POV Manu

Confesso que estava com medo, eu já tinha ido há muitas festas, mas nenhuma tinha tanta gente como nessa. Quando nós entramos, eu peguei a mão da Diana e acho que ela percebeu o meu nervosismo.
― Ei, fica calma. Eu to do teu lado, então respira e relaxa. São nossos amigos e parentes, não tem que ter medo. ― Ela disse me olhando.
― Eu sei, mas é difícil e ainda mais que você não vai ficar do meu lado o tempo todo.
― Se sentir medo pense em uma coisa que te faz bem, em uma coisa que de dá segurança.
― Mas isso é você. Eu me sinto segura com você, mas quando se afasta de mim, eu volto a ser aquela garota medrosa e envergonhada;
― Então, já que eu te do segurança, pense que eu estou do seu lado.
― Como?

― Se enturma e pense que a pessoa que está do seu lado sou eu e aos poucos vai se soltando, quando perceber vai estar dançando sem se importar com os outros, tá?
― Sim.
― Ótimo, agora vem vamos curtir! ― Assim que ela falo isso saiu ma puxando e cumprimentando todos.

Já fazia mais ou menos uma hora que estávamos ali e, confesso, que eu não estava mais com medo, fiz o que Diana falou e funciono muito bem. Eu estava me divertindo e estava muito feliz. Primeiro, porquê eu perdi meu medo e, segundo, porque Di estava se divertindo. Como eu sabia disso? Fácil, era só olhar nos olhos dela que brilhavam como nunca. Não sei porque, mas desde pequena eu era muito apegada a Di. Era incrível como ela parecia minha mãe, cuidava de mim como ninguém, ela realmente o meu porto seguro.
Bom, mas voltando a festa; estava maravilhosa. Tudo estava muito bonita, bem iluminado, as músicas eram muito animadas, eram todas somente do repertório alegre de Diana. Mas eu tinha uma surpresa para a Di, eu tinha composto uma música para ela, só que estava em dúvida se cantava pessoalmente ou se colocava para tocar, tinha gravado a música em um cd caso eu ficasse com medo e não conseguisse cantar, mas como eu sabia que a ela iria ficar chateada comigo se eu não cantasse, decidi que quando eu fosse cantar eu iria chamar a Diana para subir comigo no palco eu sabia que com ela do meu lado eu conseguiria.

Todo estavam se divertindo, mas eu comecei a sentir que alguma coisa ruim iria acontecer, um aperto no peito, não sei explicar direito. Pensei até em falar com Diana sobre isso, mais não queria atrapalhar ela com uma bobagem dessas. Enfim, decidi que estava na hora de cantar a música, subi no palco, desliguei a música que tocava e falei;

– Gente eu queria um pouco da atenção de vocês. Primeiro eu queria desejar um feliz aniversário para a pessoa mais especial que existe na minha vida, Diana. E queria dizer que você merece tudo isso e muito mais. Você é uma excelente irmã, sempre me ajudou quando eu precisava e continua me ajudando e eu queria dizer que você sempre vai poder contar comigo para o que for. Eu preparei uma surpresa para você mais antes de começar eu queria que subisse nesse palco.

Diana subiu no palco um pouco confusa, ela se sentou em uma cadeira que tinha reservada para ela e eu falei;

– A minha surpresa não tem preço, nem pode ser comprada ela vem do meu coração, eu preparei uma música. Espero que gostem.

(escutem– tradução)

Hey hey hey

La la la la la

Hey hey hey

La la la la la

You come from here, I come from there

You rock out in your room, I rock the world premiere.

Friday we're cool,

Monday we're freaks,

Sometimes you rule,

Sometimes you cant even think.

But we can get out and let loose an LOL.

It may seem cliche

For me to wanna say that you're not alone

And you can call me, uncool

But its a simple fact

I still got your back

Yeah yeah yeah

Cuz we're one and the same

We're anything but ordinary

One and the same

I think we're almost legendary

You and me

The perfect team

Chasing down the dream

We're one and the same!

Hey Hey Hey

La La La La La

I'm kinda like you, you're kinda like me

We rock the same song in a different key

It's got a rhythm, you and me can get along (get along)

And it may seem cliche for me to wanna say that you're not alone (here I go again)

And you can call me uncool but it's a simple fact

I still got your back! (Yeah!)

I still got your back!

Cause we're one and the same

We're anything but ordinary

One and the same

I think we're almost legendary

You and me

The perfect team

Shaking up the scene

We're one and the same!

Yeah, yeah!

Cause we're one and the same

We're anything but ordinary

One and the same

We're something more than momentary!

Cause we're one..

Yeah, yeah, yeah, yeah!

Cause we're one

We're anything but ordinary

You and me

The perfect team

Chasing down the dream

Ohh!

You and me

The perfect team

Shaking up the scene

We're one and the same!

Hey! Hey! Hey!

La la la la la...

Hey! Hey ! Hey

POV Diana.

Quando a música acabou eu somente corri da cadeira, abraçando Manu com lágrimas correndo por meu rosto. Havia um motivo para que ela fosse meu bebê e esse motivo era que eu iria cuidar dela pelo resto da minha vida.

Nós nos olhamos enquanto um sorriso orgulhoso se formava em meus lábios, ela era a minha irmãzinha e havia feito algo tão lindo por mim, uma homenagem verdadeira. Eu funguei, desarrumando seus cabelos negros com a ponta dos dedos e agradecendo baixinho.

Descemos do palco, e as pessoas aplaudiram, embora somente um rosto me chamasse atenção na multidão, ninguém da minha família o conhecia, nem ao menos Manu, porquê eu não me sentia pronta. Ele era de algum modo o cara errado, do tipo que se envolvia com as coisas e as pessoas erradas, mas havia algo que nele que sempre me chamava, algo totalmente diferente. Mesmo com toda aquela atmosfera ruim emanando dele, Daniel ainda conseguia ser o cara mais cavalheiro que eu já vi em minha vida, então, eu não era como a maioria das garotas que tinham medo dele, eu gostava de algum modo bizarro dele. Ele sorriu para mim de modo discreto, e eu acenei com a cabeça sentindo minhas bochechas corarem.

Manu me puxou para a pista e nós dançamos por um bom tempo, com meus 18 já podia beber então, todas as bebidas alcoólicas que passavam eram pegas por mim, Manoela bebia uns goles de vez em quando, uma vez que é menor de idade, então somente eu fiquei bêbada.

As risadas eram mais alegres nesse momento e eu senti meu rosto esquentar, talvez tivesse exagerado um pouco. Pedi licença até o banheiro e lavei meu rosto, respirando fundo frente a frente com o espelho logo depois.

Enchi a pia e coloquei o rosto ali, na esperança de melhorar, mas quando retirei o rosto da água havia mais alguém no banheiro. Daniel estava encostado na porta de modo assustadoramente sarcástico e seus olhos pareciam queimar de um modo que parecia sumir com minhas roupas. Eu me virei um tanto assustada com aquele modo estranho dele.

― Danny? O que você está fazendo no banheiro feminino? ― Perguntei, tentando fazê-lo parar de me olhar daquela forma.

Ele não respondeu e em duas passadas de suas pernas compridas, ele aprisionou minhas mãos acima da cabeça, prendendo-as entre as suas. Os olhos dele queimavam e eu não via nada do Daniel que conhecia ali, ele tinha hálito de álcool e eu queria fugir dos braços dele. Seu rosto se aproximou do meu e um sorriso maldoso brotou em seus lábios.

Pela primeira vez desde que eu vira Danny, eu estava sentindo medo dele.