Era uma tarde nublada, Alice estava conversando sozinha, na verdade não estava sozinha ela estava dormindo e em seu sonho ela falava.

Vamos lá Alice, é apenas um sonho. – Uma voz misteriosa disse.

Não é um sonho! É... uma lembrança. E ela me deixa doente. – Alice responde.

Alice estava tendo varias visões em seu sonho, ela via o coelho branco, via cenas dela tomando chá com o chapeleiro e também via... o Inferno.

Fogo! Fogo! Eu estou no inferno. – Alice disse com desespero.

Esqueça! É uma memória improdutiva, vá ao país das maravilhas agora! Você está atrasada. – A voz misteriosa volta a falar.

Neste momento Alice se via em chamas e gritando. Conseguia ver a cena de seus pais gritando enquanto o fogo cobria todo o quarto.

– Eu não vou voltar! Eu não consigo voltar, estou presa ao incêndio.

Alice ouviu vozes de vários bombeiros que conversavam entre si:

–Sargento, a menina está com queimaduras graves, porém está viva, chame os médicos!

– Será que ela vai ficar bem?

– Não! Não, Alice. Vá agora para o país das maravilhas lá será melhor! – a voz misteriosa voltou a induzi-la.

– Não! Eu não posso.

– Cale a boca menina, sua preferência não vale nada. Alice, onde você está? – a voz não se cansava de tentar levá-la.

Alice naquele momento se via junto ao coelho branco, os dois estavam em uma canoa navegando enquanto tomavam uma xícara de chá. Alice sorria até que...

– Não, o Coelho está bravo, está explodindo! – disse Alice com muito desespero.

O Coelho explodiu e o todo o sangue voou em Alice!

É isso Alice, quando você voltar tudo estará em suas mãos, você terá de terminar com a poluição e corrupção que está destruindo seu maravilhoso mundo! – A voz disse.

Alice foi puxada por varias mãos que saíram do chão e a puxaram para o inferno.

– Não! Isto está me matando – Alice gritou.

Alice acordou e quando olhou para o lado estava em uma sala com o seu psicólogo.

– Alice, já se sente melhor? – O psicólogo pergunta.

– Vá embora, não quero mais te ver estou com uma forte dor no corpo e preciso ficar sozinha.

– Sim, eu sei o preço para esquecer é alto. – O psicólogo disse.

– Não é difícil, argh! Estou cansada, sempre presa ao mesmo passado!

– Vou libertá-la, esse é meu trabalho. – o psicólogo disse confiante.

– Você disse isto varias vezes! – ela disse sabendo que não irá acontecer.

– E vou continuar dizendo até que tudo seja resolvido. Você, já está me mandando embora, nossa sessão nem começou, mas antes vá buscar os comprimidos na farmácia.

– Tudo bem doutor!

Alice se levantou e quando abriu a porta das escadas tinha um menino loiro de olhos azuis, chamado Charlie, ele tem oito anos e também vive no Orfanato com Alice e as outras crianças.

– Agora é minha? Minha vez de esquecer? – Charlie perguntou.

– Alice, o pai de Charlie se enforcou depois de matar a própria esposa. Vamos esquecer isso Charlie, é passado... – o psicólogo disse.

Alice subiu até seu quarto e pegou seu remédio e enquanto estava descendo tudo novamente ela conseguia ouvir a conversa que o psicólogo tinha com Charlie.

– Você deve esquecer. Aquela família não lhe amava, sempre te trataram mal! Tente esquecê-los, isto é passado. – o psicólogo disse.

Alice continuou descendo e enquanto ela passava escutava as crianças falando do psicólogo, pois elas acreditavam que ele as ajudaria a esquecer do passado ruim que tiveram. Alice viu que o psicólogo tinha uma foto da família dela e ficou muito estressada, por isso decidiu que não queria vê-lo. Alice seguiu outro caminho e foi para a rua.

Quando Alice saiu ela avista um Coelho preto e cheio de machucados, cicatrizes e com partes de seu corpo em carne viva.

– Coelho? – Alice disse.

O Coelho olha para ela e foge...

– Aqui somos todos loucos! Ahahahaha. – O coelho disse.

– Não tenha medo venha! – Ela responde.

Alice segue o coelho por um beco escuro e vazio.

– AAA, estou cansada, será que a partir de agora virou habito seguir criaturas peludas através de becos e florestas? – Alice falou consigo mesma.

Alice chegou a um beco redondo, era um beco vazio não tinha ninguém, até o coelho havia sumido. Quando de repente Alice ouve um barulho. Quando ela olha para traz vê um monstro, um humano com cabeça de mosca, muito feio por sinal. Ela se afasta lentamente, quando bate em outro monstro do mesmo jeito. Alguns segundo depois ela se vê cercada pelos monstros, até que começam a puxá-la, ela grita de medo, após o grito todos somem e uma senhora aparece no lugar dos monstros.

– Será que estou doida? O que foi isso? – Alice se pergunta.

– Alice, o que faz aqui pelas favelas? – a senhora pergunta a Alice.

– Sra. Swittle, que coincidência. – Alice disse.

– Você está bem? Parece estar cansada. Vamos lá em casa ver meus pombos. São criaturas bonitas, assim como você. - Sra. Swittle disse.

– Não posso (risos) a sua ultima visita que a fiz me causou sabe... alguns, é... quilinhos. – Alice a questiona, mas Alice acaba concordando e vai...

No caminho Alice vai conversando com a Sr. Swittle

– Ainda confusa humpf? Já era de se esperar, sua pele queimada diante de seus olhos isto foi uma das cenas mais fortes que já viu? Esse doutor desgraçado nunca irá te curar, naquele dia do incêndio quem foi que te salvou? Quem foi que trocou suas roupas e te ajudou? Se não fosse por mim, você estaria na rua, vivendo como uma vadia dando o cu por dinheiro. - Sra. Swittle disse.

– Foram todos mortos... Todos mortos por minha culpa e eu não pude salvá-los – Alice disse.

– Por isso eu digo que deve confiar em mim, sou a única que sei seu segredo, só eu sei que você que causou o incêndio! Eu não sou igual aquela puta de sua baba, que contou a todos e nem igual ao seu psicólogo desgraçado, que pegou seu lindo coelho de pelúcia. Graças a eles que você ficou no hospício esse tempo todo! Você grita como louca e só eu a escuto por isso digo que deve confiar em mim. - Sra. Swittle disse.

Alice chega à casa da Sra. Swittle e vai ver sua criação de pombos.

Quando Alice chega perto da senhora e a toca chamando - Ei, Sra. Swittle... - a Sra. Swittle vira um monstro horrível com garras e asas e pula em cima de Alice.

O Chão começa a tremer e Alice começa a cair... em sua longa caída ela vê muitas coisas... relógios, casas em chamas, fotos de sua família e seu lindo coelho de pelúcia. Quando ela finalmente chega ao chão, uma explosão aconteceu e Alice se transforma, fica muito diferente seu cabelo fica preto e liso e seu vestido fica azul com o avental branco e sujo de sangue, Alice fica mais forte e se conrajosa sem medo de nada.

Que viagem pertubadora,mas pelo menos me livrei da Sr.Swittle... Ou daquela coisa que ela virou. Pelo menos este lugar onde pousei é familiar.

O gato sorridente aparece, ele estava todo esquelético parecia osso puro!

Já era tempo Alice – Disse o gato

Gato maldito! Não tente me intimidar estou muito irritada!

Perfeito,quando você está feliz não nos serve de nada – Diz o gato brincando com Alice

Você não ajuda em nada – Retruca Alice.

Sabe oque eu posso fazer. – Diz o gato em um tom para assustar Alice

É o suficiente para me assustar, pensei ter me livrado de tudo isso! – diz Alice em um tom para dizer ao gato que não tem medo.

Desista,agora um mal reina o país das maravilhas Alice, aqui a justiça é seria. Prepare-se fique esperta. – Diz o gato

O Gato some...

Fim Capitulo 1 O incêndio.

Próximo Capitulo – O Vale das Lagrimas

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