Crônicas do Norte Livro I: a Feiticeira escrita por ririneu


Capítulo 3
Capítulo II


Notas iniciais do capítulo

Me desculpem ter demorado para escrever esse novo cápitulo, meu computador havia estragado e eu estava sem tempo, mas finalmente escrevi um novo cápitulo!
Boa leitura a todos



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Na Floresta dos Lobos, um homem e um animal lutavam. O guerreiro lutava bravamente contra a besta. O urso havia sido atingido diversas vezes pela lança, mas parecia que não sentia dor.

 Um urro de dor foi dado pela besta ao sentir algo lhe perfurando o flanco esquerdo. Leif havia consegui desferir um golpe aparentemente perfeito, mas a lança havia sido quebrada ao desferir o golpe.

 O urso, ao notar que fora ferido levantou-se ameaçadoramente, ficando quase com suas patas para o ar, desferiu um poderoso golpe com as garras da pata direita. O guerreiro, ao perceber que iria ser atingido, esquivou-se, mas seu braço direito foi atingido, começando a sangrar por causa das garras afiadas do urso.

 Nesse momento, Leif percebeu que não estava lutando contra um simples urso. Aquele era um dos Ursos Cinzentos, guardiões da Floresta dos Lobos.

 O guerreiro percebeu que sem sua lança e sem seu braço direito seria impossível continuar a luta. Ele soube, no momento em que o urso ergueu-se novamente para atacá-lo, que não voltaria a ver sua amada esposa; sua querida filha e nem poderia criar o filhinho que sua amada esperava no ventre.

 Nesse momento, um uivo fez escutar perante a tempestade de neve. Lobos começaram a aparecer de todas as partes da floresta, cercando o guerreiro e o urso enquanto um nevoeiro místico envolvia. Os lobos eram de uma pelugem cinza, diferente dos outros de sua espécie; eram os Lobos Cinzentos, guardiões da floresta. Esses lobos eram almas de humanos que após morrerem, pela sua inteligência e justiça haviam se tornado essas criaturas Sagradas, seu líder era um majestoso lobo Branco chamado de o Rei Lobo; o Espírito da Luz.

 Leif conhecia essas criaturas Sagradas por que na Caçada; prova em que os jovens vikings sozinhos iam para a Floresta dos Lobos para passar por diversas provas que punham sua inteligência e astucia em teste e tinham de usar seus instintos de sobrevivência para escapar da floresta, e, se tivessem sorte fossem escolhidos por um espírito para se juntar a eles, num combate; Leif fora escolhido pelo Rei Lobo, para num duelo de vida ou morte e Leif havia vencido, por isso ele e o Espírito da Luz haviam se tornado um só no momento em que Leif matou o Rei Lobo. O Espírito da Luz havia escolhido ele para uma missão; uma missão que o guerreiro viking nunca desejou, por isso ele havia decidido morar na Floresta dos Lobos, ao invés de cumprir sua missão; o urso com que ele estava lutando havia ido atrás dele para matá-lo, por ele não cumprir sua missão.

  O urso, ao perceber os lobos cancelou sua investida. Somente nesse momento Leif percebeu que estava caído numa poça de sangue, criada pelo ferimento no seu braço.

  "Eu tenho de matá-lo, ele não cumpriu sua missão e não quer aceitá-la, o Rei Lobo morreu por nada" - disse o urso tristemente ao aproximar-se do Líder dos Lobos Cinzentos.

 "Não, Kurc, talvez ainda não seja o fim do Lobo Rei, vamos dar uma última chance para o humano, se ele não cumprir sua missão, dai você poderá matá-lo..." - disse o Líder Lobo.

 Essas foram às últimas palavras que Leif pode ouvir antes de uma mancha negra turvar-lhe a visão e a escuridão tomar conta de tudo a sua volta.

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 Na cabana Esvara chamava sua mãe. Jiveneth começou a recuperar lentamente a consciência. Ao abrir os olhos, deparou-se com sua filinha assustada. Seus olhos encheram-se de lágrimas ao lembrar-se da dor que teve no braço e o que isso significava.

 -Seu pai está em perigo, meu amor - disse enquanto as lágrimas caiam-lhe dos olhos - temos de ajudá-lo ou ele vai morrer congelado.

 -Então eu vou também - disse a pequena.

 -Não, não vai você é muito pequena...

 -Se o papai está morrendo, então irei também!

 Sua mãe, ao olhar que seria impossível impedir que sua filinha fosse aceitou-a como ajuda. Pegou duas capas, uma para ela e outra para sua filha e partiu em direção a porta.

                            ~~~~~~~~**********~~~~~~~~

 Nevava lá fora e era quase impossível ver um palmo a frente. Jiveneth sabia onde seu esposo estava graças ao Amuleto de Odin, um amuleto com poderes mágicos que fazia com que a jovem sentisse onde estava seu amado.

 Havia pouco tempo que estavam caminhando quando olharam um monte de neve. Jiveneth atirou-se na direção do monte e começou a cavar desesperamente. Sua filha ajudou, e graças a isso foi possível encontrar o corpo de Leif, ainda vivo, mas inconsciente e pálido como a neve que o cobria; conseqüência da perda de sangue continua.

 Jiveneth e Esvara conseguiram pegar o corpo quase morto do guerreiro, Esvara já que só tinha cinco anos, quase não tinha forças para levantar o braço do pai e Jiveneth estava esperando um filho o que iria tornar a tarefa quase impossível.

 Foi necessário recorrer à magia que corria no sangue da jovem Jiveneth para poder levar o corpo do guerreiro viking para a cabana, que não estava muito longe.

 O sangramento causado pelas garras do Urso Sagrado havia parado, mas o guerreiro estava num estado deplorável: estava totalmente pálido por causa do sangue perdido e estava gelado igual à neve que caia. Parecia que nada poderia salvá-lo, nem mesmo a Arte curativa de Jiveneth.


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Notas finais do capítulo

Ah obrigado por lerem xD
Quero reviews!