Marry Me, Please! escrita por Gabii


Capítulo 2
A aposta!


Notas iniciais do capítulo

Desculpa pela demora, eu realmente acho que esse não ficou muito bom, mas prometo fazer um terceiro capítulo brilhante para a fic.
Reviews são bem-vindos.



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Olhei para o garoto no banco ao meu lado. Ai meu Deus, por que eu fiz isso?

– Quer ajuda para fechar o corpete? – perguntou olhando indiscretamente para meus seios. Porque uma coisa que Nico não sabe ser é discreto, isto me lembra quando tínhamos 16 anos e ele deixou bem claro – durante um jantar de negocio das nossas famílias – que havia rolado algo a mais entre a gente.

A melhor parte foi passar o resto da noite ouvindo da minha madrasta Hera como usar preservativos, porém que ela aceitaria se eu estivesse gravida. Hera tem uma tara por bebês, e foi por isso que ela fugiu para a África quando começaram a suspeitar do meu pai.

A sua desculpa foi as criancinhas carentes, como elas precisavam de dinheiro e cuidados. Era para ela voltar depois de um mês, porém acabou esvaziando a conta onde estava todo o dinheiro que seria investido nas ONG’s africanas e sumiu do mapa.

Nem a gente sabe onde ela está, nem as criancinhas sabem onde está todo o dinheiro que receberiam.

Hera provavelmente está em Milão fazendo compras com todo este dinheiro. Eu não a culpo, o mundo é dos fortes. A minha ideia de fuga não deu muito certo quando todos os sites de fofoca me mostraram bêbada após uma festa exclusiva na Suíça, isto que dá ser famosa, todo mundo fica atrás de você.

Aposto que Hera fez até cirurgia no rosto para não ser reconhecida e extraditada de volta aos EUA.

– Não, eu consigo fazer isso sozinha, - respondi ríspida ao seu convite envolvendo o meu corpete – agora você vai me levar para casa ou vamos ficar o resto do dia nesse carro?

– Eu não me importo de ficarmos no carro se voltarmos a nos exercitar!

– Ah, quer saber? Eu também. – o provoquei virando-me para ele e fingindo que iria lhe dar um beijo. Nico fechou os olhos e mordiscou os seus lábios preparando-se para mais, porem eu desviei o caminho para a sua boca e girei a chave na ignição. Ouvimos o barulho do motor potente daquele carrinho de alguns dígitos de dólares.

Nico se assustou com o estrondo do carro e mordeu os próprio lábios, abrindo os olhos instantaneamente.

–Filha de um explorador de criancinhas desalmadas! – xingou-me Nico, fazendo referencia ao meio de produção de uma das empresas da nossa família.

– Idiota! Para de falar isso, já não basta as acusações de desvio de dinheiro?

– Certo, filha de um bom homem ajudante de mendigos e mulheres gravidas fica melhor?

–Para com isso e me leva já para casa! Você é muito ridículo, fica falando isso como se o seu pai fosse muito melhor!

– Não é para tanto, Thalia! Tio Poseidon também é um dos três grandes empresários de Manhattan e é super legal!

– Super! Eu achava isso até descobrir que ele está dando uns pegas na minha irmã. Isso é incesto! Que tipo de família é a nossa? Poxa Nico... A gente se pega, todo mundo se pega! Nós estamos perdidos!

– Não é para tanto, nem tem tantos casos assim! Nós somos primos e você nunca viu mal nisso! – disse maliciosamente com um tom mais sedutor – Bora fazer o que você me ensinou, priminha mais velha.

–Nico, para! – eu gritei – Eu estou no meio de uma crise! Você não percebe? E você está noivo, cafajeste filho da mãe!

– Ah... Garota! Para você! – irritou-se – Nos não temos o mesmo DNA, vó Gaia adotou meu pai e os irmãos dele enquanto pequenos. E não temos, muito menos, a mesma conta bancaria, o que diferencia você da minha nobre pessoa.

– O que? O dinheiro?

– Você sabe que é, riqueza e pobreza, conhece? Então, vamos voltar ao que é interessante ou vai preferir ir de ônibus até sua nova laje?

– Como? Eu entendi direito? – perguntei descrente – Você quer me pegar e em troca eu vou ter o que? Uma carona de BMW? – ele balançou a cabeça, como se fosse obvio.

Fechei a cara e abri a porta. Sai do carro como num furacão, em direção ao ponto de ônibus mais próximo. Eu conseguia ouvir os gritos daquele ser insurportavelmente irresistível, me perguntando o que eu estava fazendo.

Ele parou de gritar quando cheguei em frente ao ponto de ônibus - eu nem sabia que havia um nesse bairro. Deve ser para os empregados das mansões, ou para pessoas despejadas como eu.

Nico ria de forma descontrolada. Ele estacionou o seu carro em frente ao ponto e abaixou todo o vidro do carona, já havia colocado os seus oculos de sol e vestido sua regata, seu sorriso demonstrava pura felicidade.

Minha raiva era gigantesca, minha vontade de enfiar um murro nele maior ainda, porem a criança ainda tinha que ser gostosa. Não havia possibilidade de eu tentar estragar um rosto tão lindo quanto aquele.

Ai... Ai... Será que o convite pro motel ainda tá de pé?

– O que? – perguntei grossa.

– Eu acho que o metro é mais confortavel.

– Me deixa, garoto! - disse eu tentando controlar minha raiva.

– Você não queria que eu te deixasse há alguns minutos atras! - retrucou Nico com um sorriso malicioso - Ainda dá tempo de voltar pro carro! - então o convite pro motel ainda estava valendo, bom, muito bom. Mas como eu sou uma boa pessoa fui obrigada a responder gentilmente:

– Garoto, você broxa tanto que se eu fosse com você perderia minha viajem!

Ele corou, ficando levemente irritado.

–Só foi uma vez! - defendeu-se com uma voz esganiçada.

– Aquela noite continua viva na minha memoria!

Seu sorriso se apagou completamente.

– Um quarto no meu apartamento de luxo.

– O que? – perguntei tentando compreender o que pretendia.

– É uma aposta, você não vai ser minha puta de luxo nem nada.

– Eu não aceitaria se fosse para ser! - falei um pouco pausadamente. Acho que ele não acreditou no que eu disse. Droga, agora além de pobre eu era uma vadia.

Ah... Super legal Thalia.

– Sim ou não?

– O que eu faço se perder?

– Vai morar comigo do mesmo jeito, só que será obrigada a fazer tudo o que eu mandar. Sabe como é, abrigo politico a ex-milionaria.

– Milhardaria.

–Milhardaria, que seja. Aceita ou não? Um passeio de ônibus até o outro lado da cidade para voltar a morar num lugar descente. Sim ou não?

– Sem pedidos sexuais! - ele assentiu com a cabeça - Então sim.

– Cuidado com os paparrazi! – alertou Nico antes de arrancar o carro com toda a velocidade. Ainda deu para ouvir a risada dele.

Cafajeste.

Eu realmente espero ter dinheiro para a passagem.




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Notas finais do capítulo

Obrigarem por lerem, comentem e até a próxima!
Beijinhos e queijos suíços para vocês!
AirHead