Looking To You With Other Eyes escrita por Naohiko Oomura


Capítulo 2
Capítulo 2 - Take my hands again


Notas iniciais do capítulo

O final :))))



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"Eu não podia acreditar, simplesmente não queria, Ri-chan me amava , mas estava difícil de acreditar agora que Sen sumiu."

Quando eu cheguei em casa , a minha parente esperava na porta com uma expressão brava.

-Onde você estava?

-Fui na casa de uma amiga.

 Eu não estava mais aguentando, tentas emoções ao mesmo tempo, mostrar mais uma , não seria difícil , então.

-A essa hora!?

-Não importa!

   Corri para dentro e me tranquei no quarto , tratei logo de dormir. 

   Na manhã seguinte , levantei e me vesti , seria difícil o dia, principalmente na escola, Ri-Chan me evitaria e eu , também.

   Cheguei na escola e sentei-me na cadeira sem olhara para ninguém, como de costume. As aulas foram se passando e eu apenas pensava em Sen, o que me assustava era o fato de que Ri-chan estava paralisada, não virava pra trás de jeito nenhum. O sinal tocou , recolhi minhas coisas e sai. Hoje, queria refrescar a cabeça, era o que eu mais queria , decidi ir por outro caminho . Com meus passos neutros , sim, estava para morrer, Isso doía tanto e ainda dói. Ouço um barulho vindo de um imenso matagal, estranhei , o que estaria acontecendo? ... Como ainda era cedo , eu poderia usar minha curiosidade um pouco para descobrir o que era. Porque tantas imagens do Pai , passavam-se em minha cabeça?

"Levei ele para fazer um passeio de trillha, aqui perto."

-Sen!

   Me enfiei matagal a dentro , afogando-me em pequenas lágrimas que escapavam dos meus olhos ... corri  para frente , sem parar até que finalmente , um local, no centro da mata, vi um lençol .

-Sen!... É você?

  Nenhum som veio. Me aproximei, aos poucos, isso me lembrava o primeiro dia na escola , quando eu tirei o lençol do Sen na minha santa ingenuidade , repeti, fiz o mesmo neste momento.

  E lá estava ele , deitado , debaixo daquele imundo lençol , como sempre. Aos poucos ele abriu os olhos e me viu. Levantou do chão ligeiro , pegou-me pela mão e correu mais mata a dentro . Eu não entendi, mas estava tão feliz de ter reencontrado ele que meu coração batia acelerado , tudo porque Sen estava comigo novamente.

-Sen, pra o-nde v-ô-ce está me levando?

  Eu repetia isso enquanto nossas pernas se sincronizavam correndo , logo ouvi um breve som sair de sua boca.

-Xiu...

Corremos mais um pouco , até que finalmente paramos, olhando mais atentamente notei que havia um lago , calmo, grande. Fiquei o olhando, enquando ele me olhava.

-Riquinho ! Que bom que você está aqui! Vamos nadar.

  Ele parecia contente, afinal, eu nunca entendi Sen de forma objetiva, sempre tinham dúvidas e mais dúvidas. Ele afirmou, não estava preparado.

-Desculpe-me por antes? -ele disse.

-Do que você está falando?

"Han?"

 Entramos no lago, praticamente semi-nus, nós nadamos juntos, unidos e por horas que se passavam , eu estava mais feliz. Comemos Onigiri.

-Sen, por que você foi embora?

- Han? Ah! Queria matar a saudade deste lugar.

 Eu não entendi.

-Mas...

"Então, ele não me abandonou?"

- Ora! Que isso? Han! Eu fiquei com saudades de você também! 

E eu fiqui envergonhado com essas palavras.

-Promete que nunca mais vai me abandonar?

-Sim, claro Riquinho!

  Ele sorriu, verdadeiramente. 

-Me dá um abraço?

 Me pegou com força e me deu um abraço, que meu corpo encostou no dele , me senti tão bem. Algumas lágrimas escaparam também.

-Sen, eu tenho inveja do seu corpo, você é forte.

Acho que fui bem direto. Levantei-me e apalpei os músculos dele. ... Ele me afastou de seu corpo.

-Eh! Calma Riquinho! Somos amigos! Não podemos passar disto! Está certo que você não me ve faz tempo.

Me senti bem, mas fiquei triste. Abaixei a cabeça e respondi.

-Sim.

 Ele saiu da água e se enxugou , fui atrás  e me enxuguei também, ele me ajudou com o cabelo, ele havia o molhado e eu não queria, foi tudo uma brincadeira. Conversamos mais um pouco.

-Amanhã , você vai para a aula? Não é?

-Sim! A gente se ve lá!

  Sorri, caminhamos para fora daquele lugar , que escondia uma bela paisagem, nos separamos. 

   O calor que senti quando eu estava com ele , desapareceu e fiquei com frio , mesmo voltando para casa e tendo mais uma noite de solidão, mas estava aliviado de confortável. Na noite, me tocava pensando em Sentaro , minhas imagens , as que passavam na minha cabeça, aquele corpo forte  , me afogavam em tesão , com uma deliciosa noite, ao som de Jazz. Atingi meu orgasmo rápido .

 Ao amanhecer , após doces sonhos, me levantei , coloquei meu uniforme e fui para o colégio correndo com anseio. Lá estava cheio , mas era normal, subi aquele ladeira sem sentir peso nas minhas costas e pernas, estava leve e contente , louco para ver Sen. Cheguei na minha sala e ... lá estava ele, conversando com Ri-chan. Eu estava com raiva dela, a qualquer momento poderiam me ver batendo em mulher. Fui até eles. 

-Ohayou.

-Ohayou , Riquinho.

-Ohayou... Kaoru.

 Os olhos de Ri-chan se abaixaram e ela se retirou , foi para a mesa dela.

Fiquei conversando com Sentaro , até que o professor chegou, sentei-me e assisti as primeiras aulas, as vezes, ele me cutucava com o pé. O sinal do intervalo tocou e então, eu e Sentaro, fomos até o ultimo andar . Não saímos mais de lá, ficamos conversando durante horas ...

-Riquinho, vou ao banheiro , deve estar vazio agora, gosto de privacidade.

 " Estranho"

- Han, posso ir também??

 Eu queria aproveitar a situação . Ele se levantou.

-Pode.

-Vamos...

 Me lavantei e fomos. O banheiro realmente estava vazio, do jeito que Sen queria e bem do jeito que eu queria.

-Vou nesse.

 Entrei junto no box. Junto... disse..

-HAHAHA, Ha ! Você vai mijar junto?

-S-Sim

 Envergonhado. Ele abriu o ziper da calça dele ,  depois disso ele abaixou a calça inteira, praticamente e eu vi. Tudo. Tudo mesmo, fiquei viciado , a imagem era perfeita , queria ver mais de perto ...mais perto... fui me abaixando. Era o paraíso.

-EI!

 Fui interrompido e olhei para cima, neste momento eu tava tão apaixonado, que no impulso , dei um beijo nele. Os olhos dele, fecharam-se e me abraçou. Depois de alguns minutos, sensação ótima, nos separamos por momento.

-O que foi isso?

  " O que será que ele vai pensar de mim"

-S-Sen...E-Eu ,... G-Gosto de V-Você...

Aproveitei o momento para dizer o que sinto por ele.

 Ele ficou quieto e saiu do box, se apoiou na pia e olhou no espelho.

-Sim, Kaoru.

 Foi a primeira vez que ele me chamou pelo nome. Quis aguardar pelo o que não queria ouvir, mas era o que iria vir, seriam palavras nas quais jamais desejaria .

-Kaoru.

 A expressão dele era triste, mas , o que ele precisaria em alguns segundos era...

-Eu amo você também.

 Amor é drama.

"Han?"

  Ele saiu do banheiro e eu fui atrás, não entendendo. Mas , fiquei feliz, ele sentia o mesmo. As aulas acabaram-se  e o sinal final, bateu. Segui ele para fora do colégio e ele não pronunciava nenhum ruído, me guiou até a casa dele, entrei no seu quarto , me pois em sua cama. Eu fiquei feliz,  mesmo ele não dizendo nada, as ações dele diziam tudo. 

-Sen?

Palavras bonitas e um tom melancólico, segure firme minhas mãos.

-Promete para mim, que vai me amar, custe o que custar? 

 A sensação era ótima. Sen me amava, aquele calor era intenso agora. E , durante alguns minutos , a gente se amou eternamente , com 1 só! Ele me beijou , deixou meus lábios doloridos e querendo mais, deixou-os doloridos de tanto beijar . Triste , triste era a minha sensação de que eu era algo sujo, de sentir que nosso relacionamento estava errado agora, mas ele me confortava tanto , com abraços , carinhos e beijos , dizia coisas bonitas.

Tempos se passaram e Ri-chan , não se aproximava mais de nós,  eu não me importava, porque ela não se importava mais , pelo menos era o que parecia. 

Outro dia , sábado, Sen e eu decidimos passear, fomos a tantos lugares juntos , entrelaçados.  Nos curtimos muito, parecia o paraíso ...

Só que da li , alguns tempos, Ri-chan conversou com Sen novamente , eu , tolo como sempre,  cheguei bem na hora que ela estava conversando com ele , sem vê-la , dei um beijo no Sen , depois disso eu notei que não estávamos a sós. Meus olhos expressaram surpresa.

 " Por que?"

Ri-chan correu pro meio da rua e foi atropelada, morreu na nossa frente.

 No velório dela, nós assistimos triste. Mas depois que acabou, Sen, foi pra casa.

 - Kaoru, me abraça.

 Ele levou a mão à cabeça e eu o abraçei forte.

-Precisamos decidir o nosso futuro, estamos no último ano. Será que , se eu for embora, ninguém vai notar?

 Eu estava na casa dele, tudo escuro , todos fora, somente nós.  Eu e Sentaro. Até que teve a idéia.

- Que tal nós irmos para Tokyo ? Formar uma banda  de jazz ?

 Achei uma ótima idéia , viveria com ele para sempre, me sentiria livre , morreriamos um ao lado do outro .

- Sim, assim que nos formarmos, vamos viajar. Então, é melhor começar a guardar dinheiro desde agora, para sermos livres.

   Então, assim , os anos se passaram e eu , abraçando-o , com o calor dele em meu corpo . O calor do amor , nos formamos e , com o dinheiro arrecadado entre nós, viajamos para Tokyo. Nunca pensaria que Tokyo , o Jazz é grande. O Pai de Ri-chan, arrasado com a morte da filha, contribuiu para a nossa banda , como forma de gratidão e luto . Sustentou-nos até nos estabilizarmos . 

'' Para sempre Sentaro e Kaoru. Tiveram noites inesquecíveis."


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Notas finais do capítulo

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