Capital E O 76 Jogos Vorazes escrita por NitaLeroy


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

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Não, não, isso não... Ecoa na minha cabeça. Até que meu corpo não me obedece mais, vou em direção ao palco, nem me dou conta que estava correndo, quando:

– Eu me ofereço como tributo! - grito desesperadamente.

– An? O que? – pergunta desnorteada a mulher com cabelo de elfo.

– Eu me ofereço como tributo.

– Humm... Parabéns jovenzinho! Venha suba as escadas, por favor... - subo devagar passando por Jonny e sussurro:

– Não se preocupe...

– Como eu não devo me preocupar? - diz Jonny sussurrando também, já descendo as escadas.

A mulher pega no meu ombro e me direciona para uma posição apropriada.

– Como você se chama?

– Viking Walter! - digo

– Aquele é seu irmão?

– Não... - não digo mais nada sobre ele, porque sei o que poderiam fazer com ele caso eu fizesse algo que não gostassem. Li isso em um livro proibido, dizia que a Capital matava aqueles quem você mais ama para conseguir o que querem. Eu acredito nisso.

– Então o que levou a você a se voluntariar?

– Impulso.

– Impulso? Parabéns por isso! Agora vamos para as donzelas... - diz ela selecionando um papel.

– Junno May!

Vem em direção ao palco uma garota de cabelos loiros e olhos azuis pouco esverdeados, séria e cheia de raiva e rancor. Parece que ela não esta nem um pouco com medo. Boa estratégia.

Nós apertamos as mãos encarando um ao outro com os olhos, algo estranho acontece, enquanto nos cumprimentamos um vento frio e forte sopra em nossa direção. Dá aquele arrepio. Quando a apresentadora interrompe aquela cena sinistra.

– Bom... Esses sãos os tributos selecionados! - diz a mulher nos levando para um veiculo que irá para o edifício da justiça.

Os pacificadores me levam para um quarto, onde tem um sofá desconfortável. Até que entra Jonny, que vai a minha direção e me abraça.

– Por que você foi fazer isso? – pergunta Jonny.

– Eu precisava fazer, não poderia perder mais um amigo!

–Você acha que a Capital irá fazer alguma coisa, a respeito da sua participação nos jogos?

– Acho que não. Se ela ainda não fez nada é porque não fará. - digo a ele tentando tranquiliza-lo.

– Mas... - o interrompo antes que diga mais alguma coisa.

– Eu não disse nada a seu respeito, eles não podem te machucar por minha causa, caso tentem te fazer alguma coisa diga que só trabalhamos juntos tecnicamente, profissionalmente.

– Eu não estou preocupado comigo, estou preocupado com você, e como se sairá nos jogos!

– Eu sou inteligente, irei pensar em alguma coisa... Eu posso vencer! - digo isso só para acalma-lo, porque realmente eu não tenho nem uma chance com os carreiristas.

– Tente! Por mim e por todos do distrito 3... – essas são as ultimas palavras de Jonny, os pacificadores aparecaem e o puxam para fora como se ele estivesse resistindo contra eles.

Após a porta se fechar ouço um barulho de salto alto e entra a professora Maadgie e me abraça, tão forte que começa a doer.

̶ A Viking, eu vou sentir tanta falta, por favor tente ganhar, não desanime... – diz ela quase chorando.

– Eu nunca vou desistir. Tentarei vencer por vocês!

–Estão todos da classe torcendo por você. – diz a professora já calma.

Os pacificadores aparecem e a levam para fora. Ainda tenho mais uma visita. Swianny, a irmã de Jonny abre a porta e nem espera me ver e já esta me agarrando. Ela me abraça já chorando.

– Obrigada!

– Não precisa agradecer. Faria isso por qualquer amigo meu... – digo tentando tranquiliza-la.

– Você irá vencer os jogos! Você pode...

– Eu sei... irei tentar... mas com relação a planta... pede para o Jonny cuidar dela?

– Claro...

– Adeus! – digo tentando não chorar.

Ela já esta na porta seguida pelos pacificadores. Sento-me no sofá e paro para pensar nos meus pais. O que será que eles estão fazendo? Será que se importam? Acho que não. Devem é estarem orgulhosos porque o filho deles esta nos jogos... as pessoas da Capital gostam muito dos jogos.

A mulher de cabelo de elfo aparece para nos levar até o trem, que não fica muito distante daqui, por isso vamos a pé. Vou andando bem atrás da garota, Junno May. Eu já a vi, mas não muito. Estava sempre ocupada. Ela parecia ser uma pessoa importante. Mas não o suficiente para alguém se oferecer no lugar dela.

Seus cabelos são muito bonitos, está usando um rabo de cavalo que combinou bem. Ela olha para atrás para me ver e depois da de ombros. Parece que ela não gosta de mim. Por que será? Isso é óbvio, porque eu sou da Capital, só pode ser isso...

– Vamos, vamos acelerem os passos! Precisamos chegar logo! – nos apressa a mulher com cabelo de elfo.

– É bom chegar com um pouco de atraso... Eles irão reparar em nós desse jeito. – diz a garota sorrindo. Sorrio também para ser simpático.

– Boa estratégia! – acrescento.

– Chamaremos a atenção de qualquer jeito, afinal você é da Capital não é? – retruca Junno.

Dessa vez fico em silencio, não quero piorara situação. Pelo visto ela não gosta de mim mesmo. Espero chegar no trem para começar a falar de novo.

– Pronto chegamos. Vamos, entrem no trem! – nos ordena a elfo.

Vamos para uma sala onde tem de tudo. Um monte de bolos de todos os tipos, bebidas e muitas outras coisas. Sento-me em um dos sofás, bem do lado de Junno May.

– Por que você não gosta de mim? – pergunto olhando bem, para os olhos dela.

– Vocês da Capital sempre tem tudo o que querem... Ainda não estou convencida com essa historia de que se ofereceu por impulso... La na Capital lhe forçaram a fazer isso não foi?

– Não... Eu fiz isso para salvar avida de um amigo, e se a Capital permitiu isso é porque ela não gosta nem um pouco de mim. Meus únicos amigos são daqui do distrito 3. E já perdi três deles e não poderia perder mais um, ainda mais quando é o meu melhor amigo... Não espero que você entenda... – respondo um pouco decepcionado.

Ela olha para mim com um olhar meio triste e depois olha para o chão.

– Me desculpe! Eu não sabia... mas é serio que você só tem amigos aqui?

– Não precisa se desculpar. Na Capital todos os garotos me rejeitam, dizem que eu sou metido. Nunca tentei ser amigo deles porque sempre que me aproximava de um, enganavam-me e me faziam passar vergonha diante de todos. Ai eu decidi não fazer amigos. Até que conheci o distrito 3. O Beetee e a Wares me mostraram tudo, aprendi a ter confiança neles e fiz amigos. Minha vida realmente era aqui no 3. Meu melhor amigo é o Jonny...

– O garoto que você se ofereceu no lugar dele... – completa ela.

– O Beetee me apresentou a ele, e desde então somos amigos.

– Viking... Eu entendo... Desculpa por ter sido tão ignorante com você...

– Não se preocupe, se eu estivesse no seu lugar faria a mesma coisa... – sorrio para ela a fim de quebrar esse ar de tristeza. Ela sorri de volta.

Junno agora olha bem nos meus olhos e me abraça, eu a abraço de volta já não podendo mais segurar as lagrimas, que escorrem no meu rosto.

– Esta muito difícil superar a morte de Wares e o possível desaparecimento de Beetee. Eles eram como pais para mim. – digo soluçando.

– Calma... Eu ainda acho que o Beetee esta vivo...

– Você também? Pensei que eu era o único a pensar assim. Mas será que ele esta sendo torturado? Pela Capital? Dói só de pensar nessa possibilidade...

– Fique calmo... Ele deve esta planejando algo. Pense nisso, é melhor.

Entra a mulher com cabelo de elfo e pede para que nós nos ajeitemos porque o nosso mentor esta vindo. O nome dele é Kinnesis Koman. Ele ficava muito tempo observando o jardim diversificado dele. Sempre que eu passava pela vila dos vitoriosos, o avistava fazendo isso. Enxugo as lagrimas e tento parecer normal.

– Olá. Meu nome é Kinnesis Koman. Estou aqui como mentor de vocês. Se quiserem fazer alguma pergunta podem fazer, que terei o prazer de responder. – se apresenta o nosso mentor.

– De que flores você mais gosta? – pergunto, porque não tenho duvidas a respeito dos jogos, afinal assistia eles sempre, sei de muita coisa. Junno olha para mim confusa.

– Oh essa pergunta é diferente de todas que já me fizeram, mas como você perguntou eu lhe responderei. Gosto mais das rosas, apesar de ter um fascínio pelas plantas venenosas.

– E... – não consigo terminar porque Junno me corta em seguida.

– Como você venceu os jogos?

Ele fica pensativo e logo responde:

– Se precisarem estarei esperando. Podem me chamar ok?

Junno para o interrogatorio e fica em silencio por um tempo. Até que o nosso mentor se dirije para a sua cabine.

– Eu venci os jogos há muito tempo e foi quando tivemos como maior rival o tempo. Quase todos morreram porque não resistiram, eu sabia muito sobre sobrevivência, então acabei sendo o ultimo a suportar aqueles tempos extremos.

– Humm... então quer dizer que o senhor não matou ninguém? Só tentou se manter estável? - indaga Junno.

– Sim! - responde ele.

– Mas então o que o senhor irá nos ajudar se nunca lutou? - continua o interrogatorio.

– Eu posso lhe ensinar a se manter alem de ter ajuda dos patrocinadores. E sem isso você nunca vencerá os jogos, pode ter certeza!

Ficamos olhando ele até sair da sala. Depois nos viramos um para o outro.



– Você acha que pode vencer os jogos? - pergunto para ela.

– Não. Eu não sou muito boa com armas, acho que morreria logo no primeiro dia.

– Mas você é inteligente, se você souber usar bem isso aqui, terá a melhor arma de todas. - aponto para a cabeça dela me referindo a sua inteligencia.

Ela olha para mim e sorri, a luz do sol entra e bate em seu cabelo, que brilha com asituação.

– E agora você acha que pode vencer esses jogos? - pergunto novamente esperando uma nova resposta.

– Eu acho que VOCÊ pode vencer esses jogos!


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Notas finais do capítulo

O.O



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