Mulher América escrita por Lady Snow


Capítulo 22
Amanhecer do horror


Notas iniciais do capítulo

Mais uma vez, perdão. Eu gostaria de prolongar a história, mas eu infelizmente não poderei fazer isso, então, escreverei brevemente o que irá ocorrer, talvez este seja o penúltimo. Muito obrigada a todos que acompanharam e mandaram reviews, vocês são demais!
Espero que gostem, desculpem qualquer erro e até a próxima!!!!! :D



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O tempo transcorreu de forma lenta para Lucy, muito embora estivesse sempre ocupada com seus afazeres. As visitas de Loki foram reduzindo gradativamente, pois, mesmo que ele tivesse sido liberto, não podia dar razões para o supervisionarem mais. Além disso, ela era a Mulher América (não tinha sua identidade revelada publicamente, é claro, mas é melhor prevenir a que remediar).

Mas, para que não fique uma narrativa tão breve, posso dizer-lhes que a vida de Lucy (quase) se tornou normal. Durante o dia trabalhava, a tarde dedicava-se à esportes e a seu lazer, a noite, renascia seu flamejante desejo de vingança. E a qualquer hora do dia, ajudava a combater o crime na cidade e espantar os malfeitores da população.

Não que ela fosse cética: gostava de ajudar a proteger a humanidade, no entanto, seu ódio não era direcionado a eles, mas sim no lendário Capitão América, o homem que destruiu seu único elo afetivo desde muito tempo.

Os encontros com Loki ficaram mais íntimos, embora ele a desprezasse, passava uma imagem de quem gostava de estar perto, afinal, ele necessitava dela tanto quanto necessitava de paciência e poder; mesmo que fosse uma humana que tivesse de correlacionar, correlacionaria, e ela, iludida, caía na lábia facilmente. Queria poder dizer que ambos tiveram um contato físico, um mero beijo que fosse, mas em se tratando de Loki, sabemos que seria fugir da realidade completamente. O que posso afirmar é um afeto nas mãos, um (pseudo) abraço, um discreto sorriso, e até algum olhar penetrante ocorreram, e nada mais.

Agora Lucy canalizava seus projetos para atrair a atenção de Rogers, lhe dava sorrisos, elogios sutis, as vezes comiam juntos ou assistiam a alguma luta, haviam até situações em que lutavam juntos. Eram o casal herói do século, lindos, fortes e bondosos.

Apareciam na televisão constantemente, na internet e qualquer outro meio de comunicação eram o alvo de atenção da sociedade como um todo, ainda que ambos não se familiarizassem muito bem com a tecnologia, buscavam ao menos entender o que necessitavam para atender às demandas de seu honroso trabalho.

Porém, já havia se passado muito tempo desde que Lucy e Loki passaram a tramar para que destruíssem o mundo, e ela, Steve Rogers. O deus da mentira começava a impacientar-se, e num encontro às escuras dos dois em seu galpão medíocre, sujo, escuro e cheirando a mofo, tiveram uma discussão branda.

– Já não quero mais esperar! Temo que esteja me fazendo de tolo, humana maldita! Mas eu quero que saiba que jamais poderá me enganar, sou um deus, e não um de sua raça inferior!

– A quem está julgando, deixando-se ser pego pelo próprio irmão? Tendo de andar rastejando-se como um rato para obter seus resultados, eu não preciso disso! Não preciso de você!

– Ingrata! Maldita Ingrata! - Esbravejou até que o telhado estremeceu, ofegaram. Ele aproximou-se dela colando testa com testa, os olhos incendiando raiva e desejo por homicídio, ela não vacilou perante ele, mas seu coração falhara algumas batidas, era forte, mas não o suficiente para encará-lo, ainda mais em território desconhecido. - Se acha que esperarei o resto do século para vingar-me, está muito errada. Meu exército está pronto, e você ainda não o trouxe ao meu covil. - Riu cético-. Ah... Já sei... - Aproximou-se lentamente, rondando-a, ela atenta e temerosa - mudou de lado, aposto... O belo e justo Capitão América convenceu-a de que o bem é que deve reinar no mundo...

Riu alto, uma risada fria e horrenda, um ímpeto a fez respondê-lo.

– É mentira! Isso são ciúmes seus, eu não mudei de lado, odeio-o tanto quanto você, e quero-o morto tão logo quanto possível!

– Ciúmes? - Outra fria risada e tenebrosa - Ora, não seja tola, minha querida... Acha que tenho tempo e muito mais vontade de sentir-me enciumado por uma criaturinha manipulável feito você? Sei que irá me trair na hora de revelar todo o meu poder, e por isso, eu farei com que seja minha mais fiel serva!

Lançou-lhe uma magia, ela correu e escalou as paredes fugindo, refugiando-se em colunas e o que quer que pudesse abrigá-la, ele ria e lançava sua magia.

– Seu estúpido, Odin irá percebê-lo!

– Não seja ainda mais tola! Crê que não preparei tudo? De pouco em pouco lancei uma magia de ilusão que refletirá no mundo de meu querido pai... Não poderão detectar ameaça e para eles, tudo estará sempre em sua maldita paz, enquanto eu instalarei o caos! - outra risada assombrosa.

Ela pulou e tentou atacar-lhe com um poderoso chute, todavia, ele era mais inteligente e forte, repelindo-a com um raio de magia que a jogou longe, fazendo um imenso buraco na parede, enquanto isso, com a outra mão, lançava magia para seu exército de sombras enormes, musculosas de olhos vermelhos como o sangue levantavam-se com garras enormes e gritos estremecedores, não paravam de crescer e ela tentava levantar-se, mas estava muito tonta por ter batido a cabeça.

Olhando o terror, correu para Loki no momento em que ele olhava baboso para suas criações e acertou-lhe socos e chutes, ele irritado, urrou.

– Sua desgraçada! Farei com que se arrependa!

Lançou outro raio de magia em sua direção, tão doloroso, ela sentia suas carnes queimarem como mordidas vindas do inferno, berrou pedindo clemência, isso só o fez aumentar a intensidade do feitiço, o qual consistia em barras de magia que abriam bocas de cobras e mordiam-lhe o corpo injetando um veneno maligno, tornando-a submissa por completo ao deus.

– Ora, não precisava ser assim, Lucy... Mas esse é o preço que pagará por me trair, se não quer servir-me de boa vontade, quando eu a ajudei, farei com que pague seu débito à minha maneira...

Deixou-a se contorcendo e tentando fracamente soltar-se, ele voou e gritou para as sombras destruírem tudo que vissem e que não deixassem nada. Os monstros abriam suas gigantescas bocas e rugiam uma fumaça negra que ruía tudo ao alcance de 30 quilômetros, as pessoas levantavam atordoadas naquela madrugada perguntando-se o que estava havendo, e ao olharem para as janelas, deparavam-se com seus piores pesadelos.

– Enfim o mundo será meu, Loki, o deus mais poderoso!

Sua risada maligna ecoou tão alto quanto os rugidos das sombras, e então, os Estados Unidos iniciou um novo dia no mais profundo terror de todos os tempos.


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