Capital E O 76 Jogos Vorazes escrita por NitaLeroy


Capítulo 1
Capítulo 1




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Sinto o cheirinho de café da manhã, me levanto da cama e desço as escadas correndo a fim de degustar o lanche preparado, com minha mãe e meu pai como uma família feliz faz. Mas só encontro o lanche, de novo. Isso acontece há uns 6 anos atrás desde que minha mãe arranjou um emprego muito bom, agora os dois ficam o dia fora de casa, meu pai e minha mãe.

Tomo o café da manhã, preparo meu material escolar e vou direto para o chuveiro. Vou para a escola. No caminho fico pensando, já faz alguns meses que o terceiro massacre quaternário acabou, nos jogos vorazes, e eu ainda não engoli aquela historia inventada pelo presidente de que os tributos do distrito 12, a garota do 7, o homem do 4 e o Beetee do 3 morreram em uma explosão programada pelos gamemakers tendo como vitoriosa a campeã do distrito 2. Todos aqui da capital estão convencidos de que foi isso mesmo que aconteceu, mas eu sou o único a ainda duvidar. Esse ano teve algumas rebeliões, como punição haverá novamente um “jogos vorazes” este mesmo ano.

Chego da escola, largo a minha mochila no quarto e vou tomar outro banho. Meus pais ainda não chegaram, vou me preparar para ir ao distrito 3. Desde que eu tirei a melhor nota em um projeto científico da escola ganhei um passe livre para ir ao distrito a fim de realizar um novo projeto, é sobre o desenvolvimento de uma planta desconhecida que pode ter algum efeito medicinal, e desde então eu frequento o distrito 3 todos os dias para verificar a planta, mas eu aproveitei a chance para conhecê-lo melhor, como eu fico o dia inteiro fiz bastantes amizades, dentre elas o Beetee, e a Wares também, eles eram como pais para mim, passava mais tempo com eles do que com meus próprios pais. Aquele garoto dos 74º jogos vorazes, do distrito 3, que teve a ideia de usar as minas terrestres, então, ele era meu amigo, me ensinou tudo sobre minas e bombas, o nome dele era Many, pena que não venceu os jogos.

Já estou chegando. Quando desço sou recebido com um grande abraço do meu melhor amigo, Jonny Growym. Pois é, meu melhor amigo é do distrito3. Na capital não tenho amigos. Lá, eu sou o melhor aluno de todas as escolas, e por isso todos se afastam de mim por esse fato. Inveja talvez, penso dessa forma porque não me deprimo.

– Que belo dia! - está um pouco frio, mas continua agradável.

– Está sim! - respondo com um grande sorriso.

– Vamos ver a sua planta? - indaga ele, desde que nós nos tornamos amigos ele me ajuda com a planta.

– Vamos. Eu acho que hoje ela irá mostrar algo novo para gente, você não acha?

– É mesmo, ontem ela estava muito estranha...

Vamos até a sala de pesquisas e nos deparamos com uma possível abertura de suas pétalas.

– Olha... Parece que floresceu! - há mais ou menos quatro anos e essa planta ainda não floresceu ou deu fruto.

– Só está um pouco aberta... Mas isso é um grande avanço! - diz Jonny Growym fazendo anotações, logo me dirijo ao meu caderno de anotações também.



Ficamos algumas horas conversando e pesquisando. Até que chegou a hora de ir à escola. De novo. Mas só que aqui no distrito 3. Eu aprendo mais aqui do que na Capital. E os alunos são todos como eu, somos até amigos. Sei conteúdo que só aprenderia no ultimo ano escolar na Capital.

– Viking você poderia nos apresentar sobre a teoria da relatividade, apenas uma breve revisão, por favor? - Ah, quase esqueci, meu nome é Viking Walter e tenho 14 anos e vou para o distrito 3 desde os 10 anos. Levanto-me ansioso, sempre gosto quando a professora Maadgie me pede para apresentar a sala um determinado assunto.

– Claro Sra. Maadgie! - e começo a explicar brevemente como ela me pedira. Toca o sinal para o intervalo, todos saem da sala, me junto com meus amigos e com o Jonny, que estuda na mesma escola, para conversar.

– Agora depois do intervalo irei ter aula de Mecanismos Tecnológicos, e você? - me dirigindo a Jonny com comida ainda na boca.

– Materiais para construção mecânica. È uma das aulas mais interessantes! - sorrio interessado na matéria.

– Parece bom mesmo. Mas então, o que vamos fazer depois da aula? Você sabe que eu ainda tenho um tempinho livre ainda aqui... - pergunto para ele com um olhar de quero resposta.

– Vamos visitar o Centro Técnico. Ir dar uma olhada nos novos inventos. O que você acha?

– Boa ideia!



Toca o sinal voltarmos às salas. Levanto-me e vou até a próxima sala, onde terei aulas de Mecanismos Tecnológicos.

Chega a hora de ir para casa. Vou até o Centro com Jonny assim como combinado. Vimos coisas muito simples, porém incríveis.

– Viking.

– O quê?

– Eu queria lhe dar isso... Toma... - ele me entrega uma toca de frio com o símbolo do distrito e uma bola esférica com engrenagens entalhadas com o numero 3.

– Muito obrigado, mas... - antes que possa terminar a minha frase ele me interrompe.

– È para você se lembrar de nossa amizade.

– Eu nunca esqueceria... - e realmente é difícil para eu se esquecer de um amigo, ainda mais o Jonny. Até hoje ainda me vem às lágrimas quando me lembro de Wares e de Beetee, além do Many. Eles foram muito importantes para mim, e a Capital fez o favor de mata-los. Quando Wares morreu no massacre quaternário eu fiquei dois dias inteiros chorando.

– Eita... Já tá na hora de voltar para o trem! - falo desesperado comigo mesmo.

– Vamos! Se não você não chegará em casa - Jonny me puxa pelo braço, e logo corro junto com ele até o trem que já esta começando a andar.

– Tchau! Até amanhã! Mande um beijo para Swianny! - grito para ele da janela do trem.

– Pode deixar que eu mando!



Swianny era a irmã mais nova de Jonny. Ela tem 13 anos e ele 16 anos. Ela é muito bonita, tem os cabelos escuros e brilhosos, olhos verdes, e se destaca na escola com boa aluna. Todos gostam dela.

Chegando em casa, vazia como sempre, vou direto para o chuveiro. Ouço a porta da sala abrir, é minha mãe que acabou de entrar. Ela chega sempre há essa hora. Saio do banho com o roupão e pergunto:

– Como foi o trabalho hoje?

– Como sempre. - responde ela com uma cara de que trabalhou um ano sem parar.

– E o papai? Ainda não veio? - pergunto só para puxar assunto, porque sei que ele só sai do trabalho às 11h30min h, depois que a mamãe já tá em casa.

– Trabalhando.

Dou um beijo em suas bochechas e mando-a descansar. Faço o mesmo, vou para o meu quarto, que mais parece um casulo, algo de outro planeta de tantas engenhocas que eu fiz no 3, guardo os presentes na mochila. Eu aprendi muita coisa lá.

Me jogo na cama e vou dormir, pensando no dia de hoje. O despertador me acorda. Levanto-me e me preparo para a escola depois de lanchar.

O tempo voa, estou muito ansioso com o meu desenho, de um protótipo. Quero muito mostrar ao Jonny. Eu tinha terminado ele há algum tempo, mas hoje decidi mostrar. É uma espécie de lente que muda automaticamente com o tempo, para melhorar a visão. Sempre que minha visão piora eu preciso trocar as lentes dos meus óculos. Então inventei isso.

Troco de roupa e vou para o trem a espera. Estou muito ansioso para saber o que o Jonny e os outros irão achar sobre meu invento.

Desço do trem e não aparece ninguém para me receber. Dirijo-me a sala de pesquisas para verificar a planta, e não vejo o Jonny. Mesmo assim continuo com minhas observações, até que o zelador aparece e me pede para sair da sala para limpar o chão, como sempre faz uma vez por semana. Aproveito a oportunidade e pergunto:

– Você sabe me dizer onde esta o Jonny?

– Olha rapazinho, eu não sei onde ele esta, mas eu acho que se preparando para a colheita... - me responde o velho zelador.



Não! Eu não acredito! Como eu pude esquecer-me disso! Olho para o relógio e já esta na hora da colheita. Saio correndo para fora.

– Ei rapaz! - grita o zelador.

– Fecha a porta e não deixa ninguém entrar! - respondo gritando já saindo do local.

Corro para a praça. Procuro como um desesperado atrás de Jonny. Até que aquela mulher de cabelos brancos com penteado de elfo aparece em cima de um palco.

– Sejam bem vindos a colheita do 76º jogos vorazes. E que a sorte esteja a seu favor! - diz a mulher com cabelo de elfo.



E começa a ser contado a historia da traição. Fico ouvindo, até que encontro os olhos do Jonny que olham diretamente para mim. Abro um sorriso e aceno. Ele sorri de volta. Tento dizer-lhe de que tudo sairá, mas ele esta distante o suficiente para não me escutar.

Olho na minha mochila e vejo que coloquei lá os presentes que ele me deu. Pego a toca e uso.

– Vai ficar tudo bem! - grito lentamente afim de que ele me escute.

– Eu sei! Não se preocupe! - leio os seus lábios dizerem estas palavras.



Apesar de poucos papeizinhos estão com o nome dele eu fico um pouco nervoso. Até que a mulher com cabelo de elfo dirige apalavra para o publico:

– Então, vamos começar com os cavalheiros! - andando em direção a uma grande bola de vidro com incontáveis papeizinhos escritos com nomes de todos os tipos. Quando todos param de respirar. Parece que não mais ninguém além de você, ali parado ouvindo, esperando para ser chamado para a morte.

– Jonny... Growym! - chama a voz desafinada da mulher com cabelos de elfo. De repente meu corpo começa a se estremecer, o medo sobe minha pele, o terror me consome.

Quando vejo Jonny subir aquelas escadas eu me desespero. O que farei agora? Ficar parado e esperar seu melhor AMIGO morrer, como você fez com a Wires, o Beetee e o Many?


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Notas finais do capítulo

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