Reivax The Light. ( Reescrito ) escrita por Asmodeus


Capítulo 9
Cap IX: A serpente branca.


Notas iniciais do capítulo

Bem gente, eu disse que postaria dia de quinta e segunda. Hoje é quinta -rs
Preciso de comentários gente.. assim a história pode ir para a frente. Comentem, critiquem positivamente ou negativamente, sugira algo, etc. Sou movido a curtidas hein.. quanto mais gostarem mais capítulos virão. Serão meu estímulo >



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- Senhor Adams, suas malas estão prontas. Está na hora de partir. Disse o mordomo de Adams. Um senhor de cabelos brancos e sempre arrumados. Seus olhos eram os mesmos dos mordomos sinistros de filmes.

- Ok, eu estou indo. Disse ele com sua voz mais sinistra que qualquer outra. Virava-se da sua cadeira e saia andando. Estava sentado a frente do seu notebook. Seus passos eram leves como se voasse. O “tec tec” dos seus sapatos era aterradores. A serpente branca e muito assustadora ia rastejando bem atrás do mesmo. O mordomo tinha um pouco de medo daquela cobra mesmo convivendo todos os dias ali.

- Se me permite senhor, sua cobra me dá medo. Disse o Mordomo de cabeça abaixada.

Adams deu um sorrisinho macabro e parecia alegre com alguma coisa. Era tão piedoso quanto Janzo, ou seja, não tinha piedade alguma.

- Sabe Karlos, seus serviços não são mais necessários. Disse Adams passando ao lado dele.

- Então eu irei me retirar e aposentar-me senhor. Respondeu ele ainda com a cabeça abaixada.

- Não, não foi isso que eu quis dizer. Você não vai se aposentar, gente como você não pode sair por ai e cuidar de sua velhice sabendo de muitas coisas de gente como eu. Disse ele com um sorrisinho no canto da boca.

Um pouco atrás dele Adams apenas virou um pouco o seu rosto e deu uma piscadela para a cobra. Uma gota de suor caiu de sua testa e escorreu pelo seu rosto. O homem estava nervoso e mais ainda com medo, porém nem se movia.

Jita vinha se rastejando bem medonha quando seus olhos vermelhos olharam para ele. Pôs a língua para fora e para dentro de sua boca. O mordomo ficou sem ação e num movimento desesperado de salvar sua vida ele correu em direção à porta. A serpente foi mais rápida que ele e antecipou seu movimento dando-lhe uma bela mordida no pescoço que fora o motivo de derrubá-lo no chão. Ainda grudada em seu pescoço a cobra começou a se enrolar nele para restringir os seus movimentos.  A reação comum de qualquer cobra seria enrolar, apertar e começar a engolir. Porém Jita não era uma cobra normal e sim o próprio demônio. Quando dá o bote apenas absorve o que a fortalece. O que o velho tinha de energia antes de morrer começou a ser absorvido por ela. Seus cabelos ficaram mais brancos que nunca e sua pele começou a envelhecer mais rápido. Em segundos sua aparência era igual à de uma múmia. Seus dentes saíram do pescoço dele. Jita foi rastejando até Adams e ele abriu sua boca. Jita pôs a língua para fora e para dentro de novo. Uma espécie de áurea vermelha começou a brotar da pele da cobra e ela entrou rapidamente na boca dele como um raio vermelho. Ele fechou a boca após ela ter entrado e respirou fundo com os olhos fechados. Após abri-los o lado direito estava com a pulpíla vermelha e azul como sempre eram seus olhos.

Longe dali, exatamente no Japão, todos olhavam fixamente para Odranoel.

- Você por algum acaso é retardado? Disse Ynafetse.

- Por quê? Perguntou ele sem entender nadinha.

- Quase fomos mortos por uma criatura que vive há mais de cinco bilhões de anos. O que você tem na cabeça? Está preocupado com besteira. Respondeu ela.

- Isso não é besteira! Quase fui morto por um tiro. Depois que minha mãe ver isso eu estarei frito. Disse ele em legítima defesa.

- Enfim, cada qual com seus problemas. Disse Luj para acabar com todo aquele impasse.

Eles ficaram se olhando por um tempo e depois pararam de trocar olhares.

- Bem eu já vou indo, não posso ficar até tarde fora de casa. Disse Ynafetse.

- Eu também! Concluiu Reivax.

- Eu também! Concordou Odranoel.

Todos tomaram seus rumos, como estavam ainda perto da escola o caminho era o mesmo de todos os dias. Janzo estava por cima daquele mesmo prédio. De longe parecia uma das gárgulas que tinham por cima de lá. Dessa vez ele estava sem as asas, mas bem diferente. Um dos fios de cabelo dele acabou se tornando preto bem devagar, começou as pontas e foi até a cabeça.

- Usar aquele golpe realmente me custou um dos meus preciosos cabelos, mas nada que não possa ser reposto. – Disse ele olhando para o céu negro da noite. – Sem “eles” meus poderes ainda ficam mais fracos. Irei esperar até amanha para ver o que eu realmente irei fazer com aquelas crianças. – Completou novamente com uma atitude suspeita.

Adams estava dentro de um táxi. No porta-malas havia apenas suas duas malas. Jita estava dentro do seu corpo. Deu tempo de ele chegar ao aeroporto e embarcar no avião que ia diretamente ao Japão. Esperou um pouco como uma pessoa comum antes de entrar no avião. Ouviu a chamada e se foi. O voo foi calmo e não esperava dar a hora de chegar ao seu destino. Queria mais que nunca saber do que se tratavam todos aqueles acontecimentos. Era um assassino muito experiente e matava sem ao menos deixar um vestígio.

Era dia novamente no Japão e todos estavam em suas casas enquanto Adams chegava de forma bem tranqüila. O noticiário Japonês já anunciava pela manhã alguns acontecimentos.

“- Informamos hoje, dia de domingo pela manha, sobre o desastre do navio de pesca japonês que nenhum corpo foi encontrado. Nenhum vestígio de corpos foi deixado para trás e a marinha japonesa estenderá as buscas por algum tempo, mas já diz que as chances de encontrarem algum corpo são de 3%. Um grupo de agentes japoneses está a investiga o caso secretamente. A polícia está se posicionando no caso para que consigam achar alguma resposta.”

- Nossa agora pela manha eles já estão fazendo todo esse alvoroço pelo caso. – Disse Reivax. – Espero que eles descubram o mistério desse acontecimento.

O garoto havia acabado de tomar seu banho pela manhã quando ouviu a notícia. Estava de toalha e com os cabelos molhados. Correu por de trás da cadeira e voltou ao quarto para se arrumar. Havia ido à cozinha para beber um pouco de água.

A campainha da casa dele toca. Sua mãe foi abrir a porta e atrás dela estava Ynafetse. Disse que queria falar com Reivaxe então a mãe pôs-se a chamá-lo. O garoto desceu e viu sua amiga sentada no sofá.

- O que fazes aqui por esse horário da manhã? – Perguntou ele.

- Vamos dar uma volta por ai? Aproveitar esse dia maravilhoso e logo pela manha é muito bom. Disse ela com um sorriso no rosto.

- Tudo bem. Vamos então. Disse ele saindo e fechando a porta após Ynafetse passar.

Andaram um pouco pela rua em silêncio. Pareciam não ter assunto para conversarem. Foi quando ela puxou o assunto.

O guardião do Odranoel é uma coisa maluca. Disse Ynafetse

- Sim, ele é. Disse Reivax rindo.

Não demorou nem ao menos 2 segundos para que Ynafetse também o acompanhasse nos risos. Viram um lindo gatinho andando pela rua. Estava um pouquinho sujo. Ynafetse bateu os olhos nele e então começaram a brilhar como se fossem explodir do rosto.

- Reivax, Reivax, eu quero esse gato. Ahhhh, que fofo. - Disse ela toda animada e logo pegou o animal nos braços e o levantou alto olhando para ele ainda com os olhos brilhando. – Eu quero, eu quero, eu quero. Ahhhh... – Ela não parava de gritar de felicidade, abraçando o animal e girando com ele.

Reivax olhava para ela com uma cara estranha. Nunca tinha visto sua amiga daquele jeito. Então ela saiu gritando com o gato nos braços e correndo.

- Ei, espera ai. Disse ele apertando o passe para alcançá-la.

Ynafetse passou a esquina e havia um cachorro parado e olhando. Ela virou-se e o gato deu de cara com o cachorro. O pelo tufou e as unhas saíram. O gato gritava alto para o cachorro e o cachorro latia para o gato e Ynafetse. O gato virou-se desesperadamente e começou a arranhar o rosto de Ynafetse. O cachorro partiu pra cima e ela saiu correndo, era muito rápida e jamais havia corrido tanto para escapar de alguma coisa. Ela e o gato enquanto o cachorro enorme vinha atrás. Corria desesperadamente olhando toda hora para trás para ver se estava numa distância segura e numa dessas olhadas esbarrou num homem alto e muito bonito. Ele a segurou pelo braço e ficou cara a cara com ela e o gato.

Ynafetse derreteu-se toda naquele momento. As bocas estavam próximas um do outro. O gato olhou e viu o cachorro atrás, seus olhos se fecharam um pouco e parecia até que o gato pensava como uma pessoa era malicioso. Alisou com as patas o braço da garota enquanto ela se divertia olhando nos olhos do rapaz e largou-lhe uma unhada com força para que ela corresse. Ela sentiu algo e olhou para o gato com a pata grudada no seu braço. Por dois segundos ela olhou para o nada e começou a gritar de dor, foi quando o lindo homem tirou o gato dela.

O cachorro se aproximou com olhos malvados e foi recepcionado com um chute no meio da cara por Ynafetse. O medo do animal tinha acabado de repente num instante e quem estava com medo naquele momento era o cachorro. Em berros ele saiu gritando dali. Ela se virou para o homem de novo e continuou aquele momento um tanto “romântico” para a parte dela.

- Obrigado por achar meu gatinho Ted. Eu dei banho nele e ele fugiu pulando a janela da minha casa. Agora está todo sujo, terei de dar outro banho nele. Disse ele com uma voz perfeita e delicada.

- Por mim você pode dar banho nele e ficar comigo. Disse ela carinhosamente e toda fogosa para o lado dele.

- Ah, desculpa. Mas não vai rolar.

- Por quê? Disse ela séria. Mudou de expressão rapidamente.

- Porque eu sou gay. Respondeu ele com um sorriso.

Parecia que o mundo havia parado naquele instante para ela. Ynafetse entrou em estado de choque e ficou muda e paralisada.

- Tudo bem Ynafetse? Disse Reivax chegando de forma ofegante pelo cansaço de tanto correr.

- Bem, ela já está em mãos seguras. Até mais. Disse ele indo embora com o gatinho.

- O que aconteceu? Perguntou Reivax sem entender nada.

- Ele é... ele é... ele é... não acredito que é... ele é.. – Ynafetse não conseguia terminar e sua cara era a de mais triste possível.

Reivax fez uma cara com o beiço torcido e os olhos virados. (¬¬). Saiu arrastando-a pelo braço na calçada enquanto todos olhavam para ela.

Era meio dia quando o avião pousou no aeroporto de Tóquio. Os passageiros desciam calmamente e no fim deles vinha Adams com o seu sorriso sarcástico no rosto o tempo todo. Andou até chagar dentro o prédio do aeroporto. Pegou suas duas malas e andou olhando para os lados até chegar à entrada. Pegou um táxi e tomou seu caminho para o hotel que tinha uma reserva.

Por onde andava olhava atentamente procurando algo que lhe chama-se a atenção. Ynafetse ia passando na calçada de um prédio junto com Reivax quando o táxi de Adams passou ao lado deles. Seu subconsciente puxou a atenção dele para que olhasse para o lado. Parecia algo como um impulso, mas tinha um fundo de certeza naquilo. Ela viu o homem e ele encarou-a. Ynafetse não sabia o porquê daquilo, mas achou muito estranho o olhar dele e viu que Adams tinha os olhos coloridos, um vermelho e outro azul. Foi então que ela retribuiu da mesma forma até ambos sumirem um da vista do outro.

- O que foi Yna? Disse Reivax após perceber que sua amiga estava agindo de uma forma muito estranha.

- Aquele homem é muito suspeito. Não gostei dele. Temos de ficar com a guarda bem fechada até mesmo andando pelas ruas.

- Mas que homem? Perguntou ele virando-se para trás tentando ver algo.

- O que passou num táxi agora a pouco por nós. Disse ela em resposta.

- Não acha que seria um dos bonecos de Janzo não é? Perguntou ele suspeitando diretamente do demônio dos espelhos que estaria bem longe daquele local movimentado.

- Acho que não, pois senão já teria pulado de dentro do carro em movimento e teria nos atacado aqui mesmo.

- Tudo bem. Disse ele em resposta

Chegou ao hotel e foi direto ao seu quarto. Deixou as malas sobre a cama e deu a gorjeta ao funcionário que lhe acompanhou. Respirou fundo e abriu sua boca. De dentro dela a cobra branca foi saindo rapidamente, era pequena e à medida que ficava fora ia crescendo. Jita era um ser enorme, ocupou praticamente todo o quarto. Super comprida, talvez tivesse uns trinta metros. O apartamento era bem grande e espaçoso, como ele pedira, e ela ainda estava um pouco enrolada. Ele virou para a enorme janela que ocupava metade da parede e viu o sol que brilhava no céu.

- Jita esse lugar é muito interessante. Disse com a voz sombria e aterradora. Seus olhos agora estavam normais eram totalmente azuis.


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Notas finais do capítulo

^-^



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