Love Is All You Need escrita por Lojas PEVOAI


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Ai ai galerinha... E aí? Como foi o Ano Novo de vocês? Muita curtição? Credo, tô parecendo a minha avó ¬¬. Enfim esse capítulo eu tentei fazer ele bem engraçado porque vocês curtiram o outro e eu me lembro bem do dia em que eu escrevi ele, muita flor de lótus...



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Pov Annabeth

Eu estou começando a pensar que existe algum tipo de duende do mal conspirando contra mim. É sério, os meus dias estão uma bosta e cada vez mais esquisitos. Ontem, por exemplo, eu tive que aturar aquele garoto sem noção ir se "desculpar", como se eu acreditasse nele. Pelo ao menos eu não precisei dar aulas para o primo retardado dele. E para completar o meu glamouroso dia, eu tive que pegar um ônibus porque a Thalia xingou um guarda e ele prendeu ela temporariamente numa delegacia para jovens infratores. Que injustiça. E para fechar o meu dia com chave de ouro, uma mulher bêbada, estranha e que provavelmente gira a sua bolsa em movimentos circulares na esquina para ganhar a vida, se dirigiu até mim e arrancou, literalmente, o seu mega hair o jogou na minha bolsa e disse "segura o meu cabelo". Depois ela desmaiou. E eu saí correndo. E sim, eu ainda estou com o cabelo na bolsa. É, com certeza aquele duende existe.
Enfim, hoje eu acordei com uma preguiça mórbida, parecia que realmente uma preguiça estava deitada em cima de mim e não me deixava levantar, olhei para o relógio de galo e vi que eram sete e quinze, ou seja, a Thalia iria passar aqui daqui à cinco minutos. Eu nunca corri tanto na minha vida. Eu simplesmente tomei banho em um minuto e estava escovando os dentes enquanto tomava café da manhã, nem me pergunte como. Peguei minha bolsa e fui calçar os meus tênis enquanto a Thalia batia na minha porta feito uma louca. E quando abri para ela entrar, Thalia ria feito uma maníaca.
− O que foi? Eu não estou vendo graça!
− Então olha para baixo que você verá! − como assim? Olhei para baixo e vi que ela estava realmente certa.
− OMG! Calças! − eu acho que é bom usar calças para ir a escola, só pra não perder o hábito.
Depois de "consertar" o meu erro, nós fomos direto para a GHS. Thalia ainda segurava o riso e dirigia tranquilamente como se nós não tivéssemos atrasadas.
− Você nunca dirigiu devagar e logo hoje você quer começar?
− Calma garota não há motivos para ser imprudente no trânsito e... − ela foi interrompida por um cara que passou pela gente e soltou a buzina com um palavrão de brinde − PASSA POR CIMA CAPETA! − berrou a Thalia e mostrou o dedo do meio para ele.
− Thalia, não há necessidade de mostrar este comportamento agressivo.
− Eu vou te dar um conselho grátis. Este dedo é melhor jeito de educar motoristas nervosinhos!
− Eu vou fingir que não escutei isto. Mas enfim, por que você não acelera? Estamos atrasadas! − eu disse quase surtando.
− Ah. Não estamos atrasadas. − ela fez uma longa pausa como se tudo fosse bem óbvio − Eu e o Luke invadimos o seu quarto ontem a noite e adiantamos o seu relógio e desligamos o seu despertador − ela disse na maior calma do mundo − agora que são seis e meia. E a propósito, você fala dormindo.
− Sua nojenta mal caráter! Como pôde? Eu não falo dormindo!

Claro que fala! Você gritava '' passa a mostarda! Passa a mostarda AGORA! '' − Thalia ria histericamente da minha desgraça − parecia uma gangster de lanchonete.

Você acordou cedo só para me pregar uma peça?
− Ahn... Foi.
− Parabéns, estou muito orgulhosa.
Só quando cheguei na GHS eu percebi o quanto estava cedo e o quanto a Thalia merecia estar naquela delegacia para jovens infratores. Os guardas do turno da noite estavam saindo e o pessoal da limpeza estava acabando de chegar com expressões vazias de um adulto de trinta anos que mora com sua mãe e tem que limpar o vômito de crianças esnobes.
− Thalia, você não sabe o quanto eu estou de odiando agora.
− Ah! Relaxa, aproveita o tempo extra para fazer novos amigos! Se você continuar com toda essa amargura eu prevejo um futuro infeliz e cheio de gatos para você.
− Sua idiota.
− Haha. Agora, se me permite eu vou para minha escola invadir a sala do maternal e tirar um cochilo até às oito. Tchau sua linda!
Fechei a cara com esse comentário. Quando a Thalia quer, ela consegue ser muito irritante. Passei pelo porteiro traidor com um olhar mortal e fui direto para a minha árvore. Pelo ao menos eu tenho um lugar para ficar sozinha e tentar ter um pouco de sossego. É, eu disse tentar. Depois de meia hora num tranquilo cochilo (rimou), as pessoinhas queridas dessa escola começassem a chegar e a fazer barulho. Não sabia que tanta gente chegava cedo na escola. O jeito agora é ler algum livro, já que não quero correr o risco de acordar com a frase "eu sou nerd" na testa. Peguei o livro que estava lendo e me encostei no tronco da Doralice, minha árvore. Depois de algumas páginas eu percebo a presença de mais alguém além de mim e um esquilo problemático que tava batendo uma noz infeliz num galho da árvore. Levantei os olhos e encontrei uma pessoa com uma jaqueta preta, calça jeans e óculos escuros. Ele estava com um palito na boca, obviamente tentando fazer pose de machão e se achando o máximo com isso.
− Olá, princesa − Percy disse com a voz mais rouca que conseguiu fazer, parecia que ele tinha engolido um mosquito − o que faz aqui nesse lugar?
− Na escola?
− Ah... É − ele deu um sorriso fingido e depois foi perceber a idiotice que falou − não! Eu quis dizer na árvore.
− Ah. Eu costumo vir aqui para ler, é um lugar mais reservado, eu chamo essa árvore de Doralice. Ler é a minha segunda paixão. − e por que mesmo eu estava falando isso para ele?
− E eu posso saber qual é a sua primeira paixão?
− Esculturas de sabão. É um ótimo trabalho manual.
− Sei... − ele falou e deu um sorriso embaraçado − Sabia que nós temos muito em comum? − Percy passou a mão no cabelo lentamente, e confesso que fiquei arrepiada − Tipo, eu e você somos da mesma aula de historia, nós dois gostamos de... Ler e eu também costumo dar nome às árvores.
− Sério? Você gosta de ler? Que livro?
− Anh... O mesmo que você. As Lágrimas do Amanhecer.
− Ah! Eu adoro esse livro! Mas não sabia que garotos também liam esse tipo de livro...
− Como assim?
− É muito... Feminino, muito romântico, muito menininha...
− Ok! Mudando de assunto... − ele fez novamente o truque do cabelo, mas desta vez ele mordeu os lábios, porém só conseguiu me deixar irritada com todo esse teatrinho.
− Por que você está aqui? − perguntei seca.
− Como assim?− esse garoto é tapado ou o quê?
− Por que que você resolveu, do nada, se interessar por mim?
− É... − eu acho que ele não esperava por essa pergunta.
− Quer saber? Por mim já deu − eu disse me levantando − todos vocês são iguais, eu sei que você só quer me fazer de tola só para tirar algumas risadas do seus amiguinhos babacas. − peguei as minhas coisas e levantei do meu lugar, eu iria seguir o meu caminho para o mais longe possível desse mané, mas fui impedida.
− Não! Annabeth, eu não quero fazer isso. Eu sou diferente dos meus outros amigos babacas.
− Diferente como?
− Eu... Eu... − ele olhava angustiado para os lados, como se estivesse procurando coragem para terminar aquela frase − Eu sou como você. É isso.
− Como assim? Explique
− Eu não sou como você pensa que sou.
− Ridículo e brega?
− Eu quis dizer riquinho e metido...
− Ah.
− Você pode pensar que eu moro numa mansão cara, tenho uma limousine e essas coisas, mas não é verdade. Eu não tenho nada disso e estou... Bem longe de ter.
− Isso é sério? − várias perguntas invadiram minha cabeça. Ele não era rico? Como que ele entrou na escola? − Quer dizer, eu pensei que eu era a única dessa escola que...
− É pobre?
− Eu iria dizer inteligente o suficiente para ganhar uma bolsa de estudos.
− Oh! Desculpe − ele mostrou um sorriso e desta vez eu senti que ele era verdadeiro. E pela primeira vez sorri de volta para ele. − Na verdade eu estou longe de ser inteligente... É por isso que eu estou aqui. Para pedir para você me dar aulas particulares.
Eu não queria aceitar. Quer dizer... Tenho que dar aulas para o Nico todas as segundas, quartas e sextas então eu ficaria mega atarefada se aceitasse, e se o que ele me disse for verdade ele não teria dinheiro para me pagar. Então eu cometi o erro de olhar em seus olhos. Existia alguma coisa naquela imensidão verde que me fez pensar duas vezes. Ele parecia estar implorando para eu aceitar, como se ele estivesse prestes a morrer e eu tivesse o remédio que o mantivesse vivo, o que pode ser verdade, pois na nossa última aula de história ele não prestou atenção em absolutamente nada. Esse pensamento me fez sentir péssima e egoísta. Como eu poderia estar pensando em dinheiro? Depois de um longo suspiro, eu apenas respondi.
− Por que não? − ele abriu um imenso sorriso de gratidão o que me fez sentir um pouco melhor. − então... Onde você mora? − o sorriso dele pareceu desaparecer.
− Ah... Como assim? − ele parecia nervoso.
− É que eu vou na sua casa − ele engoliu em seco. − para te dar aulas! Faço isso com o seu primo também.
− Ah! É que... Eu não acho que isso possa ser uma boa ideia.
− E por que não?
− Porque... Porque... Onde eu moro é muito − ele fez uma pequena pausa e olhou para os lados − é muito perigoso.
− Onde você mora?
− Eu moro no Gueto da cidade! Só barra pesada! − ele fez uma careta e eu ri.
− Ok! Então você pode ir lá para minha casa.
− Sério? Quando?
− Hum. Terças e quintas. Depois eu te passo o endereço. Tenho que ir na sala de artes antes de começar as aulas.
− Ah ok. − ele se levantou e ofereceu a mão para mim. − posso te fazer uma pergunta?
− Claro.
− Por que você me acha ridículo e brega?
− Ahn... olha! O sinal tocou! Vamos?
− Ta bom, né.


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Notas finais do capítulo

E aí! Nossa a quanto tempo... não falo com você desde as notas do inicio do capítulo... Não? Então tá. Comentem o que quiserem, principalmente sugestões sobre a fic, tô precisando...