Pedro saiu da escada de incêndio e eu disparei minha última flecha, mirando sua cabeça, mas este a desviou facilmente com a parte plana de sua enorme Daikatana, e então veio caminhando em minha direção pelo corredor, com seus olhos fixos em mim. Arranco-me de meu estupor momentâneo e me obrigo a correr na direção oposta, lutando contra meus olhos que começavam a lacrimejar.

Este é o meu ‘Gran Finale’, e logo o centro teria algo agoniante para mostrar aos distritos.

Eu então morreria em minha própria Etec. Sendo realista, ou ele ou eu. Um de nós ia morrer agora, e era ele quem estava armado e já havia matado durante o jogo.

Adentrei a outra escada de incêndio, fechando a porta atrás de mim. Sentei-me no primeiro degrau, esperando pelo inevitável, pensando em como meus pais chorariam minha morte, nos pais do Romulo, lamentando o dia em que ingressamos na Etec. É claro que se não fossemos selecionados para os jogos ou sobrevivêssemos teríamos um futuro brilhante pela frente.

Mas ele, meu melhor amigo, não sobreviveu. E eu não sobreviveria.

Deixo as lagrimas escorrerem enquanto espero pelo Anjo de minha morte, Pedro.

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Dylan chegara tão perto de sair com vida da Arena, e Klaus não podia acreditar que os Idealizadores haviam tirado-lhe suas flechas, a única forma de defesa deste.

Klaus se desesperara e fora procurar a diretora da Etec número quatro. O clima na escola que era de excitação por ter um finalista fora substituído por um quase luto. Era óbvio que a Etec número quatro da Arena era uma réplica, afinal o Centro não colocaria seu patrimônio em risco e não interromperia as aulas de seus alunos.

Preocupava à diretora que seu aluno tributo não percebesse este fato e deixasse que as falhas do Centro na réplica passassem despercebidas, perdendo assim uma possível vantagem em jogo. A diretora foi arrancada de seus pensamentos quando Klaus irrompera em sua sala.

– Diretora, a senhora pode me expulsar dessa escola, mas não pode permitir que isso aconteça! – Disse o garoto, com os olhos lacrimejando.

A diretora logo percebeu o que se passava. Ela era uma mulher boa e justa, mas os anos de trabalho para o Centro enquanto via seus alunos serem mortos haviam feito com que amargasse e endurecesse. Porém, sentiu pena do garoto a sua frente, assim como sentia de seu aluno tributo.

– Por favor, sente-se. – Disse a diretora, indicando a cadeira em frente à sua mesa.

Klaus acatara a ordem, relutante. Dava-se conta agora em que sua ação impensada poderia resultar. A última coisa de que seus pais poderiam precisar era de problemas com o Centro. Contudo, estava determinado. Só sairia dali quando conseguisse algo para ajudar Dylan.

– Diretora, nós precisamos fazer alguma coisa para ajuda-lo! Isso é cruel, e eu sei que a senhora quer ter um campeão! – Disse Klaus, falhando em sua tentativa de manter o tom calmo.

– Eu adoraria fazer algo, mas não vejo de que forma eu... –

– Mas você tem de fazer! – Gritou Klaus, levantando da cadeira e chorando livremente.

– Se você tiver alguma sugestão eu ficaria encantada em ouvir. Caso contrário você já pode se retirar, senhor Montanna. – Disse a diretora, perdendo a paciência.

– Existe uma coisa que eu sei que senhora pode fazer por ele. Por mim.