POV Edward

Quarta feira, o pior dia de todos. Hoje o Emm, meu irmão mais velho, tem treino de basquete e, a Allie, minha irmãzinha, tem balé. Por isso tenho que ficar na escola até mais tarde. Eu não faço nada extra na escola, então fico esse tempo todo, uma hora inteirinha, na biblioteca, é o único lugar que ninguém debocha de mim.

Queria nunca mais ter que vir aqui. Gosto de estudar, mas meus colegas são bem cruéis comigo. Não tenho nenhum amigo nesse lugar.

Até que enfim mamãe chegou para nos buscar.

- Como foi o dia de vocês?

- Foi demais mamãe, eu aprendi um monte de passos novos. A professora disse que tenho muito talento e que sou uma boa bailarina.

- É mesmo, querida? Que maravilha! Estou muito orgulhosa de você. E você, Emmett, como foi o treino?

- Legal.

- Só legal?

- É que o treinador não me escolheu para ser o capitão do time.

- Ah, meu anjo, talvez ano que vem ele te escolhe.

- Sei lá.

- E você, Edward? Está tão quietinho. Como foi seu dia?

- Normal. Terminei de ler um livro, só isso.

- Brincou muito com seus amiguinhos?

- Mamãe, a senhora sebe que ninguém gosta de mim aqui. Queria não ter que voltar mais pra essa escola nunca mais.

Depois que eu disse isso todos no carro ficaram calados. Acho que mamãe vai pedir para o papai falar comigo mais tarde. Tomará que dessa vez ele me mude de escola.

POV Carlisle

Acabei meu turno agora, quase não tive pacientes, só um garotinho que quebrou um braço e uma menininha com um pouco de febre. Já estava saindo quando meu celular tocou, não reconheci o numero, mas atendi mesmo assim, poderia ser uma emergência com minha família.

– Carlisle! Sou eu Renée, lembra-se de mim?

– Claro que sim, você ainda pergunta. Diga-me, como vai seu marido? E sua filha? A última vez que a vi ela tinha 1 ano.

– Ela esta uma mocinha. E seus pequenos? E a Esme, Como estão?

– Estão ótimos. Mas acho que você não me ligou só para saber como eles estão, certo?

– Certo. Eu tenho uma proposta para você. Bem, lembra-se do meu primo Aro?

– O que é dono de um hospital?

– Esse mesmo. Bem, o hospital está cada vez maior e, estamos precisando de mais médicos, além disso, não estou mais dando conta de todas as crianças, então, você gostaria de fazer parte da equipe daqui?

– Vou precisar falar com a Esme antes de responder, ver o que ela acha, mas acho que ela vai aceitar. Posso te retornar daqui a pouco?

– Claro! Vou ficar esperando.

– Até mais.

Essa é uma boa chance para minha carreira, mas antes de pensar em mim, tenho que pensar na Esme e nas crianças. Sei que Esme irá concordar, ela é uma esposa incrível e quer o meu melhor, mas tem as crianças. Tenho três filhos pequenos. Meu mais velho, Emmett, tem oito anos, ele é bem agitado e brincalhão, mas é muito compreensivo, sei que ficaria triste de deixar os amiguinhos, mas faria novos rapidamente. Meu outro garoto, Edward, tem seis anos e é o que mais me preocupa, ele iria amar a oportunidade de ir embora, ele não tem nenhum amigo, vive sozinho e triste. Quem não vai gostar nem um pouco será a minha menininha, Alice tem cinco anos e é muito falante e extrovertida, ela teria facilidade de fazer novos amigos e se adaptaria fácil, mas sei que não aceitaria calma a ideia.

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Assim que entrei em casa encontrei Esme na sala me esperando.

- Oi, amor. Onde estão as crianças?

- Emmett e Alice estão jogando vídeo game, e Edward está no quarto dele.

- Vou subir para tomar um banho depois ficarei um pouco com as crianças e, mais tarde, quero falar com você.

- Espera!

- O que foi?

- Preciso falar com você sobre o Edward. É urgente!

- Tudo bem, o que aconteceu com meu garotinho?

- Hoje no carro quando perguntei como foi o dia deles, o Ed ficou meio triste e respondeu que foi igual aos outro e que ele não queria voltar mais para a escola.

- De novo com isso?

- Mas dessa vez é diferente.

- Por quê?

- Depois que chegamos em casa, o Emmett me disse que viu algumas crianças com o Ed hoje...

- Mais isso é ótimo!

- Não é. Emmett contou que essas crianças estavam rindo e falando coisas muito feias para o irmão.

- O QUE?! Ele não estudará mais naquele lugar. Alias nenhum dos três.

- Eu também pensei nisso. Mas onde irão estudar?

- Bem, querida, hoje a Renée, lembra-se dela?

- Claro!

- Bem, ela me convidou para trabalhar com ela em Forks. Eu pedi para responder depois que conversasse com você.

- Isso é ótimo! Sei que não está satisfeito com o hospital daqui, além do mais seria uma boa oportunidade para eu retomar a minha careira.

- Acha que devo aceitar?

- É claro que sim.

- Antes vamos falar com as crianças.

- Certo.

POV Edward

- A mamãe pediu pra gente descer, porque o papai quer nos contar uma novidade. – Emm disse assim que entrou no meu quarto.

- Vem Ed. – Chamou Allie.

- Tô indo. – Respondi largando meu livro em cima da cama.

Quando nos três chegamos à sala, o papai nos contou que uma amiga o chamou para ajudá-la em um hospital em Forks e que nós vamos nos mudar. Não vou mais para aquele lugar horrível. Tudo bem que essa nova cidade é muito chuvosa, mas é melhor que aqui. E como sei disso? É simples, não tem como ser pior do que é nesse lugar.

- O que? Eu não vou! Não quero ir!

- Alice! Já está decidido. Vamos em breve, me entendeu?

- Mas e meus amigos?

- Vocês podem continuar se encontrando nas férias, a mudança vai ser legal você vai ver.

– Mas e se eu não gostar, mamãe?

- Se não gostarmos nós voltamos, tá bem?

- Ok.

- E vocês, meninos, o que acham?

- Tem basquete na nova escola? – Perguntou meu irmão.

- É claro que tem, e você pode entrar no time de lá.

- Então eu aceito.

- E você, querido? – Minha mãe me perguntou um pouco incerta.

- Eu amei. Vou mudar de escola.

- E a minha amiga tem uma filha da sua idade. Tenho certeza que vocês serão amigos. – Afirmou papai.

- Será?