho, o qual parece não ter fim, sempre que pensava que iria encontrar o fim aparecia algo novo e desta vez não foi diferente, ela chegou a trilhos de trem os quais que pareciam ser infinitos, mas ela não desiste pela infinitude do trilho, ela segue até chegar a um trem quebrado impedindo a passagem dela, uma de suas metades estava dentro da terra e a outra quase caindo, quando Alice se aproxima alguns metros do trem ele despenca liberando a passagem para que ela pudesse passar e pelo visto haveria um bom tempo de caminhada por vir.

– O chapeleiro sempre odiou falhas mecânicas. Este desastre será um grande incomodo. – Ela falou em voz alta, mas nem por isso ela para.

Ao olhar para o lado ela vê uma caverna escura e decide entrar. Assim que está a alguns metros da saída umas rochas que estavam soltas sobre a entrada da caverna acabam despencando assim tampando a entrada.

– Merda! Estou presa dentro da caverna! Como voltarei agora? – Ela resmunga.

O eco de sua voz faz com que várias pedras enormes comecem a se soltar e ela tem de correr para que não fosse esmagada, quando ela percebe está sendo seguida por vários monstros, quando olha para frente vê uma luz, daí ela corre ainda mais rápido e ao se aproximar visualiza vários bules de chá em cima de pedras.

– Típico do chapeleiro, esta caverna deve ser dele! – ela pensa consigo.

Assim que chega as gigantescas pedras ela para por milésimos de segundos e se vira com a faca para a luta com os monstros que a perseguiam.

– Obrigada por me receber assim chapeleiro – ela reclama.

Os monstros se aproximaram ainda mais, enquanto ela toma fôlego para acabar com eles. Passam-se aproximadamente 3 segundos para que ela possa começar com os monstros os quais ela derrotou rapidamente.

Assim que acaba com eles ela se volta para os bules o quais aviam desaparecido com o imenso floco de luz, sem entender nada ela continua em sua jornada.

– Quando não souber para onde ir é só fechar os olhos que o caminho surgirá – A voz do gato surgiu do nada fazendo um alto eco na caverna, a qual assustou Alice.

Alice fecha fortemente seus olhos e pensa em um caminho para poder sair da escura caverna a qual estava sendo iluminada por alguns animais mágicos, ela imaginou que no beco em que estava há uma porta invisível que só de olhos fechados Poderia ser descoberta. Com os olhos ainda fechados ela vai de encontro a maçaneta da porta e quando a abre vê uma forte luz, ela fecha seus olhos novamente e os coça, assim que os abre se depara com vários monstros, ela se vê sem saída e quando deu um passo para dentro da caverna ela bate em algo e acaba caindo era uma garrafa de encolhimento.

Ela se levanta, pega a garrafa e a guarda no bolso direito do vestido azul que usa

– Melhor guardar pode ser me útil em breve –Diz Alice

Assim que procura os monstros que a cercavam não os acha, já que não havia mais que lutar ela resolve continuar a seguir o caminho, quando menos ela espera acaba chegando a uma engrenagem que flutua até outra plataforma vazia onde Alice só consegue ver uma corneta gigante, ela sobe nessa engrenagem e consegue ver a frente uma mansão de metal que em o telhado tem o formato de um chapéu gigante.

– Ali deve ser o domínio do chapeleiro, mas como chegarei lá? – Ela se pergunta mentalmente

Por curiosidade ela acaba tocando a corneta e alguns instantes um teleférico em forma de bule de chá pousa para buscá-la. Ela senta-se no banco do “Bule teleférico” e espera a chegada na casa falando sozinha.

– O Domínio do chapeleiro! Já havia me esquecido – Ela se impressiona com a casa de tão bonita que é.

Enquanto ela aprecia a casa o gato aparece.

– Aparências que você sabe muito mais que pensa. Muitas coisas mudaram desde sua ultima visita.

– Meu psicólogo diz que a mudança é construtiva e ficar diferente é bom – Ela o questiona.

– O que é diferente não é ruim, apenas não é o mesmo. Encontre o chapeleiro, ele sabe mais sobre a diferença do que você pensa – O gato contesta.

– Você sabe qual a diferença entre o bem e o mal?

Algumas moscas aparecem e ficam batendo no teleférico.

– Fazendo amigas Alice? Às vezes você me surpreende, mas sei que você nunca sairá daqui sem minha ajuda.

– Consegui até agora. Então volte para sua casa, te chamo se eu precisar – e como foi de seu desejo o gato sumiu.

O Teleférico começa a cair, mas ela consegue pular para dentro do domínio do chapeleiro, mas pulou tão mal que caiu deitada.

– Já fiz entradas mais elegantes, devo dizer graças a Deus por não ter me quebrado!

Alice segue um longo tapete vermelho até chegar a plataformas grandes que formam um grande caminho as quais flutuavam em volta do domínio do chapeleiro. Ela segue enfrentando monstros e passando por muitos obstáculos. Ao chegar ao final do tapete ela consegue entrar no domínio do chapeleiro, um lugar bem moderno, porém destruído e deserto.

– Tem alguém em casa?- Alice grita.

Ela só ouve o eco de sua voz pela grande casa, e como não apareceu ninguém ela dá alguns passos até chegar a uma mesa com um tabuleiro desenhado, até que ela ouve alguns passos e decide olhar para trás e ver quem se aproximava, mas não vê ninguém.

– Chapeleiro? É você? – ninguém a responde, mas continua a ouvir os passos, quando ela se vira para o tabuleiro ela vê um bule que anda e tem olhos joga chá fervendo em Alice.

– Porra! Que ótima recepção Chapeleiro maldito!

Mesmo sem enxergar muita coisa Alice consegue pega a faca e dá vários cortes no olho o bule até mata-lo. Ela senta e antes que consiga se sentar mais bules aparecem e ela tem de voltar a lutar, vários golpes rápidos e fatais foram feitos em seus inimigos. Depois de matá-los Alice senta e pensa.

– Quem dera eu ser assim no mundo real, poderia ter coragem de me vingar das pessoas que merecem morrer.

E quando ela menos esperou uma porta se abriu e sem dúvidas Alice entra.

Logo após que ela entra encontra o gato.

– Encontre-o, o tempo é curto. Eu sei que você é bem feinha, mas tente encontrá-lo arrumada – Ele diz tentando irritá-la, mas antes que ela pudesse responder ele some.

– Esse gato chato, toda hora aparece me da um simples recado e some.

Depois de caminhar pela pequena sala Alice avista uma porta com seu portal pegando fogo e logo pensa: “Esse gato quer que eu me lembre do incêndio”.

– Ele é tão mal! – ela murmura.

Alice senta-se no chão e chora por alguns minutos, mas no final acaba tentando superar seu trauma e entra na porta, ao entrar ela desmaia e sonha com fotos dela com sua família, a imagem de sua biblioteca e ouve uma voz hibrida.

– Nossa linda biblioteca!Foi um incêndio que a destruiu,mas quem o causou? – Uma voz misteriosa sussurra.

Alice acorda assustada com o sonho que teve, mas se levanta e continua andando até ver a cabeça do chapeleiro no chão a qual estava falando sozinha.

– Chapeleiro, quando eu sai te deixei em estado decrépito, mas não em pedaços.

– Oh... É você?

– O que aconteceu? Você perdeu seu chapéu e lhe faltam algumas partes.

– Falta.

Alice olha alguns metros adiante e vê o corpo do chapeleiro estendido no chão, ela resolve encaixá-lo.

– Pronto, ficou melhor! Agora me conte o que aconteceu.

Um som muito alto soa pela casa, o qual poderia estourar os ouvidos de qualquer um, quando percebem que é o som da buzina de um trem.

– Aaaaa,o que está acontecendo? Ao redor, ali em cima, ali em baixo! Meus ouvidos! – O Chapeleiro reclama gritando.

– Meu pai adorava trens já eu não gosto muito.

– Por isso mesmo você não vai gostar. A tartaruga é responsável por este trem, ele é horrível, o fedor é cruel, a luz é segadora e o barulho infernal.

– Tenho uma ideia, vamos chamá-lo de trem infernal – Alice disse ironicamente.

– Alice, o mundo está de cabeça para baixo! Os loucos vão para o asilo, sem ofensas. E o pior de tudo estou fora do meu corpo.

– Trágico, se eu te ajudar, em que você me ajudará?

– Juro por deus que te ajudo! Traga meus braços e minhas pernas e ai nós conversamos – Ele responde com tom malicioso.

Ela se afasta dele com medo - Longe de mim... seu cachaceiro.

– Sou cachaceiro, pois como disse tudo mudou e agora não bebo mais chá somente cachaça e você é a responsável!

– Te ajudarei, mas me diga uma coisa... O que devo fazer para salvar o país dos horrores?

– Ué, você é a rainha! Lembra que você destruiu o dragão da rainha de copas?

– Sim, mas não faço a mínima ideia de como salvar meu mundo.

– Irei mandar alguém preparar uma mesa com muitas guloseimas e é claro cachaça para conversamos, aí eu te explico tudo, mas antes busque meus braços e pernas!

– E onde está?

– Não sei, os monstros roubaram.

– Estou indo!




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