Harry Potter - Novos Caminhos escrita por Carol Stark
Os dias se passaram rapidamente e os garotos d’A Toca já de malões feitos, tomavam o café da manhã para partirem à plataforma 9 e ¾. Todos conversavam alto.
– Me passa a manteiga Fred! Vamos hoje fazer algumas compras para a nossa loja. – Falou Jorge.
– Meninos! Será que vocês não têm jeito? – A senhora Weasley reclamou mastigando um pedaço de bolo.
– Quanto de material compramos hoje Jorge? – continuou Fred como se não estivesse ouvido a mãe.
– Hoje vou trabalhar algumas horas extras, Percy. À noite lhe ajudo com os caldeirões. Há! Quem sabe não lhe sirvam alguns manuais trouxas de Como Fazer Um Caldeião ou Cozinhe Sem Danificar. – conversava com Percy o senhor Weasley.
– Não devemos falar nada sobre aquilo aqui. Podem nos ouvir e aí estaremos fritos! – disse Harry mais baixo pegando mais um pouco de ovos mexidos.
– Claro. Rony! Rony! Você está ouvindo? – perguntava Hermione. Rony estava distraído ouvindo pela rádio ao jogo de Quadribol do Chudley Cannons.
– Vaaai! Pega essa goles! Empurra eles e faz esse ponto! E cadê o Apanhador! – Ele quase gritava. – O quê, é o quê? – se virando para Hermione. Harry revirou os olhos e deus uma grande mordida no pão.
– Ai Rony! Estávamos falando em ter cuidado no que conversamos aqui... Não podem desconfiar de nada. Você me entende? – cochichou.
– Há, sim! Sobre ontem e Hagrid...
– Cala a boca! – sussurrou Hermione dando uma cotovelada nele. – Harry arregalou os olhos e parou o pão perto da boca já aberta.
Moly se virou para Rony ao ouvir o nome de Hagrid e percebeu que Hermione colocava a mão na testa nervosamente.
– Hagrid? De novo? – colocou uma mão na cintura e com a outra afastou uma jarra com suco de abóbora da sua frente. – Ainda estão falando sobre aventuras na floresta e profissões...? – Moly perguntava astuta, esperando uma resposta.
– Deixe os garotos querida. – falou tranquilo o senhor Weasley e se virou novamente para Percy.
Gina olhou para Harry expressiva e falou:
–Mãe! Já está na hora de irmos, não é mesmo? – Interrompeu Gina.
Harry foi levantando da cadeira e olhando para o relógio que costumava usar.
– É verdade! Vamos nos atrasar.
Moly cerrou os olhos, mas deixou que saíssem da mesa. Os outros terminavam a refeição.
– Essa foi por pouco Rony! – Disse Harry quando subiam as escadas para colocar as últimas coisas em ordem e descerem novamente.
Gina ia logo atrás e perguntou sem rodeios:
– O que vocês estão escondendo? A mim não me enganam.
Já no topo da escada eles pararam e se entreolharam entendendo que poderiam contar à ela.
– Descobrimos que Hogwarts está ameaçada e o Dumbledore já está sabendo e armando planos para impedir sem que ninguém perceba nada, pelo menos por enquanto. – explicou Harry rapidamente.
Gina ficou imóvel.
– Mas como... Nós estamos voltando hoje para a Escola e... os alunos não sabem de nada. Estão todos em perigo! – falou Gina aflita olhando para os três.
– Gina, - começou Hermione – o mais importante é que o Dumbledore está ciente de tudo e ele está tomando medidas para impedir esta ameaça, invasão, seja lá o que for. Não podemos, realmente, fazer nada dessa vez.
– Se falarmos isso para mais alguém, estaremos traindo a confiança de Hagrid que foi quem nos contou... Esta é uma longa história, e também colocando vidas em perigo. – completou Rony.
Seguiram para os quartos em silêncio e esperaram pelos outros para seguirem rumo a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.
Na cozinha, depois de todos terem se retirado:
– Arthur, os garotos sabem de alguma coisa sobre a ameaça dos comensais. Eles estão agindo estranho.
– Será mesmo Moly? Ficamos atentos neles daqui e comunicamos à Ordem da Fênix para também vigiarem e protegerem os garotos enquanto Dumbledore cuida das coisas dentro da escola. Nada pode sair do combinado.
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Já no trem, se distraíram reencontrando outros colegas e conversando sobre as férias, viagens, quadribol, novos feitiços e novos supostos professores.
Aos poucos como de costume a paisagem ia mudando para um clima mais úmido sem muitas vegetações.
– Estamos quase chegando. – observou Nerville que estava na cabine junto com Harry, Rony, Hermione e Gina.
– Acho melhor irmos trocando nossas roupas, vocês não acham? – Rony perguntou.
– Vamos. – responderam Harry e Nerville juntos.
Os garotos foram trocar as vestes enquanto as meninas esperavam na cabine.
– Hum... Queria mesmo encontrar vocês. – falou alguém abrindo a porta da cabine.
As garotas se viraram e se assustaram ao ver Draco Malfoy acompanhado dos dois grandalhões Crabbe e Goyle.
– O que você quer aqui? Dá o fora Malfoy! –falou Gina mal encarada.
– Não queremos falar com você. – completou Hermione.
– Calma, calma, meninas. Só vim dar uma notícia que acredito que irão gostar. – e como de costume sorriu desdenhoso olhando para os dois amigos que sorriram também.
Hermione franziu a testa enquanto Gina trincava os dentes.
– Vocês não sabem mesmo não é? Meu pai irá regular as aulas de Trato das Criaturas Mágicas. Assim o patético do Hagrid vai aprender para que servem as leis e...
– Cai fora idiota! – gritou Rony empunhando a varinha quando ainda chegavam perto da cabine.
Harry o segurou pelas vestes.
– Deixa esses caras para lá! – falava Nerville empurrando Draco com uma das mãos para entrar na cabine.
Crabe e Goyle deram um passo à frente tentando intimidar.
– Vai me desarmar, me enfeitiçar Weasleyzinho? – falou Draco debochado.
Rony produziu algum som gutural ao mesmo tempo em que avançava para Malfoy.
– Rony! – gritava Hermione de dentro da cabine.
A essa altura, todos das cabines mais próximas já olhavam a briga. Nerville apenas torcia animado por Rony enquanto Harry tentava puxar Rony de volta.
Os dois, Draco e Rony, rolavam no chão aos socos. Esqueceram completamente suas varinhas e socavam um ao outro na mínima oportunidade que tinham.
Estava uma completa balbúrdia em todo o trem. Uns gritavam a favor de Draco e outros de Rony, mas a maioria apenas fazia barulho.
As garotas, Gina e Hermione, tentavam lançar feitiços para apartar a briga, mas sem sucesso pela tamanha agitação.
Harry ofegante mirou em Malfoy e conjurou o feitiço de pernas presas com sucesso. Malfoy se contorcia no chão tentando se levantar enquanto Gina mirava um feitiço no irmão para fazê-lo parar quando ouviram uma voz ampliada dizer:
– Cheeeeeeeega!
Todos se viraram silenciosos para o início do trem, de onde viera a voz.
Burburinhos começaram imediatamente.
–É ele?
–Esse é o Dumbledore?
– O diretor no trem...?
–É o diretor aqui no trem?
Perguntavam aqui e acolá.
– Mas o que está acontecendo aqui? – falava Dumbledore preocupado.
Ninguém respondeu até que o professor Flitwick se aproximou de Dumbledore e disse:
– Quando percebi, a briga já estava acontecendo diretor, lá no fim do trem. Não sei ao certo o motivo, mas foram os senhores Weasley e Malfoy.
– Vocês dois, - falou Dumbledore apontando para os garotos – venham comigo e me esperem na sala dos professores. Preciso voltar para dar a abertura de volta às aulas.
E saiu do trem tranquilamente.
Logo em seguida todos começaram a falar novamente.
– ‘Tá vendo o que você fez Rony? Precisava atacar o ridículo do Malfoy? – Hermione falava irada.
Malfoy fora puxado por Crabe e Goyle para a cabine que estavam assim que viram Dumbledore.
– Foi mal – respondeu Rony envergonhado.
– Todos já estão descendo. Vamos indo também. – disse Harry sem ter o que dizer.
– Puxa! Chegamos que eu nem havia percebido... – falou Nerville.
Gina revirou os olhos.
Hermione ajudava Rony que estava mancando, com os olhos roxos e com alguns cortes.
Todos desceram mais quietos depois daquele vexame.
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