Fire! escrita por zoe potter lightwood


Capítulo 12
Fear


Notas iniciais do capítulo

Voltei! Vou dedicar esse cap a minha super leitora Diana, por sempre comentar, muito obrigada pelo apoio sua linda!



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Acordei quando senti que estava caindo, alguém segurou meus braços e me levantou enquanto outra pessoa desamarrava meus pés. Eu me debati e caí de bruços no chão, sentei-me e cobri meus peitos nus com os braços.

Reconheci Matt a minha frente, me entregando um casaco, ele virou a cabeça e eu o peguei, colocando-o apenas na parte frontal de meu corpo para não encostar nas feridas abertas que doíam muito.

– O-o que aconteceu? – perguntei a Matt.

– Explico tudo mais tarde. Agora temos que te levar para um lugar seguro e cuidar desses ferimentos.

Ele me estendeu a mão e eu aceitei, mas quando fiquei em pé minhas pernas vacilaram e eu caí. Então ele me pegou pelas pernas e me colocou de bruços em cima de seu ombro, eu estava muito fraca para revidar e precisava mesmo de ajuda.

Ergui um pouco minha cabeça para ver oque estava acontecendo, enquanto Matt me levava para os primeiros socorros. Vi a multidão lutando contra alguns pacificadores, e vi também Mike, Dean e Julian, percebi que Steffano seguia Matt com um pequeno kit médico nas mãos, depois abaixei a cabeça e deixei que Matt me conduzisse.


Quando chegamos na casa, Matt jogou tudo o que estava na mesa para o chão em um só movimento e me colocou lá em cima de bruços. Steffano veio correndo para o meu lado e começou a limpar os ferimentos, ardia muito, eu apertava meus lábios até sentir o gosto amargo de sangue em minha boca, isso me ajudava a esquecer um pouco a dor dos ferimentos abertos. Eu gritva de dor, mas ele não parava



Quando Steffano terminou, ele me passou uma pomada nos ferimentos e os cobriu com bandagens.


– Você terá que ficar em repouso, de preferência imóvel, por no mínimo 4 dias - disse ele - e você terá que passar a pomada a cada 10 horas e trocar a bandagem todos os dias - disse, agora para Matt. - Preciso sair agora, vou providenciar nossa saída para daqui a 5 dias.

– Tudo bem, onde está Solence?

– Ela ficou com Estela na casa

– Não a traga aqui, diga que quando tudo se acalmar eu falarei com ela. E diga também que estou com saudades.

– eu direi. Tenho que sair agora, espero que se recupere logo.

Assim que Steffano foi embora me virei para Matt, que já havia se sentado ao meu lado e estava com a cabeça da minha altura.

– O que aconteceu?

– Eles te chicotearam, foi isso o que aconteceu, Virgínia. Você estava louca? Podia ter morrido? Como você acha que sua irmã teria ficado se ouvisse que você estava morta? Por que não esperou, ou foi chamar os outros como o combinado?

A cada palavra que ele falava meu rosto esquentava cada vez mais, não de vergonha, mas de raiva. Raiva por que ele estava certo, eu agi por impulso, fui egoísta e não pensei nas consequências que meus atos trariam, pior ainda, eu não pensei na minha irmã.

– Eu só estava tentando ajuda-los!! - gritei. - Eu só queria que isso acabasse. - a ultima frase foi dita quase como um sussurro.

Matt suspirou.

– Me desculpe - disse ele, pegando minha minha mão.

– tudo bem, você só falou a verdade. - disse, enquanto olhava de um jeito esquisito para nossa mãos.

– não é por causa disso, é por que... é por que eu... eu estava lá, Virgínia. Eu vi tudo, e eu não... eu simplesmente não consegui. Enquanto você estava lutando pelo que acredita, discursando para multidões, fazendo a coisa certa, eu só pensava nas consequências, no que tudo isso poderia dar, o que iria acontecer. E enquanto existia uma luta interna na minha cabeça, você estava sendo chicoteada, e eu estava cercado por uma luta mais real do que eu imaginava que era no começo. Eu olhava aquilo e eu não consegui sair do lugar, eu tentei, mas meus pés não saíam do lugar, eu tentei mas minha pernas tremiam e eu não consegui... Não consegui, me desculpe.

– Foi o medo - interrompi-o

– O que?

– Foi o medo que estava te impedindo. O medo, que é a principal engrenagem desse sistema. O medo que nos obriga a desistir de nossos objetivos. O mesmo medo que a Capital implanta em nossas mentes, que nos obriga a fazer parte dessa existência indigna! - eu gritava, como se estivesse discursando para multidões novamente - foi o medo que te impediu - disse, agora calma - Você não pode deixar o medo te dominar.

Depois de um longo minuto de silêncio, mais longo do que eu gostaria, eu finalmente perguntei:

– E o que fez com que você conseguisse reagir?

– Só quando vi o que estavam fazendo com você que eu me dei conta... Foi mais uma coisa dentro de mim, que borbulhou de raiva, só então eu reagi, derrubei aquele pacificador e as pessoas começaram a se juntar a mim e aquilo que você viu quando acordou foi o resultado. Será que algum dia você poderia me desculpar? - a cada frase que ele dizia, apertava minha mão um pouco mais.

– Você não precisa se desculpar. Você me salvou, eu devo a minha vida a você, Matt! Você deveria saber disso, e eu não te culpo, nem por um segundo!

– Não?

– É claro que não! Tudo o que aconteceu foi só o resultado da minha imprudência, da minha imprudência e também... E também do medo. Do medo que você sentiu quando viu o que estava aconteceu, do medo que todos naquele lugar sentiram, o medo que incapacitou suas pernas e o mesmo medo que Snow usa para manipular, controlar as pessoas. Mas você foi um herói, você foi o primeiro que conseguiu superar o medo e me salvou - me senti estupida ao dizer essa última parte, como se eu fosse uma garotinha indefesa dos contos de fadas, mas continuei a falar - você consegui sim Matt e eu não tinha dúvidas de que conseguiria de novo, de novo e de novo. Então, parece que nós dois temos culpa aqui, e você não tem com se preocupar, não precisa se sentir em dívida comigo, você me salvou a final.

Matt conseguiu dar um pequeno sorriso enquanto eu bocejava. Estava exausta com tudo o que havia acontecido naquele dia e, agora que a dor nas minhas costas estava diminuindo, talvez eu conseguisse dormir.

Eu simplesmente fechei os olhos e comecei a adormecer, assim como Matt, que também deveria estar exausto, mas antes que eu pudesse adormecer completamente eu o ouvi falar "Obrigado, mas a única heroína aqui é você, Virgínia." Depois disso eu caí em um sono profundo, que eu esperava sinceramente que fosse sem pesadelos.



N/A: Gente, como vocês perceberam eu mudei um pouco o capítulo, ea pra ter mudado mais mas resolvi deixar assim. O que acharam? Desculpem pela bagunça! kk e obrigada por lerem ^^




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Notas finais do capítulo

E ai? Mereço algum review? Mesmo depois de ter demorado um século pra ter postado esse cap!? Obrigada mesmo por lerem, eu estou passando por vários problemas esses dias e só agora arranjei um tempinho pra escrever.

Mudando de assunto... Gente, eu li Divergente e simplesmente amei!! sério!! É suuuper legal! Quem mais já leu?



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