Fire! escrita por zoe potter lightwood


Capítulo 2
Keep Going


Notas iniciais do capítulo

Um capítulo fresquinho pra vocês, esse aqui é maior.

Boa leitura!

Capítulo batado



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/283987/chapter/2

Depois de estarmos parcialmente seguras na floresta que nos separava dos outros distritos, eu montei um pequeno acampamento camuflado para mim e minha irmã dormirmos até encontrarmos o Distrito 4 ou os aerodeslizadores nos encontrarem, o que vier primeiro.

Sem nossos amigos eu me sentia desmotivada e perdida, apesar de saber para onde ir.

Como eu poderia continuar sem... Sem ele?

Clevs era o cérebro da operação, sem ele nada disso seria possível. Se não fosse por ele, eu nunca ficaria sabendo como ou por que meus pais morreram. Clevs abriu meus olhos, e eu devo minha vida a ele, isso se ele não estiver morto agora, ou pior.

– Virginia, o que vamos fazer agora? – perguntou minha irmã.

– Vamos passar a noite aqui e recomeçar a viagem pela manhã.

– Certo – disse ela com uma expressão estranha começando a olhar para os lados.

Eu conhecia aquela expressão e então disse:

– O que você quer perguntar, Solence?

– Eles estão mortos? – perguntou ela, depois de um tempinho

– Provavelmente – respondi sem pestanejar.

– Melhor assim – disse ela.

Não nos levem a mal, nós havíamos passado por muita coisa e visto muito coisa. Se a Capital descobriu que nós estávamos planejando ir para os outros distritos, eles podiam fazer coisas bem piores do que apenas matar.

Antes de me juntar a minha irmã, fui ver o mapa que Clevs tinha feito com a ajuda de Beete, antes que este fosse para os jogos (de novo).

Peguei o mapa e desdobrei-o completamente. Lá estavam eles, os trezes Distritos e Capital.

Sim, nós sabíamos sobre o Distrito 13, a Capital não poderia manter isso em segredo para sempre, eles tentaram, mas parece que há pequenas falhas no sistema de segurança deles.

Pelo menos, era o que pensávamos. Eles provavelmente deram um jeito na “falha de segurança” e acabaram descobrindo nossos planos. Sim, provavelmente era isso.

Voltei minha atenção ao mapa, nós não precisaríamos andar bastante para chegar ao Distrito 4, pelo menos uns três dias de caminhada se fossemos rápidas. O que será que está acontecendo no Distrito 4 nesse momento? Eles provavelmente estão enfrentando tudo o que a Capital está mandando para lá, julgando o grau de comprometimento que eles mostraram com a rebelião. Nós tínhamos que chegar lá o mais depressa possível.

Depois de repassar o plano pela minha cabeça diversas vezes, fui comer algo que Solence havia preparado e nós fomos dormir.

Eu não tinha sono. Por mais que eu tentasse, não conseguia dormir e então disse:

– Eu fico de vigia no primeiro turno, Solence, pode ir dormir.

Ela obedeceu e eu fiquei olhando para o céu e para floresta, a procura de aerodeslizadores e ou de pacificadores. Infelizmente, a maioria das armas estavam com os outros, eu só tinha uma arama de fogo, duas facas e um arco com uma aljava que tinha poucas flechas.

Haviam se passado pelo menos quatro horas e, sem nada para fazer, fiquei afiando minhas facas. Eu ainda não tinha sono, acho que estava em estado de choque.

Por que nós também não fomos pegas? Por que nossos amigos tinham desaparecido e apenas nós, de um grupo razoavelmente grande, conseguimos escapar? Por que a Capital nos deixou por último?

Provavelmente, nós éramos as mais fracas do grupo e eles simplesmente decidiram nos ignorar, mas esse pensamento era pouco convincente, a Capital nunca deixaria pontas soltas, e nós éramos pontas soltas, com certeza. Então por que não nos pegaram também?

Essas eram perguntas que precisariam ser respondidas mais tarde, agora já estava amanhecendo e nós precisávamos continuar nossa jornada, mesmo sendo apenas duas ridículas garotinhas tentando formar um grupo rebelde.

Eu não sei o porque, mas algo me dizia que eu precisava continuar. Precisava continuar por meus pais, que morreram pela rebelião, precisava continuar por Clevs, que passou a vida inteira planejando algo contra a capital, por Beete, que sempre cuidou de nós. Mas o mais importante, precisava continuar por aqueles que eu tinha certeza de ainda estavam vivos, por todos os revoltosos e por minha irmã, minha única família agora.

Sim, eu sabia porque eu precisava continuar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram? Por favor, comentem, favoritem ou recomendem a história!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Fire!" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.