Love Is All You Need escrita por Lojas PEVOAI


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Pois é... eu voltei. Eu estive estudando para as minhas provinhas e agora eu estou de ferias. Eehhhh.
Eu peço desculpas pela demora e... eu me lembro que tem um erro no capítulo e eu procurei e não achei, pois é, se vocês acharem...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/283962/chapter/6

POV Percy

Não acredito que eu estou prestes a fazer isso. Mas é preciso. Aqui estou eu, na aula de ciências escutando o professor falar da época em que ele era "jovem" e não dava a mínima para os estudos e agora está aqui, dando aula para um bando de neandertais. O lado bom de não saber nada é que você não dá a mínima se o professor está xingando ou não você. Enquanto isso estou pensando no que vou fazer daqui a seis minutos e quarenta e três segundos. Se eu estou nervoso? Magina. Eu não estaria se não fosse pelas minhas duas queridas priminhas, sinta o sarcasmo. Solta o flashback [n/a: vocês não fazem ideia do quanto eu sempre quis fazer isso].

Flashback ON
− Tá, o que eu vou ter que fazer?
− Vai ter que raspar a canela.
− O QUÊ?!
− Tô brincando, não tem senso de humor? Depois eu que sou a sentimental − disse a Silena.
− Haha.
− Como eu já disse, você é muito playboyzinho metido, então temos que mudar a forma que ela pensa que você é − sugeriu a Piper.
− E como eu faço isso? Eu não tenho o poder de entrar na mente das pessoas.
− Eu não escutei isso. Você vai parar de agir como um galinha...
− Ei, ei, ei eu não sou galinha.
− Qual foi seu relacionamento mais longo? − perguntou a Silena.
− Duas semanas.
− Tem que parar de ser galinha... − continuou a Piper − e vai ter que falar com ela.
− Falar o quê? "Oi, eu sou o Percy e eu não sou galinha"?
− Não idiota, para você conseguir ter uma conversa boa com uma garota você tem que escutá-la com atenção...
− Não falar baboseiras e gírias malucas.
− Isso. Escuta ela, ria das coisas que ela falar e tente achar algo em comum com ela, garotas adoram isso.
− Puxa, é muito o que aprender.
− Eu sei que seu cérebro é lento, mas tente acompanhar − disse a Silena.
− E fale algo interessante sobre si.
− Ah. Mas e se...
− Ah! Caí fora da minha casa, seu inconveniente! − exclamou a Piper − Você já roubou muito do meu tempo, e além do mais, o máximo que pode acontecer é ela te bater e te dar um fora.
− Valeu.
− Boa sorte Percy! − disse a Silena.
− Pfff. Sorte é pouco, ele vai precisar de algum tipo de macumba pra conseguir o que ele quer.
Flashback OFF

Pois é, elas me tranquilizaram muito. Eu ainda nem sei por quê vou fazer isso. Talvez pelo simples motivo de eu ter passado o final de semana inteiro pensando o quão estúpido eu fui. Eu quero falar com ela, não só pelo fato de eu querer uma chance com ela, mas também porque não quero que ela pense que eu sou um mané, o que é uma verdade. É uma triste realidade minha, uma parte de mim que eu não gosto muito, mas que venho mantendo-a por muito tempo. A Piper me contou que ela é tímida e nem um pouco atirada como a maioria das garotas dessa escola são, o que me faz pensar, o que ela iria querer com um cara que nem eu? Eu sou um idiota por gostar de uma garota que eu vi por cinco minutos a apenas três dias atrás, mas foi justamente esses cinco minutos com essa garota que fez com que eu sentisse que ela era diferente, se fosse com outra garota qualquer eu simplesmente daria em cima dela e a chamaria para sair, ela aceitaria e depois de uma semana eu já estaria em outra. Nesses cinco minutos que eu passei com ela eu pude ver que não seria qualquer cara que conseguiria sair com ela, e por um breve momento eu quis ser esse sortudo. É, por um breve e quase inexistente momento.
O sinal do término da aula me tirou de meus devaneios e me lembrei que só tenho dez minutos e agora é a minha deixa. Eu poderia dizer que o armário dela fica do lado do meu e que fico admirando sua beleza enquanto ela pega os seus livros, aí um cai no chão e nos abaixamos ao mesmo tempo e nossos olhares se encontram e blá blá blá. Mas não é bem assim, primeiro eu tive que correr muito, pois o armário dela fica a alguns corredores do meu, bati meu cotovelo na parede provocando aquele chiquinho infeliz, derrubei a pilha de livros que um professor carregava enquanto torcia para ela ainda está lá no armário. E lá estava ela, pegando o livro de matemática, é agora ou nunca. Que exagero! É agora, ou no próximo horário! Esse é o plano: vou me apresentar direito a ela, me desculpar pela minha atitude idiota e vê se consigo ter uma conversa civilizada com ela. Acho que essa foi a pior ideia que eu já tive. Não, a pior ideia que eu já tive foi a de dar um iate para a minha avó, que quando viu ele fugiu para o Caribe e largou o meu avô. Acho que é por isso que quando ele me vê fica triste e ao mesmo tempo zangado e fica repetindo "ainda dói!". É, pois é. Me dirigi até ela torcendo para que não aparecesse ninguém para me zoar.
− Oi!
− Oi? − ela me olhava como se eu fosse um esquisito completo.
− Eu... Sou o Percy − ela ainda me olhava com dúvida − o amigo do Nico − Me apresentar direito, ok.
− Ah. O amigo mané − ou nem tanto.
− Isso. Você é a Annabeth certo? − Ela concordou com a cabeça − Eu só queria pedir desculpa pelo jeito mané que eu falei com você − ela pareceu meio surpresa com o que tinha escultado, mas concordou − sabe é que eu só sou mané com garotas interessantes.
− Mas você é mané com todas as garotas.
− É, mas não são muitas as vezes que eu vou me desculpar com alguma delas.
− Bingo −ela disse. Me desculpar, ok.
− Então... − podemos ser amigos, certo? − Ela ainda parecia ter dúvidas sobre mim, mas ela apenas concordou com a cabeça e voltou a mexer em suas coisas. Piper e Silena me disseram para fazer perguntas a ela. Tá na hora de seguir os conselhos das profissionais em pensamento feminino − Hmm... O que você está achando do tempo? − O quê? Foi a melhor coisa que eu pensei!
− Uh... O tempo tá frio, um pouco... − ela parecia confusa com a minha pergunta − eu acho.
− HAHAHA! − comecei a rir do nada − você é muito engraçada!
− O quê? Isso aqui é só mais uma das brincadeiras idiotas de vocês! − ela fechou o armário irritada, quase nos meus dedos, e se virou para ir embora.
− Não! Espera! − ela estava indo embora − deixe-me ser educado e carregar os seus livros! −e ela foi embora − Não? Então tá bom, te vejo depois − eu tenho que parar de falar sozinho.
Não era para isso ter acontecido! Que tipo de mané pede ajuda para conquistar uma garota à suas primas? Eu acho que é o mesmo que pergunta a uma garota sobre o tempo. Eu merecia levar um tapa. Não. Pior, ficar sem internet por um dia. Ia ser o fim do mundo! Enfim eu estava indo em direção a minha próxima aula, história. Entenda uma coisa, eu não faço a mínima ideia de qual é o assunto que estamos estudando. Na verdade não sei o que estudamos o ano inteiro. Eu não entendo uma palavra do que esse professor fala, eu já até tentei entender, eu juro, mas parecia que ele tava falando "Eu tenho uma mandioquinha que se chama Janaína e ela dança no cuscuz!". Desta vez eu estava prestando atenção. Na Annabeth. Ela sempre fez aula de história comigo e só hoje que eu fui perceber. Clap clap. Ela é tão linda, nas pequenas coisas que faz, ela morde a tampa da caneta, coloca o cabelo atrás da orelha toda vez que vai anotar alguma coisa, e eu acho que ela está "dando dedo"disfarçadamente para mim, toda vez que percebia que eu estava olhando-a descaradamente. Deve ser inconveniente olhar para o lado e ver um maluco te encarando. O resto da aula foi um tédio. Exceto quando a Annabeth se levantou para jogar uma bolinha de papel fora. Ow ela é tão linda! Ow eu sou tão esquisito e gay!
Enfim, as aulas acabaram e eu fui fazer o que eu deveria ter feito antes de meu fracasso.
− Nico, eu preciso falar com você.
− Fala.
− Anh... A sós.
− Hmmm − falou o Charles com cara de maldoso − o que será que ele quer...
− Acho que ele vai se declarar pro Nico − continuou o Travis − vem, vamos dar "privacidade" a eles.
− Haha o cuzinho de vocês − os garotos riram e se despediram de nós.
− Nico, por que não vamos a sua casa?
− Cara... Isso tá ficando estranho.
− Relaxa, eu não sou gay.
− Se você diz...
Nico e eu andamos em silêncio por um tempo. Eu estava pensando em um jeito de contar a ele que estou precisando da ajuda dele, o problema é que o Nico não vai querer me ajudar e vai rir da minha cara. Ele ainda andava calado, provavelmente ele realmente achava que eu iria atacá-lo no meio do caminho. Quando chegamos a casa dele, o Nico já estava curioso e com raiva de mim.
− O que tu quer? − perguntou o Nico curto e grosso.
− Que deselegante! − ele olhou sério para mim − foi mal. É que eu quero... Sabe aquela garota loira que está te ensinando a ler?
− Ei! Eu sei ler! − protestou ele enquanto ligava o videogame − A nerd? O que tem ela?
− Primeiro: ela não é nerd...
− Não né...
− Segundo: eu meio que tô goshntannnddo dela.
− O quê?
− Eu tô gostaaaahhndo dela – pigarreei.
− Você tá borrachudo? Eu conheço um remédio bom pra isso e...
− EU TÔ GOSTANDO DELA, TÁ!
− Você? Gostando de alguém? De alguém nerd? É um milagre de Natal!
− Seu otário − ele ria compulsivamente da minha cara, acho que uns cinco minutos depois ele se deu conta de que a graça havia acabado − e... Eu preciso de sua ajuda.
− DA MINHA AJUDA! − e a graça voltou − esse moleque tá se drogando muito!
− Ei, é sério! Eu já fui pedir ajuda à Silena e assim você vai fazer eu perder o meu último fio de dignidade!
− Cara, eu acho que você já perdeu quando foi a casa da Silena! − e depois de merecidos cinco minutos de pura infantilidade, o Nico recobrou a consciência.
− Ai, ai. O que você quer de mim meu jovem?
− A sua ajuda.
− Tá, isso eu já entendi. Mas para quê?
− Para me ajudar a não pagar mico na frente da garota e... Sei lá, a conquistá-la.
− Pff! Você quer que eu ensine o padre a rezar a missa? Você é profissional nisso.
− Tá, mas quando eu vou falar com ela, simplesmente só de olhar em seus olhos eu me perco em sua cinzenta profundidade, como um céu em dia de chuva e...
− Não credo! Que coisa gay. Você tá perdendo o foco, o que foi exatamente o que você disse para ela? − contei toda a história a ele, desde os conselhos da Silena − Cara! Com essa conversa você pretende chamar ela para sair ou pedir um livro na biblioteca?
− Chamar ela para sair − falei como um garotinho que estava levando uma bronca do seu pai.
− Pelo ao menos em uma coisa a Silena não estava errada, você não pode parecer meio metido − ele olhou bem para mim − ou totalmente metido. A loirinha não têm muita grana e trabalha para conseguir as coisas, então... Eu acho que ela meio que odeia pessoas esnobes e ''riquinhas'' como você.
− Eu não sou esnobe e riquinho!
− Cara! Seu pai queima dinheiro na lareira!
− Mas isso foi só uma vez! Em uma ocasião muito especial!
− É mesmo? Que ocasião? − perguntou ele cheio de sarcasmo.
− Ué, a Sr. O'leary teve filhotes!
− Assim não dá.
− Não! Espera − ele olhou bem no fundo dos meus olhinhos tristes − por favor...
− Tá bom! Eu vou te ajudar com ela, que seja. Mas me lembra de arranjar um novo melhor amigo! E primo!
− Valeu cara! Uh, em falar em primo... Você sabia que a Silena é nossa prima?
− Dã! Só você que não sabia disso, seu inútil − eu fechei a cara e começamos a jogar o nosso jogo favorito: Morte aos zumbis III, eu adoro esse jogo!
− Tá, mas voltando ao que interessa... O que eu tenho que fazer?
− Fazer para o que?
− Para conquistar ela!
− Ela quem?
− A Annabeth!
− Que Annabeth?
− Ué, não era você que conhecia ela...
− Você é muito lerdo! Nunca me canso disso.
− Haha.
− Mas é melhor você prestar atenção, porque o Bonde do Amor do Nicolicioso já está partindo!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Quem quiser deixar um comentário, eu ficaria muito feliz