43rd Edition Of The Hunger Games escrita por Bess, André Kun


Capítulo 13
Capítulo 13 - Dia Cinco


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas TT.TT
Bom, estou aqui para discutir um assunto polêmico.
Leitores fantasmas, porque vocês fazem isso comigo?
Poxa... Toda vez, eu planejo os acontecimentos, imagino a cena, depois escrevo-a, quase sempre tenho um surto, acho que está podre e recomeço tudo de novo. Depois passo pro André, se ele não gostar eu reescrevo. Depois quando ele gosta, eu elaboro o anexo de personagens vivos e mortos, ponho as imagens, me dou ao trabalho de escrever este pequeno texto.
E tudo, eu faço pensando em VOCÊS. Se VOCÊS vão gostar, se VOCÊS vão se emocionar, se VOCÊS vão odiar, se VOCÊS vão amar, se VOCÊS vão shippar os casais.
Eu posso não ser a melhor ficwriter (escritora de fanfics para os desavisados) do mundo, mas eu faço tudo com amor e carinho. Eu gostaria que vocês, fantasminhas, retribuíssem todo o meu esmero e o meu afinco em proporcionar o que eu penso ser o melhor de mim para vocês com reviews. Não precisa ser a Declaração da Independência ou algo do gênero (claro, se você deixar um review assim, que sou eu para rejeitar? :3). Nem que seja um "Oi, estou acompanhando e gostei". Mas por favor, deixem comentários.
Bom, desculpem o desabafo.
Boa leitura. Bjss



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POV’S Dylan Gatehouse - Distrito 12.


Estamos na área montanhosa e fria na Arena desde o início dos Jogos. Achamos melhor vir para cá por que há água e animais resistentes que ocasionalmente poderemos vir a caçar, além de estar longe do acampamento dos Carreiristas, que fica na zona tropical da Arena.


Quantos companheiros nossos já estão mortos? Tyler, Norah. Eu não sabia que ela queria se juntar a nós. Eu não sabia que Tyler se importava e se preocupava com ela, tentando ajuda-la a se unir a nós e sair da Cornucópia. Ou então, Zoë. Ela está desaparecida. Sozinha, desamparada, à própria sorte. Deve estar na zona desértica. Não sei.

Não sei se ela está passando muita fome, muita sede, se está gravemente machucada, desfalecendo, se alguém está enterrando uma faca em sua cabeça ou se está afogando-a na água.

Mas eu sei que Joy está deixando algumas lágrimas sorrateiras escorrerem, molhando a minha roupa. Eu estou carregando-a nas minhas costas, porque hoje de manhã ela torceu o pé enquanto fomos caçar algo para o café da manhã. Nós achamos uma espécie de pedra. Mas era uma pedra gigantesca, cuja estrutura tínhamos que escalar para chegar ao outro lado. Achamos que havia comida além de lá... A pedra marcava o início de uma ladeira natural, marcada pela neve. De fato, neva muito por aqui.

Laser escalou e subiu na pedra primeiro. Havia muita neve, e ele quase escorregou. Mas chegando lá, estendeu a mão para Joy gentilmente para ajuda-la a subir. Creio que isto feriu o orgulho dela, porque ela semicerrou os olhos, mirando ele de uma forma muito ameaçadora.

– Se você consegue, eu também consigo subir aí sozinha – disse ela, rispidamente. Laser abafou uma risadinha e disse para que ela tentasse, já que era capaz.

Ela se agarrou na pedra, tentando subir. Mas havia muita neve lá, e ela escorregou, caindo do alto. O rosto dela ficou vermelho por conta da vergonha e do orgulho, que ela nunca abandonaria.

Laser deu mais uma risada e desceu de onde estava para ajudar Joy.

– Saia, seu animal. Você me fez torcer o pé, idiota! – disse ela.

– Mas o q... – balbuciou ele, confuso. Aposto que ele esperava um pedido de desculpas da parte dela.

Ekaterina e eu começamos a rir. Só Joy e Laser para nos fazer rir deste jeito, nessas circunstâncias.

Então eu ofereci minha ajuda, e desta vez ela aceitou. Ekaterina verificou o ferimento dela, e constatou que era apenas uma torção mesmo. Nada de grave. Sararia em um ou dois dias.

Conseguimos passar para o outro lado da pedra, mesmo com Joy ferida. Achamos dois coelhos e uma perdiz. Comemos o mínimo possível, depois guardamos a comida numa espécie de mochila ou saco que conseguimos dos Tributos que matamos.

Isso soa estranho. Eu nunca me vi matando ninguém. Saber que crianças, normais como eu, morreram por culpa nossa é penalizante.

A Aliança matou poucas pessoas até agora. Laser matou Finn Zonic, do Distrito 10, o mesmo distrito de Zoë. Joy matou Cody Brown, do Distrito 9. E foi isso. Sinceramente, espero que fique somente neste número mesmo.

Restam onze tributos.

De repente, ouço um ruído estranho. Fico alarmado. Mais ruídos. Digo à Joy e Ekaterina:

– Fiquem aqui – mandei Joy ficar ali porque está machucada e Ekaterina, bem... Porque é Ekaterina.

Laser pôs a mão no meu ombro e nós saímos à procura do que estava fazendo o tal ruído. Não demos nem doze passos e ouvimos gritos sufocados e agoniados.

E as pessoas que estão gritando são Joy e Ekaterina. Rapidamente, eu e Laser começamos a correr ao local que as deixamos. Ainda as deixamos com facas, o que pode ter acontecido?

Estamos suando frio, aflitos.

E então vimos os Carreiristas próximos à elas. Lucy Dolly, do Distrito 1, atirou uma pedra próxima a ela na cabeça de Joy, o que a fez gritar muito e cair inerte.

Gelamos. Será que está morta? Creio que não, visto que daqui conseguimos vê-la chorando baixinho, mais um pouco.

Laser corre em direção à Joy, denunciando nossa posição aos Carreiristas e jogando o machado ao meu lado. Droga, Laser! Agora eles sabem que vimos Lucy acertar Joy! Estúpido!

Preciso fazer com que eles corram, apavorados! Ou então, preciso mata-los!

Raciocinando rápido, pego o machado que Laser largou ao meu lado e saio correndo atrás deles, enfurecido. Laser saca o meu raciocínio, pega a faca de Joy e sai também. Rowry Greene, Jessup Canning e Lucy Dolly saíram correndo.

Mas Theodore Aardom não se deu por satisfeito. Ele rapidamente pegou sua besta, manejando-a, colocou uma flecha e disparou-a. Depois, saiu correndo também. Ótimo, os afugentei.

Porém Joy grita, horrorizada. Não sei por que, já que os Carreiristas já foram... Mas então eu vejo.

Ekaterina.

– EKATERINA! EKATERINA! – Não sei discernir quem gritou isso. Talvez tenha sido eu. Ou não. Quando me dou por mim, já estou ajoelhado ao lado dela. Ela está caída, mas ainda acordada. Laser e Joy estão ao meu lado. Estamos ao redor do corpo dela.

Estaria tudo bem. Mas Theodore Aardom atirou uma flecha com sua besta. E eu nem tinha concedido relevância a este detalhe. Por uma fração de segundo, achei que a flecha tinha acertado alguma outra coisa. Nem havia parado muito para pensar nisso. Mas eu deveria ter prestado atenção no sorriso doentio dele. Porque sua flecha atingiu em cheio o pescoço de Ekaterina.

Ela arregalou os olhos, e tombou na Arena. Dois fios de sangue negro escorriam em direções opostas direto da garganta dela.

Eu peguei sua mão e a apertei com força, suplicando em silêncio para que eu acordasse deste sonho malfadado. As mãos dela estão frias e trêmulas. Joy a abraçou, fortemente, como se não quisesse permitir que sua vida se esvaísse. Ela está soluçante, emitindo ruídos de desespero. Laser passa suas mãos nas mechas louras de Ekie, como se quisesse acalma-la ou conforta-la.

Ekie olha para nós, e eu soube que sabia quem éramos. Ela soube que éramos seus amigos, mais do que aliados. Ela soube que éramos mais do que peças num tabuleiro. Ela soube que estava morrendo, sim.

– Ekie, calma... A gente vai dar um jeito... – falou Joy, desconcertada.

Ekaterina virou, com muita dificuldade, a cabeça na direção de Joy. Tentou falar, mas não conseguiu. Então pegou a mão dela e deu um leve toque.

Depois olhou brevemente para Laser e, em seguida, para mim. Olhou para o céu tempestuoso, apontou e formou a palavra “Katrina” com os lábios. Depois sorriu, deixando com que alguns flocos da neve caíssem em seu corpo. Enrijeceu. Respirar tornou-se difícil demais para ela...

...E então Laser fechou seus olhos.

Sussurrou ao seu ouvido:

– Descanse em paz, Ekaterina.

O tiro de canhão soou.

Afastamo-nos do corpo de Ekaterina para que o aerodeslizador a carregasse para fora da Arena.

– Vamos para outro lugar – disse Joy, fitando ao longe as madeixas loiras e o diminuto corpo de Ekaterina Dingwall sendo erguidos e esvoaçando, em direção à Capital. A última vez que a vejo em carne e osso.

A última vez em que me lembro de sua doçura, da sua habilidade de enxergar o bem nas pessoas até quando aparentemente não havia. A primeira vez em que me sinto deplorável, com vontade de morrer.

Qual é o significado disto tudo? Por que isto? Por que as antigas gerações permitiram que tudo chegasse a este ponto? Porque a Capital deve estar rindo da morte dela?

Se eu matasse a filha deles, aposto que não achariam tão engraçado.

Mas então Joy e Laser me abraçam. Foi um abraço coletivo. Os malditos sabem como fazer para me confortar.

A neve continua a cair, serenamente...

Depois, fiquei imaginando Ekaterina sendo abraçada por Katrina Dingwall às portas do Paraíso. Elas estavam rindo, sorrindo, chorando, mas de felicidade...

Eu nunca pensei que isto seria tão doloroso. O rosto cândido de Ekaterina continua vindo à minha mente...

Eu acho que não há para onde escapar...


POV’S Joy Terry- Distrito 7.



Minha cabeça ainda está latejando por causa da pancada que levei, mas isso não tem a mínima importância comparado ao que acabou de acontecer. Como aquele desgraçado do 1 conseguiu matar uma garota tão simpática, meiga e sem maldade? Há coisas nesse mundo que não se dá para entender. Estávamos caminhando de volta ao nosso esconderijo, mas paramos para descansar um pouco. Dylan está chorando muito, pois ele é o que mais se apegou a Ekaterina, corrigindo, o que mais se apegou a todos nós. Sentamos no chão, esperando Dylan se acalmar. Laser abraça Dylan e aproxima seu rosto do dele. Por um momento pensei que ele fosse beijá-lo, mas ele sussurrou isso:


– Ela está em um lugar melhor. – Sussurrou Laser. – Ela está sã e salva.

Dylan apenas concordou com a cabeça e seus olhos vidraram nos de Laser. Voltamos a andar. Passamos uma ou dois horas explorando novas áreas, mas não encontramos muita coisa, apenas ficamos a ponto de cair de um penhasco. Dylan saiu para caçar, eu e o Laser-cabeção ficamos observando o vácuo dentro do penhasco. Escutei passos. Quando me viro, me deparo com uma Deborah Whinston com um sorriso sarcástico.

– Ora, ora, ora... Olha o que temos aqui. – Disse Deborah. – Casal do 7... Juntinhos... Com frio... E o melhor de tudo: desarmados!

Não faço nada, pois estamos desarmados e indefesos.

– Eu acho – Continua Deborah- Que é melhor matá-los logo, para não sofrerem tanto assim...

Num segundo, Zoë aparece do nada e atira uma flecha na direção de Deborah, errando por pouco.

– Você tem a pontaria de um tatu vesgo! – Disse Deborah.

Zoë se juntou a nós, pois aquela tinha sido a sua última flecha, está desarmada agora.

– Quem eu devo matar primeiro? – Provoca Deborah- A caçadora, o lerdo ou a marrentinha?

Marrentinha? Ninguém me chama de marrentinha!

Deborah sorri.

– Já sei! – Exclamou Deborah. – Vou matar os três de uma vez.

– A única que vai morrer aqui, é você! – Disse Dylan.

Dylan empurrou Deborah do penhasco, ela gritou muitas coisas, mas parou quando atingiu as enormes pedras que ficavam no começo do penhasco. Seu corpo desprovido de vida está sendo banhado pelas águas do rio que fica perto das pedras.

– Vocês estão bem?- Perguntou Dylan.

Todos afirmaram.

– Onde está Ekaterina? – Perguntou Zoë confusa.

Contei sobre o que aconteceu com Ekaterina para Zoë.

– Não... Não... – Era tudo que ela conseguiu dizer antes de chorar.

Abraçamo-nos em um abraço coletivo. Logo escureceu e o hino da Capital e a insígnia surgiu com os mortos: Ekaterina. Deborah. Fim. Isso é tudo por hoje.

É estranho o fato de que as pessoas da Capital tratam isso como uma coisa normal. Como eu disse: há coisas que não dá para entender.

Restam nove.

Apenas nove.


Anexo: Os Tributos Restantes.



Distrito 1: Lucy Dolly e Theodore Aardoom.


Distrito 2: Jessup Canning.

Distrito 4: Rowry Greene.

Distrito 7: Joy Terry e Laser Bing.

Distrito 9: Kayla Wexell.

Distrito 10: Zoë Savina.

Distrito 12: Dylan Gatehouse.


Anexo: Os Tributos Caídos.



Distrito 2: Bobbie Sue Hooker.


Distrito 3: Ekaterina Dingwall e Arnold Heaton.

Distrito 4: Duncan Feldman.

Distrito 5: Kara Raynon e Weellard Hoager.

Distrito 6: Norah Smoody e Tyler Tappin.

Distrito 8: Melissa Sherrit e Petrus Golfman.

Distrito 9: Cody Brown.

Distrito 10: Finn Zonic.

Distrito 11: Deborah Whinston e Peter O’Donnel.

Distrito 12: Isabelle Abraham.


Tributos Mortos


Ekaterina Dingwall (Peyton List) - Distrito 3

Deborah Whinston (Keke Palmer) - Distrito 11


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Notas finais do capítulo

'Mwahahahahaha.
*Se protege de um possível objeto voador*
NÃO ME MATEM! ISSO FOI PRECISO!
HÁ, AGORA VOCÊS PRECISAM ME ODIAR! EXPRESSEM O SEU ÓDIO NOS COMENTÁRIOS, EU AMO ISSO!
KKKKK.