Amizade, amor e... Intrigas escrita por Hayley_monan


Capítulo 8
Capítulo 8




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Pov Orelha


Acordou cedo, e logo colocou seus óculos de grau que estava em cima de sua escrivaninha, levantou de sua cama e mesmo sem lavar o rosto, já foi logo ligando seu computador, cameras e anfins, todas as suas tecnologias eletrônicas...

Terminou de ligar tudo rapidamente, pois a unica coisa que ele queria fazer já cedo, antes mesmo dele tomar café da manhã, era colocar no ar mais um dos tão comentados episódios  sobre as fofocas da galera em seu blog, o tão denominado 'TV ORELHA'.

Ele estava com pressa, pois tinha que tentar fazer isso hoje, sem falta, um dia antes das aulas começarem. Ele tinha que fazer uma fofoca bombástica, para que quando chegassem as aulas, todos tivessem algum assunto muuuito interessante para comentarem. E claro que graças a ele e seu blog, porquê era alí que ele via uma chance, uma pequena chance de um dia, de nerd sem noção, ele se tornar popular.

Fazia algum tempo já que ele não postava em seu blog, desde o fim do ano passado, quando as aulas doi Colégio Quadrante já haviam acabado, então ele não podia ficar tanto tempo assim sem nenhuma notícia fresquinha né, se não o seu sonho de popularidade iria ir por água a baixo. E além do mais, hoje ele estava com um bom pressentimento, de que alguma coisa muito importante iria acontecer, mas ele só não sabia o quê.

Mas cá entre nós, não custa nada esperar, pois como diz aquele velho ditado: ''Espere e verás.''

(...)


Pov Lia

FLASH BACK ON


Terminou de tomar seu café calmamente, e já tinha levantado da mesa, quando derrepente seu pai lhe chama, falando:

- Lia, eu quero conversar com você filha... - Falou devagar, fazendo a garota parar derrepente.

E como Lia estava de costas para ele, ela se virou:

- Fala pai. - Ela sorriu. - Sobre qual assunto?

- É sobre sua mãe Lia... - Ele exitou, esperando alguma resposta de sua filha, mas ela permaneceu em silêncio e ele resolveu prosseguir. - Eu sei que... O que ela fez foi errado, mas ela acho que escolheu a melhor coisa para ela, e... - Lia o interrompeu.

- Ah pai, me desculpa, mas eu não quero falar sobre esse assunto. - Ela falou firme. - A Raquel abandonou a gente, ela nem se importa, se importava, ou sei lá... O que ela fez pra mim já é passado! Eu nem quero saber mais.

- Mas ela sempre te manda cartas, cartões postais, Lia! - Disse seu pai um pouco alto, lembrando-a. - Lia filha, você não percebe que a sua mãe tá tentando se reaproximar de você?!

- Ai pai, se ela tivesse tentando realmente se reaproximar de mim, ao invés de enviar cartas, ela já teria vindo à muito tempo me ver, ou ao menos nos dar um telefonema da África, ou sei lá de onde... - Falou alterada, e com mágoa na voz, porque realmente lá no fundo era isso o que Lia desejava, e mesmo convivendo tanto tempo com a  ausencia da mãe, ela ainda tinha esperanças de um dia isso ser possível acontecer.

- Mas é o que ela tá tentando Lia... - Seu pai disse, parecendo defender a opinião de sua mãe.

- Está tentando?! Tentando da onde pai?! - Perguntou Lia indignada. - A Raquel parece que só sabe fazer tentativas em relação a gente e, olha pai, eu te amo mas, eu não quero falar mais sobre esse assunto... - Disse se acalmando.

- Tudo bem filha. - Concordou seu pai, mas logo acrescentou: - Mas pensa melhor filha, e tenta dar uma chance pra ela.

Lia ouviu aquela ultima frase atenta, e refletiu por alguns segundos.

- Olha pai, nem se ela voltasse hoje pra casa e me pedisse perdão por tudo o que ela fez, eu iria dar uma chance ou perdoar ela. Porque pai, nenhuma mulher jamais abandonaria a família com marido e com filhos pequenos, para ir para o exterior, por qualquer motivo que fosse.

E dito isso, ela saiu em direção a seu quarto, em disparada, onde entrou e logo em seguida trancou a porta, e se encostou na mesma, onde ficou a pensar em tudo o que seu pai lhe disse e também em tudo o que ele disse sobre sua mãe.


FLASH BACK OFF


Por mais que não quizesse admitir, Lia sentia falta dela, e mesmo depois de tantos anos, ainda sofria com a dor do abandono...

Um nó começou a se formar na garganta de Lia, misturado com um pouco de dor e angústia. Lia se lembrava disso e sentia um aperto no coração, um aperto de dor e vazio, que queriam transparecer e que ela não podia deixar, mas naquele momento, aquele exato momento, ela não pode controlar.

Algumas lágrimas tristes começaram a escorrer de seus olhos, e ela deixou cair sem se importar de estar chorando por um motivo que a perseguia sempre.

Chorando? Sim, ela ainda fazia isso, mesmo depois de tantos anos. Ela já devia ter superado, mas não... Ainda possuía a ferida aberta e nada cicatrizada em seu coração...

As lágrimas continuaram a vir, cada vez mais forte e em maiores quantidades, e Lia foi escorregando as costas pela porta, levemente, e acabou sentando no chão. Abaixou a cabeça e continuou a chorar, as mesmas lágrimas tristes. E junto com elas vinheram o soluço, choro, que eram realmente incontroláveis.

E que a cada segundo eram mais fortes, mais profundos... As lágrimas não paravam de cair, e a cada vez mais vinham com força, vinham com tudo...

Lia passou as costas da mão pelo rosto, limpando, tentando secar-lás devagar, mas parecia que era impossível... Não ajudava em nada, não estava adiantando.

Ela tinha era que tentar se acalmar, parar de chorar, respirar fundo... Tentar dar um tempo de tudo aquilo, de todos aqueles pensamentos e sentimentos que entristeciam, magoavam e pesavam em sua mente... Ela tinha quer esquecer ou pelo menos tentar... Talvés.

E realmente era isso o que ela iria fazer.

Lia levantou do chão onde estava, secou as lágrimas dos olhos, com a ponta dos dedos, e logo depois caminhou em direção ao espelho, olhando seu reflexo triste refletido.

Foi até seu guarda-roupa, onde pegou um casaco xadrez vermelho e uma touca preta, e vestiu os mesmos, por cima do pijama que ela ainda nem havia tirado do corpo.

E feito isso, ela caminhou rapidamente até a porta do seu quarto e destrancou a mesma, e saiu, em direção à sala, rumo a porta de saída do apartamento, com a cabeça abaixada e sem fazer barulho, para que seu pai e sua irmã nem percebessem.

Mas tarde de mais Lia! Sem esforço não tinha adiantado em nada.

- Uéh Lia?! - Perguntou seu pai estranhando, vendo Lia parada com a mão na maçaneta da porta. - Pra onde você está indo assim?

Lia continuou com a cabeça baixa, tentando esconder seu olhar de seu pai, que agora estava vermelho e inchado pelas lágrimas de momentos atrás, e ainda sem olhar para trás, para seu pai, ela respondeu:

- Ah pai, eu estou indo dar uma volta. - Respondeu. - Vou sair e ver se eu consigo dar um tempo pra minha cabeça.

E dito isso, Lia abriu a porta e saiu, deixando seu pai alí parado olhando, e muito preocupado com ela.

(...)


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