Plus Que Ma Propre Vie. escrita por Isabella


Capítulo 41
Capítulo 41




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Eu esperava que mil reações diferentes viessem dele. Estava preparada para raiva, desespero, objetos voando e até mesmo alguns de nós tendo que segura-lo. Mas nada disso aconteceu. Ao invés de gritar, Fred apenas ficou parado. Estático. Mais até do que eu acreditava ser possível, mesmo para um vampiro. Resisti ao impulso de cutuca-lo, e percebi que não era a única fazendo isso. Ao seu lado, Alice franzia os lábios, provavelmente evitando qualquer visão do futuro, por medo de se intrometer demais na vida do vampiro. Engoli em seco pela décima quinta vez naquele minuto e senti um aperto no meu braço direito.

Ele se mexeu.

Apenas assenti, confirmando para que Renesmee soubesse que eu tinha reparado no piscar de olhos vindo do enorme homem do outro lado da sala. Eu sabia que não podia ser uma ação involuntária, pois vampiros não precisavam piscar. Ótimo, pensei, ele está consciente. Aos poucos, ele foi mostrando mais movimentos. Um movimento na garganta deu a entender que ele engolia. E então ele levantou a cabeça, forçando os olhos a se fechar.

- Como? – Foi o único sibilo que saiu de sua boca, numa voz que com certeza seria inaudível para qualquer humano. Provavelmente nem Renesmee teria conseguido entender direito se não estivesse prestando tanta atenção nele. Olhei em volta, tentando descobrir quem iria assumir a difícil tarefa de contar a Fred sobre como ocorreu a morte sua amiga. Foi quando percebi que todos estavam olhando para mim. Maldita hora em que eu abri minha boca para dizer a ele que Bree estava morta. Agora era minha responsabilidade contar a história toda. De certa forma, no entanto, eu sabia que esse era o certo a fazer. Eu sentira uma curiosidade e afinidade enorme com Bree, apenas pelo fato de ela ser aquilo que eu tinha vontade de me tornar: uma vampira recém-criada.

- Você sabe alguma coisa sobre os Volturi? – Engasguei um pouco antes de finalmente perguntar, olhando piedosamente para ele, que ainda mantinha seus olhos fechados. Seu corpo estava em uma posição estranha, completamente esticado, como um elástico. As mãos estavam fechadas e apertadas fortemente ao lado do corpo, onde seu braço caía numa reta perfeita.

- Não muito. – Mais uma vez suas palavras soaram baixas e a dor nelas era quase palpável.

- Os Volturi são – senti minha filha estremecer ao meu lado enquanto eu falava dos vampiros dos quais ela tinha tanto medo – como uma realeza. Eles se dizem defensores da lei vampírica. O que seria ótimo – evitei revirar os olhos, não queria perder o foco – se eles fossem tão imparciais quanto se dizem.

- Ele quer saber o que isso tem a ver com a morte de Bree, Bella. – Edward olhou para mim com um pedido de desculpas em seus olhos, e eu assenti, sorrindo.

- Claro que quer. – Mordi o lábio e continuei falando – No dia daquela batalha, Bree se rendeu. Ela não queria lutar. Então Carlisle e Esme ofereceram essa opção a ela. Ela seria o mais novo membro da nossa família.

- Mas? – Fred parecia se conter ao dizer cada palavra, como se cada sílaba lhe causasse dor. E eu não duvidava que causasse mesmo.

- Mas os Volturi chegaram. Eles não quiseram ouvi-la. Acredito que eles soubessem dos planos de Victoria, sua criadora-

E foi então que ele abriu os olhos e, em menos de um segundo, estava parado a minha frente.

- Você sabe o nome dela? Você a conhece? Onde ela está? Onde posso encontra-la? Preciso encontra-la e faze-la pagar pela morte de Bree.

Por um segundo eu não entendi se ele estava falando de Jane, mas então me lembrei que não tinha dito nada sobre os membros do Volturi, então percebi que ele falava de Victoria. Edward assentiu ao meu lado, onde ele já assumia uma posição protetora, em caso de Fred perder o controle. Revirei os olhos. Tolo superprotetor.

- Eu a matei, Fred. – Eu percebi que Edward calculava cada palavra, tomando cuidado para não alarmar demais. – Ela queria matar Bella, então eu precisei mata-la. – Um segundo se passou e Edward sorriu. – De nada, foi um prazer. Bella – ele se virou para mim – termine a história, amor.

- Então os Volturi sabiam das intenções de Victoria, eu acredito, mas esperavam que ela tivesse sucesso. Como você pode perceber só ao olhar para nossa família, ela não teve. E os Volturi ficaram decepcionados com isso. Sentindo-se impotentes, eles mataram Bree.

- Nós tentamos evitar. – Esme finalmente falou algo. Todos estavam tão silenciosos na sala que eu quase acreditava que estávamos sozinhos, eu, Fred e Edward. Mas eu não podia me enganar. Sabia que cada um dos vampiros ali estava alerta a qualquer sinal de perigo. – Nós dissemos que nos responsabilizaríamos por ela. Prometemos ensina-la a viver nesse mundo, mas eles não foram compreensivos.

- Eles nunca são. – Jasper grunhiu e Alice franziu os lábios, concordando. – Mas Bree foi uma boa garota. – Ele sorriu – Não hesitou em seguir as ordens daqueles que estavam no comando. Tinha uma boa noção de hierarquia, a menina.

Fred apenas soltou um riso como se aquela fosse a melhor piada do mundo, e isso foi seguido de alguns lamentos. Ele enterrou o rosto nas mãos e começou a sussurrar pedidos de desculpas. Um tempo depois, ele finalmente olhou em volta.

- Obrigado. – Ele examinou cada um dos nossos rostos. – Obrigado a cada um de vocês por ter se disposto a ajuda-la, ou por apenas não a ter matado. – Todos apenas sorrimos para ele, entendendo a dor que ele estava sentindo. – Devo isso a vocês, por Bree. E é por isso que vou ajuda-los com o que precisarem.

- Bom – Emmett tomou a frente. – Vamos começar com seus amigos. Conte-nos quem são Shelly e Steve, e tudo o que você sabe sobre eles.


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