Mulher América escrita por Lady Snow


Capítulo 10
Capítulo 10- Resposta pela metade.


Notas iniciais do capítulo

N/A: Olá meus queridos e queridas! Me desculpem pela demora *de novo* mas está ficando complicada a dona inspiração me visitar e... Péssima notícia: ficarei algumas semanas sem provável postagem devido à semana de provas *amanhã tenho de química, e eu devia estar estudando, maas amo muito vocês e vim postar* e vai demorar mais um pouquinho, sorry ): mas prometo que vou tentar pensar em mais coisas pra melhorar quando eu voltar, ok? O//
No mais, agradecimentos eternos à Miz Lara pela ajuda s2
Uma ótima leitura meus amores! :)



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Tempos depois... Itália, 1943.


"Plack, plack, plack". Era o som da madeira sendo partida ao meio por um machado bem afiado. Rick cortava algumas lenhas aos arredores do acampamento, precisava levá-las à tempo para que o cozinheiro pudesse ter uma fogueira onde fosse possível cozinhar o almoço. Estava compenetrado em sua tarefa até que alguém chama-lhe pelo nome.


– Thompsom! - Richard virou-se com duas toras nas mãos fazendo um cumprimento com a cabeça, o colega correu até ele com algum envelope em mãos.


– Chegou isso pra você.

– O que é? - Perguntou Rick, desconfiado.

– Há qualquer carta destinada à você. Chegou agora.

– Carta? Dê-me aqui. - O rapaz acenou e a entregou, em seguida, retirou-se. Enquanto isso, o menino-de-fogo afastava com as costas da mão o cabelo da testa, como já estava habituado a afastar. Seus cachos haviam crescido um bom pouco, e não havia um bom barbeiro entre os soldados, então deixou-os assim. A barba vinha crescendo um pouco, e mesmo com navalha na bolsa, optou por deixá-la, quem sabe assim teria um rosto mais maduro. Com as missões, vinha tomando um porte um pouco maior, e uma cicatriz no peito, causada por uma faca inimiga que pegou-o de raspão. A cicatriz era considerávelmente longa, iniciava em cima do umbigo e estendia-se transversalmente até o lado esquerdo do peito, dois centímetros de distância do mamilo. E ao invés de sentir certo remorso por ela, não, pelo contrário, Rick tinha agora um certo carinho pela enorme cicatriz.


Fitou o envelope que fora depositado em suas mãos, limpou nas calças as mãos um pouco sujas de terra e de cascas de madeira, sentou em uma pedra qualquer e abriu o envelope, o destinatário era o próprio campus. Ora, o que seria? Abriu. Era mesmo uma carta. Leu.


"Caro Richard..." – Seu coração deu um salto, varreu com os olhos o final da carta e viu o nome de Chris assinado, com um sorriso voltou ao início para lê-la com calma.


"Caro Richard...


Bem, certamente estou em dúvida sobre o que dizer. É a primeira carta que escrevo e que pretendo entregá-la à alguém e... Acho que isso não importa, não é? Então, vamos escrever uma carta decente.

Gostaria de saber como você está, o campus aqui está mais vazio e monótono que o normal. Estamos cansados e isso está insuportável, tanto é que o treinador nos deu o sábado livre para fazermos qualquer coisa. Vê o estado crítico? Pois bem. Ah, certo, vou parar de falar o quanto isto aqui está chato, e vamos à algo mais interessante, sim?

Hm... Ninguém tem nos informado de nada, se estão todos vivos, se a missão está obtendo sucesso, etc. Somos isolados, apenas nossos superiores sabem do que se passa e eu resolvi perguntar isso diretamente. Um rapaz que está na secretaria destinatou a carta para você, porque nem isso estão nos dizendo. A missão é assim tão perigosa?! Deus, estou preocupada... Sim, estou.

E então, o Capitão América como se comporta? E você, está tudo bem? Se por ventura você estiver morto, que por favor alguém me informe. A letra dela tremeu. Ele sorriu. E acho que deve achar que sou maluca, não é? Eu... Eu achei melhor abordar esse assunto por carta porque pessoalmente, eu jamais teria coragem de fazer tal pergunta e... Ah, eu queria saber se como eu, ainda pensa naquele... Naquele... Ahn, beijo. E não estou prestando atenção em nada do que estou escrevendo, está sendo na cara e na coragem, portanto, não zombe de mim, menino-de-fogo! E se não quiser responder essa pergunta, eu vou entender, foi só uma dúvida, nada mais.

No mais, quero saber como está você e todos os outros, aguardo a resposta pacientemente.

Um abraço bem apertado.

(Permaneça vivo)!

Christine Wright."


Ao terminar a leitura riu da carta. Não com zombaria, mas sim de alegria. Passou a ponta dos dedos pela carta, como tinha se tornado tão rápido? Mas, de qualquer forma, era bom. Guardou, contente, a carta no bolso de trás da calça, juntou novamente as lenhas que conseguiu e as levou até o acampamento em um carrinho de mão, onde um soldado preparava o almoço: guisado de peixe e pão. Depositou-as no chão e disse:


– Precisa de mais algo?


– Não, Thompsom. Pode ir, obrigado. - Rick acenou e internamente sentiu-se grato, agora teria um tempinho pra responder a carta. Limpou as mãos nas calças sujas de natureza e afastou um cacho ruivo da testa suada. Foi até o escritório e encontrou Peggy por lá mexendo com alguns mapas.


– Olá, Agente. - Saudou-a educadamente.


– Olá, soldado. Precisa de algo? - Perguntou sem rodeios.


– Oh, não, eu só preciso responder uma carta. - Ela franziu as sobrancelhas.


– Bem... Fique à vontade... - Ele sorriu enquanto ela juntava uma papelada, pelo visto, eram mapas e legendas estratégicas, mas agora ele não iria se preocupar com aquilo. Sentou-se e buscou uma folha de papel e encontrou em uma gaveta qualquer, puxou uma caneta e a posicionou no papel. O que diria? Eram coisas demais para se dizer e tão pouco. Como tudo que se relacionasse à ela era contraditório? Sentia-se desconfortável, como um garotinho de dez anos. Releu a carta a fim de buscar palavras com que pudesse responder à altura, e a carta relida tirara-lhe um novo sorriso sincero. Enfim, retomou à escrita, finalmente sabendo o que dizer. Quando lembrou-se da questão do beijo que ela impusera na carta, travou. Sinceramente, ele não sabia o que dizer. Talvez ele devesse esperar, não queria responder nada muito sentimental nem muito ríspido, afinal, era uma mulher digna, forte e bela do que pudera notar, mas também não queria alimentar esperanças, visto que não sabia se acordaria na manhã seguinte. Resolveu não responder àquilo, mas mencionara que estava ansioso por um bom abraço e uma ajuda com curativos. Não contou nada que pudesse deixá-la muito preocupada, nunca era bom deixar uma mulher em prantos, bem sabia disso. Não teve tempo de terminar a bendita carta, pois fora chamado lá fora e portanto, deixou a carta dentro do envelope sem estar concluída. Correu pelo acampamento tentando ouvir as ordens, mas sua mente traía-lhe fazendo lembrar-se dos conselhos que Rogers tinha dado-lhe há pouco tempo, eram úteis, de fato, mas não tão fáceis de serem postos em prática. Acabou indo em encontro à Steve, porém, não era no caminho até o Capitão em que refletia. Depois de muito discutir consigo mesmo, fez uma nova meta: se voltasse vivo para a base militar, aproximaria-se de Chris e tentaria organizar aquela bagunça que ambos fizeram meses atrás, embora não fosse nada muito grave, os dois consideraram algo significativo. Era essa a forma simplificada do conselho que fora-lhe dado, e o faria valer. Deixou esses pensamentos de lado e foi até seu superior.


– Sim, Capitão? - Respondeu prontamente.


– Richard, venha, preciso que me ajude. - Disse Rogers, sério.


Os dois entraram em uma tenda, que estava abarrotada de anotações confidenciais. Possuía xícaras de café usadas e as olheiras de Steve eram um pouco visíveis. Steve sentou-se rigidamente em um banco, ficando de frente para Rick com Peggy em um canto mais afastado da sala, de braços cruzados, pensativa e atenta ao assunto que seria abrangido.


– Eu recebi uma carta hoje de manhã. - Que ironia. Pensou Richard, visto que ele também recebera uma. - Eu sabia que o Dr. Erskine havia sido morto pouco tempo depois que fui alterado, até porque, foi no mesmo dia. Quem o matou foi Heinz Kruger à mando de Schmidt, um homem que fizera parte do mesmo experimento, porém, o protótipo era inicial e ele acabou sofrendo efeitos colaterias muito sérios, fugiu e acreditava-se que estava morto, mas não, ele está vivo. Na última missão em que partimos, esta mesma que você ganhou a cicatriz eu tentei capturá-lo, porém, o infeliz matou-se através de uma cápsula de cianeto. O senador Brandt me fez usar esta roupa, como um bônus da guerra, mas agora, uma coisa mudou. Recebi hoje cedo uma carta informando que meu amigo Bucky Barnes está morto. Alegam na carta que Bucky perdeu a batalha contra as forças de Schmidt, mas eu não acredito. Isso só pode ser alguma armação para que fiquemos vulneráveis à um possível ataque surpresa vindo daqueles desgraçados. Eu estou propondo um resgate, Thompsom, Peggy já conversou com Stark para nos ajudar nisso e ele topou. Voaremos pelas linhas inimigas e nos infiltraremos na H.I.D.R.A - disse ele apontando para um mapa e encarando Rick seriamente-, entrarei lá e libertarei meu amigo e outros soldados que lá estiverem mantidos em cativeiro.


Rick ponderou para respondê-lo, afinal, o que é que tinha a ver? Era só um soldado. Nada além disso.


– E então, senhor, onde é que entro? - Fizera a pergunta certa. É claro que se Steve tinha lhe contado aquilo, era porque tinha um plano para ele. O Capitão suspirou, mas sentiu-se orgulhoso de ver que seu soldado já tinha previsto que contribuíria com a tarefa.


– Bem, eu quero que vá comigo na missão. É um bom soldado, e eu reconheço isso. Garanto-lhe que se formos bem, darei-lhe uns dias de folga. Precisamos resgatar os soldados que estão mantidos em cativeiro.


– Então foi por isso que nos recrutou? - Disse Rick, como quem entendeu tudo. Steve suspirou novamente, quase envergonhado, Peggy permanecia calada.


– Exatamente. Foi necessário. E agora mais que nunca precisarei de vocês. Começando por você. Irá comigo, soldado Thompsom? - Perguntou Steve, hesitante, mas com um brilho firme no olhar, indicando que aquilo dependia somente de um "sim" ou de um "não" e nada mais. Rick olhou para o lado, pensativo, estava ali para servir, assim como servira todos esses meses, então era isso que faria, continuaria à servir. Apertou os punhos, decidido, encarou o Capitão com uma expressão solene, por fim, respondeu.


– Eu irei com o senhor e lutar pelo meu país, seja onde for. Vivo ou morto, terei a honra de ajudar a vencer o Red Skull. - Steve sorriu e selou o pacto com um aperto de mão fime. - Agora, vamos discutir estratégias, Peggy, por favor, chame pelo Stark, precisaremos dele.


Peggy, por um momento pensou em respondê-lo dizendo que não era nenhuma secretária dele. Mas os olhos azuis eram tão suplicantes, brilhantes e decididos à ajudar o velho amigo, que ela nada pôde fazer sem ser engolir a saliva envergonhada e assentir muda, antes que gaguejasse alguma bobeira. Peggy percorreu o acampamento, a maioria dos soldados comia o guisado de peixe com pão que fora preparado pelo cozinheiro, alheios à qualquer decisão e planejamento de um novo ataque. Encontrou Stark em uma outra tenda, verificando armas com algumas ferramentas, fazendo ajustes.


– Stark, preciso que venha comigo. - Disse ela nada vacilante.


– Ora, vejamos... O que uma dama como você gostaria de ter comigo sozinha e logo durante o dia? - Disse ele arqueando uma de suas sobrancelhas negras sugestivamente, com uma sugestão de sorriso presunçoso. Peggy bufou.


– Não seja estúpido. O Capitão precisa vê-lo.


– Então é a nova secretária do Rogers? Parabéns pela promoção, senhorita Carter! Espero que tenhamos uma comemoração mais tarde, sim? - Disse ele debochadamente com um pequeno risinho escapando pelos lábios finos.


– Mais uma dessas suas piadinhas sem graça, senhor Stark, e eu arranco esse seu sorriso irônio dos lábios com um tiro. - Retrucou ela, sem um pingo de humor presente em sua fala. O Stark deu de ombros limpando as mãos sujas de graxa em uma flanela branca e manchada ao seu lado.


– Vamos ver o que ele quer, então. - Andaram juntos até a tenda, enquanto ele andava despojadamente com as mãos nos bolsos e assobiando qualquer canção improvisada, ela andava imponente, com as costas eretas e o rosto severo, os lábios grossos e vermelhos apertados em uma linha reta.


– Aqui, Capitão. Podemos começar?


– Sim, senhorita Carter. Mas depois teremos de chamar mais alguns. Enquanto isso, podemos dar início.


– Que é que quer agora, Rogers? - Disse Howard Stark entediado. Steve olhou-o críticamente.


– Eu vou invadir a H.I.D.R.A. - Stark cuspiu o gole de bebida que tinha pego na mesinha.


– Como é?! Perdeu o juízo de uma vez só? Pensei que isso fosse demorar mais. O que anda bebendo? É isto aqui? - Disse ele incrédulo, apontando com o dedo indicador o copo que segurava.


– Sem gracinhas, Stark. Vou invadir a H.I.D.R.A e fim. Meu amigo Bucky Barnes está lá, preso. E dizem que está morto, mas eu duvido. Barnes é um bom homem e bom soldado, não iria se deixar morrer tão fácilmente. - Rick mantia-se calado, Peggy intrometeu-se.


– É arriscado, sabe disso. Mas são soldados nossos, se estão vivos, precisam ser tragos de volta. - O Stark a olhou cínico.


– Certo, já sei da minha parte. Portanto, vou indo. Até a próxima discussão e... Mande-me qualquer pessoa me informar do próximo encontro. - O Stark retirou-se da tenda levando um copo cheio de bebida consigo, Steve encarava-o incrédulo, mas nada disse.


– É hora de fazermos os planos.

E assim foram, planejaram durante horas sem fim, até à noite fizeram isso, mas desta vez com mais homens e em um bar da cidade ali perto. Enquanto isso, alguém enviava acidentalmente a carta inacabada de Richard... Agora, o que será que Christine irá se deparar com esta carta não terminada? E o que ela irá interpretar e sentir? Só acompanhando os próximos capítulos você ficará sabendo.


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N/A: Como eu quero que vocês imaginem bem, quem preferir, aqui vai uma sugestão do físico do nosso Rick: http://1.bp.blogspot.com/-Bk4ndmsWL2Y/TfnvFIRBNjI/AAAAAAAAAsE/V-Po9Rr2CiU/s1600/homem+ruivo.jpg hehe, espero que aprovem!


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Notas finais do capítulo

N/A: Ainda mereço os reviews mais lindos do mundo que são os de vocês? Algum palpite sobre o que virá na carta do Richard? Hm? Comentem o que acham e o que acham que vai acontecer!
Um beijão e até a próxima ;)
Bibs.