Uma hora e meia depois, todos já haviam chegado a vila com alguns dos professores e já haviam se espalhado pelas lojas, bares, praças e ruas.

Hogsmeade é e sempre foi uma vila bastante animada e convidativa. As lojas sempre estavam cheias mesmo à noite. Bem iluminada, deixa todos muito à vontade e aconchegados em seus bares com as boas bebidas e comidas, em suas lojas com grandes variedades e magia e em suas praças sempre com corais a cantar algum acontecimento histórico ou dia comemorativo.

Todos caminhavam animados para lá e para cá, conversavam empolgados ou se divertiam.

O Três Vassouras era um dos poucos bares que, por seu aspecto velho, não era muito visitado pelas pessoas que chegavam na vila. Por este motivo, Harry, Hermione e Rony acompanhado de Ana, já estavam lá sentados tomando bons goles de cerveja amanteigada e esperando que chegassem os componentes da velha Armada.

Rony explicara à Ana sobre a Armada e disse-lhe da importância do sigilo, pois eram contra as leis de Hogwarts atividades extras não consentidas pela direção. Ana entendeu, concordou e quis também participar, o que, claro, foi aceito.

Treze minutos se passaram e ninguém chega, até que um grupo de dez pessoas entra no bar, apreensivas e cautelosas. Assim que avistaram o trio formador da Armada, se sentiram mais tranquilos e foram em direção a eles. Eram essas pessoas: Nerville Longbotton, Lino Jordan, Simas Finingan, Parvati e Padma Patil, Gina Weasley que enviara uma carta avisando ao Fred e ao Jorge que também estavam presentes, a Cho Chang e o Olívio Wood que já cursava seu 7º ano.

Juntaram algumas cadeiras e arrumaram-nas de frente para o trio e Ana.

– É ótimo ver todos juntos novamente para mais esta fase da nossa A.D. – começou Harry.

– Sim! É realmente bom! – diziam alguns.

– Terá algum novo ataque do qual não sabemos? Perguntou Padma Patil, a gêmea indiana.

Harry, Rony e Hermione se entreolharam.

– Não Padma. Não haverá. – respondeu Harry aflito por ter que mentir sobre este fato que gostaria muito de dividir com todos ali e assim se prepararem confiantes para uma futura guerra (...)

– Não que saibamos... – completou Rony – por enquanto.

Hermione cutucou-o na costela.

– Mas nunca temos certeza de nada não é mesmo?! – falou Hermione para todos. – Bem, achamos importante retomarmos esses treinamentos.

– Para nosso próprio bem. Nem todos os professores se preocupam em dar aulas práticas para nós e então? Como ficamos? – discursava Harry. – se eles não tomam esta atitude, quem é que tem fazer isto senão nós mesmos?! Vocês não acham?

– Exatamente Harry. É de grande valia seus treinamentos. Aprendemos muito da primeira vez e foi com eles que soubemos lutar quando tivemos que lutar. – falou Gina cravando expressivamente seus olhos nos de Harry.

Com essas palavras e olhar, Harry corou e se sentiu estranho. Seu coração acelerou. Pigarreou:

– Obrigado Gina. – falou – É justamente essa ideia que estamos querendo passar para vocês agora e novamente. Precisamos saber nos defender, pois a vida não é só em Hogwarts. Há um mundo lá fora que é o que realmente temos que enfrentar. – completou.

Todos concordaram e assinaram novamente o pergaminho com seus nomes.

Mais alguns chegaram, inclusive a Luna Lovegood e a ideia foi rapidamente repassada.

Vez ou outra o dono do bar olhava para aquele grupo no fundo do bar, mas não conseguia ouvir o que diziam. Apenas palavras aleatórias como “certeza”, “aula”, “atitude” e “mundo”. Pensou que fosse algum grupo de estudo de História da Magia.

Harry agora explicava sobre as moedas e as redistribuía para quem ainda não tinha dado.

– Usaremos estas moedas como nosso código de encontro. Sempre andem com as suas no bolso. Quando brilharem e arder, vocês irão poder ver números que indicarão a hora de nossos encontros e logo abaixo a nossa sigla “A.D.”, ok? Vocês se lembrarão como usá-las e também como já devem saber, os treinamentos serão na Sala precisa. – falou ainda mais baixo as duas últimas palavras.

Todos estavam muito atentos as palavras de Harry e concordavam a cada frase dita. Depois de realmente tudo combinado, pediram canecas de cerveja amanteigada e alguma coisa para comer. Continuaram lá sentados, agora despreocupados, aproveitando o fim da visita. Brindavam alegremente, brincavam uns com os outros, gargalhavam, faziam feitiços bobos e comiam satisfeitos.

O dono do bar agora olhando para aquela boa bagunça, pensava se já não haviam terminado de estudar.

Passado um tempo foram se levantando para juntarem-se ao outros alunos de Hogwarts, já que estava perto da hora da volta. Quando cruzavam a porta o velhote dono do bar gritou para eles:

– Boa sorte nas aulas!

Todos se entreolharam e assim que passaram pela porta, voltaram a rir, agora com o comentário do homem.

Mesmo sem saberem do real motivo da volta da Armada, todos se sentiam confiantes e felizes de estarem juntos nessa outra vez.